Um dos posts mais populares deste blog, “The Hollywood Lesbians”, publicado em 22 de março de 2012, nunca saiu
da lista dos dez mais acessados. Diversos leitores escreveram pedindo o
equivalente masculino. Já foi escrito e publicado, também em 2012, e terminou se
perdendo nos quase dois anos que o blog ficou fora do ar por problemas
técnicos. Na época, gerou polêmica, alguns cinéfilos não suportam revelações da vida privada de seus astros mais queridos. Sem preconceito ou sensacionalismo, e respeitando a sexualidade
de todos, acredito que a homossexualidade de famosos quando revelada ajuda – e
muito – a jovens reprimidos ou acossados pela homofobia. Eles se espelham,
reagem, vão à luta.
Sabemos que há poucos atores bem-sucedidos abertamente
gays. Lembro-me de Rupert Everett (garante que não consegue bons papéis por sua
sexualidade), Derek Jacobi, Stephen Fry, Ian McKellen, Kevin Spacey, Luke
McFarlane, Billy Zane, entre outros. No entanto, são minoria, muitos temem a rejeição
do público, resultando no fim precoce da carreira. E é real, ainda hoje. Astros
românticos (ou de ação) como Matt Damon, Tom Cruise, John Travolta, George
Clooney, Keanu Reeves, Leonardo DiCaprio, Hugh Jackman, James Franco, Ben
Affleck ou Ewan McGregor, brigam há anos com a imprensa, negam que são gays.
Antigamente era pior. Numa época em que os
direitos dos homossexuais não eram sequer discutidos, alguns atores foram obrigados a
casar, passando a imagem de pessoas “adequadas” a uma sociedade religiosa e
heterossexual (pelo menos diante dos holofotes). Os homossexuais envolvidos com o cinema na época áurea
dos grandes estúdios viviam em pânico. Aqueles que trabalhavam atrás das câmeras,
dirigindo, cuidando dos figurinos ou da direção de arte, não eram perseguidos,
mas os astros e estrelas eram vigiados pelos paparazzi. Revelar-se gay em Hollywood era complicado. Além do preconceito, o trabalho de um ator estava colado à sua imagem
pública. Declarando-se homossexual, era fim de carreira na certa.
Hollywood
sempre se orgulhou de ser livre de preconceitos. Mesmo quando alguma história
de homossexualidade se tornava notória dentro da comunidade muito raramente
chegava na imprensa sensacionalista. Os casamentos arranjados e as aparições
públicas que sugeriam romances entre astros e estrelas eram parte do esforço
publicitário para esconder a condição gay ou a bissexualidade de seus astros,
como é o caso de Erroll Flynn (que não ocultava suas relações
homossexuais, sendo uma delas com o produtor Ross Hunter), Gary
Cooper (no início de carreira, ao dividir o teto e a cama com o ator Anderson Lawler, deixou seus agentes em desespero), Spencer Tracy,
Michael Redgrave, Burt Lancaster, Marlon Brando (um sujeito confuso que gostava
de tratar as mulheres como objeto, enquanto se apaixonava por homens mais
velhos), Jack Palance, Mel Ferrer etc.
rock hudson e george nader |
Desde
sempre os estúdios, que detinham o passe dos astros e tinham um poder
considerável sobre suas carreiras, exigiam que eles se mantivessem dentro de
limites estreitos. Não se podia ir a eventos sociais sem um acompanhante do
sexo oposto. Permanecer solteiro por muito tempo era imprudente. Um dos
primeiros astros do cinema, Jack Kerrigan, infernizado por sua condição de
solteirão, publicou um anúncio numa revista: “Até agora eu não encontrei
nenhuma moça que quisesse se casar comigo. Mas vou arranjar uma, vocês vão ver
só!”, prometeu o mocinho. Ninguém acreditou e sua carreira desandou pra sempre.
A partir dos anos 1930, com a entrada em vigor do Código Hays, estabelecendo a
censura prévia evitar atentados contra a suposta moral e os bons costumes, a homofobia tornou-se ainda mais
cruel.
Não
há como negar que continua sendo um acontecimento quando um astro de Hollywood
decide proclamar sua homossexualidade. Mesmo que o assumido não seja da
primeira grandeza de estrelas. Além disso, revistas de celebridades, colunas de
fofoca, jornais, livros e filmes parece que decidiram tirar definitivamente do
armário veteranos astros gays. Muitos
deles surpreendem.
ASTROS no ARMÁRIO
01
ALFRED LUNT
(1892 - 1977. Milwaukee, Eisconsin / EUA)
Atores lendários na Broadway, Lunt
e Lynn Fontanne atuaram em alguns filmes e inventaram um casamento de fachada por
mais de 50 anos. Ele era gay, ela lésbica.
