A significância do CINEMA RUSSO é notória. Inicialmente influenciado pelo construtivismo, o cubismo francês e o futurismo italiano, incorporou experiências sensoriais ligadas ao abstrato gráfico, ao espiritual e ao funcional, em busca de uma linguagem própria. Resultando, nessa extraordinária fusão, em filmes célebres como o politizado “Encouraçado Potemkin / Bronenosets Potyomkin” (1925), de Sergei Eisenstein, e o experimental “O Homem com Uma Câmera / Chelovek s kino-apparatom” (1929), de Dziga Vertov. Pioneiros da linguagem, da teoria e da estética cinematográfica, sugerindo e definindo padrões, ganharam prêmios importantes e correram mundo. Um dos maiores cineastas russos, Andrei Tarkovsky, inovou a linguagem e a estética cinematográfica com realizações poéticas/filosóficas marcadas por símbolos, durante o período do chamado “Degelo”, nas décadas de 60 e 70. Selecionei os seus três filmes que mais admiro, assim como os de outros seis diretores do país de Dostoievski.
Para quem não conhece o CINEMA RUSSO, possivelmente esta lista será pertinente, um verdadeiro caminho para infinitas descobertas. O produto final é uma série de obras-primas, de impacto, que legitimam sua permanência como um referencial na história do cinema. Por fim, antes que me crucifiquem, um aparte: Aleksandr Sokurov, o realizador de “Pai e Filho / Otets i Syn” (2003), não foi descartado, apenas resguardado para um post - mais adiante - somente sobre ele.
Para quem não conhece o CINEMA RUSSO, possivelmente esta lista será pertinente, um verdadeiro caminho para infinitas descobertas. O produto final é uma série de obras-primas, de impacto, que legitimam sua permanência como um referencial na história do cinema. Por fim, antes que me crucifiquem, um aparte: Aleksandr Sokurov, o realizador de “Pai e Filho / Otets i Syn” (2003), não foi descartado, apenas resguardado para um post - mais adiante - somente sobre ele.
ALEKSANDR DOVZHENKO
(1894 - 1956)
ARSENAL / Apcehan(1929)
TERRA / Zemlya (1930)
ANDREI TARKOVSKY
(1932 - 1986)
ANDREI ROUBLEV / Idem (1966)
SOLARIS / Solyaria (1972)
O SACRIFÍCIO / Offret (1986)
MIKHAIL KALATOZOV
(1903 - 1973)
QUANDO VOAM AS CEGONHAS / Letyat Zhuravli (1957)
EU SOU CUBA / Ya Kuba (1964)
A TENDA VERMELHA / Krasnaya Palatka (1969)
NIKITA MIKHALKOV
(1945)
OLHOS NEGROS / Oci Ciornie (1987)
URGA – UMA PAIXÃO NO FIM DO MUNDO / Urga (1991)
O SOL ENGANADOR / Utomlyonnye Solntsem(1994)
“o sol enganador” |
SERGEI M. ENSENSTEIN
(1898 - 1948)
O ENCOURAÇADO POTENKIM / Bronenosets Potyomkin (1925)
ALEXANDER NEVSKY/Idem (1938)
IVAN, O TERRÍVEL – PARTE I E II / Ivan Groznyv (1944-1958)
SERGEI PARADJANOV
(1924 - 1990)
OS CAVALOS DE FOGO / Tini Zabutykh Predkiv (1964)
A COR DA ROMÃ / Sayat Nova (1969)
O TROVADOR KERIB / Ashugi Oaribi (1988)
“a cor do romã” |
VSEVOLOD PUDOVKIN
(1893 - 1953)
A MÃE / Mat (1926)
TEMPESTADE SOBRE A ÁSIA / Potomok Chingis-Khana (1928)
O FIM DE SÃO PETERSBURGO / Kpnets Sankt-Peterburga (1927)
POEMA de ARSANI TARKOVSKI
(do filme “Stalker”, de Andrei Tarkovsky, 1979)
Agora o verão se foi,
e poderia não ter vindo.
No sol está quente,
mas tem de haver mais.
Tudo aconteceu,
tudo caiu em minhas mãos,
como uma folha de cinco pontas,
mas tem de haver mais.
Nada de mau se perdeu,
nada de bom foi em vão...
uma luz clara ilumina tudo,
mas tem de haver mais.
A vida me recolheu,
à segurança de suas asas.
Minha sorte nunca falhou,
mas tem de haver mais.
Nem uma folha queimada,
nem um graveto partido
claro como um vidro é o dia...
mas tem de haver mais.