novembro 21, 2020

************ 21 FILMES sobre PINTORES FAMOSOS

kirk douglas em “sede de viver”


Transpor a vida de um pintor para a grande tela não tem sido uma tarefa fácil para os diretores. No entanto, cada uma dessas cinebiografias conserva um caráter plástico surpreendente. Essas obras, que apresentam algum episódio ou a biografia de um pintor, nos trazem um rigor plástico muito particular, um trabalho fotográfico escrupuloso e sempre tendenciosamente ligado às cores e visual típicos do retratado.

Sendo os filmes baseados em biografias de pessoas reais, um gênero que está presente desde o início do cinema, podemos definir um dos seus subgêneros como os longas que se dedicam a retratar a vida e obras de PINTORES FAMOSOS. É uma forma de unir duas das mais importantes artes visuais, a pintura e o cinema, e que tem resultado num enorme conjunto de obras irresistíveis.

O universo das artes plásticas foi uma fonte inesgotável de inspiração para diretores que lançaram um olhar especial para a vida de GRANDES PINTORES. De olho nesses filmes, selecionei uma lista. Nela encontramos Gauguin, Toulouse-Lautrec, Michelangelo, Andrei Roublev, Van Gogh ou Modigliani. Confira:

01

BACON (1909 – 1992. Dublin / Irlanda)
O AMOR é o DIABO - Um ESTUDO para UM RETRATO de FRANCIS BACON
(Love Is the Devil: Study for a Portrait of Francis Bacon, 1998)


Direção de John Maybury
Elenco: Derek Jacobi, Daniel Craig e Tilda Swinton

Dramático e realista, concentra-se em um relacionamento amoroso sado-masoquista. Nos anos sessenta, Francis Bacon surpreende um ladrão no seu estúdio e acaba por convidá-lo a partilhar a sua cama. O larápio, trinta anos mais novo que Francis, aceita e a partir desse encontro a sua vida muda. Com o sucesso sempre crescente do artista, o amante transforma-se gradualmente num patético viciado em drogas. O filme baseia-se na biografia “The Gilded Gutter Life of Francis Bacon”, de Daniel Farson, e conta com excelentes desempenhos da dupla protagonista.

02

CARAVAGGIO (1571 – 1610. Milão / Itália)
CARAVAGGIO
(Idem, 1986)


Direção de Derek Jarman
Elenco: Nigel Terry, Sean Bean, Tilda Swinton e Michael Gough 

A história da curta existência do extraordinário pintor desde sua infância, passando pelos seus primeiros traumas, exibindo as contradições entre as suas crenças religiosas e sua identidade sexual, a paixão pela arte e pelos seus modelos. O drama levou o diretor inglês Derek Jarman a ganhar admiradores no mundo inteiro e foi a estreia da extraordinária Tilda Swinton.

03

CARRINGTON (1917 – 2011. Clayton Green, Clayton-le-Woods / Reino Unido)
CARRINGTON, DIAS de PAIXÃO
(Idem, 1995)


Direção de Christopher Hampton
Elenco: Emma Thompson, Jonathan Pryce, Steven Waddington e Samuel West

Em 1915, na Inglaterra vitoriana, jovem e conceituada pintora se enamora de um escritor homossexual quinze anos mais velho. Eles alugam uma casa para escrever e pintar. Ao longo dos anos, ela envolve-se com outros homens criando triângulos amorosos e tentando, a seu modo, reconhecer a diferença entre o amor e o desejo. Jonathan Pryce levou o Prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes.

04

EL GRECO (1541 – 1614. Iráklio / Grécia)
EL GRECO
(Idem, 1966)


Direção de Luciano Salce
Elenco: Mel Ferrer, Rosanna Schiaffino, Adolfo Celi e Fernando Rey

Espanha do século 16, um famoso pintor grego viaja a Toledo para pintar um retábulo. O problema começa quando ele se apaixona por uma garota local e entra em conflito com a Inquisição. As cores foram projetadas para se parecerem com as das pinturas de El Greco. Produzido por Ferrer, retrata a rica história da cultura espanhola.

