abril 19, 2024

*********** JOHN GILBERT: o GRANDE AMANTE

 
 
“Oh, que diabos, o público gostou de mim certa vez. 
Seria um idiota se reclamasse da vida. Fui um astro!”
JOHN GILBERT em 1933
 
Apelido: Jack
Altura: 1,80 cm
Cabelos: castanhos escuros
Olhos: castanhos

 
 
Bonito, cabelos escuros encaracolados, olhos cintilantes. O público feminino suspirava com suas cenas de amor. De presença magnética, intenso, sinceramente dedicado ao seu ofício. No auge da carreira, como estrela da Metro-Goldwyn-Mayer, saboreava a realeza de Hollywood. Alcançou o estrelato aos 28 anos, mas seis anos depois decaiu, após vários filmes falados desastrosos. No famoso “A Carne e o Diabo”, de 1926, iniciou romance com a diva Greta Garbo. Alcoólatra crônico com alterações de humor, mergulhava muitas vezes na depressão. Arruinado pela bebida, JOHN GILBERT (1897 – 1936. Logan, Utah / EUA) morreu aos 38 anos.
 
Desde o início da sua trajetória cinematográfica, em 1915, trabalhou ao lado de diretores importantes, incluindo Thomas Ince, Maurice Tourneur e John Ford. Na Metro-Goldwyn-Mayer, sua lista de diretores cresceu para Victor Sjöström, King Vidor, Erich von Stroheim, Edmund Goulding, Fred Niblo, Tod Browning e Rouben Mamoulian. Seus pais eram atores e ele estreou nos palcos ainda garoto. Apareceu em seu primeiro filme, sem crédito, em 1915. De 1916 a 1921, com o nome de Jack Gilbert, representou pequenos papéis em mais de 40 filmes, incluindo “Heart O'the Hills” (1919), com Mary Pickford. Em seu primeiro protagonismo, em “Shame” (1921), na Fox Film Corporation, já era JOHN GILBERT. Dos 21 filmes na Fox, sobreviveram apenas “Monte Cristo” (1922) e “Sota, Cavalo e Rei” (1923).
 
Contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer em 1924, foi lançado como uma super estrela em 1925 interpretando um soldado traumatizado em “O Grande Desfile”, um dos dramas mais lucrativos da década de 1920, e a mais gratificante de suas cinco colaborações com King Vidor. Aclamado como “O Grande Amante”, fez “A Viúva Alegre” (1925), dirigido por Erich von Stroheim e coestrelado por Mae Murray, outro sucesso. A seguir, “O Cavalheiro dos Amores / Bardelys the Magnificent” (1926), aplaudido pela crítica e o público. Segundo o “New York Times”, “John Gilbert salta para o reino ativo de Douglas Fairbanks, John Barrymore… e daquele cowboy milionário, Tom Mix”. A “Time” postou: “John Gilbert dando saltos fairbanksianos”, elogiando a fotografia de William H. Daniels, incluindo a cena romântica entre os salgueiros.
 
Conhecido como perfeccionista e difícil de trabalhar, ele tinha verdadeiros embates no set com seus diretores e colegas atores. Em “A Carne e o Diabo”, um melodrama dirigido por Clarence Brown, viveu um explosivo triângulo amoroso com Greta Garbo e Lars Hanson. O erotismo foi, na verdade, alimentado pela paixão nos bastidores entre o ator e Garbo. As cenas de amor escaldantes emocionaram o público. Seu segundo filme com ela, “Anna Karenina / Love” (1927), versão do romance clássico de Leon Tolstoi, foi outro grande sucesso. O último filme mudo deles, “Mulher de Brio / A Woman of Affairs” (1928), também foi bem-sucedido.
 
No final das filmagens de “A Carne e o Diabo”, ele pediu a sueca Greta Garbo em casamento. De acordo com Clarence Brown, pareciam apaixonados, mas o ator muito mais apaixonado do que ela. King Vidor estava prestes a se casar com a atriz Eleanor Boardman, e em 1927 JOHN GILBERT , amigo deles, planejou um casamento duplo que encheu as páginas de revistas de cinema e enlouqueceu os fãs. Mas Garbo teve medo de perder sua liberdade e não apareceu na cerimônia sem nem mesmo avisar. O astro ficou terrivelmente perturbado. De acordo com Boardman, ele foi chorar no banheiro e Louis B. Mayer procurou consolá-lo, aconselhando: “Durma com ela, não se case”. Revoltado, ele deu um soco no rosto do poderoso chefão da M-G-M, que caiu, com os óculos quebrados, ameaçando: “Eu vou destruir você”.
 
