Antonio Nahud
Ibiza, Espanha.
2004
entrevista publicada no jornal “A Tarde” (BA)
e na revista “Profashional” (SP)
Ibiza, Espanha.
2004
entrevista publicada no jornal “A Tarde” (BA)
e na revista “Profashional” (SP)
Vista para o mar
Mediterrâneo. Cenário de cinema. No alto da colina, a
paradisíaca residência protegida por pinheiros. No interior, decoração curiosa
entre o oriental e o mexicano. ROMAN POLANSKI, 71 anos, na varanda, fuma um requintado charuto cubano. Sua mulher há mais de uma década, a atriz francesa Emmanuelle
Seigner, deitada em um sofá branco, lê um best-seller,
indiferente à entrevista. A filha Morgane brinca na piscina; o mais novo,
Elvis, no colo da babá. Não há sinal do homem que cultua o satânico, como a
mídia faz crer. Ambiente agradável, familiar.
Nascido casualmente em Paris, o cineasta
polaco realizou filmes consagrados, desde a aplaudida estreia em “A Faca na Água / Nóz w Wodzie” (1962). Após
duas décadas ingratas, ganhou a Palma de
Ouro (Melhor Filme) no Festival de Cannes e o Oscar de Direção por “O Pianista / The Pianist” (2002). De vida intensa, marcada por cruéis
experiências, sua mãe morreu em um campo de concentração nazista; ele passou a
infância no gueto judeu de Cracóvia; a esposa Sharon Tate, grávida, assassinada
por um fanático bando religioso; foi acusado de relações sexuais com uma menor, na casa
de Jack Nicholson, e expulso dos Estados Unidos. Entre outros casos turbulentos.
Sunga minúscula, camiseta azul, descalço,
olhos irônicos, baixinho, enxuto e simpático, o autor do asfixiante
“O Bebê de Rosemary / Rosemary's Baby” (1968) deixa cair por terra o mito de enigmático, libertino e perverso. Amavelmente, fala sobre sua vida e carreira.
Sua esposa, Emmanuelle Seigner, atuou em alguns dos seus filmes. Qual é a importância dela para a sua vida e o seu trabalho?
Ela chegou num momento decisivo, trazendo harmonia e
paz. Apesar da juventude, descobri que possuía um instinto em relação as
pessoas e uma visão justa das coisas da vida. É uma mulher
realista. Com a idade, vem adquirindo uma particular sabedoria. Nos
conhecemos bem e fizemos um pacto para esquecer nossa relação durante o trabalho. Profissionalmente dissimulamos a intimidade para evitar
interferências na criação.
Trabalhou com gente do calibre de Mia
Farrow, Catherine Deneuve, Isabelle Adjani e Ben Kingsley. Como funciona o seu
relacionamento com os atores?
Tive vários relacionamentos profundos com
atrizes, casei com algumas delas. Respeito os atores, sou um deles. O que não
entendo são os que mudam de comportamento quando atingem a fama. Acho absurdo
quando um ator se crê superior, com direitos especiais, exigindo as coisas mais
extravagantes. Aprecio os atores inteligentes e sensatos, que vivem uma vida
comum. Gosto de trabalhar com bons atores, desses que interpretam qualquer tipo
de papel, como Jack Nicholson ou Meryl Streep.
Acho louvável o seu interesse por atores veteranos,
muitos deles praticamente aposentados.
É um prazer trabalhar com velhas glórias. Em
“O Inquilino” dei um papel interessante a Shelley Winters. Trabalhei com Ruth
Gordon e Melvyn Douglas em “O Bebê de Rosemary”. Eles são
grandes atores da época de ouro de Hollywood. Considero que um bom ator não tem
idade.
Passou por uma infância sofrida e outros complexos problemas mais adiante. “O Pianista” deu-lhe a oportunidade de reavaliar angústias
e medos pessoais?
Passei a infância num gueto e consegui
escapar. Eu queria fazer um filme sobre essa época, usando material da minha
vida, mas não queria contar a minha história. Ao ler o livro, soube que “O
Pianista” seria meu próximo filme. Apesar do horror, tem um
lado positivo. Um homem se salva por sua arte. A sobrevivência de um
artista. O livro é objetivo, impressionou-me. Não queria fazer um filme
sentimental típico de Hollywood.