05

FRIDA KAHLO (1907 – 1954. Coyoacán, Cidade do México / México)
FRIDA, NATUREZA VIVA
(Frida, Naturaleza Viva, 1986)


Direção de Paul Leduc
Elenco: Ofelia Medina, Juan José Gurrola e Claudio Brook

Considerado como uma obra excepcional do cinema mexicano, destaca-se tanto pela figura em que se centra quanto pela forma em que penetra em seu universo. Trata-se de um retrato de Frida Kahlo, de sua apaixonada vida com o artista Diego Rivera, sua relação com Trotsky, sua militância, sua febre criadora, seus altos e baixos sentimentais e sua profunda solidão.  No leito de morte, a sofrida pintora relembra sua vida. Em sua mente, ela repassa sua infância, a doença que teve, seu comprometimento político, sua agitada vida sentimental.

06

GAUGUIN (1848 – 1903. Paris / França)
Um GOSTO e SEIS VINTÉNS
(The Moon and Sixpence, 1942)


Direção de Albert Lewin
Elenco: George Sanders, Herbert Marshall e Doris Dudley

Baseado em um romance de W. Somerset Maugham. Um londrino de classe média, casado e com uma vida aparentemente feliz, larga tudo e embarca para Paris a fim de viver seu grande sonho de ser pintor. De lá ele parte para o Taiti, onde encontra paz de espírito e integra-se numa comunidade, partilhando amor com uma nativa, e morrendo de peste. Tem excelente desempenho de George Sanders e bela fotografia que por vezes roça o expressionismo.

07

GOYA (1746 – 1828. Fuendetodos / Espanha)
GOYA
(Goya en Burdeos, 1999)


Direção de Carlos Saura
Elenco: Francisco Rabal , Jose Coronado e Maribel Verdú

Uma viagem quase surreal por meio de cores e texturas. Foca os últimos momentos da vida do pintor em seu exílio voluntário na França. Temos em cena a sua relação com a velhice, a família, e as lembranças de sua amante, a Duquesa de Alba. Um dos maiores diretores de fotografia do cinema, Vittorio Storaro, não só impressiona como consegue trazer para a tela toda a pulsão dramática, os medos e a arte de Goya. O veterano e magistral Francisco Rabal interpreta o artista em sua maturidade, ou seja, a maior parte do filme, e rouba a cena.

08

KLIMT (1862 – 1918. Baumgarten, Viena / Áustria)
KLIMT
(Klimt, 2006)


Direção de Raoul Ruiz
Elenco: John Malkovich, Stephen Dillane e Saffron Burrows

Reconhecido em Paris e condenado na Viena natal pelo caráter provocativo das suas obras, Gustav Klimt celebrava a mulher e o erotismo. O filme tenta ser uma abordagem fiel à visão que o próprio pintor tinha da Europa no final do século XIX. Ruiz constrói esta história como um caleidoscópio, marcado pelo mistério e pela paixão. O jogo visual da câmara, a deslocação dos cenários, o uso da luz, deformam a realidade. Da mesma forma que o trabalho de Klimt, debruça-se sobre a relação entre imagem e realidade, onde a dissimulação e o logro estão patentes.

09

MICHELANGELO (1475 – 1564. Caprese Michelangelo / Itália)
AGONIA e ÊXTASE
(The Agony and the Ecstasy, 1965)


Direção de Carol Reed
Elenco: Charlton Heston, Rex Harrison, Diane Cilento, Adolfo Celi e Tomas Milian

Charlton Heston é Miguel Ângelo e Rex Harrison o Papa Júlio II nesta fita sobre a relação e os conflitos entre ambos, durante a execução das pinturas da Capela Sistina, no Vaticano. Inteiramente rodado na Itália, foi adaptado de um livro de Irving Stone e sofre de algumas simplificações e estereótipos de filme sobre grandes artistas, que são compensados pelas interpretações e por uma impressionante recriação da época em todos os aspectos.

