Mesmo
em vida, MARILYN MONROE (1926 - 1962. Los Angeles, Califórnia / EUA) alcançou um grau de popularidade que
ultrapassou a de muitas colegas. Ela inspirou inúmeras imitadoras durante sua
vida. E foi esse fenômeno, em particular, que alavancou sua popularidade. Seu
sucesso inspirou estúdios rivais a cultivar loiras sensuais e curvilíneas. E,
aparentemente, da noite para o dia, surgia uma safra de belezas que imitava a
aparência física de Marilyn em busca da próxima Marilyn. Algumas dessas atrizes eram talentosas e tiveram seus fãs. Outras, que imitavam o cabelo de Marilyn ou a sua voz provocante, rapidamente saíram de
cena.
JAYNE MANSFIELD
(1933 - 1967. Pensilvânia / EUA)
Citada
muitas vezes como a grande rival de Marilyn, ela foi um dos
principais símbolos sexuais da década de 1950. Chamou primeiro a atenção do
público ao se tornar a playmate da edição de fevereiro de 1955 da revista
Playboy, Contratada pelo mesmo estúdio de Marilyn, a Twentieth Century-Fox,
embora tenha sido uma comediante de talento ficou sempre à sombra da estrela.
Apesar de triunfos como “Sabes o Que Quero / The Girl Can't
Help It” (1956) e “Em Busca de um Homem / Will Success Spoil Rock Hunter?”
(1957), sua carreira decaiu depois de 1960.
Fez
alguns filmes sem importância na Europa e apareceu nua em uma produção
hollywoodiana, “Promises! Promises!” (1963). Passou a se apresentar em
nightclubs e, numa dessas viagens sofreu um trágico acidente de carro. Ela, o
namorado Sam Brody e o motorista morreram na hora. Seus três filhos, que
estavam no banco traseiro, escaparam com ferimentos leves. A história de que
Jayne teria sido decapitada não passa de uma lenda urbana. Ela usava uma
peruca, e a mesma foi encontrada a alguns metros do local. Sua filha Mariska
Hargitay hoje é uma atriz de sucesso, estrela da série de TV “Law & Order:
SVU”. Mansfield continua sendo um dos ícones mais conhecidos da cultura norte-americana
dos anos 1950 e 1960.
MAMIE VAN DOREN
(nasceu em 1931. Dakota do Sul / EUA)
Descoberta
pelo produtor Howard Hughes, com quem namorou, foi lançada em filmes da RKO. Em
1953, foi contratada pela Universal. Como o contrato foi assinado no mesmo dia
da posse do presidente Eisenhower, Van Doren Levou o primeiro nome da esposa
dele, “Mamie”. Estrelou em filmes cult clássicos e de baixo orçamento como “Mocidade
Indomável / Untamed Youth” (1957) e “Escola do Vício / High School Confidential”
(1958). Teve um papel coadjuvante em “Um Amor de Professora / Teacher's Pet”
(1958), uma grande produção estrelada por Clark Gable e Doris Day, mas na maior
parte das vezes ela só conseguia papéis em filmes de baixo orçamento.
Em 1966,
estrelou com Jayne o filme “The Las Vegas Hillbillys”. Mamie, Jayne e Marilyn
eram conhecidas como os três “M's”. Van Doren também trabalhou em nightclubs e
teatro, aparições esporádicas em filmes de baixo orçamento e lançou uma
autobiografia escandalosa. Nos últimos anos, fez uso de multimídia, incluindo
redes sociais. Com seu marido mantém seu site, onde mercadorias diversas,
incluindo nudes contemporâneos (!), estão disponíveis. Aos 85 anos, sua
carreira como símbolo sexual é uma das mais longas em Hollywood, tal como Mae
West.
SHEREE NORTH
(1932 - 2005. Los Angeles, Califórnia / EUA)
Começou
dançando em shows, tendo estreado no cinema em 1951, como extra. Em 1954, North
assinou com a Fox. No ano seguinte, conseguiu o papel principal em “Como Usar
as Curvas / How to Be Very, Very Popular”, papel rejeitado por Marilyn.
Depois deste sucesso, foi chamada de “a nova Marilyn”. Era uma
dançarina dinâmica e talentosa, mas usada somente como uma ameaça
para manter Marilyn na linha. Participou
de “O Tenente Era Ela / The Lieutenant Wore Skirts” (1956), com Tom Ewell, “O
Encanto de Viver / The Best Things in Life Are Free” (1956), com Gordon MacRae
e “A Mulher do Próximo / No Down Payment” (1957), com Tony Randall, entre
outros. A Fox logo perdeu o interesse nela e focou a atenção em Jayne
Mansfield. Depois do fim do contrato com a Fox em 1958, ela continuou fazendo
filmes e aparecendo em séries de TV. Em 1980, fez o papel da mãe de
Marilyn num filme para TV, “Os Amores de Marilyn / Marilyn: The Untold Story”.
