para Morvan
A cooperativa francesa de fotógrafos MAGNUM surgiu em 1947, liderada pelo fotógrafo húngaro Robert Capa, que trabalhava em cenários de guerra desde os anos 1930. O nome nasceu de uma marca de champanhe que Capa apreciava. Participaram inicialmente da agência, o polonês David “Chim” Seymour, o francês Henri Cartier-Bresson, o inglês George Rodger e o norte-americano William Vandivert. O primeiro escritório funcionava em um apartamento de quarto e sala no 125 da rua Faubourg Saint-Honoré, em Paris, com instalações precárias e apenas um telefone. O sucesso e a repercussão foram imediatos.
A criação da MAGNUM foi uma revolução, sacudindo o mercado, e
acabou por gerar o nascimento de outras agências do tipo. Com o passar
do tempo, juntaram à pequena equipe profissionais do naipe de Ansel Adams, Eve
Arnold, Elliot Erwitt, W. Eugene Smith, Dennis Stock, Nicolas Tikhomiroff, Inge
Morath, Dorothea Lange, Sebastião Salgado, Steve McCurry e dezenas de outras
feras. A história da cooperativa fotográfica se mistura a história de seus
fotógrafos, e vice-versa. Até hoje o privilégio de pertencer a essa nata de
artistas é dada a poucos. O processo de seleção é, desde a fundação,
bastante rigoroso e o número de vagas restrito.
robert capa |
A MAGNUM testemunhou momentos importantes das últimas décadas, fotografando também a realização de inúmeros filmes. Ela esteve nos bastidores de
“Luzes da Ribalta / Limelight” (1952), de Charlie Chaplin; “Juventude
Transviada / Rebel
Without a Cause” (1955), de Nicholas Ray; “De Repente, No Último Verão /
Suddenly,
Last Summer” (1959), de Joseph L. Mankiewicz; “Os Desajustados / The Misfits”
(1961), de John Huston; “O Processo / The Trial” (1962), de Orson Welles; “Zabriskie
Point / Idem” (1970), de Michelangelo Antonioni, entre outros. Fotografou
ícones cinematográficos como Audrey Hepburn, Montgomery Clift, Marlene Dietrich, James Dean, Clark Gable,
Katharine Hepburn, Dustin Hoffman, Vivien Leigh, Buster Keaton, Marilyn Monroe, Gregory Peck,
Elizabeth Taylor, Natalie Wood e muitos mais.
A agência ainda existe, firme e forte. Mas como o rumo da
fotografia mudou muito desde aquela época, hoje ela já não vive tanto de
fotojornalismo, e sim de arte, direitos autorais das fotos de seus associados,
e venda de produtos. Estudar a MAGNUM é estudar a essência da
fotografia. Estudar seus fotógrafos é acompanhar o que há de melhor na fotografia
mundial.
CHARLIE CHAPLIN em 1952
Foto de W. EUGENE SMITH
AUDREY HEPBURN em 1954
Foto de DENNIS STOCK
GARY COOPER em 1941
Foto de ROBERT CAPA
MARLENE DIETRICH em 1952
Foto de EVE ARNOLD
CLARK GABLE em 1960
Foto de EVE ARNOLD
AVA GARDNER em 1954
Foto de ROBERT CAPA
INGRID BERGMAN e ALFRED HITCHCOCK em 1946
Foto de ROBERT CAPA
CLAUDIA CARDINALE em 1965
Foto de GEORGE RODGER
MARILYN MONROE em 1960
Foto de ELLIOTT ERWITT
BRIGITTE BARDOT em 1958
Foto de BURT GLINN
PAUL NEWMAN em 1955
Foto de EVE ARNOLD
SOPHIA LOREN em 1962
Foto de ELLIOTT ERWITT
ALAIN DELON em 1964
Foto de WAYNE MILLER
RITA HAYWORTH em 1950
Foto de PHILIPPE HALSMAN
GLORIA SWANSON em 1950
Foto de PHILIPPE HALSMAN
JULIETTE BINOCHE em 1985
Foto de GILLES PERESS
ANDREI TARKOVSKY em 1979
Foto Agência MAGNUM
OSKAR WERNER e FRANÇOIS TRUFFAUT em 1966
Foto de PHILIPPE HALSMAN
MARCELLO MASTROIANNI e FAYE DUNAWAY em 1968
Foto de NICOLAS TIKHOMIROFFF
Foto de JEAN GAUMY
ORSON WELLES em 1964
Foto de NICOLAS TIKHOMIROFF
HUMPHREY BOGART em 1944
Foto de PHILIPPE HALSMAN
DUSTIN HOFFMAN e MIA FARROW em 1969
Foto de PHILIPPE HALSMAN
ELIZABETH TAYLOR em 1948
Foto de PHILIPPE HALSMAN
JAMES DEAN em 1955
Foto de DENNIS STOCK
TOSHIRO MIFUNE em 1951
Foto de WERNER BISCHOF
GIAN MARIA VOLONTÉ e HARVEY KEITEL em 1994
Foto de JOSEF KOUDELKA
ANNA MAGNANI em 1951
Foto de PHILIPPE HALSMAN
SIMONE SIGNORET e YVES MONTAND em 1960
Foto de DENNIS STOCK
Filmagem de MOBY DICK em 1955
Foto de ERICH LESSING
5 comentários:
Fantástico! Conhecia muitas destas fotos, mas não sabia que eram de fotógrafos de uma mesma agência / cooperativa.
Abraços!
Bravo. Bela garimpagem Antônio Nahud
Fotos sensacionais
Um deleite extremo para a mente. Perfeitas.
Joailton
Oi, Antonio! Olha, o livro sobre Casablanca vale a pena por ser uma leitura curtinha e que junta várias fontes. Mas tem pouco sobre os coadjuvantes e quase nada sobre Conrad Veidt. Queria mais destaque para ele, é um ótimo ator.
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