02
ANTHONY PERKINS
(1932 - 1992. Nova Iorque / EUA)
Em Hollywood nunca foi novidade que o astro
do clássico “Psicose / Psycho” (1960) se relacionava com homens. Ainda bem jovem, foi fotografado
passeando de mãos dadas com Tab Hunter numa praia da Califórnia. Os dois saíam
no mesmo carro para jantar, cada qual com sua garota, e tão dispensavam as moças iam para casa juntos. Além de Tab, teve casos com uma longa lista de celebridades do sexo masculino: Rock
Hudson, Troy Donahue, Rudolf Nureyev, Leonard Bernstein, James
Dean e Stephen Sondheim. O único que durou, no entanto, foi com o dançarino e
coreógrafo Grover Dale, com quem teve um relacionamento de seis anos.
Ele
sofria duramente com sua homossexualidade e tinha ataques de pânico ao
contracenar com atrizes em cenas sensuais. Casou-se com a irmã de Marisa Berenson e teve dois filhos. Era
conhecido por frequentar lojas de pornografia e cinemas gays. Morreu aos 60
anos, de complicações da AIDS.
03
BEN PIAZZA
(1933 - 1991. Little Rock, Arkansas / EUA)
Comparado ao jovem Marlon Brando, esteve ao
lado de Gary Cooper em “A Árvore dos Enforcados / The Hanging Tree” (1959), mas
nunca alcançou o status de protagonista. Em vez disso, fez carreira na TV.
Embora casado por um tempo com a atriz Dolores Dorn, viveu 18 anos com Wayne
Tripp. Foi uma das vítimas da AIDS.
04
CESAR ROMERO
(1907 - 1994. Nova Iorque / EUA)
Alto, discreto e sofisticado, começou no
cinema como “latin lover” de musicais e comédias românticas. Na década de 1960,
brilhou na TV como o Coringa da série “Batman”. De carreira longa e versátil,
assumiu a homossexualidade no final de sua vida. Teve namoros duradouros com os
atores Gene Raymond e Tyrone Power. Viciado em eventos sociais, seu
guarda-roupa tinha mais de 30 smokings, 200 casacos esportivos e 500 ternos. Praticamente
vivia no Coconut Grove, casa noturna do Ambassador Hotel, em Los Angeles,
dançando e flertando.
05
CARY GRANT
(1904 - 1986. Bristol / Reino Unido)
Quando a Paramount descobriu que seu ator
mais cobiçado estava disposto a assumir o relacionamento amoroso com o também
ator Randolph Scott, tratou de providenciar uma esposa para ele. Obrigado a se
casar com a atriz Virginia Cherrill, Grant desesperou-se e tentou o suicídio,
ingerindo pílulas para dormir. Depois deste casamento improvisado, morou com Scott, mas teve outros três casamentos heterossexuais. Antes de
Hollywood, vivendo em Nova York ainda com seu nome real, Archie Leach, teve relacionamento duradouro com o figurinista Orry-Kelly.
06
CHARLES LAUGHTON
(1899 - 1962. Scarborough / Reino Unido)
Famoso
no teatro e no cinema, Quasímodo de “O Corcunda de Notre Dame / The Hunchback of Notre Dame” (1939) é o seu
papel mais conhecido. Atormentado, sentia-se envergonhado de seus
desejos homossexuais. Para superar a solidão, procurava a companhia de belos
jovens, muitos dos quais começaram como seu massagista ou assistente pessoal.
Com alguns, desenvolveu relacionamentos românticos. Após a sua morte,
sua esposa Elsa Lanchester escreveu livro falando da homossexualidade do
marido e que eles nunca tiveram relações sexuais.
07
CLAUDE RAINS
(1889 - 1967. Londres / Reino Unido)
Inglês
cuja polidez foi muitas vezes utilizada para obter o máximo de ironia, estava
na meia-idade quando sua carreira no cinema decolou. O rosto combinava com a
voz cortês, tornando-se um dos mais requisitados coadjuvantes dos anos 1930-40.
08
CLIFTON WEBB
(1889 - 1966. Indianápolis, Indiana / EUA)
O seu
vilão no noir “Laura / Idem” (1944) foi um grande sucesso. Ótimo ator, a
carreira no teatro - em operetas, musicais e comédias - fez sombra
ao trabalho no cinema. Ainda assim concorreu três vezes ao Oscar. Quando
perguntado pelo diretor Jean Negulesco se era gay, respondeu: “Devoto, meu
rapaz, devoto”. Teve um romance com James Dean e utilizava garotos de programa. Vivia com sua mãe dominadora,
Mabelle, levando-a para todo lugar: estreias de filmes, jantares e férias. Eram inseparáveis. Quando ela morreu, em 1960, aos 91 anos,
ele se isolou, lamentando a perda da mãe. Morreu de ataque cardíaco poucos
anos depois, em 1966.
09
DANNY KAYE
(1913 - 1987. Nova Iorque / EUA)
Comediante astro da Broadway e do cinema. Seu romance com Sir Laurence Olivier, casado com Vivien Leigh, era conhecido. Viviam juntos viajando pelo
mundo.