Como
“A Lista de Schindler” de Spielberg?
Falo de muitos filmes. “A Lista de
Schindler” é um grande trabalho. Fui convidado por Spielberg para dirigi-lo,
mas recusei. A história é muito próxima da minha própria história. Conheci
intimamente muitos dos personagens dela, e alguns ainda estão vivos, são meus
amigos. Eu não faria um bom filme nessa situação. Jamais exploraria a minha
vida para vender ingresso. O filme sem distanciamento não é
arte, é cinebiografia.
Acredito que foi muito duro recriar um momento indigno da
história que faz parte do seu passado.
Na realidade, não. Filmar não foi difícil.
Meus fantasmas eram massacrados diariamente num set de filmagem com centenas de
pessoas. Tinha que estar com a mente voltada para questões técnicas. Acompanhar
o processo de criação do roteiro de Ronald Harwood foi mais doloroso.
Esta produção o resgatou de vários insucessos, calando quem dizia que estava criativamente acabado.
É um filme realmente importante para mim. Dirigi-o pensando num
resultado simples, direto, procurando mostrar as coisas tal como as recordava.
Rodei todo tipo de filme e tenho a impressão de que tudo o que fiz antes foi uma
preparação para “O Pianista”. Pode ser que seja como um último chamado, afinal
eu sempre soube que faria um filme na Polônia sobre a Segunda Guerra Mundial ou
sobre o período pós-guerra.
Como assim “último chamado”? Soa misterioso,
quase sobrenatural.
Não acredito no sobrenatural. Não sou uma
pessoa religiosa, portanto não sou supersticioso. Não tenho interesse na
metafísica nem no esoterismo. O sobrenatural é apenas um elemento que usei em
alguns filmes. O sombrio está dentro de nós.
O macabro está presente em seus filmes. É uma atração
incontrolável?
Como já disse, não creio no sobrenatural. Rodei muitos filmes que não
tratam do diabólico, mas sempre sou lembrado como o Polanski com seus infernos,
com seus demônios. Dizem o mesmo em todo o mundo. Participei de uma coletiva de
imprensa recentemente e todos os jornalistas falaram sobre tal assunto. O louco
é que querem que eu aceite esse clichê, como se não fosse dono da minha vida. Nunca vi o diabo e não creio nele como é vendido. Não
participo de rituais ou bruxarias como dizem.
Deixando de lado o diabólico banalizado, religioso, gostaria de saber sobre o conceito do mal presente em sua filmografia. Não há como negar, é
fato.
A verdade é que a metáfora do mal me interessa, a ideia do homem enfrentado
forças extremas que não controla. Gosto do macabro como espetáculo. O medo
também pode ser divertido. Uso o mal nas telas como diversão. Por que não?
Também em “O Inquilino”, “Macbeth”, “A Dança dos Vampiros”, “Lua de
Fel”...
Gosto do tema. Mas pode
acreditar, sou um sujeito comum, na minha vida não é isso o que me interessa.
O engraçado é que até Emmanuelle, minha mulher, me disse: “o que faz
de melhor são as histórias de vampiros e de diabos”. Ou seja, minha própria
mulher colabora com essa etiqueta forçada. Nada posso fazer, só me resta
dar risadas.
16 filmes em mais de 40 anos de carreira. Por que filma pouco?
Os filmes são caros, os riscos são grandes e é difícil desenvolver um
projeto. Um filme pode durar anos para se converter em realidade. É preciso escolher
um tema, trabalhar no roteiro, organizar a produção, o financiamento, encontrar
os atores. Nos anos sessenta era mais fácil, agora os interesses são outros. Nem sempre vale a pena correr riscos. Quando se é jovem, quando não se é
conhecido, podemos arriscar sem problemas, filmar de qualquer jeito. Depois de
uma certa experiência, melhor esperar um pouco mais, estar convencido de que
será uma obra significante.
Realizou muitas adaptações literárias. É um grande leitor?
Realizou muitas adaptações literárias. É um grande leitor?
