yul brynner em "os dez mandamentos" |
Super-produções como “Ben-Hur” ou “A Queda do Império Romano” são títulos lembrados quando penso em ÉPICOS. Esse gênero cinematográfico não é por definição exato, abrangendo proporções grandiosas, tempos turbulentos e personagens nobremente heroicos. Geralmente a trama se centra em metas ou buscas, muitas vezes de fundo religioso ou político, as quais devem ser alcançadas por um super-homem ou um grupo de pessoas bem intencionadas. Alcançou o seu ápice nas décadas de 50 e 60, quando Hollywood passou a colaborar habitualmente com estúdios cinematográficos estrangeiros (por exemplo, o italiano Cinecittà) para utilizar paisagens “exóticas” em países como Espanha ou Marrocos.
O lendário Cecil B. DeMille é o diretor por excelência desse gênero, destacando-se com “O Sinal da Cruz / The Sign of the Cross” (1932) e “As Cruzadas / The Crusades” (1935), em uma carreira de cinco décadas. Ele dirigia multidões compostas de milhares de figurantes, registrando planos de beleza monumental. D. W. Griffith, Abel Gance e David Lean também fizeram história. Como o ÉPICO me seduz, embora me irrite com o contexto piegas católico, listo meus favoritos no gênero. Confira.
CABÍRIA
(Idem, 1914)
direção de Giovanni Pastrone
Com Carolina Catena, Lidia Quaranta e Dante Testa
Um dos filmes preferidos de Federico Fellini, influenciou o revolucionário “O Nascimento de um Nação / The Birth of a Nation” (1915), de D. W. Griffith. Três séculos antes de Cristo, Cabíria é raptada por piratas durante a erupção do Etna e vendida como escrava. Antes de ser sacrificada para o deus Moloch, acaba sendo salva por um nobre romano e seu escravo gigante, Maciste.
INTOLERÂNCIA
(Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages, 1916)
direção de D. W. Griffith
Com Mae Marsh, Robert Harron e Lillian Gish
Quatro histórias que tem em comum a intolerância, a falta de solidariedade entre as pessoas e o pecado. A linha do tempo se estende da época babilônica até o presente. Considerado o principal pioneiro da história do cinema, Griffith tem em “Intolerância” seu filme mais ambicioso, seduzindo com cenários impressionantes.
Os NIBELUNGOS
(Die Nibelungen: Siegfried, 1924)
direção de Fritz Lang
Com Gertrud Arnold, Margarete Schön e Paul Richter
Ainda no cinema mudo, o mestre Lang realizou uma excepcional recriação do mais célebre episódio da mitologia germânica, com feitos especiais impactantes para a época, principalmente na cena do dragão.
BEN-HUR
(Ben-Hur: A Tale of the Christ, 1925)
direção de Fred Niblo
Com Ramon Novarro, Francis X. Bushman
e May McAvoy
e May McAvoy
A trama central gira em torno da disputa entre dois homens: um aristocrata e seu amigo de infância romano. Surpreende pelos efeitos especiais e exuberância majestosa de algumas seqüências. Considere-se também a audácia de exibir moças despidas da cintura para cima, jogando pétalas de flor em um cortejo triunfal, além de outras cenas sensuais, que seriam impensáveis, alguns anos mais tarde, com a implantação do Código Hays.
NAPOLEÃO
(Napoléon, 1927)
direção de Abel Gance
Com Albert Dieudonné, Vladimir Roudenko
e Antonin Artaud
e Antonin Artaud
Colossal e deslumbrante exercício cinematográfico sobre um homem que fundou um império. De extraordinária força visual, com poderosas cenas de batalhas, foi criado para ser exibido em um sistema de três telas unidas chamado Polyvision.