greta garbo e john gilbert em 1926
Durante meses, perseguiu Garbo incansavelmente, querendo forçá-la ao casamento, mas ela sempre recusava. Ele enchia a cara e ia atrás dela. Chegou a passar uma noite na prisão por invadir um hotel onde ela estava com o diretor sueco Mauritz Stiller. Com o passar do tempo, a tensão diminuiu, em parte porque a atriz garantiu que não casaria com ele nem com ninguém. Décadas depois desse turbilhão sentimental, Greta Garbo confessou ao dramaturgo S. N. Behrman que nunca amou JOHN GILBERT e se envolveu com ele porque havia chegado recentemente da Suécia, se sentia solitária e não falava bem inglês. Garantiu que nada nele despertava interesse nela.
 
Ele casou-se com Olivia Burwell em 1918, mas separaram-se um ano depois. Seu segundo casamento, com a atriz Leatrice Joy, de 1922 a 1925, terminou em meio a acusações de alcoolismo e infidelidade. A filha deles, chamada Leatrice, nasceu em 1924. Teve mais duas esposas, também atrizes, Ina Claire (1929 a 1931) e Virginia Bruce (1932 a 1934). Em 1928, renegociou seu contrato com a M-G-M, estipulando US$ 250.000 por filme, com um limite de dois filmes por ano. Infelizmente, o primeiro filme falado do astro, “Sua Noite Gloriosa / His Glorious Night” (1929), foi mal recebido pelo público. Rapidamente adquiriu o status mítico como o filme que o destruiu.
 
Hollywood é um lugar inconstante e ele se tornou uma das vítimas na transição do cinema mudo para o sonoro. Alguns suspeitam que Louis B. Mayer conspirou contra a sua estreia falada. Mayer desprezava o estilo de vida irresponsável do seu contratado e não perdoava o murro que tomou. Mas será que Mayer teria arriscado sua maior fonte de dinheiro por causa de uma egoísta vingança pessoal? King Vidor não pensava assim, descrevendo sua versão da decadência vertiginosa de JOHN GILBERT: “Ele não era centrado em um papel próprio na vida. Os caminhos que seguia no seu dia a dia eram influenciados pelos personagens que algum roteirista havia escrito para ele. Seja qual fosse o papel que estava desempenhando, literalmente continuava a vivê-lo fora da tela. Era uma existência claramente precária.”
 
ina claire e gilbert
Perdeu repentinamente sua posição de superstar no final de 1930. A queda é atribuída a uma de duas causas: o fato de ter uma voz estridente ou de ter sido sabotado por Louis B. Mayer. Nenhuma das teorias se sustentam pelas evidências. Sua voz tinha um tom normal. Não se dava bem com Mayer, eles se odiavam e o ator debochava do chefe por pura diversão. Os dois se envolviam em discussões ruidosas, mas seria injusto o produtor levar a culpa pela descida do ator. Assim, pode-se concluir que o fracasso não foi calculado, simplesmente aconteceu.
 
Carismático na cena muda, tornou-se rígido, artificial e tenso ao trabalhar com o som. Em 1930, o gosto do público mudou significativamente em relação aos ingênuos filmes mudos e a imagem do ator se desatualizou. Ainda assim, protagonizou dez longas falados. Nenhum deles restaurou sua antiga glória. Com a saúde em declínio. admitiu que fez muita besteira e abusou do álcool a maior parte de sua vida. Em 1933, Greta Garbo exigiu tê-lo como parceiro romântico em “A Rainha Cristina”, possibilitando um retorno glorioso. Ele se recompôs, parou temporariamente de beber, e se dedicou ao papel com afinco, mas não houve reconhecimento.
 
O contrato com a M-G-M findou em 1933 e não foi renovado. Em 1931, reportagem do “L.A. Times” o chamou de “o ator mais infeliz de Hollywood”, relatando que se esgueirava envergonhado pela cidade com o chapéu sobre os olhos. Na edição de março de 1934 da “Variety”, desesperado, ele publicou um anúncio: “A Metro-Goldwyn-Mayer não quer mais me oferecer trabalho.”. Paranoico, se sentia humilhado, acreditando que todos riam da sua decadência. Com a carreira cinematográfica de sua esposa Ina Claire, famosa nos palcos da Broadway, em ascensão, o casamento desmoronou. No seu último filme, “O Capitão Odeia o Mar / The Captain Hates the Sea” (1934), na Columbia Pictures, interpreta um escritor bêbado em um navio. Resultou em indiferença geral e ele não atuou mais em outro.
 