DIANA DORS
(1931 - 1984. Swindon / Reino Unido)
Apelidada
a MARILYN MONROE britânica, durante os anos 1950 ela participou de muitos
filmes (começou em 1947) e tornou-se muito popular na Inglaterra. Com uma boca
carnuda num rosto de boneca e um corpo perfeito, seus principais filmes foram: “A
Rua da Esperança / A Kid for Two Farthings” (1955), “Esbanjador Econômico / Value
for Money” (1955), “Meu Amor, Minha Ruína / Yeld to the Night” (1956), “A
Vergonha de Ser Profana / The Unholy Wife” (1957), “A Vênus de Carne / I
Married a Woman” (1958) e “A Tentação e a Mulher / Tread Softly Stranger”
(1958). A
década de 1960 marcou seu declínio. Engordou e passou a fazer papéis de
coadjuvante, tendo participado de vários filmes de horror, como “Espetáculo de
Sangue / Bersek” (1967) e “As Sete Máscaras da Morte / Theater of Blood”
(1973).
CLEO MOORE
(1924 - 1973. Luisiana / EUA)
Sua
estreia em filmes foi em 1948. Era uma conhecida pin-up. Trabalhou para a
Warner em 1950 e para a RKO de 1950 a 1952 antes de assinar com a Columbia em
1952. O estúdio tinha planos de transformá-la em sua próxima estrela. Loira
platinada, queria fazer dela “sua Marilyn Monroe” ou “a nova Rita
Hayworth”. Na Columbia, ELA estrelou “Alma de Pecadora / One Girl's
Confession” (1953), “The Other Woman” (1954) e “Mulheres Condenadas / Women's
Prison” (1955). Sua
carreira entrou em declínio quando o estúdio contratou Kim Novak e passou a
investir nela em vez de Moore. Ela retirou-se do cinema em 1957. Apesar de
nunca ter atingido o verdadeiro estrelato, tornou-se uma atriz cult, e
alguns de seus filmes são clássicos cult. É considerada a “Rainha do Filme B das
Bad Girls”.
JOI LANSING
(1928 - 1972. Utah / EUA)
Modelo
e atriz, muitas vezes foi escalada para papéis semelhantes aos desempenhados
por suas contemporâneas, Jayne Mansfield e Mamie Van Doren. Ela frequentemente
vestia trajes sumários e biquínis que acentuavam sua figura atraente, mas nunca
posou nua. Sua carreira cinematográfica começou em 1948. Participou
principalmente de filmes “B”. Em
produções mais importantes, fez papéis não creditados ou pequenas participações
como no clássico “A Marca da Maldade / Touch of Evil” (1958), de Orson Welles.
Participou de muitos seriados de TV, tendo feito mais de 200 apresentações. Às vezes era chamada de “Marilyn Monroe televisiva”. Em 1965, entrou na vida de
night club e gravou seu primeiro álbum.
BARBARA NICHOLS
(1928 - 1976. Nova Iorque / EUA)
Popular
pinup de revistas nos anos 1940, foi considerada uma rival menor para MARILYN MONROE. No meio dos nos 1950, ela foi para Hollywood e apareceu regularmente em
papéis como coadjuvante em produções classe A como “Esse Homem é Meu / The King
and Four Queens” (1956), com Clark Gable, “Um Pijama Para Dois / The Pajama
Game” (1957), com Doris Day, “Meus Dois Carinhos / Pal Joey” (1957), com Frank
Sinatra, “Meu Coração Tem Dois Amores / Woman Obsessed” (1959), com Susan
Hayward e “Quem Era Aquela Pequena? / Who Was That Lady” (1960), com Tony
Curtis. Raramente
estrelou filmes, sendo a ficção científica “A Era dos Robôs / The Human
Duplicators” (1965) um dos poucos. Foi também uma frequente estrela
convidada em muitas séries de TV.
BEVERLY MICHAELS
(1928 - 2007. Nova Iorque / EUA)
Chegou
em Hollywood em 1948, aos 19 anos, e rapidamente encontrou trabalho de modelo.