CLEÓPATRA
(Cleopatra, 1934)
direção de Cecil B. DeMille
Com Claudette Colbert, Warren William, Henry Wilcoxon
e Joseph Schildkraut
e Joseph Schildkraut
Não é tão conhecida como a lendária versão de Mankiewicz, mas a história da fascinante rainha do Egito retratada por DeMille tem uma estrutura dramática mais convincente. Claudette Colbert, perfeita e belíssima, conjuga majestade com uns adequados momentos pícaros. A atriz já havia trabalhado com DeMille em outro épico famoso, “O Sinal da Cruz”.
IVAN, o TERRÍVEL
(Ivan Groznyy, 1944)
direção de Sergei M. Eisenstein
Com Nikolai Cherkasov e Lyudmila Tselikovskaya
Painel histórico sobre o primeiro czar de Rússia, de fulgurante beleza plástica e comovente patetismo. Eisenstein o planejou em duas partes. A primeira, ao exaltar a unidade patriótica, contou com a benção das autoridades comunistas, porém a segunda dormiu no limbo da censura mais de 12 anos, pois mostra a um Ivan bem mais complexo.
QUO VADIS
(Idem, 1951)
direção de Mervyn LeRoy
Com Robert Taylor, Deborah Kerr, Leo Genn,
Peter Ustinov e Patricia Laffan
Peter Ustinov e Patricia Laffan
Guerreiro regressa a Roma depois de três anos de batalha e se enamora de escrava cristã. Mas os acontecimentos históricos impedem o romance. Superprodução da Metro baseada no best-seller de Henryk Sienkiewicz, obteve oito nomeações ao Oscar, incluindo Melhor Filme. Com ótimas interpretações, cenas gloriosas e cenários luxuosos, mistura religião, drama histórico e romantismo. Sophia Loren e Elizabeth Taylor aparecem em pontas.
O MANTO SAGRADO
(The Robe,1953)
direção de Henry Koster
Com Richard Burton, Jean Simmons,
Victor Mature e Michael Rennie
Victor Mature e Michael Rennie
Durante o Império Romano, o filho de um senador ofende o sobrinho do imperador e é despachado para a distante Jerusalém, mudando sua vida ao conhecer Jesus Cristo. Seu notável sucesso gerou uma continuação, “Demetrius e os Gladiadores / Demetrius and the Gladiators” (1954), com Susan Hayward, Anne Bancroft e Victor Mature repetindo o papel do escravo grego.
ULISSES
(Ulisse, 1954)
direção de Mário Camerini e Mario Bava
Com Kirk Douglas, Silvana Mangano, Anthony Quinn,
Rossana Podestà e Franco Interlenghi
Rossana Podestà e Franco Interlenghi
Adaptação de “A Odisséia”, de Homero. Terminada a guerra de Tróia com a vitoria dos gregos, herói navega durante dez longos anos, superando terríveis dificuldades, antes de chegar ao seu palácio em Ítaca.
TERRA dos FARAÓS
(Land of the Pharaohs, 1955)
direção de Howard Hawks
Com Jack Hawkins, Joan Collins e Dewey Martin
Tudo gira em torno da construção da pirâmide do faraó Keops, planejada para que supere qualquer outra. A atriz britânica Joan Collins está irresistível como a ambiciosa princesa Nellifer. Mesmo longe das melhores obras de Hawks, logra uma enorme intensidade dramática, mas erra feio com o figurino e os cenários pouco realistas.
O DEZ MANDAMENTOS
(The Ten Commandments, 1956)
direção de Cecil B. DeMille
Com Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter, Edward G. Robinson,
Yvonne De Carlo, Debra Paget, John Derek, Cedric Hardwicke,
Nina Foch, Martha Scott, Judith Anderson
e Vincent Price
Yvonne De Carlo, Debra Paget, John Derek, Cedric Hardwicke,
Nina Foch, Martha Scott, Judith Anderson
e Vincent Price
Moisés enfrenta o faraó, tentando libertar seu povo da escravidão. Trinta e três anos depois de sua primeira versão, DeMille repete a conhecida história com uma força narrativa superior. No elenco de estrelas, destacam-se Brynner (no seu melhor papel), Anne Baxter, Edward G. Robinson e Nina Foch.