10

MODIGLIANI (1884 – 1920. Livorno / Itália)
Os AMANTES de MONTPARNASSE
(Les amants de Montparnasse, 1958)


Direção de Jacques Becker
Elenco: Gérard Philipe, Lilli Palmer, Lea Padovani, Lino Ventura e Anouk Aimée

O grande Max Ophüls começou a dirigir o filme, mas morreu logo depois. Retrata o atribulado último ano de vida do pintor italiano Amedeo Modigliani (soberba atuação de Gérard Philiphe), depois que ele conheceu e se apaixonou loucamente pela jovem artista Jeanne Hébuterne. O roteiro se aprofunda no vício dele pelo álcool, atormentado por seus fracassos, a incapacidade de vender suas pinturas a um público que não compreende seu trabalho.

11

MUNCH (1863 – 1944. Ådalsbruk / Noruega)
EDVARD MUNCH
(Edvard Munch, 1974)


Direção de Peter Watkins
Elenco: Geir Westby e Gro Fraas

Narra dez anos da trajetória do pintor norueguês Edvard Munch, dando a ver sua família autoritária e religiosa, os círculos boêmios de inspiração anarquista que frequentou, suas relações com os pintores realistas e as vanguardas modernas, com as mulheres, seus momentos íntimos de criação. Transita entre o documentário e a ficção, mostrando como uma parcela do ímpeto modernista tinha como objetivo uma transformação cultural e social, e não apenas a arte pela arte.

12

O’KEEFFE (1887 – 1986. Sun Prairie, Wisconsin / EUA)
VIDA e ARTE de GEORGIA O’KEEFFE
(Georgia O’Keeffe, 2009)


Direção de Bob Balaban
Elenco: Joan Allen, Jeremy Irons e Ed Begley Jr.

Uma das pintoras mais importantes da história da arte norte-americana, Georgia Totto O’Keeffe pintou flores e paisagens como ninguém e conheceu amor e fama com o carismático fotógrafo Alfred Stieglitz, com quem manteve um intenso relacionamento amoroso e profissional. Os quadros deslumbrantes da artista são apresentados ao longo do seu romance, seu colapso emocional ao descobrir que era traída, e durante sua autodescoberta em Taos, Novo México. É um drama cativante tanto para os fãs do trabalho dela quanto para quem ainda não a conhece.

13

PICASSO (1881 – 1973. Málaga / Espanha)
O MISTÉRIO de PICASSO
(Le Mystère Picasso, 1956)


Direção de Henri-Georges Clouzot

Em 1955, Clouzot convenceu seu amigo, Pablo Picasso, a participar de um documentário em torno de seu processo criativo. Para o filme, o pintor criou 20 telas. Usando tinta e papel especiais, ele elaborava os desenhos enquanto era filmado o lado inverso da tela, capturando o trabalho em tempo real. Pelo contrato, todas as telas pintadas deveriam ser destruídas quando o filme fosse finalizado. Recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes.

14

POLLOCK (1912 – 1956. Cody, Wyoming / EUA)
POLLOCK
(Idem, 2000)


Direção de Ed Harris
Elenco: Ed Harris, Marcia Gay Harden e Amy Madigan

Centrado em uma personalidade tão geniosa quanto genial, permite a emergência de um artista reumanizado (o avesso do mito, portanto), com sua dependência física, do álcool, e afetiva, da mulher, sua necessidade de elogios públicos, enfim, sua fraqueza. A arte de Pollock, a chamada “action painting”, ganha uma tradução cinematográfica sem subterfúgios e também sem mistificações. Junto com ela, o espectador adquire o direito de testemunhar que alguns gênios são apenas demasiadamente humanos.

