Os dois se apaixonaram nos imponentes sets de
filmagem de “Cleópatra”, em 1962. Ela, casada com o ator e cantor Eddie
Fischer, ele, com Sibil, sua mulher de muitos anos. “Elizabeth olha para você
com aqueles olhos, e seu sangue se agita”, declarou o ator na ocasião. O caso agitou
as colunas de fofoca. Como seus personagens Cleópatra e Marco Antonio, o amor
começou com um escândalo de traição e terminou em casamento. Seria o quinto do histórico matrimonial de ELIZABETH TAYLOR. Temperamental, carismática e
rebelde, ela casou-se oito vezes, duas delas com Burton, e teve quatro
filhos, que lhe deram dez netos e quatro bisnetos. Liz não deixava suas paixões
passarem em branco, começava de novo como se fosse a primeira vez: com festa,
convidados, flores, cerimônia e lua de mel. Suas relações eram
apaixonadas, intensas, quase sempre atribuladas. Foi com o ator inglês RICHARD
BURTON que protagonizou os maiores altos e baixos de sua vida amorosa. Muitos outros
casamentos depois, eles continuavam a afirmar o grande amor que sempre os uniu
e também separou.
O GRANDE AMOR de suas VIDAS
Durante a filmagem de “Cleópatra”, à vista do marido,
Liz começou abertamente a ter um caso com Burton. Os dois se entregavam a
noitadas de bebedeira homérica e sexo, que acabavam muitas vezes em brigas e,
pelo menos uma vez, numa “ameaça de suicídio” de Liz. Impotente diante da
insobordinação hedonista de seus astros, o diretor Joseph L. Mankievicz teria
se queixado aos executivos da Fox enviando-lhes um bilhete: “Liz e Burton não
estão apenas 'interpretando' Cleópatra e Marco Antônio”. Com uma divulgação
focada nos escândalos da vida dos protagonistas fora das telas, o épico foi um
sucesso de bilheteria, embora tenha deixado a Fox no prejuízo, pois os US$ 26
milhões que arrecadou ficaram longe de cobrir seu custo assombroso de US$ 44
milhões.
Eles se casaram em março de 1964. Levaram uma vida
de luxúria, regada a álcool e abrilhantada por muitas jóias, presentes de
Richard para Liz, entre elas o famoso diamante Krupp (anel), de 33,19 quilates,
e o diamante Taylor-Burton (pingente), em forma de gota, com 69,42 quilates. A
primeira união durou quase 10 anos, marcada por acontecimentos positivos e
negativos de igual intensidade. Do lado bom havia muito amor, paixão e
admiração. Do lado mau estavam discussões, ciúmes, tapas, ofensas, descontrole de drogas e
excesso de bebida. Mas não há dúvida de que RICHARD BURTON foi o homem da vida
de ELIZABETH TAYLOR, e vice-versa. Em 2010, ela divulgou pela primeira vez as cartas de amor
que recebeu dele, oferecendo novos vislumbres de um romance apaixonado,
brincalhão e turbulento que se estendeu por 15 anos. Mais
tarde as cartas seriam reunidas no livro “Furious Love: Elizabeth Taylor,
Richard Burton, and the Marriage of the Century”.
CARTAS de um APAIXONADO
Nas cartas, Burton brinca com Taylor chamando-a de
apelidos carinhosos como “Twit Twaddle” e “My Lumps” (minhas bolotas). “Se você
me deixar, eu me mato. Não há vida sem você”, ele escreveu em uma das primeiras
cartas. “O fato fundamental e mais terrível, fatal e impossível de mudar é que
nós não nos compreendemos de maneira alguma. Operamos em comprimentos de ondas diferentes. Você está à distância de Vênus - o planeta, quero dizer - e eu não
tenho ouvido para captar a música dos astros”, escreveu o ator sobre os
desentendimentos do casal. Em outra, ele se refere ao talento e à beleza da
diva. “Você é provavelmente a melhor
atriz do mundo, o que, somado à sua beleza extraordinária, faz você ser única.”
Na época em que revelou as cartas, ELIZABETH
TAYLOR disse em entrevista à revista “Vanity Fair” que “Richard foi magnífico
em tudo o que fez. Ele era o pai mais carinhoso, divertido e gentil. Todos meus
filhos o adoravam. Atencioso, amoroso - assim era Richard - desde aqueles
primeiros momentos em Roma, sempre estivemos loucamente e poderosamente
apaixonados.”