ALEXANDRE, o GRANDE
(Alexander the Great, 1956)
direção de Robert Rossen
Com Richard Burton, Fredric March,
Claire Bloom e Danielle Darrieux
Claire Bloom e Danielle Darrieux
Antes de dirigir sua obra-prima, “Desafio à Corrupção / The Hustler” (1961), Rossen realizou o biopic de Alexandre Magno, um monumental peplum de suas façanhas guerreiras. Superior à versão de Oliver Stone, conta com elenco de primeira qualidade.
BEN-HUR
(Idem, 1959)
direção de William Wyler
Com Charlton Heston, Jack Hawkins, Haya Harareet, Stephen Boyd,
Hugh Griffith, Cathy O’Donnell, Martha Scott e Sam Jaffe
Hugh Griffith, Cathy O’Donnell, Martha Scott e Sam Jaffe
Um conterrâneo de Jesus é escravizado e condenado a galeras, enquanto sua mãe e irmã são atiradas num leprosário. Ajudante de direção da versão muda, Wyler ganhou mais uma vez o Oscar de Melhor Diretor. A junção de intimismo e grandiosidade cativou o público. Além disso, Charlton Heston nunca esteve melhor em cena (num precioso papel recusado por Rock Hudson, Marlon Brando e Burt Lancaster).
SPARTACUS
(Idem, 1960)
direção de Stanley Kubrick
com Kirk Douglas, Jean Simmons, Laurence Olivier,
Charles Laughton, Tony Curtis, Peter Ustinov,
John Gavin e Woody Strode
Charles Laughton, Tony Curtis, Peter Ustinov,
John Gavin e Woody Strode
Escravo lidera rebelião contra o todo poderoso Império Romano, depois de fugir de uma escola de gladiadores com 70 homens. Produzido por Kirk Douglas, começou a ser dirigido por Anthony Mann, que foi substituído por Kubrick sem motivo aparente. Douglas se esforçou muito, porém seu personagem foi mal elaborado, dando espaço para as sensacionais atuações de Olivier, Laughton e Ustinov.
EL CID
(Idem, 1961)
direção de Anthony Mann
Com Charlton Heston, Sophia Loren, Raf Vallone
e Geneviève Page
e Geneviève Page
A mítica história de Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid, um dos máximos heróis da Espanha. Ele enfrenta os mouros para reconquistar sua Península. Sophia Loren, no auge de sua beleza, interpreta sua esposa, Doña Jimena. Dirigido com talento por Anthony Mann, contagia o espectador.
LAWRENCE da ARÁBIA
(Lawrence of Arabia, 1962)
direção de David Lean
Com Peter O’Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn,
Jack Hawkins, Omar Sharif, José Ferrer,
Anthony Quayle, Claude Rains
e Arthur Kennedy
Jack Hawkins, Omar Sharif, José Ferrer,
Anthony Quayle, Claude Rains
e Arthur Kennedy
Jovem oficial do Império Britânico lidera a luta das tribos árabes contra os turcos. O filme se centra em suas relações com chefes árabes e nas conquistas das cidades de Aqaba e Damasco. Para interpretar o protagonista Lean havia pensado em Albert Finney, porém Katharine Hepburn aconselhou ao produtor Sam Spiegel que contratasse O'Toole, um ator shakespeariano de 27 anos. A sua interpretação é insuperável. Previsto para ser filmado em cinco meses, durou dois anos e três meses, mas ganhou sete Oscars.
CLEÓPATRA
(Cleopatra, 1963)
direção de Joseph L. Mankiewicz
Com Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison,
Hume Cronyn, Roddy McDowell e Martin Landau
Hume Cronyn, Roddy McDowell e Martin Landau
Lembrado por polêmicas que envolveram a sua produção, levou a Fox à falência devido aos custos astronômicos (cerca de 45 milhões de dólares na época), e foi responsável pelo início de um dos relacionamentos mais emblemáticos dos bastidores do cinema: Liz Taylor e Richard Burton. É um bom filme, embora exagerado e pretensioso. Liz deslumbra como Cleópatra, porém quem rouba a cena é Rex Harrison como Júlio César, e não foi a toa que recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.