Amo profundamente os livros, seu aroma e tato, tudo o que faz parte
deles. Amo a cadência das palavras, a forma como o autor se apodera dela. Gosto
muito de Faulkner, Truman Capote e F. Scott Fitzgerald. Leio policiais, Raymond
Chandler, a série noir francesa. A literatura norte-americana é a minha
favorita. Porém prefiro livros científicos e técnicos. Infelizmente creio que um livro é uma
espécie em extinção.
Além de dirigir filmes, teatro e ópera, escreve roteiros e interpreta.
É importante? Woody Allen garante que só atua nos seus
filmes quando não encontra o ator ideal.
Levo a sério a carreira de ator. Gosto de atuar. Sou daqueles
que incorpora realmente o que interpreta. Vivo o meu papel com entrega. Creio
que tive um dos meus melhores momentos em “Uma Simples Formalidade”,
de Giuseppe Tornatore, dividindo cena com Gérard Depardieu. É mais fácil atuar
do que dirigir. Um ator faz o seu trabalho de preparação, depois atua, dá algumas
entrevistas, e continua a sua vida. Um diretor pode passar anos envolvido em um
mesmo projeto.
Algum cineasta foi importante na sua formação?
Luis Buñuel. “Os Esquecidos” me impressionou. Vi na
Escola de Cine de Lodz. Nunca tinha visto algo parecido. Fiquei comovido com sua originalidade,
estilo nada convencional, interpretações realistas. O cinema de
Buñuel é fascinante, interessa-me.
Expressa certos pensamentos muito bem.
Por que passa os verões em Ibiza? É uma espécie de “repouso do guerreiro”?
Estive na Espanha pela primeira vez no final
dos anos cinquenta. Acompanhava minha futura primeira mulher, Barbara Lass, que
apresentava um filme no Festival de San Sebastian. Gosto da
Espanha, seu idioma, costumes. Passei a frequentar Ibiza no final dos setenta, comprando esta casa uma década depois. É uma ilha tranquila, com bom clima.
Aqui penso, falo, leio, estudo propostas. No meio dessa tranquilidade, estou
sempre com a mente inquieta, preparando-me para o próximo filme.
O
que vem por aí?
Quero continuar filmando,
continuar alimentando o meu experiente e particular olhar em direção ao homem e
suas paixões, obsessões e demônios. Trabalho atualmente na adaptação do clássico
“Oliver Twist”, de Charles Dickens.
em FILMES de POLANSKI
(por ordem de preferência)
01
RUTH GORDON
Minnie Castevet em
“O Bebê de Rosemary / Rosemary's Baby”
(1968)
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante
Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante
02
CATHERINE DENEUVE
Carol em
“Repulsa ao Sexo / Repulsion” (1965)
03
MIA FARROW
Rosemary Woodhouse em
“O Bebê de Rosemary / Rosemary's Baby”
(1968)
David di Donatello de Melhor Atriz
Estrangeira
04
FAYE DUNAWAY
Evelyn Mulwray em
“Chinatown / Idem” (1974)
05
Tess em
“Tess – Uma Lição de Vida / Tess” (1979)
06
Paulina Escobar em
“A Morte e a Donzela / Death and the Maiden”
(1994)
07
Fiona em
“Lua de Fel / Bitter Moon” (1992)
08
Nancy Cowan em
“Deus da Carnificina / Carnage” (2011)
Lady MacBeth em
“MacBeth / The Tragedy of Macbeth” (1971)
“MacBeth / The Tragedy of Macbeth” (1971)
26 comentários:
Quando eu assisti anos atrás o filme o Ultimo Portal, achei que realmente Polanski havia se perdido, mas foi só ver o Pianista para comprovar como eu estava errado.
Ele pode ter filmado pouco durante a sua carreira, mas o caso que não adianta também um diretor filmar um filme atrás do outro e acabar gerando porcaria como muito ocorre no cinema americano atualmente.
Polanski tem que continuar neste ritmo, e mesmo que leve ano para ver um e outro filme dele com certeza assistirá algo no mínimo incomum.
Meu favorito dele: O Inquilino, que é de se impressionar como ele filmou aquilo, o interessante é o cenário, parece vivo em alguns momentos, diferente do que ele fez nas cenas do filme Repulsa do Sexo.