10
DICK SARGENT
(1930 - 1994. Califórnia / EUA)
Conhecido por sua participação na série de TV
“A Feiticeira”, de 1969 até a última temporada, só veio a se assumir nos anos
1990, em prol de uma campanha para evitar o suicídio entre jovens homossexuais.
Teve um parceiro por mais de 20 anos. De 1989 até sua morte, viveu com o
escritor negro Albert Williams.
11
DIRK BOGARDE
(1921 - 1999. Londres / Reino Unido)
Depois
de se tornar popular na década de 1950, estrelando comédias românticas, deu um
passo ousado em “Meu Passado me Condena / Victim” (1961) como um advogado chantageado
por sua homossexualidade. Foi o primeiro filme em que a palavra homossexual foi
falado na tela, e o primeiro exemplo de um homem dizendo “eu te amo” para outro
homem. Dois anos mais tarde, em “O Criado / The Servant” (1963), retratou outro
personagem ambíguo. Apesar de aceitar tais papéis, não falava sobre sua vida privada. Dividiu quase toda ela com seu agente, o escritor
Tony Forwood – ele deixou a mulher, a atriz Glynis Johns, e o filho, para
morar com Bogarde. Nos anos 1960, o ator teve um intenso caso com o cineasta John Schlesinger. Mas sempre procurou retratar-se publicamente como heterossexual.
12
FARLEY
GRANGER
(1925
- 2011. Califórnia / EUA)
Astro
de “Festim Diabólico / Rope” (1948) e “Pacto Sinistro / Strangers on a Train”
(1951), ambos de Alfred Hitchcock e com subtexto gay, dividiu o mesmo teto durante
quatro anos com o namorado, o roteirista e dramaturgo Arthur Laurents. Quando
saíam, levavam amigas atrizes: assim, para todos os efeitos, Laurents namorava
Geraldine Brooks e Farley, Shelley Winters. Revelou sua homossexualidade há
pouco, numa autobiografia. Teve sua primeira relação homossexual com um oficial
da Marinha, na II Guerra Mundial. Namorou os compositores Aaron Copland e Leonard Bernstein. Em
1963, em uma produção teatral, conheceu o escritor e produtor Robert
Calhoun. Os dois permaneceram juntos até a morte de Calhoun, em 2008.
13
FRANK LANGELLA
(n. em 1938. Nova Jersey / EUA)
Conhecido por suas interpretações em “Frost /
Nixon / Idem” (2008) e “Drácula / Idem” (1979), de discreta vida privada, no
seu livro de memórias surpreendeu ao escrever sobre suas relações homossexuais,
entre elas com o ator porto-riquenho Raul Julia.
14
GENE RAYMOND
(1908 - 1998. Nova Iorque / EUA)
Ator de teatro, cinema e televisão, de bonito
físico, cabelos loiros e olhos azuis. Aceitou um casamento arranjado com a atriz
e cantora Jeanette MacDonald, mas continuou a ter casos com homens. De fato, em
sua lua de mel levou o ator Buddy Rogers. Foi preso três vezes por ter relações
sexuais homossexuais públicas, a última delas na Inglaterra, durante a Segunda
Guerra Mundial. Teve casos com Rock Hudson, Cesar Romero e Robert Stack. Viveu
com Jeanette até a morte dela. Aposentou-se da Força Aérea em 1968 como coronel.
15
GEORGE MAHARIS
(n. em 1928. Nova Iorque / EUA)
Preso em novembro de 1974 acusado de praticar
ato sexual com um cabeleireiro em um posto de gasolina, em Los Angeles. Seis
anos antes havia sido preso por conduta lasciva no banheiro de um restaurante
de Hollywood. Conhecido pelo sucesso “Rota 66”, de 1960 a 1964, teve que
abandonar a série de TV pela dificuldade em manter sua atividade sexual gay
longe da imprensa. Também cantor, lançou discos e se apresentou em famosas
casas noturnas de Las Vegas.
16
GEORGE NADER
(1921 - 2002. Pasadena, Califórnia / EUA)
Para salvar o prestígio de Rock Hudson, sua
estrela de maior bilheteira, de chantagem feita pela revista
“Confidencial”, a Universal entrou com um acordo sórdido: um bom pagamento em
dinheiro e a revelação da homossexualidade de outro contratado do estúdio,
Nader. A carreira do ator afundou, mas ele continuou atuando em filmes B e
escreveu um popular romance de ficção científica intitulada “Chrome” (1978), em
que os personagens principais são gays. Ainda muito jovem namorou Mark Miller, vivendo com ele por 55 anos. Mas só saiu do armário em 1986.
17
GEORGE SANDERS
(1906 - 1972. São Petersburgo / Rússia)
Um dos mais sofisticados vilões do
cinema, em “A Malvada / All About Eve” (1950) levou o Oscar de Melhor
Ator Coadjuvante por seu papel de um crítico teatral. Casou-se
quatro vezes, mas terminou se suicidando em um quarto de hotel em Barcelona.
