dezembro 30, 2014

********* VENDE-SE EROTISMO: a ARTE do CARTAZ




O CARTAZ tem sido um dos elementos-chave quando se trata de vender um filme. Muitos se tornaram itens valiosos para colecionadores e alguns ilustradores de cartazes - Tom Chantrell, Reynolds Brown, Robert McGinnis etc. - são artistas prestigiados. Eles deram um toque sensual, seduzimdo o público. De famosas produções de grandes estúdios a filmes de baixa renda, desfrute do erotismo cinematográfico:


dezembro 06, 2014

***** GRACE, a VÊNUS IMPERIAL de HOLLYWOOD

grace kelly

Há estrelas especiais, GRACE KELLY (1929 - 1982) é uma delas. Garota da alta sociedade, ela tinha tudo e estava destinada a se casar com um príncipe. Com refinado sotaque britânico, bela como uma estátua grega, aristocrática, a loura da Filadélfia foi apelidada ironicamente por Alfred Hitchcock como “Princesa da Neve”. Sua frieza fazia parte do estilo impecável, de aparência etérea e sensualidade reservada, sutil. Uma das mulheres mais famosas do mundo, tudo o que a atriz fazia era notícia. Sua passagem por Hollywood, de 1951 a 1956, mudaria sua vida para sempre e marcaria a história do cinema.


1951
Depois de trabalhar como modelo, brilhar nos palcos da Broadway - em “O Pai”, de August Strindberg, com Raymond Massey -, e se tornar uma reconhecida atriz de televisão, atuando em cerca de 60 teleteatros, estreou no cinema em “Horas Intermináveis / Fourteen Hours”, aos 22 anos. Dirigida pelo veterano Henry Hathaway em um pequeno papel, representa uma garota que discute com um advogado, desejosa de receber o divórcio do marido. Baseado em fatos reais que causaram comoção em Nova Iorque, o thriller narra a tentativa de suicídio de um rapaz infeliz (Richard Basehart), ameaçando jogar-se do alto de um edifício. Também no elenco, em pontas, duas futuras estrelas de matinês, Jeffrey Hunter e Debra Paget. A 20th Century-Fox, produtora do filme, convidou Grace para assinar um longo contrato, mas ela recusou, temendo ser confundida com apenas mais uma loura burra e sexy do estúdio.

gary cooper e grace
1952
O premiado Fred Zinnemann lhe ofereceu o papel de Amy, a esposa de Gary Cooper no clássico “Matar ou Morrer / High Noon”, onde um xerife pacato, preparando-se para partir em lua-de-mel, vê-se na obrigação de defender a cidade sem a ajuda de ninguém. Grace não gostou do personagem, tampouco o diretor do seu desempenho: “Ela era muito inexpressiva, mas isso se ajustava perfeitamente ao papel”. Além de revelá-la para o mundo, esse western campeão de bilheteria recebeu diversos prêmios, inclusive o segundo Oscar de Melhor ator para Cooper.

grace e clark gable
1953
Assinando um contrato-padrão de sete anos com a Metro-Goldwyn-Mayer, ela estreou no poderoso estúdio com o pé direito, como o terceiro nome de um elenco encabeçado por Clark Gable e Ava Gardner. Remake de “Terra de Paixões / Red Dust” (1932), de Victor Fleming, “Mogambo / idem” foi um dos grandes êxitos do ano. Na direção, John Ford. No papel de Linda Nordley, planejado para Gene Tierney, GRACE KELLY representa uma inglesa puritana, casada com um cinegrafista, que se apaixona por um caçador (Gable) em plena África. Ela conseguiu sua primeira indicação ao Oscar, de Melhor Atriz Coadjuvante, perdendo para a Donna Reed de “A Um Passo da Eternidade / From Here to Eternity”, mas levou o Globo de Ouro. No entanto, quem realmente rouba a cena é Ava Gardner.