A QUEDA do IMPÉRIO ROMANO
(The Fall of the Roman Empire, 1964)
direção de Anthony Mann
Com Sophia Loren, Christopher Plummer, Stephen Boyd,
Alec Guinness, James Mason, Anthony Quayle,
John Ireland, Omar Sharif e Mel Ferrer
Alec Guinness, James Mason, Anthony Quayle,
John Ireland, Omar Sharif e Mel Ferrer
Absolutamente assombroso, capta a aura de decadência do império romano com verossimilhança e extraordinárias interpretações de Alec Guiness, Christopher Pulmmer e James Mason. Apaixonante, concebe um magnífico retrato sobre a ambição desmedida. Sem envelhecer com o passar dos anos, alcançou o panteão da imortalidade. É, sem sombra de dúvida, um dos melhores épicos de todos os tempos.
FARAÓ
(Faraon, 1966)
direção de Jerzy Kawalerowicz
Com Jerzy Zelnik, Wieslawa Mazurkiewicz
e Barbara Brylska
e Barbara Brylska
No antigo Egito, a luta de Ramsés XIII contra o poder dos sacerdotes, a quem o jovem faraó responsabiliza pelo declínio do país, em produção suntuosa indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, depois de ser apresentada com sucesso no Festival de Cannes.
45 comentários:
Excelente, talvez seja este um dos gêneros que mais renderam obras primas durante a era de ouro do cinema clássico...
Os primeiros filmes que você listou são excelentes para quaisquer efeitos. Spartacus é muito fiel ao livro homônimo, mais se parece uma peça de ficção marxista do que uma séria pesquisa histórica, há muitas invencionices, é muito estereotipado. As produções dos anos cinquenta tinham uma forte tendência para reproduzir slogans da Guerra Fria e para o kitsch.
Lendo essa ótima matéria, me fez me lembrar, que foi graças aos épicos que eu comecei a assistir aos clássicos do cinema, que antes na época só ouvia falar deles. Isso foi graças à escola, que tínhamos que fazer uma matéria sobre Cleópatra, então à professora alugou para agente assistir a versão dos anos 60. Embora os meus colegas ficassem entediados por ser legendado (burrinhos) eu assisti do começo ao fim e fiquei maravilhado com a entrada de Cleópatra em Roma, E emendando, tínhamos que fazer uma matéria sobre um período de Roma, que justamente é o período que A Queda do Império Romano retrata. Jamais me esquecerei da primeira vez que eu assisti e fiquei hipnotizado pela interpretação assombrosa de Christopher Pulmmer como o louco imperador Cômodos. Apartir daí comecei a alugar mais e mais épicos, como o maravilhoso Dez Mandamentos, Ben-Hur, El Cide e dentre outros. Dos épicos, passei a assistir a outros gêneros dos filmes de antigamente e o resto é historia. Foi com Titanic que eu comecei a freqüentar mais e mais os cinemas e foi graças à escola, que eu fui conhecer a verdadeira era de ouro do cinema. Como já diz o ditado, uma coisa leva a outra!
UMA ÓTIMA RECORDAÇÃO DOS GRANDES ÉPICOS. PARABÉNS PELA EXCELENTE REPORTAGEM.
GRANDE RETROSPECTIVAS DOS ÉPICOS - GRANDES FILMES!PARABÉNS!
Antonio, vou usar seu post como inspiração pra ver mais épicos, que a mim também irritam pelo sabor piegas (mais irritam que encantam, confesso). Você apresenta uma variedade que eu ainda não havia me dado conta: desde o primeiro, Cabíria, que tenho há anos e nunca vi, até obras de consagrados do cinema americano e uma de Fritz Lang! Vi com minha mãe "Ben-Hur" e cheguei a comentar contigo que o technicolor bizarro + a extensão da produção + as moralices que se sucediam na história deixaram a gente cética do começo ao fim. O problema desses épicos, especialmente dos últimos, é que eles foram feitos pra serem vistos no cinema, mais eficiente em envolver o público.