RICHARD BURTON também declarou seu amor pela atriz inúmeras
vezes. Chegou a dizer que seus famosos olhos cor de violeta eram “tão sexy que equivaliam a pornografia”. Separaram-se em 1973, depois de muitas
reconciliações e brigas, provocadas principalmente pelo alcoolismo dele. O divórcio
veio em 1974. No ano seguinte, casaram-se novamente. A segunda união durou
menos de um ano. Durante esse período o casal adotou a quarta filha da atriz,
Maria Burton. Em 4 de dezembro de 1976, mesmo ano em que se separou
definitivamente de Burton, Liz casou-se com seu sétimo e penúltimo marido, o
político conservador e atual senador republicano John Warner. Os dois ficaram
juntos até 1982. Lyz e Burton continuaram amigos, se falavam longamente pelo
telefone, e trocaram cartas de amor até a morte dele, em 1984. Dias antes de
morrer na Suíça, vítima de uma hemorragia cerebral, ele escreveu a última
carta, que ela recebeu na Califórnia quando voltou para casa, após comparecer
ao funeral do ex-marido. Dizia: “Nós
nunca nos separamos realmente, e nunca iremos”.
Depois de um Oscar bastante questionado em 1960, por “Disque Butterfield 8 / Butterfield 8”, o segundo – e merecido!
- Oscar de ELIZABETH TAYLOR veio com “Quem Tem Medo de Virginia Woolf” (1966),
seu filme favorito dentre todos os que fez, e em que contracena com Burton. O
ator nunca ganhou a estatueta da Academia, embora tenha sete indicações: “Minha
Prima Raquel / My Cousin Rachel” (1952), “O Manto Sagrado / The Robe” (1953), “Becket,
O Favorito do Rei / Becket” (1964), “O Espião que Veio do Frio / The Spy Who
Came in from the Cold”(1965), “Quem Tem Medo de Virginia Woolf”, “Ana dos Mil
Dias / Anne of the Thousand Days” (1969) e “Equus / Idem” (1977). Além de
estrelarem “Cleópatra” e “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”, os
dois apareceriam juntos em mais seis filmes, entre eles o romântico “Adeus às
Ilusoes”, a bonita comédia “A Megera Domada” e o tresloucado “O Homem Que Veio
de Longe”, baseado numa peça de Tennessee Williams.
REENCONTRO nos PALCOS
Em 1983, a atriz – então com 50 anos – propôs a
Burton que fizessem uma peça juntos, “Vidas Privadas / Private Lives”, do sofisticado
dramaturgo inglês Noel Coward. Ele topou, resultando numa conturbada temporada
na Broadway, arrasada pela crítica e glorificada pelo público que lotava o
teatro todos os dias, aplaudindo de pé quando Elizabeth entrava em cena. Trata-se
de uma comédia sobre a história de um casal divorciado há cinco anos, que, ao
se reencontrar durante a lua de mel, com seus respectivos novos pares, vê o
amor renascer e resolvem fugir para Paris. O fato desencadeia uma hilária
trajetória com diálogos divertidíssimos. O charme da história real, vivida por
uma das duplas mais famosas do cinema, alimentou o noticiário
sobre a intimidade de celebridades. Mas nos bastidores a tensão era grande.
Com o fim do espetáculo, Liz internou-se numa clínica de reabilitação e Burton
morreu nove meses depois, aos 59 anos.
LIZ e RICHARD no CINEMA
CLEÓPATRA
direção de Joseph L. Mankiewicz
elenco: Rex Harrison, Pamela Brown e Hume
Cronyn
GENTE MUITO IMPORTANTE
(The V.I.P.s, 1963)
direção de Anthony Asquith
elenco: Louis Jourdan, Elsa Martinelli, Margaret
Rutherford,
Maggie Smith, Rod Taylor e Orson Welles
ADEUS às ILUSOES
(The Sandpiper, 1965)
direção de Vincente Minnelli
elenco: Eva Marie Saint e Charles Bronson
QUEM tem MEDO de VIRGINIA WOOLF?
