agosto 21, 2021

************************** Os AMORES de MARILYN




Apelidos: The Blonde Bombshell, MM
Altura: 1,68 m
Olhos: azuis
Cabelos: ruivos



Protagonizou escândalos, viveu a agonia de uma personalidade insegura e se tornou um dos maiores símbolos de beleza de todos os tempos em sua curta passagem pela vida. Seus incontáveis relacionamentos amorosos foram marcados por ciúme, traição e sexo descartável com anônimos e mega-astros de ambos os sexos. Loira platinada, corpo deslumbrante, sensualidade marcada em curvas e gestos, seios generosos, boca provocante, MARILYN MONROE (1926 – 1962. Los Angeles, Califórnia / EUA) representa um erotismo excitante aliado a uma certa inocência, resultando em uma explosão sexual sem precedentes. O sucesso, contudo, não trouxe felicidade. Morreu há cinquenta e nove anos, mas a deusa ainda povoa o imaginário de muitos.
 
Um mito, uma estrela, uma diva que passou a maior parte da vida em lares adotivos e orfanatos. A mãe esquizofrênica vivia internada em instituições psiquiátricas, tendo pouco contato com a filha. Ela não conheceu o pai. Em sua autobiografia “Minha História”, confessa que sua mãe sempre mostrava uma foto do ator Clark Gable quando perguntada sobre o pai. Sua vida erótica, desde cedo, foi bem movimentada. Segundo a própria, a primeira experiência sexual aconteceu aos sete anos e, aos nove, foi abusada no orfanato. Seu pai adotivo tentou violentá-la durante uma bebedeira. Um policial a teria estuprado, resultando em um aborto.
joe diMaggio e marilyn

Aos 16 anos, casou-se com um  vizinho, James Dougherty, de 21 anos e operário de uma fábrica de aviões. Foi uma maneira de escapar do orfanato. Embora ele a amasse, ela afirmou que o casamento “foi inseguro desde a primeira noite”. Seu apetite sexual esgotou o marido, que fugia fazendo plantões noturnos. 

Três anos depois, aproveitando que ele servia na II Guerra Mundial, pediu o divórcio para tentar a sorte no cinema. De acordo com suas próprias palavras, a relação era um tédio, não tinham nada a dizer um ao outro. Em Hollywood trabalhou como stripper numa espelunca de quinta categoria na Sunset Boulevard, e se prostituiu por falta de dinheiro. Não se sentia envergonhada. Ao contrário, gostou da experiência. Oferecia seu corpo também nas ruas para motoristas.
 
Mais tarde, quando perguntaram como tinha chegado ao estrelato, respondeu: “Conheci os homens certos e dei a eles o que desejavam”. Após fazer algum sucesso em publicações de moda, fez pequenos papéis na Columbia e posou nua para Tom Kelly, em troca de 50 dólares. As fotos foram publicadas na “Playboy”. Sua aparição nas capas de revistas levou a 20th Century Fox a contratá-la. Nessa época, relacionou-se com um escritor, Robert Slatzer. Chegaram a casar-se no México, mas o produtor Darryl F. Zanuck exigiu a anulação do matrimônio. Além dele, MARILYN MONROE saía com Tommy Zahn, tenente da Guarda Costeira da Califórnia.
 
Na Fox, uma de suas funções era participar das chamadas “festas promocionais”, que não passavam de noitadas de pôquer, bebidas e sexo. Numa dessas orgias, terminou por se tornar concubina do setuagenário Joe Schenck, um dos fundadores do estúdio. Também era amante do filho de Charlie Chaplin, Charlie Júnior. Ele a engravidou e teve que abortar. O caso acabou quando a encontrou na cama com seu irmão Sydney. O próximo parceiro foi o jornalista James Bacon, que a promoveu na sua famosa coluna. Também teve um caso com o preparador vocal Fred Karger.
arthur miller e marilyn

Em 1948, numa festa em Palm Springs, conheceu o milionário Johnny Hyde. Baixinho, calvo, casado e doente do coração, ele se apaixonou e investiu na sua carreira. Abandonou a esposa e adquiriu uma casa em Beverly Hills para viverem juntos. Comprou roupas e jóias para a amada, e saiu exibindo a deusa em restaurantes e clubes noturnos. Hyde a orientou a pintar os cabelos ruivos de louro platinado e a refazer os dentes. O esforço foi recompensado. Logo a futura musa de todos nós faria filmes de John Huston e Joseph L. Mankiewicz. Nas filmagens de “A Malvada”, George Sanders enlouqueceu por ela, mas sua mulher, Zsa Zsa Gabor, deu um fim na história.
 
