Seu nome está imortalizado em inúmeros clássicos, inclusive como musa favorita do mestre do suspense Alfred Hitchcock.
Dra. Constance Petersen em
QUANDO FALA o CORAÇÃO
(Spellbound, 1945)
Com Gregory Peck e Rhonda Fleming
Concorreu ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Direção. Utilizando uma sedutora fotografia expressionista em contrastes de claro e escuro, é um dos primeiros filmes feitos em Hollywood cuja trama usa a psicanálise freudiana. Um amnésico, ao descobrir que não é quem pensa ser, convoca uma psiquiatra fria e mal-amada para ajudá-lo a descobrir sua verdadeira identidade, assim como o destino do indivíduo que ele aparentemente está personificando. Enorme sucesso de bilheteria (inclusive no Brasil, onde foi várias vezes reprisado), notável por suas atuações, cenografia e trilha sonora de Miklos Rozsa (ganhadora do Oscar).
O pintor surrealista espanhol Salvador Dali concebeu as famosas sequências de sonho vislumbradas por Peck em estado de hipnose. Mas há outras sequências famosas: o primeiro beijo do casal, quando várias portas vão se abrindo, simbolizando a libertação da heroína, e a cena com o revólver que atira diretamente para a câmera. Ingrid foi a Melhor Atriz dos Críticos de Nova York. Repare em Rhonda Fleming em um dos seus primeiros papéis. Ela foi uma das mulheres mais bonitas do cinema e ainda hoje está viva, aos 89 anos de idade. Hitchcock mais tarde se referia ao longa como “apenas outro filme de perseguição disfarçada em pseudo-psicanálise”.
O pintor surrealista espanhol Salvador Dali concebeu as famosas sequências de sonho vislumbradas por Peck em estado de hipnose. Mas há outras sequências famosas: o primeiro beijo do casal, quando várias portas vão se abrindo, simbolizando a libertação da heroína, e a cena com o revólver que atira diretamente para a câmera. Ingrid foi a Melhor Atriz dos Críticos de Nova York. Repare em Rhonda Fleming em um dos seus primeiros papéis. Ela foi uma das mulheres mais bonitas do cinema e ainda hoje está viva, aos 89 anos de idade. Hitchcock mais tarde se referia ao longa como “apenas outro filme de perseguição disfarçada em pseudo-psicanálise”.
Alicia Huberman em
INTERLÚDIO
(Notorious, 1946)
Último filme de Ingrid como contratada de Selznick, mas originalmente o produtor pretendia que Vivien Leigh interpretasse a sua personagem. Perto do fim da Segunda Guerra Mundial, espião recruta garota sem perspectivas para se infiltrar em um grupo de nazistas exilados no Brasil. Num Rio de Janeiro de estúdio, somos agraciados com vários personagens (como os de Cary e Claude Rains) falando em português e fazendo menção a locais brasileiros, como a cidade de Petrópolis. Além disso, temos um ator brasileiro em cena, Ricardo Costa, que interpreta o Dr. Barbosa. História cheia de classe e romance, fotografado de forma magnífica por Ted Tetzlaff em um preto-e-branco resplandecente e com seus astros mais belos (e inspirados) do que nunca.
É impossível não ficar deslumbrado com a beleza e o talento de Ingrid e Cary. Os dois tem uma química impressionante, e fisgam a atenção da plateia de cara. Formando um dos melhores casais hitchockianos, fazem frente a James Stewart e Grace Kelly em “Janela Indiscreta / Rear Window” (1954) ou Cary e Grace em “Ladrão de Casaca / To Catch a Thief” (1955). Ambos convencem tanto como espiões quanto como amantes. Hitchcock demonstra controle total da narrativa num nível mais sofisticado do que em seus filmes anteriores, dando uma aula de cinema. É um dos melhores exemplos para provar que Hitch era de verdade o mestre do suspense, fazendo uso de suas capacidades de hipnotizador com aptidão e habilidade. Nas cenas em que contracenava com Ingrid, o excelente Claude Rains (que concorreu ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) estava sobre um caixote, para dar a impressão que era mais alto que a atriz. Foi refilmado para a tevê norte-americana em 1992.
É impossível não ficar deslumbrado com a beleza e o talento de Ingrid e Cary. Os dois tem uma química impressionante, e fisgam a atenção da plateia de cara. Formando um dos melhores casais hitchockianos, fazem frente a James Stewart e Grace Kelly em “Janela Indiscreta / Rear Window” (1954) ou Cary e Grace em “Ladrão de Casaca / To Catch a Thief” (1955). Ambos convencem tanto como espiões quanto como amantes. Hitchcock demonstra controle total da narrativa num nível mais sofisticado do que em seus filmes anteriores, dando uma aula de cinema. É um dos melhores exemplos para provar que Hitch era de verdade o mestre do suspense, fazendo uso de suas capacidades de hipnotizador com aptidão e habilidade. Nas cenas em que contracenava com Ingrid, o excelente Claude Rains (que concorreu ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) estava sobre um caixote, para dar a impressão que era mais alto que a atriz. Foi refilmado para a tevê norte-americana em 1992.
Lady Henrietta Flusky em
SOB o SIGNO de CAPRICÓRNIO
(Under Capricorn, 1949)
Com Joseph Cotten, Michael Wilding
e Margaret Leighton
e Margaret Leighton
Sem um pingo de suspense, talvez seja o pior filme da atriz e do diretor, mas tem suas qualidades – como a cuidadosa construção da narrativa -, que são o suficiente para torná-lo agradável de assistir. Fracasso de bilheteria (o público sempre esperava de Hitch uma narrativa tensa e instigante), esse melodrama de época conta a história de aristocrata frágil que vai definhando quando se muda da Irlanda para a Austrália do século XIX, a fim de ficar perto do seu marido, um ex-presidiário acusado de ter assassinado o irmão dela. A chegada de um primo provoca desconfianças e revelações inesperadas. O forte da produção é a evolução do argumento e a interação entre os três personagens principais, que fogem do senso comum e deixam a trama imprevisível. Hitch revelou que fez esse filme apenas para contar com a presença de sua adorada amiga Ingrid Bergman, que era, naquela época, a maior estrela de Hollywood.
Ele não gostava do história, mas achava que seria um bom veículo para a atriz, que está menos deslumbrante aqui do que nos outros filmes que fez com o mestre. Mas o seu talento continua impecável, destacando-se em muitos momentos, principalmente num monólogo de oito minutos no último terço do filme. As filmagens foram um pesadelo para a estrela, que sofreu vários colapsos nervosos. Desconsolado com o fracasso comercial e crítico, o diretor caiu numa tremenda depressão, engordou ainda mais e se viu obrigado a fechar a sua produtora Transatlantic Pictures. O título nacional é péssimo, afinal o “Capricorn” original se refere ao trópico e nunca ao signo astrológico.
Ele não gostava do história, mas achava que seria um bom veículo para a atriz, que está menos deslumbrante aqui do que nos outros filmes que fez com o mestre. Mas o seu talento continua impecável, destacando-se em muitos momentos, principalmente num monólogo de oito minutos no último terço do filme. As filmagens foram um pesadelo para a estrela, que sofreu vários colapsos nervosos. Desconsolado com o fracasso comercial e crítico, o diretor caiu numa tremenda depressão, engordou ainda mais e se viu obrigado a fechar a sua produtora Transatlantic Pictures. O título nacional é péssimo, afinal o “Capricorn” original se refere ao trópico e nunca ao signo astrológico.
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