Bjo
Dani
PS: Ótimas fotos!
Acertou no meu "fraco"... Tenho uma ligeira caídinha pelos épicos e de todos esses só nao assisti "Ulisses"... Gosto muito das entrelinhas... Como as que Boydd e Heston nao falam em "Ben-Hur"...
P.S. A postagem sobre Isa é de 6/2/2011... de uma olhadinha... coloco isso aqui pois nao sei se voce lerá a resposta lá nas "Tertúlias".
P.S.2 O DVD nao chegou, né? Vou amanha ao correio reclamar (mandei-o registrado!!!!)
Ben Hur do Wyler é o meu predileto ;D
Abs,
aqueleamordecinema.blogspot.com
Cleópatra assisti recentemente, uma falha grave que recuperei.
Intolerância tenho em meu acervo....com orgulho.
Grandes épicos Antonio! alguns deles não conheço e relembro a grande atriz Jean Simmons que fez tantos bons épicos,a Joan Collins acho além de bela foi uma atriz subestimada que fez melhores trabalhos para a tv e o filme Barrabás eu acho um bom épico tb. Abç
He visto varias ya que en tiempo de semana santa uno lo pasa con el televisor, me gusta la épica y además mucho las cintas religiosas de antaño. Espero ver otras indispensables como Cleopatra con Taylor. Ben Hur es la película que más veces he visto, ya perdí la cuenta. Un abrazo.
Bela lista Antonio. Eu adoro os épicos, acho que este gênero é a imaginação sem limites que o cinema pode nos transportar, é comum que as tramas, os roteiros sejam menores devido as proporções técnicas. De qualquer forma são filmes que também tenho certa predileção, mas assisto no momento adequado para ficar horas diante a tela.
Acho o DeMille o mestre neste quesito, mesmo que seus filmes sejam Kitsch e até vulgares na concepção central do espetáculo religioso, rs ...mas adoro "Os Dez Mandamentos" (a versão muda também), clássicos absolutos.
Não sou um apreciador do Griffith mesmo sabendo de sua contribuição ao cinema. Ele sempre foi um cavalheiro sulista e com preconceitos estranhos, desde "O Nascimento de Uma Nação" é notável em seus filmes.
A maioria acha o "Celópatra" do Mankiewicz irregular, mas eu gosto bastante. Momento único de Liz Taylor, embora ela tenha filmes melhores, evidente. Só que esta fita evidencia a beleza dela como nenhuma outra.
"Spartacus" é outro filme que aprecio. Não tem muito a ver com Kubrick e de fato o restante do elenco devoram o Kirk Douglas.
"Ben-Hur" provavelmente é o melhor. Não sei se você considera "Gladiador" do Ridley Scott um épico, mas eu listaria.
Mil vezes este "Alexandre, o grande" com Burton do que o do Oliver Stone. Revendo, acho o Farrel uma escolha estranha e apática para o personagem histórico.
Belo post!
Abraço.
*Você deve ter visto que saiu um pack em Blu-ray de "Ben-Hur" que meu amigo.... fiquei louco! Eu e o Paulo Nery comentamos no Facebook a respeito.
Excelente post! Eu pensei que ...E o vento levou também fosse um épico, por isso senti falta dele na lista.
Erich von Stroheim também gostava de multidões em seus filmes como podemos ver em A Marcha Nupcial (1928) !!
TENHO FAVORITOS:BEN-HUR, SPARTACUS, QUO VADIS!
Nossa, preciso atualizar minha lista de épicos. Não vi vários dos filmes comentados por você! Acho esses filmes muito interessantes, pena que são tão longos...
Mais um post sensacional, Nahud!
Eu desconhecia completamente a existência de um "Ben-Hur" dos anos 20. Mas é difícil mesmo estabelecer uma delimitação do que seja um "épico". Será que "E o Vento Levou" não é um? E o "300", do Zack Snyder também não seria um épico?