marlene dietrich e gilbert
Nos últimos meses de vida, namorava Marlene Dietrich. Fazia sexo com ela no momento do seu segundo e fatal ataque cardíaco. Maria Riva, em um livro sobre a mãe, disse que ela chamou um médico, pegou as suas coisas e foi embora, evitando um escândalo. Tudo começou quando o diretor Lewis Milestone contou à estrela alemã que seu vizinho JOHN GILBERT estava desempregado e melancólico. Sem pensar duas vezes, ela foi até a casa dele e disse: “Vim para salvá-lo.” Iniciaram um caso. Marlene conseguiu escalá-lo para contracenar com ela na comédia sofisticada da Paramount Pictures, “Desejo / Desire” (1936), direção de Frank Borzage. Infelizmente aconteceu o primeiro ataque cardíaco do ator, pouco antes do início da produção, e ele foi substituído por Gary Cooper.
 
O fim chegou em sua mansão no topo de uma colina, em Beverly Hills, na madrugada de 9 de janeiro de 1936, quando seu coração ferido parou de bater. Na época, bebia cada vez mais, danificando sua saúde. Retratos confirmam seu declínio físico. Por fim, JOHN GILBERT foi bem definido pela historiadora de cinema Jeanine Basinger: “Amaldiçoado triplamente: esquecido, incompreendido e subestimado”.
 
john gilbert e lillian gish em a boêmia

10 FILMES de JOHN GILBERT
(por ordem de preferência)
 
01
A VIÚVA ALEGRE
(The Merry Widow, 1925)
 

Direção: Erich von Stroheim
Elenco: Mae Murray
 
02
O GRANDE DESFILE
(The Big Parade, 1925)

Direção: King Vidor
Elenco: Renée Adorée
 
03
A RAINHA CRISTINA
(Queen Christina, 1933) 
 

Direção: Rouben Mamoulian
Elenco: Greta Garbo, Lewis Stone e C. ubrey Smith
 
04
A BOÊMIA
(La Bohéme, 1926)
 

Direção: King Vidor
Elenco: Lillian Gish e Renée Adorée
 
05
A CARNE e o DIABO
(Flesh and the Devil, 1926)
 

Direção: Clarence Brown
Elenco: Greta Garbo e Lars Hanson
 
06
LÁGRIMAS de PALHAÇO
(He Who Gets Slapped, 1924) 
 

Direção: Victor Sjöström
Elenco: Lon Chaney e Norma Shearer
 
07
Nos DOMÍNIOS das ILUSÕES
(The Masks of the Devil, 1927) 
 

Direção: Victor Sjöström
Elenco: Alma Rubens
 
08
SOTA, CAVALO e REI
(Cameo Kirby, 1923) 
 

Direção: John Ford
Elenco: Alan Hale e Jean Arthur
 
09
MONTE CRISTO
(Idem, 1922) 
 

Direção: Emmett J. Flynn
Elenco: Estelle Taylor
 
10
Os COSSACOS
(The Cossacks, 1928) 
 

Direção: George W. Hill
Elenco: Renée Adorée, Erneste Torrence e Nils Asther
 
FONTES 

“Dark Star: The Untold Story of the Meteoric Rise and Fall of Silent Screen Star John Gilbert” (1985), de Leatrice Gilbert Fountain;

 
“John Gilbert: The Last of the Silent Film Stars” (2013), de Eve Golden.
 
GALERIA de FOTOS
 
 

março 27, 2024

****************** As TRÊS FACES de JOAN BENNETT


“Não gosto da maioria dos filmes que fiz, 
mas gostei muito de ser estrela de cinema.”
JOAN BENNETT em 1986
 
Olhos: azuis
Cabelos: louros
Apelido: Joanie
Altura: 1,61 m

 
 
Ela é uma das minhas atrizes favoritas. Assisti a maioria dos seus setenta filmes. Brilhou em três fases distintas em sua longa e bem-sucedida carreira. Primeiro como uma loira ingênua e cativante, depois como uma morena glamorosa e fatal (frequentemente comparada a austríaca Hedy Lamarr) e, por fim, como esposa elegante e mãe carinhosa em comédias espirituosas inesquecíveis. O charme tranquilo e a voz rouca de JOAN BENNETT (1910 - 1990. Fort Lee, Nova Jersey / EUA) conferiam na atriz uma atração irresistível. Não há dúvida de que o período de femme fatale, na década de 1940, é o mais marcante na memória cinéfila, inclusive porque nele atuou em seus mais icônicos filmes noir.
 