15

REMBRANDT (1606 1669.  Leiden / Países Baixos)
A RONDA da NOITE
(Nightwatching, 2007)


Direção de Peter Greenaway
Elenco: Martin Freeman, Emily Holmes e Eva Birthistle

Uma produção épica, assente num momento particular da vida de Rembrandt Van Rijn: a produção da pintura “A Ronda da Noite”. Ao descobrir um homicídio por detrás dos objetivos financeiros e de poder pessoal, ele decide expor meticulosamente a acusação da conspiração assassina e da hipocrisia da sociedade na época de ouro holandesa, sob a forma de uma pintura encomendada. Um olhar profundo sobre a perda da inocência, sobre coragem e sobre os limites da crueldade humana. Tal como em toda a sua obra, Greenaway usa parâmetros estéticos da pintura. A cenografia é meticulosamente trabalhada, com destaque para a iluminação.

16

RENOIR (1841 – 1919. Limoges / França)
RENOIR
(Renoir, 2012)


Direção de Gilles Bourdos
Elenco: Michel Bouquet, Christa Théret, Vincent Rottiers e Romane Bohringer

Viajamos a 1915 e encontramos Renoir aos 74 anos, com dificuldades para trabalhar e mesmo se locomover graças a uma severa artrite que o tortura. Ainda que debilitado, inspira-se a pintar nova série de nus artísticos depois da chegada de uma aspirante à atriz. Ele se encanta com sua formosura e o espectador também, o que o leva a compartilhar do entusiasmo artístico do pintor e entender sua inspiração repentina. Michel Bouquet encarna com perfeição o artista. Merece ser visto pelas boas interpretações, reconstituição de época impecável e fotografia feérica.

17

RUBLEV (1360 – 1430. Grão-Principado de Moscou)
ANDREI RUBLEV
(Andrey Rublyov, 1966)


Direção de Andrei Tarkovsky
Elenco: Anatoliy Solonitsyn, Ivan Lapikov e Nikolay Grinko

A vida do monge e pintor de ícones itinerante do título, que viveu na Rússia dos séculos XIV e XV, uma época de grande violência e marcada por graves conflitos religiosos. Impregnado de misticismo e refletindo sobre temas como a relação entre a fé e a arte, ou entre o artista e aqueles que lhe encomendam obras, o filme acabou inevitavelmente por ser alvo da censura comunista soviética. Em 1969, foi exibido no Festival de Cannes numa cópia amputada de 20 anos minutos e só seria estreado no Ocidente em 1971. Uma obra-prima inquestionável.

18

TOULOUSE-LAUTREC (1864 – 1901. Albi / França)
MOULIN ROUGE
(Idem, 1952)


Direção de John Huston
Elenco: José Ferrer, Zsa Zsa Gabor e Suzanne Flon

Conta-se que, para rodar esta biografia de Toulouse-Lautrec, John Huston terá dito ao diretor de fotografia Oswald Morris que queria que “Moulin Rouge” parecesse ter sido realizado pelo próprio artista. José Ferrer interpreta brilhantemente Toulouse-Lautrec neste longa que combina fatos biográficos e liberdades dramáticas, conseguindo dar um expressivo panorama do que era a vida na Paris da época, inspirando-se abundantemente na obra do artista para o fazer, sobretudo nas sequências de interiores, passadas em lugares como o lendário cabaré do título.

19

TURNER (1775 – 1851. Covent Garden, Londres / Reino Unido)
SR. TURNER
(Mr. Turner, 2014)


Direção de Mike Leigh
Elenco: Timothy Spall, Paul Jesson e Dorothy Atkinson

Timothy Spall durante dois anos aprendeu a pintar para interpretar devidamente o mestre inglês J.M.W. Turner, tendo ganho o Prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes. O realizador, que nos habitou a histórias de ambientes contemporâneos, recuou ao século XIX neste drama biográfico em que acompanha os últimos 15 anos da vida de Turner, mantendo o realismo rigoroso do seu olhar. Ele recria o quotidiano do pintor, revela aspectos da sua vida pessoal e mostra o contexto em que criou alguns dos seus quadros mais belos e importantes.