Dos mais recentes, eu destaco "Gladiador" e "Fúria de Titãs" (o primeiro, não a refilmagem). Abraço!
Antonio, assisti a maioria dos citados. Gosto muito do gênero épico e tb faroeste. Qdo tenho a oportunidade assisto. Abçs.
Preciso assistir mais épicos!
Só clássico. Gosto muito de filmes épicos.
Injeção Cinéfila
Loren e taylor aparecem em pontas de "Quo Vadis?"???? Onde???????
Parabéns Antônio, que seleção invejável.
Dessa vez vi muitos dos filmes da sua lista, e cito a ironia de que um filme chamado Intolerância tenha sido dirigido por um escravagista chamado D. W. Griffith.
Ola meu querido,sensacional "as usual" tua matéria de hoje.Amanhã estarei retornando e recomeçando com mais assiduidade minhas musicas.Enviei o CD no dia 23 de fevereiro,Caso não tenha chegado,tenho guardado o comprovante do correio para qualquer averiguação.Meu grande abraço.
Épicos são grandes filmes__Lawrence da Arábia, meu preferido! Ben HUR, outro.
Caro Nahud, deixo te falar uma coisa...
Os épicos surgiram nos EUA durante um momento de transição que estava surgindo, pois não foram os americanos que introduziram este gênero. Esta transição foi feita em Hollywood por dois motivos que, no mínimo, são curiosos.
Em primeiro: No início do Século XX até os períodos que se seguiriam, havia muitos americanos puritanos, influenciados como deve saber, pelo protestantismo.
Como todo país que tem uma religião massificada, a religião tende mais a ser cultural do que propriamente religiosa, aqui como nós no Brasil, que somos influenciados pelos católicos e por religiões afro, o que formou o chamado Sincretismo Religioso, que vem ser uma de nossas belas culturas.
Em segundo, os americanos no início do Século XX viam o cinema como algo imoral, e o comportamento de muitos astros e estrelas desta época também não ajudaram muito, não é mesmo? Então, o que Hollywood fez? Introduziu não somente os épicos como também vieram os épicos religiosos, que para agradar aos espectadores mais fiéis ou...vamos dizer, os “carolas”, se fez mister na programação por mais de três décadas, e aqui no Brasil, exibido em muitos feriados religiosos, com sessões que iam desde 9 horas da manhã até meia noite.
Tudo bem que para vc pode parecer ser um contexto piegas católico, mas para os produtores, isso foi essencial para poder cativar não somente o público americano, na maioria protestante, mas os católicos também, porque nos EUA, existia a chamada Liga Católica de decência Americana, que era responsável, junto com o Sr. William Hays, que como vc sabe criou o CÓDIGO HAYS, pela indicação de filmes e quais que deveriam ser realmente lançados ou não, e os produtores e diretores de início temiam enfrentar esta liga.
Por isso, muitos épicos como QUO VADIS, O MANTO SAGRADO, O CÁLICE SAGRADO, SALOMÉ, BEN- HUR, tinham enredos que tencionavam o louvor às práticas religiosas cristãs, tanto para agradar a liga como ao público que comprava o ingresso e iam assistir à estes espetáculos, e olhe, não eram poucos não.
Outro detalhe importante é que, na década de 1950, o épico no cinema veio a competir com a TV que estava ameaçando “acabar” com o cinema, e nada menos que introduzir o formato CINEMASCOPE para acabar com este problema, mas os chefões acharam que um espetáculo a proporções gigantescas como O MANTO SAGRADO E DEMÉTRIUS E OS GLADIADORES colocaria os espectadores fora de suas casas.
Certa vez, em uma entrevista, vi PETER USTINOV, o Nero de QUO VADIS e o Lentullus Batiatus de SPARTACUS, falar que mesmo naquela época, os épicos tinham riscos de caírem no ridículo devido justamente à alguns diálogos e situações. Como um “Homem na Renascença Contemporânea”, Ustinov sabia bem também o que poderia dizer.