Com a morte de Hyde, ela se tornou amante do presidente da Fox, Spyros Skouras. Disposta a tudo pelo sucesso, se jornalistas pediam uma entrevista exclusiva, ela os recebia nua. Depois de algum tempo com o ator Peter Lawford e o magnata Howard Hughes, em 1952 conheceu o astro do beisebol aposentado Joe DiMaggio. Após dois anos de relacionamento, casaram-se, o que não a impediu de ter um caso com o diretor Elia Kazan. Durante a lua de mel em Tóquio, ela fez uma performance para militares que serviam na Coréia, causando furor e DiMaggio se mostrou incomodado com aqueles milhares de soldados desejando sua amada. Após inúmeras brigas por ciúmes, MARILYN MONROE considerou o marido entediante.
 
A atriz afirmou que se sentiu profundamente atraída pela lenda do beisebol, mas que nunca desejou abandonar sua carreira. DiMaggio, por sua vez, queria uma dona de casa como esposa, e odiava o status de sex symbol dela. Os desejos contrastantes e o temperamento possessivo do marido criaram tensões inegáveis, resultando em agressões físicas. O casamento não durou nem um ano, e ela pediu o divórcio alegando “crueldade mental”. Segundo o livro “Marilyn: The Passion and the Paradox” (Marilyn: a Paixão e o Paradoxo), de Lois Banner, a cena em que o vento de um respiradouro de metrô levanta o icônico vestido branco em “O Pecado Mora ao Lado”, irritou terrivelmente seu marido e foi determinante para o fim da união.
marilyn e marlon brando

DiMaggio odiava os vestidos escandalosos, ameaçava bater em qualquer um que se aproximasse para pedir autógrafo, detestava festas e estreias de Hollywood. Quando viajava a trabalho, ela recuperava o tempo perdido, traindo-o com o ex Slatzer ou com o filho do ator Edward G. Robinson, Eddie Júnior, e com seu amigo Andrew James. Também saía com o ex de Elizabeth Taylor, Nicky Hilton. No entanto, segundo a atriz, de todos os seus amantes, “DiMaggio era o melhor. Se nosso casamento fosse apenas sexo, duraria para sempre”. Mesmo separados, permaneceram bons amigos.
 
Livre, famosa, alvo de fofocas e escândalos em manchetes de jornais de todo o mundo, ela passou a se encontrar secretamente com Marlon Brando e Frank Sinatra. De acordo com a biografia “A Vida Secreta de Marilyn Monroe”, de J. Randy Taraborrelli, ela curou os problemas de impotência sexual que Sinatra enfrentava na época. Já “Sinatra: The Chairman” (Sinatra: o Presidente), de James Kaplan, afirma que ele chegou a pedi-la em casamento, mas ela disse não. Em 1956, conheceu o famoso dramaturgo Arthur Miller, que pôs fim a um casamento de quinze anos por ela. Um vencedor do prêmio Pulitzer de teatro e uma atriz cujo foco era o erotismo foram vistos como um casal “incompatível” pela imprensa. Durante o casamento, ela abortou mais uma vez e tentou o suicídio duas vezes.
 
A união foi a mais tranquila, entre as várias relações turbulentas da atriz. O romance, porém, durou pouco. A estrela precisava de mais suporte emocional do que ele poderia dar, e o dramaturgo não gostava do seu estilo de vida agitado. Durante as filmagens de “Adorável Pecadora”, ela se sentiu atraída pelo ator francês Yves Montand, casado com Simone Signoret. Os rumores sobre a infidelidade se espalharam. O ator declarou que jamais abandonaria a sua mulher por ela. Já Simone, esperta, afirmou: “Se Marilyn se apaixonou por meu marido, isto apenas prova que tem bom gosto. Eu o amo também”.
marilyn e john f. kennedy

O casamento com Miller acabou quando ela atuava em “Os Desajustados” (1961), com roteiro dele. Durante as filmagens, brigavam por tudo, inclusive por ela assediar Clark Gable e Montgomery Clift, que rejeitaram seus avanços. Após o divórcio, ela passou algumas semanas em uma clínica psiquiátrica em Nova York e tentou o suicídio mais uma vez. Foi então que entrou em cena o presidente John Kennedy. 