18
GILBERT ROLAND
(1905 - 1994. Ciudad Juarez / México)
Um dos atores mais bonitos do cinema mudo e
um dos sortudos cuja carreira continuou no cinema falado. Não só isso, ele foi
capaz de manter sua aparência jovem e um bom físico na velhice. Em 1925, em
busca do estrelato, mudou de nome e escondeu sua homossexualidade, namorando as
estrelas Clara Bow e Norma Talmadge. Nos anos 1940, casou-se com a
temperamental Constance Bennett (irmã de Joan). Trabalhou com sucesso na
televisão e manteve sua carreira no cinema até 1982, sempre casado com mulher e
com uma discreta vida gay.
19
GUY MADISON
(1922 - 1996. Califórnia / EUA)
Um dos garotos do agente gay Henry Wilsson,
começou no cinema em “Desde que Partiste / Since You Went Away” (1944). O papel
do xerife Wild Bill Hickok na série do mesmo nome, exibida entre 1951 e 1958 na
tevê, foi um retumbante sucesso e o levou ao estrelato. Trabalhou no cinema
geralmente em faroestes de baixo orçamento. Casou-se duas vezes, mas esses
casamentos terminaram em divórcio.
20
HURD HATFIELD
(1918 - 1998. Nova Iorque / EUA)
Fez diversos personagens no cinema, televisão
e teatro, mas foi sempre associado ao filme “O Retrato de Dorian Gray / The
Picture of Dorian Gray” (1945). Atuando no teatro, teve um caso com um colega depois famoso Yul Brynner. Além do andrógino Dorian Gray, fez mais
dois papéis ambíguos: o perseguidor de Billy the Kid no filme de Arthur Penn, “Um de Nós Morrerá / The Left Handed Gun” (1958), e um
antiquário homossexual em “O Homem que Odiava as Mulheres / The Boston
Strangler” (1968).
21
IVOR NOVELLO
(1893 - 1951. Cardiff / Reino Unido)
Um dos artistas mais populares do início do
século XX. Notável compositor, cantor, dramaturgo e ator. Sua boa aparência,
talento e estilo suave facilitou o sucesso no teatro e no cinema. Primeira
grande estrela do cinema britânico, durante 35 anos teve como parceiro o ator
Robert (Bobby) Andrews. Morreu repentinamente de trombose coronária, com a
idade de 58 anos, em Londres, ao lado do companheiro.
22
JAMES DEAN
(1931 - 1955. Marion, Indiana / EUA)
Eternizado como um símbolo de rebeldia, sabe-se que se iniciou sexualmente com
um religioso mais velho e teve casos com Marlon Brando, Montgomery Clift,
Clifton Webb, Bill Bast e Jack Simmons. Conhecido por uma agitada vida social,
ele não se preocupava em ser discreto, frequentando boates gays sem qualquer
receio. Quando morava em Nova
York, estudando no Actors Studio, tornou-se amante de Rogers Brackett, um
diretor de rádio. Seu caso sexual intenso com Brando durou todo o inverno de
1951. Completamente encantado, Dean o seguia e copiava seu estilo.
23
KERWIN MATHEWS
(1926 - 2007. Seattle, Washington / EUA)
Após servir no corpo aéreo do Exército
durante a Segunda Guerra Mundial, fez cinema e televisão, destacando-se em
filmes de ação, aventura e fantasia no final dos anos 1950 e início dos anos
1960. Em 1961, ele conheceu Tom Nicoll, um gerente de uma cadeia de lojas de
luxo, e tornaram-se parceiros por 46 anos. Quando aposentou-se, o casal montou uma loja de antiguidades em San Francisco.
24
LAURENCE HARVEY
(1928 - 1973. Joniskis / Lituânia)
Casado três vezes com mulheres, foi amante do produtor de cinema James Wolfe. Fez muitos filmes, mas
nunca foi uma estrela. Não era querido nem pelo público nem pelos
críticos. Nos bastidores, colecionou antipatias e era considerado pouco
profissional. Em sua autobiografia, “Cavaleiro Errante”, Robert Stephens descreveu Harvey como “um homem terrível e, ainda mais
imperdoável, um ator terrível.” Outro ator, John Fraser, chamou-o de “uma
prostituta” em livro de memórias. Alcoólatra, morreu de câncer no
estômago com a idade de quarenta e cinco anos.
25
MAURICE EVANS
(1901 - 1989. Dorchester / Reino Unido)
Reconhecido ator shakespeariano, brilhou nos
palcos. Fez também TV e cinema, sendo lembrado pelo Dr. Zaius em “O Planeta dos
Macacos / Planet of the Apes” (1968) e “O Bebê de Rosemary / Rosemary's Baby”
(1968). Tinha predileção sexual por adolescentes e David “Taffy” Barlow foi seu
amante mais duradouro.
