novembro 20, 2010

******* Um AMOR LOUCO: INGRID e ROSSELLINI

rossellini e ingrid


 
Em maio de 1948, o cineasta neo-realista ROBERTO ROSSELLINI (1906 - 1977. Roma / Itália) recebeu uma carta assinada pela maior estrela hollywoodiana da época: “Vi seus filmes ‘Roma Cidade Aberta’ e ‘Paisà’ e gostei muito. Se você precisar de uma atriz sueca que não fala muito bem inglês, que não esqueceu seu alemão, não é muito compreensível em francês e em italiano só sabe dizer ‘Ti amo’, estou pronta para fazermos um filme.” A sueca em questão era INGRID BERGMAN (1915 - 1982. Estocolmo / Suécia) aos 33 anos. O italiano Rossellini, casado com a diva Anna Magnani, aceitou a proposta sem vacilar. De 1950 a 1954 fizeram seis filmes (“Stromboli / Idem”, “Europa 51 / Idem”, “Viagem à Itália / Viaggio in Italia”, “Nós, as Mulheres / Siamo Donne”, “Joana na Fogueira / Giovanna d´Arco al Rogo” e “O Medo / La Paura”) e abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. Essa paixão fez com que Ingrid fosse acusada de adúltera e de mau exemplo para todas as mulheres. Durante anos foram perseguidos pela mídia e pelos católicos. Tiveram três filhos: Roberto e as gêmeas Isotta Ingrid e a atriz Isabella. O casamento durou até 1957, quando se divorciaram depois que o diretor foi filmar um documentário na Índia e teve um caso tórrido com a roteirista Sonali Das Gupta. Pia, a filha de Ingrid, depôs a favor do pai no processo litigioso de divórcio, acusando a mãe de abandono. Entretanto, Hollywood já havia “perdoado” a estrela, e em 1956, ela voltou triunfalmente com “Anastácia, a Princesa Esquecida / Anastasia”, de Anatole Litvak, levando o seu segundo Oscar e outros prêmios importantes. Um dos filmes do casal, “Viagem à Itália”, é considerado um dos marcos do cinema moderno. Jean-Luc Godard e François Truffaut afirmaram que ele foi a base sobre a qual se construiu o movimento Nouvelle Vague.

ingrid bergman

5 comentários:

Aleselma disse...

Queria ler um comentário seu sobre "Casablanca", um filme do topo da minha lista de preferidos!
Bj

Kley disse...

Paixão fogo de palha. Mas isso não foi o suficiente pra ofuscar a carreira de Ingrid Bergman. Rossellini depois de um tempo começou a fazer filmes "didáticos" para a TV, o que o afastou um pouco do público de arte.

Octavio Caruso disse...

Uma linda história... Não existem mais atrizes tão comprometidas com a arte, como Bergman.

Octavio Caruso disse...

Concordo que generalizei demais..rs...mas ainda acho que, na intensidade do comprometimento (até pela época, que era outra), ainda acho a Ingrid imbatível!
Abração amigo!

Monica disse...

E a mulher mais linda que já vi na vida, depois dela outra bela é Grace Kelly que tinha um rosto perfeito. O encanto da beleza de Ingrid não está só nos traços delicados mas na suavidade e sensibilidade que seu rosto irradiava.