Em 1951, chamou a atenção do diretor de cinema independente e produtor Hugo Haas,
que a lançou no filme noir “Eco do Pecado / Pickup”. O filme foi um sucesso
surpreendente, ainda que uma característica “B”, e lançou a carreira de Haas como
diretor em Hollywood. Teve um papel importante ao iniciar o ciclo de filmes de “bad
girl” da década de 1950, geralmente estrelados por loiras símbolos sexuais. Seguiu-se
“The Girl on the Bridge” (1951), que não teve sucesso, e Haas trocou Michaels
em favor da recém-chegada Cleo Moore como sua estrela feminina regular. Em
1953, estrelou “Mulher Sem Brio / Wicked Woman”, que hoje é talvez seu filme
mais conhecido. Em 1956, fez seu último filme, “Blonde Bait”.
GRETA THYSSEN
(nasceu em 1933. Hareskovby / Dinamarca)
Chegou
nos EUA após vencer o concurso de Miss Dinamarca em 1952. Ela procurou seguir
os passos dos símbolos sexuais que reinavam, as loiras MARILYN MONROE e Jayne
Mansfield, procurando uma carreira no cinema. Ela foi dublê de Marilyn em “Nunca
Fui Santa / Bus Stop” (1956) e apareceu em “Marcado Para a Morte / Accused of
Murder” (1956), “Criatura Sangrenta / Terror Is a Man” (1959), “Monstro do
Planeta Perdido / Journey to the Seventh Planet” (1962) e outros, sendo
considerada uma das rainhas dos filmes B. Participou
de vários shows de TV. É provavelmente mais lembrada por suas aparições em três
curtas dos Três Patetas, “Quiz Whizz” (1958), “Pies and Guys” (1958) e “Sappy
Bull Fighters” (1959). Em 1967, fez seu último filme.
TEXTO de ERALDO URANO
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23 comentários:
Não trocaria MM por nenhuma delas
MM geminiana típica, usava sua sensualidade a seu favor e tornava-se linda. Nos dias de hj seria considerada fora" dos padrões" de beleza, mas enqto viveu soube encantar a todos.
Ahaha....belo post...incrível o número de "imitadoras" que a M.M. tinha...a prova que nem sempre quando se usa uma "receita" de sucesso ela será garantia para ele.
A Marilyn era inigualável.
Até mesmo as cópias de antigamente tinham mais qualidade. Belas garotas.
Diva.
Curioso. Nenhuma delas tinha a inocência de menina de MM.
Maravilhosas!
A própria Marilyn se inspirou em outra loura: Jean Harlow.
A Marilyn era inigualável.
MM geminiana típica, usava sua sensualidade a seu favor e tornava-se linda. Nos dias de hj seria considerada fora" dos padrões" de beleza, mas enqto viveu soube encantar a todos.
Diva eterna!!
Marylin permanece porque é única. Não havia outra parecida com ela antes dela surgir....
Todas são lindas, mas nenhuma tem a beleza especial dela; todas essas tentaram imitá-la, só conseguiram na aparência, ou melhor, na produção. MM era esplêndida.
Cleo Moore que dizem ser uma imitadora da MM, mas não era, pois a Cleo Moore surgiu antes da Marilyn Monroe, logo foi apenas uma coincidência.
De todas as imitadoras, a que mais se aproxima, em minha modesta opinião, é a DD
Cleo Moore é associada a Marilyn pelos historiadores por terem o mesmo tipo físico e a pretensão da Columbia de fazer dela uma nova Marilyn. Ela não era um clone de Marilyn, é verdade, porque de bad girl a Marilyn não tinha nada. Mas Cleo não surgiu antes: estreou no cinema no mesmo ano que Marilyn. Eram contemporâneas.
É que esqueço os nomes, a que contracena com a Sophia Loren em Seu Tipo de Mulher, lembrei, a Barbara Nichols, nao que Nichols seja uma imitadora mas uma loura, fazendo concorrência, mesmo que não tenha nada à ver sendo totalmente diferentes
Sou fa de MM, imbativel, parece que a palavra sexy foi criada para tentar defini-la. De todas as imitadoras, a que mais lembro eh Jayne Mansfield, acho que vi todos os seus filmes. Agora que corpo tem essa Greta! Minha nossa, que cintura, que pernas, que tudo!
A MM é minha preferida dentre todas, desde a adolescência. A Greta Thyssen foi Miss Dinamarca, aquele corpo que as mulheres de hoje em dia não tem mais. Da Jayne, assisti poucos filmes.
Eterna. Vive no nosso coracao!
A loura linda e burrinha que de burrinha nao tinha nada . Morreu tao jovem e nem estava no auge, auge da fama . Pra mim , seu melhor filme eh Qto Mais Quente Melhor . Quem cantaria melhor que ela o parabens ao Mr. President ????
Mais um excelente texto e um belo apanhado da grande Marilyn Monroe!
Quanto a Cleo Moore, eu não diria que é uma imitadora de MM., pois apareceu antes, sempre como bad girl!
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