26
MONTGOMERY CLIFT
(1920 - 1966. Omaha, Nebraska / EUA)
Esnobe, enrustido, sensível, introspectivo e frágil, vivia
em crise existencial, lutando contra sua sexualidade. Disse certa vez: “Amo os homens na
cama, mas no dia a dia realmente prefiro as mulheres”. Teve casos com o coreógrafo
Jerome Robbins e o ator Roddy McDowall, que tentou o suicídio após o rompimento
com Monty. Em seus últimos anos, mergulhou profundamente nas drogas, no
abuso de álcool e no comportamento sexual selvagem. Seu companheiro Lorenzo
James encontrou-o morto de um ataque cardíaco em sua casa, em 1966. Tinha apenas 45
anos.
27
MONTY WOOLLEY
(1888 - 1963. Nova Iorque / EUA)
A barba branca e distinta era sua marca. Fez
cinema, teatro, rádio e tevê. Concorreu duas vezes ao Oscar. O compositor Cole
Porter era o seu parceiro de aventuras eróticas. Woolley tinha uma atração irresistível
por negros.
28
PETER FINCH
(1916 - 1977. Londres / Reino Unido)
Descoberto por Laurence Olivier, que o
convenceu a contracenar com ele em clássicos do teatro britânico, morria de
medo do palco e logo se transferiu para o cinema. Fez personagens gays em “Os
Crimes de Oscar Wilde / The Trials of Oscar Wilde” (1960) e “Domingo Maldito /
Sunday Bloody Sunday” (1971). Seu último longa-metragem foi também o mais
memorável, interpretando o repórter enlouquecido em “Rede de Intrigas /
Network” (1976), recebendo um Oscar póstumo.
29
RAMON NOVARRO
(1899 - 1968. Victoria de Durango / México)
Mexicano atlético e bonito, trabalhou durante
cinco anos em Hollywood como garçom e figurante de filmes, até que encontrou a
pessoa certa, o diretor irlandês Rex Ingran, que era homossexual assumido e se
apaixonou por ele. Em 1925, o ator protagonizou o clássico “Ben-Hur”,
tornando-se o ídolo das mulheres do mundo inteiro, que jamais suspeitaram de
sua homossexualidade. Ganhava US $ 100.000 por filme, uma fortuna na época.
Católico devoto, teve dificuldades em conciliar sua sexualidade com suas
profundas convicções religiosas. Ainda assim compartilhava casa e leito com o empresário Herbert Howe. No final de 1968, na sua confortável residência, foi
brutalmente torturado e assassinado a facadas pelos irmãos prostitutos Paul e
Tom Ferguson, que acreditavam que o ator tinha uma grande soma de dinheiro.
30
RANDOLPH SCOTT
(1898 - 1987. Condado de Orange, Virginia / EUA)
Conhecido pelos filmes do velho oeste, relacionou-se
durante anos com Cary Grant, mesmo depois que este se casou. Tratados pela imprensa da época como “o casal feliz”, imagens os mostram
na piscina, levantando pesos, fazendo cooper, jogando dama ou jantando à luz de
velas. Num flagrante bem íntimo, Scott sentado à mesa olha um documento, como
se estivesse fazendo contas, enquanto Grant o observa de pé, a mão apoiada no
ombro do amigo.
Eles nunca assumiram publicamente nem mesmo uma suposta
bissexualidade. Em 1980, aos 76 anos, Grant processou o comediante Chevy Chase,
que teria se referido a ele na tevê como “What a gal!” (“Que garota!”). Na
velhice, eles eram frequentemente vistos em restaurantes, de mãos dadas. Quando
Grant morreu em 1986, Scott foi ao velório, deitou-se sobre o cadáver, beijou-o
e chorou por vários minutos, saindo em silêncio sem falar com a imprensa.
31
RAYMOND BURR
(1917 - 1993. New Westminster / Canadá)
Ganhou fama, fortuna e inúmeros prêmios
retratando “Perry Mason” por nove anos na TV, mas acreditou que poderia
esconder sua homossexualidade inventando casamentos imaginários e a paternidade
de um filho que morreu de leucemia aos dez anos de idade. Na
verdade, viveu 35 anos com Robert Benevides. Juntos, trabalharam na
hibridação de orquídeas e abriram uma bem-sucedida galeria de arte.
32
RICHARD CHAMBERLAIN
(n. em 1934. Califórnia / EUA)
Tornou-se
um ídolo com o seriado “Dr. Kildare”, nos anos 1960. A minissérie “Os Pássaros
Feridos / The Thorn Birds” também foi sucesso. Estrela de televisão,
filmes e teatro, saiu do armário em um livro de memórias de 2003, aos 69 anos, assumindo um romance por quase 40 anos com o agente e produtor Martin Rabett.
33
ROBERT PRESTON
Durante quase toda a carreira, foi
coadjuvante ou fez papéis principais em filmes B. Depois do sucesso na
Broadway, passou a ser respeitado, levando uma indicação ao Oscar por seu
personagem gay em “Vítor ou Vitória / Victor Victoria” (1982).