grace e ray milland
1954
A essa altura, era visada por diversos diretores famosos. Foi o inglês Alfred Hitchcock que viu nela mais que um rosto bonito – a estrela que sempre procurara, a loura fria e distante que sugeria, de forma inconsciente, mil promessas. Hitch não hesitou em colocá-la no papel principal de “Disque M para Matar / Dial M for Murder”, inicialmente destinado a Deborah Kerr. Ela e o diretor se deram muitíssimo bem. Grace é a esposa infiel de Ray Milland, vivendo um caso com Robert Cummings. No mesmo ano, ela faria mais quatro filmes. O seguinte, “Janela Indiscreta / Rear Window”, uma obra-prima, verdadeira lição de voyeurismo, conta a história de um fotógrafo (James Stewart) que, de perna quebrada, imobilizado em seu apartamento, nada mais tem a fazer senão olhar pela janela de sua casa. Acaba presenciando um crime, e com a ajuda de sua namorada (Grace) o soluciona. Esse filme fez dela uma estrela, numa provocante presença erótica em cena.

grace e stewart granger
Logo após os dois filmes de Hitchcock, no auge da carreira, aceitou a proposta da Metro para filmar “Tentação Verde / Green Fire”, mas com um condição: que o estúdio a emprestasse à Paramount para atuar em “Amar é Sofrer / The Country Girl”. Ela queria provar que tinha talento, e com esse drama demonstrou qualidades dramáticas, levando o Oscar de Melhor Atriz - derrotando injustamente a Judy Garland de “Nasce Uma Estrela / A Star is Born” -, o Globo de Ouro e o prêmio do Circulo de Críticos de Cinema de Nova Iorque. Interpreta a mulher deprimida e obstinada de um ator alcoólatra e fracassado (Bing Crosby). Já o banal “Tentação Verde”, dirigido por um diretor ruim, Andrew Morton, é considerado o seu pior filme. Rian (Stewart Granger), um aventureiro em busca de esmeraldas, acaba conhecendo Catherine (Grace), dona de uma plantação de café. Com o período das chuvas, o rio inunda a plantação e a única solução de salvá-la seria explodir a montanha onde se encontram as pedras preciosas. Sob as ordens de Mark Robson fez o convencional “As Pontes de Toko-Ri / The Bridges at Toko-Ri”, como a doce esposa de um piloto (William Holden) em missão oficial arriscada. Também no elenco, Fredric March e Mickey Rooney.

grace e cary grant
1955
Ela já era uma das maiores bilheterias de Hollywood, e estava no ápice da beleza e fama, quando foi convocada novamente pelo mestre Alfred Hitchcock para contracenar com Cary Grant no charmoso “Ladrão de Casaca / To Catch a Thief”, muito mais uma comédia romântica ambientada na Baviera que um filme de suspense. Grant é John Robbie, “O Gato”, um ex-ladrão de jóias que vive em uma bela casa nas montanhas. Uma série de roubos de jóias acontece nos hotéis e ele é o principal suspeito. Para provar sua inocência, deve prender o verdadeiro criminoso que imita seus antigos roubos. No caminho, encontra Francie Stevens (GRACE KELLY), uma garota arrebatadora.

grace e alec guinness
1956
Depois de recusar uma série de filmes importantes – “Assim Caminha a Humanidade / Giant”, “Gata em Teto de Zinco Quente / Cat on a Hot Tin Roof”, “Teu Nome é Mulher / Designing Woman” etc. – ou outros de qualidade discutível – “Honra a um Homem Mau / Tribute to a Bad Man”, “A Coroa e a Espada / Quentin Durward” e “A Família Barrett / The Barretts of Wimpole Street” -, estrelou o delicado e charmoso “O Cisne / The Swan”, de Charles Vidor, como uma princesa, em um reino na Europa, dividida entre o amor de um monarca (Alec Guinness) e o de um professor (Louis Jourdan).

grace e frank sinatra
Neste mesmo ano faria também o belo e sofisticado musical “Alta Sociedade / High Society”, remake de “Núpcias de Escândalo / The Philadelphia Story” (1940). No papel que reinventou a carreira de Katharine Hepburn, ela divide a cena com Frank Sinatra, Bing Crosby, Celeste Holm e Louis Armstrong. Num mundo de ricos, Tracy Lord e C. K. (Crosby), um casal que acaba de se divorciar. Ela quer começar uma nova vida, ao lado de um novo companheiro, mas está dividida entre o noivo pomposo, o ex-marido playboy e um jornalista sedutor, numa confusão romântica recheada de belas canções compostas por Cole Porter. Grace e Crosby gravaram “True Love”, que ficou no topo das paradas. Esse longa marca a sua despedida das telas. Ela logo se casaria, tornando-se a princesa de Mônaco e nunca mais voltando a filmar, mesmo com insistentes convites de Alfred Hitchcock, entre outros diretores.