(Who's Afraid of Virginia Woolf?, 1966)
direção de Mike Nichols
com George Segal e Sandy Dennis
A MEGERA DOMADA
(The Taming of the Shrew, 1967)
direção de Franco Zeffirelli
elenco: Cyril Cusack e Michael York
DOUTOR FAUSTUS
(Doctor Faustus, 1967)
direção de Richard Burton e Nevill Coghill
Os FARSANTES
(The Comedians, 1967)
direção de Peter Glenville
elenco: Alec Guinness, Peter Ustinov, Paul
Ford,
Lillian Gish, James Earl Jones e Cicely
Tyson
O HOMEM que VEIO de LONGE
(Boom!, 1968)
direção de Joseph Losey
elenco: Noel Coward, Joanna Shimkus, Michael
Dunn
43 comentários:
eu gosto dele!!!! Assistiu noite do iguana? Estou certo de que sim!
Quando o cinema tinha rosto !...A frase é de Norma Desmond...
Dos filmes que fizeram juntos, acho imbatível Quem Tem Medo de Virginia Woolf?.
Não haverá outra ...
Adeus às Ilusões é um filme que eu adoro e acho primoroso.
LIZ - A MEGERA INDOMADA rs rs
She is so beautiful
Que olhos Liz! Inigualáveis!
Liz e Burton, um clima de AMOR E ÓDIO!
Belíssima!
Belissima
lindíssima!!!
Queria achar o filme, Meu corpo em suas mãos: Com Liz Taylor e Paul Newman? Corrigindo... Henry Fonda, ela estava em uma fase ruim mesmo, no filme ela faz uma plástica, pensava ela, que resolveria os problemas conjugais... mesmo sendo mediano eu gostei! A vida dela sempre foi de fases ...
Linda, da adolescência à velhice. Impressionante.
Furini Meus amados
O divorcio deles ocupou as manchetes dos jornais nos anos 70 com o titulo "O divorcio do seculo" e vc sabe Nahud, showbiz, não vive sem fofoca e é claro, Liz Taylor fez de tudo para arrancar o couro, exigiu até um diamante e o pior que muita gente fica horrorizada quando um ghostwriter qualquer resolve revelar manias e perversidades, como se um artista de cinema devesse parar o transito ou a rotação do planeta, ora pois!
Adorei saber mais sobre esse belo casal. Obrigada amigo !!
Acho maravilhoso eles terem se casado por duas vezes. E ela compreender o interesse dele por rapazes. Um grande amor.
Boa tarde, amigo Antonio Nahud ! Excelente ! Duas figuras inesqueciveis !
Conheci rapidamente os dois em Londres em 1970 e bebi o resto da vodka do copo da Elizabeth Taylor. Sei tanto deles que ae quisesse até escreveria um livrinho sobre o casal. Em 1970 conheci tb em Londres o Michael, filho de Liz com Michael Wilding. Ele era um hippie como eu. Desde a infância Liz fez parte da minha formação.
Casal antológico, que a gente amaaaa e que nunca se cansa de saber mais sobre!
Química total ! como se amavam ! lindos,amo
Liz ficou uma arara pq a revista Time publicou uma foto do Burton dançando com a nossa Florinda Bulcão insinuando que Burton tava traindo Liz com a nova starlet brasileira que fazia ponta num filme do Visconti, "The Damned". Na verdade era golpe de publicidsde da Condessa Cicogna, produtora do Visconti e amante da Bolkan.
Qdo Burton morreu, mesmo separados e ele casado com a Sibil, Liz fez questão de cuidar e foi visitar a familia pobre dele no País de Gales.
Bem antes de Brad e Angelina havia o casal Richard e Liz Taylor e, definitivamente, eram 'calientes'
Sinatra e Ava, Marilyn e Di Maggio.
Lindoss!
Minha Diva
Um dos casais mais lendários do século XX.
Tudo!!!
Liz Taylor ....simply the best
Realmente, amigo. Acompanhei tudo detalhadamente pelas revistas especializadas. Ele a presenteou com um raro diamente de milhoes de dólares.
Thank you very much!
O casal perfeito!
Lindo!!! Adorei obrigada Antonio Nahud!
Amava os dois.
Paixão alucinante de dois seres fascinantes.
maravilhosos...isto q era amor...
De fato, Burton foi o grande amor da vida de Elizabeth Taylor. Um casal lindo e talentoso, mas explosivo!
Desconhecia o conteúdo das cartas de amor que trocaram. Foi ótimo ler algumas delas.
Abraços!
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