abril 30, 2011

************* TODAS as MULHERES de CHAPLIN

charles chaplin

Considerado por muitos o maior comediante da história do cinema, genial no uso de mímica e na comédia pastelão, o inglês CHARLES CHAPLIN (1889 - 1977) conquistou milhões de pessoas com o personagem Carlitos, um vagabundo andarilho, irreverente e sensível, que possui maneiras refinadas, andar errático e ar angelical, usando fraque, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, chapéu-coco, bengala e um pequeno bigode. Ele dirigiu, escreveu, atuou, produziu e financiou seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado pelo comediante francês Max Linder

Sua vida pública e privada abrangia adulação, controvérsias e escândalos, pouco se assemelhando ao encantador andarilho das telas. Namorador incorrigível e fascinado por mocinhas, ele se orgulhava de ser bem-dotado, chamando seu pênis de “a oitava maravilha do mundo” e se considerava uma máquina sexual, gabando-se de ser capaz de ter cinco ou seis orgasmos seguidos. Galante e volúvel, envolveu-se com dezenas de mulheres. Listo abaixo seus relacionamentos mais famosos.


EDNA PURVIANCE
(1895 - 1958. Nevada / EUA)

Nos seus primeiros anos em Hollywood, ainda na década de 10, à procura de uma estrela para o seu estúdio, recomendaram a CHAPLIN uma loura de São Francisco. Foi amor à primeira vista. Talentosa, ela estrelou 35 filmes com ele. No entanto, os dois não foram exatamente fiéis e se separaram, mas continuaram amigos e Edna permaneceu na folha de pagamento do ator até sua morte, vítima de câncer.


MILDRED HARRIS
(1901 - 1944. Wyoming / EUA)

Ele a conheceu numa festa. A garota tinha 14 anos, mas desde os 10 era atriz e já havia aparecido nua numa cena babilônica de “Intolerância / Intolerance”, de D. W. Griffith. Em 1916, com a sua suposta gravidez, ele se viu obrigado a casar, receoso de ser processado por estupro. Era uma armadilha, Mildred só ficou grávida dele em 1920, gerando uma criança deformada que morreu três dias após o nascimento. No mesmo ano se separaram, num divórcio marcado por acusações de crueldade e de infidelidade.


PEGGY HOPKINS JOYCE
(1983 - 1957. Norfolk, Virginia / EUA)

Depois desse primeiro escândalo, CHAPLIN namorou essa experiente milionária, que havia trabalhado no célebre Ziegfeld Follies, conhecida também por seus golpes do baú. Os banhos que tomavam pelados numa praia na ilha Catalina foram noticiados em jornais de todo o mundo. O breve interlúdio amoroso inspirou o comediante em “Uma Mulher de Paris / A Woman of Paris: A Drama of Fate” (1923).



POLA NEGRI
(1894 - 1987. Lipno / Polônia)

CHAPLIN paixonou-se perdidamente pela vamp polonesa ao conhecê-la em Berlim, em 1921, embora ela ainda não falasse inglês. Ficaram quatro dias “in love”, mas só voltaram a se reencontrar no ano seguinte, em Hollywood. Tornaram-se inseparáveis. Na imprensa o caso entre os dois era divulgado como “O Rei da Comédia seduz a Rainha da Tragédia”. Numa entrevista coletiva, anunciaram o noivado e falaram dos planos para o casamento. Cinco semanas depois, tudo estava acabado. Pola mostrou-se arrasada, declarando: “Ele é muito temperamental e tão instável quanto o vento. Dramatiza tudo. E faz experiências com o amor”. A diva faleceu de pneumonia no seu rancho no Texas.


LITA GREY
(1908 - 1995. Los Angeles, Califórnia / EUA)

Aos 35 anos, durante a rodagem de “Em Busca do Ouro / The Gold Rush (1925), ele seduziu Lita, que tinha apenas 15 anos e interpretava o principal papel feminino do seu filme. A mocinha ficou grávida e novamente ele foi forçado a se casar, em 1924, no México, mesmo tentando de tudo para evitá-lo, desde a sugestão de um aborto a uma oferta de 20 mil dólares. O relacionamento infeliz gerou dois filhos, culminando no divórcio em 1926, com a jovem atriz alegando publicamente que ele havia tentado filmar suas relações sexuais, sugerira uma outra mulher entre eles no leito conjugal e lhe pedira que aceitasse a felação, sendo que o sexo oral era crime na Califórnia. O depoimento cáustico transformou-se num popular panfleto, vendido aos montes, e vários filmes pornográficos foram rodados e exibidos, mostrando sósias de CHARLES CHAPLIN representando os atos que sua esposa descrevera como sugestões dele. Ele teve que desembolsar 650 mil dólares para se livrar dela e seus cabelos ficaram subitamente brancos. Lita morreu vítima de câncer generalizado.