FILMES de GRACE

***** ÓTIMO
JANELA INDISCRETA; LADRÃO DE CASACA;

**** MUITO BOM
MATAR OU MORRER; DISQUE M PARA MATAR;
O CISNE; ALTA SOCIEDADE;

*** BOM
HORAS INTERMINÁVEIS; MOGAMBO;

** REGULAR
AMAR É SOFRER; AS PONTES DE TOKO-RI;

* RUIM
TENTAÇÃO VERDE


novembro 22, 2014

********* OSCAR 2015 – PREVISÕES PREMATURAS

joaquin phoenix em “vício inerente”



Os indicados ao OSCAR 2015 serão anunciados no dia 15 de janeiro. Com a proximidade da data, começam as especulações e os favoritos despontam. Realizada no Teatro Dolby, em Hollywood, dia 22 de fevereiro, a cerimonia será transmitida ao vivo para 225 países.

Mesmo com possíveis concorrentes ainda inéditos nos cinemas nacionais, o blog O FALCÃO MALTÊS aposta suas fichas, escolhendo dez filmes, dez atrizes e dez atores. Veja a lista abaixo. Qual a sua opinião e os seus favoritos?

MELHOR FILME

Exibido pela primeira no Festival de Cannes, onde venceu o premio de Melhor Direção, “Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo”, até o momento é o grande favorito. Bennett Miller, conhecido por “Capote / Idem” (2005) e “O Homem que Mudou o Jogo / Moneyball” (2011), ambos indicados ao Oscar, volta ao tema do esporte, baseando-se em fatos reais. Narra a sombria e trágica história da relação entre o excêntrico multimilionário John du Pont, que forma uma equipe para treinar para os Jogos Olímpicos de Seul em 1988 em seu novo centro de treinamento, e os irmãos Mark e Dave Schultz, campeões olímpicos de luta. Nos papéis de Mark, seu irmão Dave e Du Pont, Channing Tatum e dois impressionantes Mark Ruffalo e Steve Carell, respectivamente.

GRANDES OLHOS
(Big Eyes)

direção de Tim Burton
Drama com Christoph Waltz, Amy Adams,
Krysten Ritter e Terence Stamp


CAMINHOS da FLORESTA
(Into the Woods)

direção de Rob Marshall
Fantasia com Emily Blunt, Johnny Depp,
Meryl Streep e Chris Pine


FOXCATCHER: uma HISTÓRIA que CHOCOU o MUNDO
(Foxcatcher)

direção de Bennett Miller
Cinebiografia com Steve Carell, Channing Tatum,
Mark Ruffalo e Vanessa Redgrave


GAROTA EXEMPLAR
(Gone Girl)

direção de David Fincher
Thriller com Ben Affleck, Rosamund Pike
e Neil Patrick Harris


JAMES BROWN
(Get on Up)

direção de Tate Taylor
Cinebiografia com Chadwick Boseman, Nelsan Ellis,
Dan Aykroyd e Viola Davis


O GRANDE HOTEL BUDAPESTE
(The Great Budapeste Hotel)

direção de Wes Anderson
Comédia com Ralph Fiennes, F. Murray Abraham,
Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe,
Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law,
Bill Murray, Edward Norton, Saoirse Ronan,
Léa Seydoux, Tilda Swinton e Tom Wilkinson



INTERESTELAR
(Interstellar)


direção de Christopher Nolan
Fiçcao-Científica com Matthew McConaughey, Anne Hathaway,
Jessica Chastain, Ellen Burstyn, Michael Caine
e Wes Bentley




O JOGO da IMITAÇAO
(The Imitation Game)

direção de Morton Tyldum
Cinebiografia com Benedict Cumberbatch, Keira Knightley,
Matthew Goode e Charles Dance


