dominique sanda e lino capolicchio |
O JARDIM dos FINZI CONTINI
(Il Giardino dei Finzi Contini, 1970)
País: Itália e Alemanha
Duração: 94 mins.
Gênero: Drama
Duração: 94 mins.
Gênero: Drama
Cor
Produção: Gianni Hecht Lucari e Arthur Cohn
(Documento Film / CC-Filmkunst)
Direção: Vittorio De Sica
Roteiro: Ugo Pirro e Vittorio Bonicelli
Adaptação do romance de Giorgio Bassani
Fotografia: Ennio Guarnieri
Edição: Adriana Novelli
Música: Manuel De Sica
Cenografia: Giancarlo Bartolini Salimbeni (d.a.);
Franco D’Andria (déc.)
Vestuário: Antonio Randaccio
Elenco:
Lino Capolicchio (“Giorgio”)
Dominique Sanda (“Micòl Finzi Contini”)
Dominique Sanda (“Micòl Finzi Contini”)
Fabio Testi (“Bruno Malnate”)
Romolo Valli (“Giorgio pai”),
Romolo Valli (“Giorgio pai”),
Helmut Berger (“Alberto”)
Camillo Cesarei
Camillo Cesarei
Inna Alexeieff
Katina Morisani
e Barbara Leonard Pilavin
Katina Morisani
e Barbara Leonard Pilavin
Nota: **** (muito bom)
Prêmios:
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
Urso de Ouro (Melhor Diretor) no Festival de Berlin
David di Donatello de Melhor Filme
Melhor Diretor Estrangeiro do Círculo dos Críticos
de Cinema de Kansas City
AMOR em TEMPO de GUERRA
Adaptação de um tocante romance homônimo de Giorgio Bassani, situado na Segunda Guerra Mundial, segue os avatares de uma rica família judia italiana, na região de Ferrara, em plena opressão fascista. Neste ambiente bélico se situa o mundo irreal de uma classe privilegiada que continua com suas ocupações habituais e enlaces amorosos românticos, como se nada estivesse acontecendo de perverso. Embora bem realizado, lembrando muitas vezes Visconti e Bolognini, está longe dos melhores trabalhos de seu diretor, Vittorio De Sica. Com um emocionante e previsível desfecho trágico (todos os judeus ricos e pobres sofrem o mesmo destino) e intensas interpretações de todo o elenco, desde o Giorgio de Lino Capolicchio a Micol de Dominique Sanda (esplêndida, seu rosto na última sequência nos faz ver tudo o que seu personagem perdeu), Helmut Berger como o irmão tísico de Sanda e Romolo Valli, como o pai judeu e fascista de Capolicchio que vê como todas as suas idéias políticas estavam equivocadas. Destaque para a poética fotografia de Ennio Guarnieri, os falshbacks da juventude dos protagonistas burgueses e a sugerida homossexualidade do Alberto de Berger e seu amor pelo amigo mulherengo interpretado por Fabio Testi. Não é um filme fácil, os personagens demonstram mais os sentimentos pelos olhares e muito pouco pelos diálogos. Esses desejos não são resolvidos: ninguém é amado pela pessoa desejada. Bastante premiado e hoje esquecido, vale também pelo pungente alerta às pessoas que não ousam confessar o amor que sentem e terminam sendo atropoledas pelo destino.
8 comentários:
Li o livro de Giorgio Bassani, e me lembro de ter ficado bem surpreso com algumas partes, inclusive quando a família e amigos estão jantando juntos e o narrador diz algo do tipo: "Mal sabia eu que muitos que estavam ali naquela mesa morreriam pouco tempo depois nos Campos de Concentração". Esse trecho também está no livro?
O livro é super marcante, ainda não tive a oportunidade de ver o filme.
Num comentário no DVD de A Moça com a Valise, Rubens Ewald Filho diz que O Jardim dos Finzi-Contini ia ser dirigido pelo Valerio Zurlini.
Amigo, hoje mesmo divulguei seu blog para alguns amigos do curso de teatro, que curtem cinema clássico!
Parabéns novamente, tenho estado enrolado, porque estou dirigindo uma peça teatral, que estréia agora dia 23...você pode imaginar... mas assim que ficar livre, vou deixar mais comentários!
Abração!!
A obra de De Sica realmente é maravilhosa e esse Jardim exala um perfume inebriante.
Amigo, já estou seguindo seu blog, mas como Ana Claudia Maio, que é meu nome.
Parabéns pelo trabalho!!!
Boa sorte!
Abração
Olá, tudo bem? achei seu blog maravilhosamente bem elaborado pelas críticas, reportagens e fotos.
Parabéns pelo trabalho, abraços.
Que bom, fico muito contente pelo sucesso do blog. Daí pra melhor.
Chiquérrimo! Prestigiado até pelo Rubinho! High class!
Antonio, finalmente assisti O Jardim dos Finzi-Contini. Como você disse, o livro é melhor. Mas um Vittorio de Sica menor ainda é muito bom. Gostei especialmente da Dominique Sanda (lindíssima, de uma beleza hipnotizante), Lino Capolicchio, Helmut Berger e Romolo Valli. Este último está ótimo em O Leopardo.
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