Embora não seja muito lembrada atualmente, foi estrela durante duas décadas e uma boa atriz. A mais nova das três filhas dos famosos atores de teatro Richard Bennett e Adrienne Morrison, ela muitas vezes excursionou com os pais pelos Estados Unidos. Na verdade, veio de uma longa linhagem de atores, que remonta ao século 18. Linda, sexy e envolvente, com olhos dramáticos, fez uma ampla variedade de papéis - um verdadeiro deleite para o público. Aos quatro anos, aconteceu sua primeira aparição no palco, e estreou em filmes aos seis anos, ao lado da família, em “O Vale da Decisão / The Valley of Decision” (1916). 
 
Aos 16 anos se casou em Londres com John Marion Fox, que tinha 26 anos. O casamento fracassou em pouco tempo, principalmente por causa da bebedeira excessiva do marido. Em 1928, tiveram uma menina e se divorciaram no mesmo ano. Com um bebê para sustentar, ela resolveu trabalhar como atriz. Estreou no palco no mesmo ano com seu pai, em “Jarnegan”, peça que teve 136 representações na Broadway. Aos dezenove anos, tornou-se estrela através de filmes populares como “Amante de Emoções / Bulldog Drummond” (1929), com Ronald Colman, e “Moby Dick / Idem” (1930), com John Barrymore.

 
Contratada da Fox Film Corporation, apareceu em 14 filmes como protagonista. Não só o público gostava dela, mas também os críticos. Em 1932, casou-se com o roteirista Gene Markey, mas o casal se divorciou em 1937. Eles tiveram uma filha, Melinda. A atriz deixou a Fox para atuar na RKO Radio Pictures, ao lado de Katharine Hepburn, em “As Quatro Irmãs” (1933), dirigido por George Cukor. Este drama famoso chamou a atenção do produtor Walter Wanger (1894 – 1968. São Francisco, Califórnia / EUA) que a contratou e passou a orientar sua carreira.
 
Durante esse período, estava radiante em sua beleza juvenil. Na filmagem de “Segredos de um Don Juan / Trade Winds” (1938), Wanger e o diretor Tay Garnett a persuadiram a mudar a cor de seus cabelos, de loura para morena. Combinando com seus olhos sensuais, o novo visual resultou em uma personalidade mais cativante. Com esta aparência, passou a interpretar femmes fatales, extremamente belas e perigosas. Parecia sedutora e vulnerável na superfície, enquanto no interior escondia uma fria maldade. Fritz Lang e outros diretores expressaram admiração pela sua contribuição, e alguns críticos a descreveram como “síntese da heroína do film noir”.
 
Disputando o cobiçado papel de Scarlett O'Hara em “... E o Vento Levou / Gone with the Wind” (1939), JOAN BENNETT impressionou o produtor David O. Selznick, ficando entre as quatro finalistas, juntamente com Jean Arthur, Vivien Leigh e Paulette Goddard. Em 12 de janeiro de 1940, ela e Walter Wanger se casaram em Phoenix. Tiveram duas filhas, Stephanie (nascida em 1943) e Shelley (nascida em 1948). Ele começou a produzir filmes em 1929. Entre os seus trabalhos mais importantes estão “Rainha Cristina / Queen Christina” (1933), com Greta Garbo; “Correspondente Estrangeiro / Foreign Correspondent” (1940), de Alfred Hitchcock; “Vampiros de Alma / Invasion of the Body Snatchers” (1956), clássico de ficção-científica; “Quero Viver! / I Want to Live!” (1958), que deu o Oscar de atriz à Susan Hayworth, e a superprodução “Cleópatra / Idem” (1963), estrelada por Elizabeth Taylor. 
 
walter wanger e joan bennett
Por muito tempo, JOAN BENNETT foi representada por Jennings Lang. Na tarde de 13 de dezembro de 1951, combinaram um encontro para discutir a participação da estrela em um programa televisivo. A reunião aconteceu em Santa Monica Boulevard. Walter Wanger dirigia pelas redondezas, notou o carro da esposa estacionado e decidiu esperá-la. Com o fim do almoço de negócios, a atriz e seu agente voltaram para seus veículos, mas ficaram um tempo conversando na porta do Cadillac dela. Bastou esta cena, para um surto de ciúmes do produtor, que saiu de seu automóvel e atirou duas vezes em Jennings Lang. Uma bala atingiu sua coxa direita e outra penetrou sua virilha.
 
