Conhecida por personagens atormentados, introspectivos e refinados, ela começou como figurante aos 15 anos, em 1945. Nesta época, teve um breve caso com o ainda desconhecido Marcello Mastroianni, depois foi modelo em Paris e, graças a sua beleza escultural, participou do concurso Miss Itália 1947, perdendo o título para a também futura atriz Lucia Bosé. Aos 19 anos, a italiana SILVANA MANGANO (1930 - 1989. Roma / Itália) conheceu o estrelato no papel de uma camponesa em “Arroz Amargo / Riso Amaro”. O filme fez muito sucesso e ela se tornou um símbolo sexual internacional, principalmente por suas fabulosas pernas. No set conheceu o seu futuro marido, o lendário produtor Dino De Laurentiis. Os críticos norte-americanos a comparavam a Rita Hayworth e recebeu inúmeras propostas para trabalhar em Hollywood, mas recusou. De personalidade bastante reservada, foi definida pelo diretor Alberto Lattuada, que a dirigiu mais de uma vez, como “uma mulher cuja beleza é um resumo de classicismo e modernidade. Uma imagem na qual há toda a essência da grande pintura do século XV, mas que também poderia servir de modelo para os mestres modernos”.
Ela trabalhou com nomes importantes do cinema italiano: Vittorio De Sica, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti, Mario Monicelli, Mauro Bolognini etc. Sua parceria com Visconti marcou época. Juntos fizeram “As Bruxas / Le Streghe” (1967), “Morte em Veneza / Morte a Venezia” (1971), “Ludwig, a Paixão de um Rei / Ludwig” (1972) e “Violência e Paixão / Gruppo di Famiglia in un Interno” (1974). Na categoria de melhor atriz, ganhou várias vezes o David di Donatello e o Nastro d’Argento. Longe do seu país, estrelou os épicos “Ulisses / Idem” (1954) e “Barrabás / Barabbas” (1961), “Terra Cruel / This Angry Age” (1958) e “Cinco Mulheres Marcadas / 5 Branded Women” (1960). Depressiva, SILVANA MANGANO sofria de constante insônia, isolando-se de todos nos seus últimos anos de vida. Morreu vítima de câncer no pulmão em 1989, aos 59 anos, deixando na memória do público o retrato de uma diva incontestável e uma intérprete respeitada. Seu derradeiro filme foi o delicado e elogiado “Olhos Negros / Oci Ciorne” (1987), de Nikita Mikhalkov, baseado em conto de Anton Tchecov, no qual faz uma aristocrata russa riquíssima casada com Marcello Mastroianni.
3 comentários:
O cinema europeu dificilmente entra em nossas salas. E a TV, mesmo a cabo, raramente passa filmes senão americanos ou nacionais.
Mas vi Signoret em Almas em Leilão e descobri a beleza esfuziante de Mangano em Ulisses.
Já a Tierney tive a graça de ver mais vezes, me encantando com sua beleza e interpretação no filme Amar Foi Minha Ruina.
jurandir_lima@bol.com.br
Revendo a matéria, me vi na obrigação de postar mais um rápido comentário;
Enaltecem tanto os lábios de Angelina Jolie e, no entanto, nunca ouvi ninguém elogiar a beleza e sensualidade esfuziante dos lábios de Tierney e Mangano. Querem ver como não erro? Olhem-nas com mais carinho e bastante atenção.
jurandir_lima@bol.com.br
Silvana e Tierney foram lindíssimas.Principalmente Silvana também possuidoras
de talento reconhecido. Simone, grande atriz incomparável. Cada uma delas mere
ceria uma página especial. Só não entendo por que até hoje Lollobrigida,ainda
não mereceu do autor Nahud um merecido destaque . Mas, respeitando o seu bom gosto vou continuar aguardando uma matéria co "La donna piu bella del mondo".
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