Claro, os épicos não são só religião, mas MITOLOGIA E HISTÓRIA, que cativam à imaginação de muitos. ULYSSES com o imortal Kirk Douglas, JÚLIO CÉSAR com o imortal Marlon Brando, CLEÓPATRA, quem a escolher, Claudette Colbert ou Elizabeth Taylor, esta na superprodução que quase faliu a 20ª Century Fox?
Seja como for, religioso,mitológico ou histórico, eles vem a nos fascinar ao longo de 100 anos de Sétima Arte.
Obrigado pelo Post, Nahud, muito bem escrito.
Paulo Néry
Nem sempre um filme grande é um grande filme. Daí eu olhar com alguma desconfiança os "épicos", embora reconheça muito valor nalguns deles.
De todos os aqui focados, o que mais apreciei foi "Os 10 Mandamentos", uma imensa lição de História.
E aponto duas falhas, que claro são subjectivas: "E Tudo o Vento Levou" e "Dr. Jivago".
Também adoro os épicos. Entre os meus favoritos estão Quo Vadis, Ben-Hur e Lawrence da Arábia.
Desses dí eu já vi Espartacus, Ulisses, Ben Hur e Cleopatra (com Liz Taylor). Acredita que eu ainda não vi Lawrence da Arábia?
http://monteolimpoblog.blogspot.com/
parabéns pelo blog, muito instrutivo. quanto ao gênero, acho admirável, mas não gosto, prefiro dramas e comédias...
Abraço
Para mim, BEN-HUR é o épico mais espetacular de sempre, seguido por OS DEZ MANDAMENTOS.
A QUEDA DO IMPERÍO ROMANO é um ótimo filme mas naquela altura foi um falhanço nas bilheteiras.
Há outros épicos do cinema que não estão presentes nesta lista mas devem ser considerados, nomeadamente E TUDO O VENTO LEVOU e DOUTOR JIVAGO.
Ei, moço do Cinema! (Rê, rê!) Vi um post em seu blog sobre os filmes de 2011 e fiquei a me perguntar: Tá, mas e The Artist, o que me dizes?
The Artist (France 2011)
Un été brûlant (Phillippe Garrel, France 2011)
Et maintenant on va où? (Liban 2011)
Beijos cinematógrafos!
Napoleão, de Gance, me marcou muito. Um filmaço. Não esqueço aquela bela sequência da guerra de bolas de neve, quando o líder era ainda uma criança. Um ponto alto do cinema mudo. Abs cinemavelho.com
Ben Hur, Ben Hur, Ben Hur! Gosto também muito do Lawrence da Arábia e da Cleopatra. Depois também há "Sansão e Dalila" :)
Nossa!!! que lista essa sua...retoma Jorge Larrosa, quando diz que a primeira leitura é dada na seleção daquilo que se lê...me revi, ainda menina, assistindo a quase todos dessa lista...antigamente era uma luta encontrar esses filmes. Hoje está mais fácil, mas tem muita gente que nunca viu!!! Uma pena!
Abraço do Pedra do Sertão.
Nahud, sei que você não é fã de Charlton Heston, mas ninguém como ele para criar convincentemente figuras épicas. Ele lembra até Nikolai Tcherkassov, você notou?
Darci Fonseca - CINEWESTERNMANIA
O que eu quero é parabeniza-lo pelo blog que é excelente. As matérias sobre o Melhor dos Épicos é genial. Realmente seu conteúdo contém muitas referências à religião. Mas a desculpa que encontro é que antigamente predominava a religião. Mas em compensação, os cenários tão estupendos e as histórias tão gradiosas que esqueço tudo isso e me concentro em assistir. É o caso de tantos filmes - principalmente os dirigidos pelo genial Cecil B. DeMille. "Os Dez Mandamentos", "Ben-Hur", "Cleópatra", com a Diva Elizabeth Taylor e tantos outros.