Levaram o criminoso sob custódia. A atriz negou a acusação de traição: “Se Walter acha que as relações entre Lang e eu são românticas ou qualquer coisa, exceto estritamente comerciais, ele está errado”. Condenado por tentativa de homicídio, Wanger cumpriu pena de quatro meses, mas o casal permaneceu casado até o divórcio em 1965. O agente se recuperou após passar alguns dias no pronto socorro. Esse foi um dos maiores escândalos de Hollywood, afetando a carreira de JOAN BENNETT. A atriz entrou na lista negra dos estúdios, sendo raramente convidada para filmar. Parecia ser o fim da diva. Difamada na coluna de fofocas de Hedda Hopper, enviou a jornalista um gambá, com uma nota que dizia: “Você fede!”.
 
Participou de vários programas de rádio entre 1930 e 1950, atuando em “The Edgar Bergen”, “Charlie McCarthy Show”, “Duffy's Tavern” e a série “Lux Radio Theatre”, entre outros. Também atuou em teatro, aparecendo no palco em Chicago no papel da bruxa Gillian Holroyd em “Bell, Book and Candle”, e depois fez uma turnê com a produção. À medida que as ofertas de filmes diminuíram, ela continuou com inúmeros sucessos nos palcos, como “Susan e God”, “Once More, with Feeling”, “The Pleasure of His Company” e “Never Too Late”. Atuou com sucesso na TV, incluindo os cinco anos da série gótica “Sombras Tenebrosas / Dark Shadows”, de 1966 a 1971, pelo qual recebeu uma indicação ao Emmy de Melhor Atriz.
 
Em 1970 publicou suas memórias, “The Bennett Playbill”, escrita com Lois Kibbee, e em 1978 se casou com o crítico de cinema David Wilde. O casamento durou até sua morte. Seu último filme foi o thriller de terror “Suspiria / Idem” (1977), e na TV, em “Guerras do Divórcio / Divorce Wars: A Love Story” (1982). Morreu de um ataque cardíaco em 7 de dezembro de 1990, aos 80 anos. Em seu obituário no “New York Times”, foi retratada como “uma das atrizes mais subestimadas de seu tempo”. Tem uma estrela na Calçada da Fama, em 6310 Hollywood Boulevard.
 
robert ryan e joan bennett em a mulher desejada

10 FILMES de JOAN BENNETT
(por ordem de preferência)
 
01
ALMAS PERVERSAS
(Scarlet Street, 1945) 

Direção: Fritz Lang
Elenco: Edward G. Robinson, Dan Duryea, Margaret Lindsay e Vladimir Sokoloff
 
02
Na TEIA do DESTINO
(The Reckless Moment, 1949) 

Direção:Max Ophüls
Elenco: James Mason e Geraldine Brooks
 
03
Um RETRATO de MULHER
(The Woman in the Window, 1944)

Direção: Fritz Lang
Elenco: Edward G. Robinson, Raymond Massey e Dan Duryea
 
04
As QUATRO IRMÃS
(Little Women, 1933) 

Direção: George Cukor
Elenco: Katharine Hepburn, Paul Lukas, Edna May Olivier, Frances Dee, Douglass Montgomery e Spring Byington
 
05
O HOMEM que QUIS MATAR HITLER
(Man Hunt, 1941)

Direção: Fritz Lang
Elenco: Walter Pidgeon, George Sanders, John Carradine e Roddy McDowall
 
06
O SEGREDO da PORTA FECHADA
(Secret Beyond the Door, 1947) 

Direção: Fritz Lang
Elenco: Michael Redgrave, Anne Revere e Barbara O'Neil
 
07
A MULHER DESEJADA
(The Woman on the Beach, 1947) 

Direção: Jean Renoir
Elenco: Robert Ryan e Charles Bickford
 
08
CHAMAS QUE NÃO se APAGAM
(There's Always Tomorrow, 1956)

Direção: Douglas Sirk
Elenco:Barbara Stanwyck, Fred MacMurray e Jane Darwell
 
09
MUNDOS ÍNTIMOS
(Private Worlds, 1935)

Direção: Gregory La Cava
Elenco:Claudette Colbert, Charles Boyer e Joel McCrea
 
10
O PAPAI da NOIVA
(Father of the Bride, 1950) 

Direção: Vincente Minnelli
Elenco: Spencer Tracy, Elizabeth Taylor e Billie Burke
 
GALERIA de FOTOS