34
ROCK HUDSON
(1925 - 1985. Illinois / EUA)
Um
dos grandes ícones do cinema, símbolo de masculinidade, vivia uma triste
realidade: foi obrigado a se casar com sua secretária para não ter a carreira
destruída. Protagonista de clássicos como “Assim Caminha a
Humanidade / Giant” (1956), era homossexual e teve que esconder isso a vida
toda. Alto, viril, belo e corpo musculoso, nem de longe passava pela cabeça do
público sua homossexualidade. Quando esteve no Rio de Janeiro, Assis
Chateaubriand, persuadido pela Universal, montou uma farsa com o ator
flagrado numa praia deserta com uma brasileira.
Após sua morte, amantes e histórias de suas relações
sexuais tomaram conta dos jornais. Tinha feroz apetite sexual, fazendo
sexo com amantes encontrados nas ruas. Geralmente dava festas só
para rapazes em sua mansão nas colinas de Hollywood. Enchia a piscina de aspirantes dispostos a tudo para ganhar um papel em algum de seus filmes. Seu
fraco era por jovens loiros e altos, de preferência bronzeados de praia. Gostava
de brincar dizendo que nem sabia o nome deles, geralmente chamando os
loiros de “Bruce” e os morenos de “Carl”. No fim da tarde todos iam para sua
sauna particular onde aconteciam orgias. Sua fama de o “homem preferido da
América” valia milhões de dólares. Em sigilo, uma rotina de devassidão sexual.
35
RUDOLPH VALENTINO
(1895 - 1926. Castellaneta / Itália)
Primeiro grande galã do cinema, ao morrer mais de cem mil mulheres invadiram o
velório, desesperadas. Um mês antes, no entanto, “The Chicago Tribune” o havia
chamado de efeminado. Casado com uma
lésbica, relacionou-se com muitos
homens, entre eles os atores Paul Ivano, Douglas Gerrad e Norman Kerry. Astro
de “Dama das Camélias / Camille” (1921) e “Sangue e Areia / Blood
and Sand” (1922), tinha olhar sedutor, era bem educado e se vestia com
ternos impecáveis.
36
SAL MINEO
(1939 - 1976. Nova Iorque / EUA)
Primeiro ator a assumir sua
homossexualidade, fez sucesso como o Platão de “Juventude
Transviada / Rebel Without a Cause” (1955), um drama sobre a alienação
e angústia adolescente, onde aparece um subtexto gay na
relação entre os personagens retratados por James Dean e Mineo. A dupla sensibilizou
gerações de jovens gays. Foi assassinado a
facadas num beco por um garoto de programa.
37
STEPHEN BOYD
(1931 - 1977. Glemgormley / Reino Unido)
Britânico, apareceu em cerca de 60 filmes,
destacando-se como o Messala de “Ben-Hur / Idem” (1959). Casou-se duas vezes,
mas nenhum de seus casamentos durou mais de alguns meses. O escritor Gore
Vidal, seu amigo, disse que na intimidade o ator não tinha problemas com sua
homossexualidade.
38
TAB HUNTER
(1931 - 2018. Nova Iorque / EUA)
Cantor e ídolo teen, atuou em mais de 40
filmes. Em 2006, numa autobiografia, reconheceu sua homossexualidade,
confirmando falatórios que circulavam desde o auge de sua carreira. Romances
com Debbie Reynolds e Natalie Wood não passaram de invenção do estúdio. “Foi difícil para mim, porque eu vivia duas vidas. Nunca falava a verdade para ninguém”, escreveu. Teve um relacionamento com Anthony Perkins, antes do seu
parceiro de 30 anos, Allan Glaser.
39
TOM TRYON
(1926 - 1991. Connecticut / EUA)
Fez cinema, teatro e televisão, sendo seu
maior momento o filme “O Cardeal / The Cardinal” (1963), de Otto Preminger,
onde retrata um padre ambicioso. Apesar de ter sido casado por três anos na
década de 1950, relacionou-se com o ator da Broadway, Clive Clerk, e a estrela
pornô gay Casey Donovan. Desiludido com Hollywood, deixou de atuar em 1969 e
começou uma segunda carreira de sucesso como escritor, escrevendo romances
inspirados em lendas de Hollywood.
40
TYRONE POWER
(1914 - 1958. Cincinnati, Ohio / EUA)
Um dos mais belos atores do cinema,
destacou-se como ídolo romântico ou herói de fitas de aventuras. Casou-se, mas nunca conseguiu ocultar sua homossexualidade. O ator Cesar Romero,
também gay, foi seu amante e o melhor amigo de toda a vida, e juntos seduziam
garotões. Inclusive no Brasil, onde passaram um carnaval no Rio de Janeiro. Tinha uma queda por jovens latinos. Esteve
envolvido com vários homens durante sua carreira, entre eles o compositor
Lorenz Hart e o ator Errol Flynn.
Livros e artigos relatam que o grande amor da sua vida foi o set designer Jacques Mapes, da 20th Century Fox, com quem manteve um relacionamento sexual e romântico durante décadas. Ele foi muitas vezes visto em público com homossexuais bem conhecidos. Seu grupo de amigos gays incluíam o diretor George Cukor e os atores Clifton Webb, Lon McCallister (e seu amante William Eythe), Cary Grant, Reginald Gardiner, Van Johnson e o bilionário bissexual Howard Hughes.
