Sucedendo Selznick, Merian C. Cooper acertou no alvo com o sucesso de “KIng Kong” e outros filmes de aventura. Para além das suas próprias produções, a RKO distribuía ainda os filmes de Walt Disney (curtas e longas-metragens) e os de Samuel Goldwyn. Durante a década de 1930, estavam sob contrato do estúdio estrelas como Cary Grant, Irene Dunne, Douglas Fairbanks Jr., Fred Astaire, Ginger Rogers, Katharine Hepburn, e embora a RKO não tivesse os recursos financeiros dos concorrentes, seus filmes eram admirados pelo bom gsto.
No final da década de 1930, sob a orientação de George Schaefer, a RKO produz filmes célebres como “Levada da Breca”, “O Corcunda de Notre Dame” e “Cidadão Kane”. No entanto, a política de filmes de prestígio teve relativa acolhida. Após a morte de Schaefer, o seu sucessor, Dore Schary, repete o feito de Selznick, investindo em co-produções com profissionais independentes e realizando “A Felicidade Não se Compra”, “Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, “Sangue de Heróis”, “Legião Invencível”, entre tantos outros. Reflexo dos filmes de baixo orçamento que o estúdio produziu durante a década de 40, o filme noir passou a ser um importante marco da RKO e os atores que estavam sob seu contrato os mais conhecidos do gênero: Robert Mitchum, Jane Russell, Robert Ryan, Audrey Toter etc.
Em, 1948 o milionário Howard Hughes adquire parte do capital da RKO por pouco menos de $9 milhões e o estúdio, ao contrário do que seria de se esperar, entra num período conturbado. Para além de despedir parte dos empregados, suas psicoses pararam a produção durante meses, enquanto investigava a ideologia política dos funcionários. A RKO RADIO PICTURES nunca mais foi o mesma.
2 comentários:
Só pelo monumental Cidadão Kane já valeu a pena ter existido a RKO.
Gosto muito dos filmes da RKO. Não sei, sempre tive uma ideia de sofisticação em seus filmes, mesmo sabendo que os filmes mais bem produzidos eram feitos em outros estúdios de maior porte, como a MGM e a Warner. A vinheta da anteninha enviando sinais é inesquecível.
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