Olá, Antonio. Não vi todos os filmes de Polanski, mas certamente os dois melhores devem ser mesmo Rosemary's Baby e Chinatown. Ruth Gordon simplesmente genial. E Mia no papel de sua vida. Não sei por que, mas Polanski me faz lembrar de Chaplin. Será que agora ele cria juízo?
Adoro Polanski, a minha lista seria muito parecida com a sua.
Não sei por que razão muita gente (boa) considera "O último portal" um filme menor de Polanski. Eu adorei este filme desde o início, é fascinante a tese (inicial), a busca e o amor por livros raros. Li "O clube Dumas" de Arturo Pérez-Reverte, que serve de subsídio para o filme, e ainda sim, achei o filme mais interessante do que o livro (é o único caso, mesmo, em que um filme me pareceu ser mais interessante do que a obra literária que lhe deu origem).
E o homem, além de tudo, tem um bom gosto danado por mulheres, rs...
Bebê de Rosemary e A Dança dos Vampiros são para mim seus melhores trabalhos.
Mas tão certo quanto a fama de seus trabalhos, é o caso que envolveu o assassinato de sua então esposa, a bela atriz Sharon Tate. Ela além de ser bonita e escultural, sabia atuar, ao contrário de muitos símbolos sexuais, que tendem a cair muito na canastrice. Sharon ainda tinha muito para viver e não merecia fim tão trágico.
Grande diretor para um grande texto.
Só discordo do filme O Pianista em décimo lugar. Colocaria um pouco acima.
Mas, os dois primeiros da lista eu assino embaixo e autógrafo. kkk
Abraços e continue com sua aula de história sobre o cinema.
Uma entrevista com Polanski? Fantástico! Gostaria de o conhecer também, um dia.
http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/
Puxa, entrevistando Polanski... Taí uma coisa que creio enriquecer uma vida (foi em Espanhol?!)... Considero "O Inquilino" seu melhor trabalho, seguido "O bebê de Rosemary".
Só esqueceste de puxar a brasa para a nossa sardinha (ainda mais especificamente do teu estado) e de falar sobre Jorge Amado: é um dos autores favoritos do Polanski, sabias?
E tem "O Artista" e "Meia-Noite em Paris" nos Morcegos e... Cadê o Nahud?! Meu abraço e apareça!
Antonio,
Gosto de Polanski, mas acho-o um diretor irregular, com altos e baixos em sua carreira. E não gostei de O Pianista. Talvez pelo tema, já tão explorado, senti em algumas cenas um sabor de dejá vu. Quanto à sua entrevista, muito boa. Abraço.
Caramba, entrevistou o Polanski? Sensacional!
Gostei da sua lista, mas colocaria "O Pianista " em terceiro. Os dois primeiros são indiscutíveis.
Olá, Antonio!
Polanski é, sem dúvida, um cineasta genial! Só de ver o nome dele no cartaz do filme já dá pra esperar que será coisa boa!
FaloU!
Polanski é um cineasta realmente marcante. Nossa! Deve ter sido uma honra tê-lo entrevistado.
Quando penso nele, lembro-me imediatamente do trágico fim da Sharon Tate, e o quanto foi triste para ele essas perdas, afinal ela esperava um filho dele.
Sua vida teve algumas polêmicas, assim como alguns de seus filmes. Mas ele tem sim o seu brilho.
Ótimo post!
Vi apenas quatro filmes de Roman Polansk. Todos me surpreenderam, e ao ler este post, me deu uma vontade enorme de ir a uma locadora agora mesmo! Vi O Bebê de Rosemary, Lua de Fel, O Último Portal (não perderia, sou fã-nática por Johnny Deep!) e O Pianista. Bem, apesar do Johnny Deep, achei os outros três bem superiores. O Bebê de Rosemary nem tem o que dizer, Lua de Fel, surpreedente, inesperado, O Pianista, magnífico, um dos fimes mais lindos que já vi!
Um Abraço, Antonio.
Entrevista incrível, como todo material deste blog. Quando ele fala de sua infância, impossível não lembrar da cena da criança no buraco do muro, em O Pianista, que, acredito, seja o próprio Polanski, na infância. Quanto à lista de melhores filmes, fico com Chinatown, uma obra gigante!
Nossa, Antônio. Que belo post. Parabéns.
Aprecio muito os filmes do homem, mas ainda tenho alguns pendentes importantes para conferir.