Livros e artigos relatam que o grande amor da sua vida foi o set designer Jacques Mapes, da 20th Century Fox, com quem manteve um relacionamento sexual e romântico durante décadas. Ele foi muitas vezes visto em público com homossexuais bem conhecidos. Seu grupo de amigos gays incluíam o diretor George Cukor e os atores Clifton Webb, Lon McCallister (e seu amante William Eythe), Cary Grant, Reginald Gardiner, Van Johnson e o bilionário bissexual Howard Hughes.
41
VAN JOHNSON
(1916 - 2008. Rhode Island / EUA)
Estrela da Metro-Goldwyn-Mayer nos anos
1940-50, o carismático ruivo era craque como galã romântico. Fora das telas,
rabugento e mal-humorado. Flagrado praticando ato homossexual em um banheiro
público, viu-se obrigado a casar com a atriz Eva Abbott. Anos depois ela confirmaria que o
casamento foi uma farsa criada pela M-G-M “para acabar com os comentários sobre
a real preferência sexual de Van”. O divórcio aconteceu 13 anos depois, citando
crueldade e sofrimento mental. Aos 69 anos, na Broadway, brilhou no musical gay
“Gaiola das Loucas”.
42
VINCENT PRICE
(1911 - 1993. San Luis, Missouri / EUA)
O rei do terror nunca escondeu ser
homossexual. Apesar de ter se casado três vezes, o último com a atriz lésbica
Coral Browne. Fez nome como protagonista romântico em peças na Broadway. No
cinema, o arquétipo do vilão. Culto, sofisticado e colecionador obras de artes,
procurava encontros homossexuais furtivos com garotos de programa.
43
WILLIAM “BILLY” HAINES
(1900 - 1973. Staunton, Virginia / EUA)
Uma das principais estrelas do cinema mudo.
Apareceu em mais de cinquenta filmes. No entanto, fofocas sobre sua vida
abertamente gay ameaçavam sua imagem, e o chefe da M-G-M, Louis B. Mayer, deu ao
ator um ultimato: um falso casamento ou a porta da rua. Recusando-se a mentir, seu contrato não foi renovado. Nunca mais atuou em
filmes, mas seguiu uma carreira de sucesso como decorador de interiores. Desde
meados da década de 1920, por quase 50 anos, viveu com Jimmy Shields. Joan Crawford descreveu como “o mais feliz casal em Hollywood”.
Ao morrer de câncer de pulmão aos 73 anos, seu companheiro se suicidou.
LIVROS CONSULTADOS
“Os Boêmios de Hollywood - Sexualidade
Transgressiva e a Venda do Sonho da Terra do Cinema” (2008), de Brett Abrams;
“No Sound, No
Tell. Gay Cinema in the Silent Era” (2009), de Eric Brightwell;
“Por
trás da Tela: Gays e Lésbicas em
Hollywood, 1910-1969” (2001), de William J. Mann;
“Serviço Completo: Minhas Aventuras em
Hollywood e o Segredo das Vidas Sexuais das Estrelas” (2012), de Scotty Bowers
e Lionel Friedberg;
“The Gossip
Columnist” (2010), de Bill Dakota;
“A Vida Sexual dos Ídolos de Hollywood” (2004), de Nigel Cawthorne.
LEIA TAMBÉM:
DIFERENTE dos OUTROS – O CINEMA LGBT
FILMES EXPRESSIVOS de CINEASTAS GAYS
AMOR ENTRE HOMENS no CINE BRITÂNICO
THE
HOLLYWOOD LESBIANS
36 comentários:
Bom dia Antonio tudo bom? E a lista das atrizes? Fiquei curioso para saber.
http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br
Amei a materia amigo!!!
Mil vezes obrigado.
Matéria bem pesquisada, bem escrita e bem ilustrada. O sonho de qualquer editor.
Nossa... praticamente não escapa nenhum dos nossos mitos.
Soube através de um amigo americano que Carmen Miranda era bi e sofreu chantagem de seu marido americano. A biba Cesar Romero afirmou, em entrevistas, que Carmen era lesbica...
muito interessante!
bota lenha nisso: George Nader, George Maharis, Dirk Bogarde, Chuck Norris, Bud Spencer, Randolph Scott, Billy Zane, Keanu Reeves (ke nu ou vestido? hehe), Cary Grant, Burt Lancaster, Gary Cooper (os trê ultimos bi ), Rupert Everett, etc, etc, etc, se for citar todos não vai caber aquí.
Antonio Nahud li a matéria inteira e muitos da lista me surpreenderam, mas enfim.... fiquei aqui pensando: por que não fazer a mesma reportagem mas envolvendo atores e atrizes brasileiras, que sejam da televisão, teatro, cinema.....acredito que a surpresa seria enorme....