20

UTAMARO (1753 - 1806. Edo / Japão)
UTAMARO e suas CINCO MULHERES
(Utamaro o Meguru Gonin no Onna, 1946)


Direção de Kenji Mizoguchi
Elenco: Minosuke Bandô, Kinuyo Tanaka e Kôtarô Bandô

Adaptação do romance de Kanji Kunieda, por sua vez inspirado na vida do pintor japonês Utamaro, famoso pelos retratos de cortesãs, conhecidos como bijin-ga. O célebre artista busca por cortesãs do bairro de Yoshiwara, região de bordéis em Tóquio, para compor sua arte. Mais uma imortal criação de Mizoguchi.

21

VAN GOGH (1853 – 1890. Zundert / Países Baixos)
SEDE de VIVER
(Lust for Life, 1956)


Direção de Vincente Minnelli
Elenco: Kirk Douglas, Anthony Quinn, James Donald, Pamela Brown e Everett Sloane

Kirk Douglas perdeu, injustamente, o Oscar de Melhor Ator pela sua arrebatada interpretação de Vincent Van Gogh neste filme baseado no livro de Irving Stone, mas Quinn ganhou o de Ator Coadjuvante pelo seu Gaugin. O drama contempla uma série de ideias ultrapassadas sobre o artista, bem como o estereótipo do “gênio torturado”, mas a realização de Minnelli é notável ao ecoar a pintura do artista e manejar o Technicolor para esse efeito de forma exímia.


outubro 09, 2020

*********************** A GLORIFICAÇÃO do CRIME

jean gabin em “grisbi, ouro maldito”

O gângster é retratado em Hollywood desde o final dos anos 20, quando a figura de um anti-herói criminoso passou a ganhar status de protagonista. No entanto, o Código de Hays condenou a glorificação do crime, passando ao bem mais ambíguo território noir, até ao seu ressurgimento nos anos 60 e 70 com uma nova onda de filmes criminais sobre os chamados “inimigos públicos”. Vários desses personagens, que de bonzinhos não têm nada, se tornaram icônicos no imaginário dos fãs de cinema, como Tony Camonte de “Scarface: a Vergonha de Uma Nação”, Cody Jarrett de “Fúria Sanguinária” e Vito Corleone de “O Poderoso Chefão”.
 
Com o fenômeno da Lei Seca, que durou de 1920 a 1933, os Estados Unidos viveram um período em que o álcool, a sua procura e venda clandestina marcavam o submundo do crime, dando origem a impérios de gângsteres que estampavam as primeiras páginas dos jornais. Com o exemplo do famoso Al Capone à cabeça, estas histórias fascinavam um público que nunca compreendeu aquela lei, e que via nas guerras entre gângsteres e as autoridades versões modernas de batalhas heroicas com o romantismo de outros tempos.
 
marlon brando em “o poderoso chefão” 


A década de 1930, em plena Depressão, é a era de ouro dos FILMES de GÂNGSTERES. O cinema, principalmente a produtora Warner Bros., tomou este tema como inspiração, numa série de longas sobre o crime organizado. Eram narrativas de vilões audaciosos, dramáticas ascensões e quedas, lutas pelo poder e contra a polícia, cheias de tiroteios, em que traziam para a iconografia cinematográfica nomes como Edward G. Robinson, James Cagney e Humphrey Bogart.
 
Em “Scarface: a Vergonha de Uma Nação”, de 1932, havia uma mensagem dos produtores explicando que era baseado em fatos reais e mostrava as gangues que assolavam os Estados Unidos naquela época e pedia providências ao governo. O objetivo era horrorizar a população, mas o resultado foi justamente o contrário. A plateia amou os personagens e até Al Capone tinha uma cópia do clássico. Assim são os FILMES de GÂNGSTERES, acabamos por ficar mais encantados por aqueles tipos à margem da lei do que enojados.
 