Outra matéria que quero comentar é o artigo "7 blondes sex-symbols", em que você falou sobre a Diva maravilhosa Marilyn Monroe. Ela para mim é insuperável, acho que seus filmes superam em muito a falta de outros predicados, a vida miserável que levou e as circunstâncias de sua morte. Ela é um ícone para mim.
Parabéns pelas reportagens. Um abraço,
INIMAR GONÇALVES
Épicos inesquecíveis Antonio; que bela lista. Porém, Cleopatra (tanto com Colbert quanto com Liz Taylor) ganhou certa notoriedade pela riqueza de detalhes, e claro pelas ilustres atrizes. No entanto, como você citou um dos maiores clássicos do cinema alemão nessa lista, Os Nibelungos, sem dúvida alguma, é o meu preferido!
Senti falta de Os Reis dos Reis (de Nick Ray) e Barrabás.
Nossa que cenários são esses desses primeiros filmes da lista? Meu Deus, como eu preciso conhecer mais o cinema mudo, eles eram muito extravagantes, sem dúvidas poderosas produções. Gosto e não gosto de épicos religiosos, alguns são interessantes enquanto outros só proporcionam sono... Sou apaixonado pelo Egito e vi a muitos anos Terra de Faraós, hoje não encontro para comprar em parte alguma... resta esperar o lançamento, quem sabe... Ótimo Post, Parabéns...
Vou respeitar as qualidades de muitos destes filmes citados. São todos muito bons, bons mesmo.
No entanto temos de por aurea em alguns deles, excepcionalmente, como; Spartacus, El Cid, Ulisses,
Quo Vadis e Os 10 Mandamentos/56.
Mas o cinema jamais fará nada igual a Ben Hur/59. NADA.
Este é o filme dos filmes.
jurandir_lima@bol.com.br
Ei, parabéns pelo texto dos filmes épicos. Ficou mto bom.
Embora tenha visto a maioria dos listados aqui, fiquei absolutamente curioso com os primeiros e mais antigos, alguns que sequer conhecia. Uma opinião bem destoante é que acho insuportável A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO (e também não gosto de QUO VADIS). Mas é um gênero de que gosto bastante.
Para a época, 1916, Intolerancia é monumental em termos de cenários, conforme foto, pois não o assisti.
Impossível deixar de por todos os cráditos possíveis a De Mille, o grande mentor dos épicos.
Indsependente de tantos grandes filmes, jamais o cinema fará nada comparável a Ben Hur, de 1959.
Seguindo a linha de qualidade escolhida por mim, seguem a este;
- Spartacus
- El Cid
- Quo Vadis
- Os Dez Mandamentos
No entanto, todos os filmes listados são alvos de qualidades excepcionais, grandiosos e cada um com seu dom particular.
Muito boa a seleção.
No entanto, que o Nahud possa me desculpar, mas não partilho com sua colocação a respeito dos cenários de Terra dos Faraós. Muito ao contrário, os acho formidáveis, com cenas grandiosas e figurino adequadissimo.
O grande pecado de Terra dos Faraós foi ter sido produzido sob o égide da Warner, e em Warnercolor. Um belo padrão de cor, mas que não caracterizou bem a narrativa muito boa da fita.
Claro que não ponho máculas ou negatividades na Warner, pois foi uma Companhia que produziu grandes filmes e era uma das grandes de Hollywood na época.
Porém, a Warner não possuia o no-hall necessário para produzir filmes com aquela qualidade, ou seja, fitas daquele gênero.
Hawk's fez o possível, mas deve ter sentido falta de algo para por mais enlevo em sua, ainda assim, muito boa produção.
Nada além de uma opinião desse comentarista.
jurandir_lima@bol.com.br
Muito bons filmes... Tenho em DVD todos... quem quiser... é só postar pedindo...
Faltou Barrabás com Anthony Quinn muito bem filmado e com a ótima trilha sonora de Mário Nascibene
e as presenças de Silvana Mangano é Vitorio Gassman
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