Amigo Antonio Nahud, li no livro Lesbicas e Gays em Hollywood onde o autor ou autores afirmam categoricamente que o Clint Eastwood no começo de carreira na Universal, no tempo das vacas magras, era sustentado pelo diretor Arthur Lubin, um homossexual!
Excelent. A lista seria imensa. Lembrei do astro do cinema mudo, o sueco Nils Asther.
Adoro ver o Montgomery Clift atuar. Ele é ótimo!
Rapaz,se quisesse poupar tempo,era mais fácil escrever sobre quem não era gay na Hollywood antiga! Isso se tivesse algum hétero lá! rsrsrsrs
Caraca mano, quase todos homo...puta merda...
Amigo Antonio Nahud, parabéns pelas merecidas homenagens e relatos que você faz sobre as atrizes e atores do Cinema.
Já conhecia essa postagem e ela é excelente! Alias como todos as postagens no Falcão!
Pois é...
Acho interessante como matérias como essas são um teste à homofobia interna de vários cinéfilos.
Do meu lado, só tenho a parabenizar porque os gays precisam ter sua história, de lutas e sofrimentos, contada e respeitada. Também é necessário ter bons exemplos: pessoas talentosas e importantes que ajudaram a fomentar o que chamamos de cinema.
Antonio, parabéns! Seu blog é uma leitura fundamental. Grande abraço!
Achei interessante sua matéria porem a maioria pelo que vida eram bissexuais caso de Vincent price e de Frank langella( o Dracula mais lindo do cinema)!
Bom dia,
Adorei seu blog, vou compartilhar seu link na minha página do Face. Notícia como ela é, sem escândalos ou critícas.
Muito gostoso passear por suas páginas!
Abraço,
Donata
Boa noite.Gostei muito da matéria e gostaria de saber a fonte sobre o carnaval em.que Tyrone Power e Cesar Romero estiveram no Rio...somente curiosidade. Se eu tivesse uma capsula do tempo....ah e esse affair entre Ty e Errol Flynn me parece fantasiosa demais...tipo bom demais pra ser verdade. Porque se segundo o livro de Charles Higham , eles estiveram juntos entre 40 e 41...eles estavam no ápice da beleza física e meu Deus....enfim fala pra mim quando foi esse carnaval e onde vc leu sobre isso..please.
E só estranhei de ver Spencer Tracy na lista,acho q os atores tem múltiplas facetas e o ser humano é sexual por natureza,na importando p qual gênero.
Realmente há coisas que a gente nem poderia imaginar. Enfim, fazer o que? A vida é cheia de surpresas. Deve haver muito mais, podemos aguardar outras novidades, quem sabe...
Seu trabalho de pesquisa é exemplar, o texto conciso nos prende a atenção até o final. Parabéns, com maestria ímpar desperta curiosidades ao leitor. Grande abraço e felicidades.
Com todo respeito acho leviano por parte do autor afirmar que todos os atores que ele citou da atualidade ! Como Leonardo Dicaprio, George Clooney Mattew Damon e outros ele afirmar que são gays! Alguns sim e outros não ! Existe imprenssa sensacionalista e também. Inveja e maldade! A meu ver no caso acho que o autor esta sendo maldoso e tendencioso!
Ele não afirmou que são, ele disse que podem ser, afinal muitos desses citados, como o Travolta, tem um histórico longo envolvendo a sua sexualidade com a mídia.
Nunca passou pela minha cabeça que o Frank Langella e o Raul Julia pudessem mesmo ser gays de verdade, tampouco que os dois pudessem mesmo ter tido um caso. De qualquer modo, ambos Frank e Raul sempre foram muito sensuais, carismáticos e excelentes atores também.
Muitos desses atores eu ja tinha ouvido falar décadas antes. Mas Spencer Tracy foi realmente uma novidade. Ele era casado e teve um relacionamento extra conjugal com a atriz Katharine Hepburn durante longos anos.
Robert Stack!!!!! Sério isso!! Caramba que irmandade. Mr. Belvedere( Clifton Webb), me surpreendeu, agora Spencer Tracy acho fake news!
Essa matéria me faz pensar q para atingir o estrelato vc tem q dar a ré no quibe! Por isso mesmo nunca pensei em atuar!!!
Nossa meus heróis de faroeste Burt Lancaster, RaNDOLPH SCOTT todos homossexuais rsrsrsrs
É verdade. Até me assustei. Nem consigo entender, parece que ninguém escapou. Ou muito poucos...
Rail Julia morreu de HIV.
Afff Hollywood toda gay🙄.Então não tinha homem macho naquela época.
Eu queria ter conhecimento disso na minha pré adolesccêcncia, anos 70. Teria sido mais feliz, ainda. Apesar de ter lido Alfred Kinsey aos 11, onde ele citava filmes como "de repente, no último verão", com Liz Taylor e Montegomery Cliff (q eu era apaixonado) e alguns atores, como Jeans Marais. Alfred Kinsey salvou minha puberdade.
Keanu Reeves e Chuck Noris??? Sério??
Aí passamos a entender que o objetivo da "programação" foi plenamente alcançado.
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