Os amantes se encontravam na suíte do Carlyle Hotel, em Nova York, ou na casa de praia de Peter Lawford, em Santa Mônica, onde tomavam banhos de mar pelados. Não se sabe ao certo a duração ou importância do romance. Embora a história tenha acontecido sob vigilância constante do FBI e CIA, segundo “Marilyn & JFK”, de François Forestier, o único episódio acompanhado publicamente foi o lascivo “Happy Birthday, mr. President”, que ela cantou ao político dentro de um vestido justíssimo adornado com pérolas e costurado em seu próprio corpo. O momento foi transmitido pela TV para 40 milhões de norte-americanos, três meses antes da morte dela.

O livro “These Few Precious Days. The Final Year of Jack with Jackie” (Estes Poucos Dias Preciosos. O Último Ano de Jack com Jackie), de Christopher Andersen, conta que a atriz chegou a telefonar para Jackie Kennedy, para dizer que se casaria com seu marido. “Ótimo (...) Eu me mudo, e você fica com todos os problemas”, respondeu a primeira-dama. O adultério do presidente tornou-se o grande assunto dos Estados Unidos. Os mais íntimos, convidados para discretas festas na casa de Bing Crosby, em Palm Springs, cumprimentavam Kennedy ao lado de uma MARILYN MONROE bêbada e seminua. Fora de controle emocional, ela mergulhou numa maratona sexual desesperada. Pressionado, Kennedy teve que abandoná-la e seu irmão Robert tomou seu posto. Ao saber que ela estava grávida, ele a rejeitou, mudando os números de telefone de sua linha direta para que ela não pudesse mais encontrá-lo.
Sem rumo, a loura mais amada do planeta fez mais um aborto e voltou a participar de orgias com Peter Lawford e Frank Sinatra. Álcool, drogas e sexo já não a saciavam. Acordava com doses de Bloody Mary e anfetaminas, bebendo champanhe o dia inteiro. Na madrugada de 5 de agosto de 1962, MARILYN MONROE morreu fulminada por uma incontrolável solidão. Tinha 36 anos. Foi encontrada por sua arrumadeira, Eunice Murray. A autópsia relatou que morreu de uma overdose de remédios. Várias teorias da conspiração surgiram. A família Kennedy e até mesmo a CIA foram apontados como responsáveis, mas nada foi provado. Eu não acredito num suposto assassinato. A estrela era uma suicida em potencial, completamente descontrolada e infeliz. Uma garota complicada, condenada a uma vida curta. Formosa, felina e talentosa, seu fim partiu o coração de milhões de fãs. 

O ex Joe DiMaggio organizou todos os detalhes de seu funeral e providenciou para que, ao lado de sua lápide, nunca faltassem rosas vermelhas. Após o término do casamento dela com Arthur Miller, ele tinha voltado a se aproximar, tentando salvá-la da depressão e levar alguma estabilidade à sua vida. Conta-se que chegou a pedi-la em casamento outra vez. No entanto, já era tarde demais.
 
10 FILMES de MARILYN
(por ordem de preferência)
 
01
O PECADO MORA ao LADO
(The Seven Year Itch, 1955)

Elenco: Tom Ewell, Evelyn Keyes e Oscar Homolka
 
02
QUANTO mais QUENTE MELHOR
(Some Like It Hot, 1959)

Direção: Billy Wilder
Elenco: Tony Curtis, Jack Lemmon e George Raft
 
03
A MALVADA
(All About Eve, 1950)

Direção: Joseph L. Mankiewicz
Elenco: Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders, Celeste Holm e Thelma Ritter
 
04
O SEGREDO das JÓIAS
(The Asphalt Jungle, 1950)

Direção: John Huston
Elenco: Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen e Sam Jaffe
 
05
O INVENTOR da MOCIDADE
(Monkey Business, 1952)

Direção: Howard Hawks
Elenco: Cary Grant, Ginger Rogers e Charles Coburn
 
06
COMO AGARRAR um MILIONÁRIO
(How to Marry a Millionaire, 1953)

Direção: Jean Negulesco
Elenco:  Betty Grable, Lauren Bacall, Rory Calhoun e William Powell
 
07
NUNCA fui SANTA
(Bus Stop, 1956)

Direção: Joshua Logan
Elenco: Don Murray, Arthur Oconnell, Betty Field, Eileen Heckart e Hope Lange
 
08
Os HOMENS PREFEREM as LOIRAS
(Gentlemen Prefer Blondes, 1953)

Direção: Howard Hawks
Elenco: Jane Russell, Charles Coburn e Marcel Dalio
 
09
Os DESAJUSTADOS
(The Misfits, 1961)

Direção: John Huston
Elenco: Clark Gable, Montgomery Clift, Thelma Ritter e Eli Wallach
 
10
ADORÁVEL PECADORA
(Let's Make Love, 1960)

Direção: George Cukor
Elenco: Yves Montand e Tony Randall

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