SR. TURNER
(Mr. Turner)

direção de Mike Leigh
Cinebiografia com Timothy Spall, Paul Jesson
e Dorothy Atkinson


VÍCIO INERENTE
(Inherent Vice)

direção de Paul Thomas Anderson
Comédia com Jena Malone, Reese Witherspoon,
Joaquin Phoenix, Josh Brolin, Benicio Del Toro
e Owen Wilson


MELHOR ATRIZ

Será que dessa vez Amy Adams leva a estatueta? Depois de cinco indicações e nenhuma vitória, há boas possibilidades dela receber a sua sexta indicação, agora por interpretar um personagem real - algo que a Academia adora. Mas a sensacional veterana Julianne Moore também está na corrida ao OSCAR 2015 por duas elogiadas interpretações: Havana Segrand, atriz neurótica e decadente em “Mapa para as Estrelas”, e Dra. Alice Howland, que sofre com Alzheimer precoce em “Still Alice”. Ela levou o premio de Melhor Atriz no Festival de Cannes pelo drama bizarro de David Cronenberg. Moore também é um típico caso de injustiça: quatro indicações e nenhuma estatueta. Há quem diga que esse é o seu momento.

AMY ADAMS

GRANDES OLHOS
(Big Eyes)
direção de Tim Burton

FELICITY JONES

A TEORIA de TUDO
(The Theory of Everything)
direção de James Marsh

JESSICA CHASTAIN

O DESAPARECIMENTO de ELEANOR RIGBY
(The Disappearance of Eleanor Rigby)
direção de Ned Benson

JESSICA LANGE

THE GAMBLER
direção de Rupert Wyatt

JULIANNE MOORE

STILL ALICE
direção de Richard Glatzer e Wash Westmoreland
MAPA PARA as ESTRELAS
(Maps to the Stars)
direção de David Cronenberg

KEIRA KNIGHTLEY

MESMO se NADA DER CERTO
(Begin Again)
direção de John Carney

MAGGIE SMITH

MY OLD LADY
direção de Israel Horovitz

MARION COTILLARD

ERA uma VEZ em NOVA YORK
(The Immigrant)
direção de James Gray

REESE WITHERSPOON

A BOA MENTIRA
(The Good Lie)
direção de Philippe Falardeau

SHIRLEY MACLAINE

ELSA & FRED
direção de Michael Radford

MELHOR ATOR

Os especialistas se dividem entre os britânicos Benedict Cumberbatch e Timothy Spall. O primeiro tem a responsabilidade de interpretar um matemático homossexual que solucionou um dos códigos que ajudaram a acabar com a II Guerra Mundial. A passagem de “O Jogo da Imitação” pelo Festival de Toronto foi estrondosa e o protagonista transformou-se em forte candidato ao OSCAR 2015. Também muito elogiado, Spall interpreta o pintor inglês J.M.W. Turner, um dos pioneiros do movimento impressionista. Ele ganhou o premio de Melhor Ator em Cannes e foi nomeado para o European Film Awards.

AL PACINO

MANGLEHORN
direção de David Gordon Green

BENEDICT CUMBERBATCH

O JOGO da IMITAÇÃO
(The Imitation Game)
direção de Morton Tyldum

CHADWICK BOSEMAN

JAMES BROWN
(Get on Up)
direção de Tate Taylor

CHRISTOPHER PLUMMER

ELSA & FRED
direção de Michael Radford

JOAQUIN PHOENIX

VÍCIO INERENTE
(Inherent Vice)
direção de Paul Thomas Anderson

MICHAEL FASSBENDER

MACBETH
direção de Justin Kurzel

MICHAEL KEATON

HOMEM-PÁSSARO
(Birdman)
direção de Alejandro González Iñárritu

RALPH FIENNES

O GRANDE HOTEL BUDAPESTE
(The Great Budapest Hotel)
direção de Wes Anderson

TIMOTHY SPALL

SR. TURNER 
(Mr. Turner)
direção de Mike Leigh

VIGGO MORTENSEN

As DUAS FACES de JANEIRO
(The Two Faces of January)
direção de Hossein Amini