O cinema nos brindou com excelentes obras protagonizadas por gângsteres. Confira uma lista dos meus filmes preferidos sobre o tema:

01

PAIXÃO e SANGUE
(Underworld, 1927)

Direção de Josef von Sternberg

Elenco: George Bancroft, Clive Brook e Evelyn Brent

02

ALMA no LODO
(Little Caesar, 1931)

Direção de Mervyn LeRoy
Elenco: Edward G. Robinson, Douglas Fairbanks Jr. e Glenda Farrell
 
03
INIMIGO PÚBLICO
(The Public Enemy, 1931)

Direção de William A. Wellman

Elenco: James Cagney, Jean Harlow e Joan Blondell
 
04
SCARFACE: a VERGONHA de uma NAÇÃO
(Scarface, 1932)

Direção de Howard Hawks
Elenco: Paul Muni, Ann Dvorak, Karen Morley, George Raft e Boris Karloff
 
05
CONTRA o IMPÉRIO do CRIME
(G-Men, 1935)

Direção de William Keighley

Elenco: James Cagney, Margaret Lindsay, Ann Dvorak, Robert Armstrong e Lloyd Nolan
 
06
BECO sem SAÍDA
(Dead End, 1937)

Direção de William Wyler

Elenco: Sylvia Sidney, Joel McCrea, Humphrey Bogart, Claire Trevor e Marjorie Main
 
07
O GÊNIO do CRIME
(The Amazing Dr. Clitterhouse, 1938)

Direção de Anatole Litvak

Elenco: Edward G. Robinson, Humphrey Bogart, Claire Trevor, Donald Crisp, Ward Bond e Vladimir Sokoloff
 
08
HERÓIS ESQUECIDOS
(The Roaring Twenties, 1939)

Direção de Raoul Walsh

Elenco: James Cagney, Humphrey Bogart, Priscilla Lane e Gladys George
 
09
Seu ÚLTIMO REFÚGIO
(High Sierra, 1941)

Direção de
Raoul Walsh
Elenco: Ida Lupino, Humphrey Bogart, Arthur Kennedy, Joan Leslie, Cornel Wilde e Isabel Jewell
 
10
ESTRADA PROIBIDA
(Johnny Eager, 1941)

Direção de Mervyn LeRoy

Elenco: Robert Taylor, Lana Turner, Edward Arnold, Van Heflin e Glenda Farrell
 
11
PAIXÕES em FÚRIA
(Key Largo, 1948)

Direção de John Huston

Elenco: Humphrey Bogart, Edward G. Robinson, Lauren Bacall, Lionel Barrymore, Claire Trevor e Thomas Gomez
 
12
BAIXEZA
(Criss Cross, 1949)

Direção de
Robert Siodmak
Elenco: Burt Lancaster, Yvonne De Carlo, Dan Duryea e Stephen McNally
 
13
FÚRIA SANGUINÁRIA
(White Heat, 1949)

Direção de Raoul Walsh

Elenco: James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O'Brien e Steve Cochran
 