Injeção Cinéfila
Antonio: No words... Pollansky é um dos meus "deuses". Voce como sempre MARAVILHOSO nos seus artigos... P.S. O DVD (uma segunda cópia) segue amanha para o Rio com uma amiga... ela te enviará de lá... ou seja, na melhor das hipóteses voce o receberá DUPLO!!!!! (se lembra ainda de que filme falo?)
Polanki es un director que me gusta bastante, la entrevista ha sido muy interesante, bastante entretenida, es uno de los pocos cineastas que siguen trayendo novedades. Un gusto leerte. Un abrazo.
Que excelente entrevista! Adoro ler entrevistas de gente do cinema, há sempre muitas coisas reveladoras. Coloque mais de suas entrevistas!
Abraços!
Sempre imaginei que O Pianista havia sido as memórias de Roman quando da segunda guerra. Que ele havia tirado o filme de um romance, jamais me passou pela cabeça e até já havia falado sobre o filme e a vida dele com outras pessoas.
Agora vou ter de lembrar a quem disse tais asneiras para ver se conserto minhas falas erroneas.
Fico feliz em sabe-lo ter superado a tragédia de sua esposa Sharon e que está vivendo uma vida em harmonia.
Polanski mostra-se um homem muito diferente do que se poderia imaginar dele, em vista de tudo que já se foi falado de seu comportamento com o amigo Nicholson, ao agir dando trabalho a atores veteranos e extraindo sempre deles interpretações magnificas. Otima e proveitosa atitude do velho e bom diretor.
A proposito, vi poucos filmes dele. Porém O Pianista é um dos melhores filmes que assisti, com uma direção, ritmo, interpretações e conteudo geral surpreendentes. Considero-o seu melhor trabalho e sem chances do mesmo chegar nem perto em outra incursão.
Quanto ao não ter aceito dirigir A Lista de Schindler, é muito considerável a decisão, já que reviveria sua historia trágica, assim como de muitos seus amigos que amargaram ao seu lado todas aquelas desgraças e ainda estarem vivos muitos deles. Com certeza que não faria um filme melhor que Spielberg fez.
jurandir_lima@bol.com.br
Também gosto muito de Roman Polanski, principalmente de O bebê de Rosemary, um grande clássico do cinema, mas eu gosto até de Lua de Fel e O último portal que foram muito criticados. Já o muito elogiado O pianista não chegou a me tocar.
O bebê de Rosemary é o maior filme de terror de todos os tempos.
Não conheço tanto assim do Polanski, ainda tenho que conferir o resto de seus filmes. Dele, já vi O Bebê de Rosemary, Chinatown, Repulsa Ao Sexo, O Pianista e o novo O Deus da Carnificina, e tenho que concordar com as suas duas primeiras posições, os melhores dele de longe.
Um abração!
Tem vários filmes dele que adoro, revejo e vejo além.. De fato, Polanski é incômodo, até subversivo em sua visão.
;D
Um realizador fantástico.
Sobra talento em Polanski. Adoro O Bebê de Rosemary!
Polanski é um dos gênios do Cinema ainda vivo. Seu instigante "A Pele de Vênus", título no Brasil, que deveria ter sido "A Vênus das Peles", . nos mostra o quanto está ainda em forma e perverso ( no melhor sentido da palavra). aos 80 anos.
"O Bebê de Rosemary", um filme de terror/suspense psicológico extraordinário, teve grande sucesso de público e crítica.É certamente uma de suas obras-primas e também do gênero na História do Cinema.
Mas vale a pena conhecer o muito pouco lembrado "O Inquilino", onde Polanski retoma temas fortes de "O Bebê Rosemary", como satanismo ou não?, realidade ou paranoia?) . E de quebra temos Polanski como o protagonista em grande desempenho. Este filme me assombrou mais ainda do que o "O Bebê....".
"O Inquilino", sem ser explicitamente baseado em Kakfa ( veio de um romance de Rolan Topor), é um dos filmes mais kafkianos já realizados.
Não foi por acaso que o próprio Polanki ,atraído por este universo, foi o protagonista em uma montagem de "A Metamorfose" em Paris.
Grande Polanski, ele só falou sua perspectiva dos fatos e falou a verdade.
Postar um comentário