14
O CZAR NEGRO
(The Undercover Man, 1949)

Direção de Joseph H. Lewis

Elenco: Glenn Ford, Nina Foch e James Whitmore
 
15
A ESTRADA dos HOMENS sem LEI
(The Racket, 1951)

Direção de John Cromwell

Elenco: Robert Mitchum, Lizabeth Scott e Robert Ryan
 
16
Os CORRUPTOS
(The Big Heat, 1953)

Direção de Fritz Lang

Elenco: Glenn Ford, Gloria Grahame e Lee Marvin
 
17
GRISBI, OURO MALDITO
(Touchez pas au Grisbi, 1954)

Direção de Jacques Becker

Elenco: Jean Gabin, Dora Doll, Lino Ventura, Paul Frankeur e Jeanne Moreau
 
18
IMPÉRIO do CRIME
(The Big Combo, 1955)

Direção de Joseph H. Lewis

Elenco: Cornel Wilde, Richard Conte, Brian Donlevy, Jean Wallace e Lee Van Cleef
 
19
GANGSTERES de CASACA
(Mélodie en Sous-sol, 1963)

Direção de Henri Verneuil

Elenco: Jean Gabin, Alain Delon, Viviane Romance e Dora Doll
 
20
Os PROFISSIONAIS do CRIME
(Le Deuxième Souffle, 1966)

Direção de Jean-Pierre Melville

Elenco: Lino Ventura, Paul Meurisse, Raymond Pellegrin e Paul Frankeur
 
21
Os SICILIANOS
(Le Clan des Siciliens, 1969)

Direção de Henri Verneuil

Elenco: Jean Gabin, Alain Delon, Lino Ventura, Irina Demick e Amedeo Nazzari
 
22
O PODEROSO CHEFÃO
(The Godfather, 1972)

Direção de
Francis Ford Coppola
Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Sterling Hayden, John Marley, Richard Conte e Diane Keaton
 
23
LUCKY LUCIANO - o IMPERADOR da MÁFIA
(Lucky Luciano, 1973)

Direção de Francesco Rosi

Elenco: Gian Maria Volontè, Rod Steiger, Edmond O´Brien e Vincent Gardenia
 
24
O PODEROSO CHEFÃO II
(The Godfather II, 1974)

Direção de
Francis Ford Coppola
Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Robert Duvall, Diane Keaton, Talia Shire e Lee Strasberg
 
25
SCARFACE
(Scarface, 1983)

Direção de Brian De Palma

Elenco: Al Pacino, Michelle Pfeiffer, Steven Bauer, Mary Elizabeth Mastrantonio, Robert Loggia e F. Murray Abraham
 
26
ERA UMA VEZ na AMÉRICA
(Once Upon a Time in America, 1984)

Direção de Sergio Leone

Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Treat Williams, Tuesday Weld e Joe Pesci
 
27
Os INTOCÁVEIS
(The Untouchables, 1987)

Direção de Brian De Palma

Elenco: Kevin Costner, Sean Connery, Robert De Niro e Andy Garcia
 
28
Os BONS COMPANHEIROS
(Goodfellas, 1990)

Direção de
Martin Scorsese
Elenco: Robert De Niro, Ray Liotta, Joe Pesci, Lorraine Bracco e Paul Sorvino
 
29
AJUSTE FINAL
(Miller's Crossing, 1990)

Direção de
Joel Coen e Ethan Coen
Elenco: Gabriel Byrne, Albert Finney, John Turturro e Marcia Gay Harden
 
30
CASSINO
(Casino, 1995)

Direção de
Martin Scorsese
Elenco: Robert De Niro, Sharon Stone, Joe Pesci e James Woods
 
FACES do CRIME no CINEMA
 
ALAIN DELON
(1935. Sceaux, Seine, Île-de-France / França)

EDWARD G. ROBINSON
(1893 – 1973. Bucareste / Romênia)

GEORGE RAFT
(1901 – 1980. Nova Iorque / EUA)

GIAN MARIA VOLONTÈ
(1933 – 1994. Milão, Lombardia / Itália)

HUMPHREY BOGART
(1899 – 1957. Nova Iorque / EUA)

JAMES CAGNEY
(1899 – 1986. Nova Iorque / EUA)

JEAN GABIN
(1904 – 1976. Paris / França)

LINO VENTURA
(1919 – 1987. Parma, Emilia-Romagna / Itália)

MARLON BRANDO
(1924 – 2004. Omaha, Nebraska / EUA)

PAUL MUNI
(1895 – 1967. Lemberg, Galicia / Ucrânia)

RICHARD CONTE
(1910 – 1975. Jersey City, New Jersey / EUA)