MARION DAVIES
(1897 - 1961. Nova Iorque / EUA)

Ele supostamente traía Lita com a bela Marion Davies, carismática atriz amante do magnata da imprensa William Randolph Hearst. Nos piores momentos do seu casamento, ele se consolava com ela. No entanto, o casal infiel terminou por protagonizar um tenebroso caso no iate de Hearst, durante uma festa a bordo que resultou no fim trágico do produtor Thomas Ince, assassinado ao ser confundido com o comediante. Hearst encontrou Marion tendo relações sexuais com CHAPLIN, saiu para buscar uma arma, Marion começou a gritar e seu companheiro aproveitou para escapar. Ouvindo o barulho, Ince veio correndo e procurou consolar a atriz. Retornando, Hearst interpretou equivocadamente a situação, atirou e matou Ince. A história foi abafada na mídia, mas correu de boca em boca. Marion faleceu vítima de câncer, deixando uma fortuna estimada em 30 milhões de dólares.


PAULETTE GODDARD
(1910 - 1990. Nova Iorque / EUA)

Passado os anos, CHAPLIN voltou a se casar, desta vez secretamente, aos 47 anos, em 1936, com uma milionária de 25 anos que estava decidida a ser uma estrela de cinema. Ele a escalou para trabalhar em duas de suas obras-primas, “Tempos Modernos / Modern Times” (1936) e “O Grande Ditador / The Great Dictador” (1940). Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em 1942, devido aos terríveis ciúmes que ele sentia da juventude e beleza de sua parceira. Pouco antes, havia tentado com afinco conseguir para ela o papel de Scarlett O’Hara em “...E o Vento Levou / Gone with the Wind” (1939). Como não foi a escolhida, concluiu que seu marido era mais um estorvo do que um auxílio e os dois se separaram. Viúva do escritor Erich Maria Remarque, Paulette morreu de enfisema na Suíça, onde vivia.


JOAN BARRY
(1920 - 1996. Detroit, Michigan / EUA)

Após a separação, ele deu umas saídas com a star Hedy LaMarr, mas terminou por namorar uma jovem aspirante a atriz, de 22 anos (ele tinha 52). Essa relação terminou quando ela passou a perturbá-lo com ciúmes e perseguições. Depois de alguns abortos e inúmeros abusos, como dançar nua no gramado da casa de CHAPLIN a ameaçá-lo com um revólver, Joan levou o ator a julgamento em 1943. Ele foi preso, fotografado e teve suas impressões digitais registradas. Ela exigia que assumisse a paternidade de seu futuro filho, mas exames de sangue comprovaram que o comediante não era o pai, porém na época, a lei exigia que, por ele ter sido o último parceiro com quem ela apareceu em público, mesmo não sendo o pai biológico, teria que assumir a criança, sendo condenado a pagar uma pensão de cem dólares por semana para a criança por fim registrada com seu sobrenome. Durante o julgamento, o ator afirmou sua virilidade e confirmou sua potência sexual excessiva.



OONA O'NEILL
(1925 - 1991. Warwick / Bermudas)

Pouco tempo depois, ainda em 1943, casou-se com Oona, não agradando ao pai dela, o famoso dramaturgo Eugene O’Neill. Ele tinha 55 anos e ela somente 17, mas a enorme diferença de idade não afetou negativamente a união. Foram viver na Suíça e tiveram oito filhos, entre eles a atriz Geraldine. O último nasceu quando CHARLES CHAPLIN já estava nos setenta anos. Este casamento feliz durou até o fim da vida do comediante. “Se tivesse conhecido Oona ou alguém como ela há muito tempo, nunca teria tido problemas com as mulheres”, declarou ele. Oona faleceu de um câncer no pâncreas.

FONTE: 
“A Vida Sexual dos Ídolos de Hollywood”, de Nigel Cawthorne)

paulette e chaplin

34 comentários:

Kley disse...

Quem vê assim, nunca imagina que tais situações já foram vividas pelo mestre das comédias. Mas nada que abale o Chaplin das telas, um gênio completo. Em parte, a frustração de Paullette Godard com Chaplin em relação a seu papel perdido em ...E o Vento Levou, foi porque Chaplin morava em frente à casa do produtor destre filme: David O. Selznick, o que fez com que o mesmo desistisse da idéia de contratar Paulette sob receio de que o público e a mídia o acusasse de favoritismo.

As Tertulías disse...

Wonderful... E bom voce lembrar Edna Purviance...

Alan Raspante disse...

Nossa, Chaplin gostava de uma "cama" hein?! rs

Andressa Vieira disse...

Uau... não sei pq motivo sempre imaginei Chaplin com o bigodinho, andar estranho e bengala. E nunca sequer me preocupava em procurar uma foto diferente. E nem sabia de tantas mulheres... Escândalos também o fizeram famoso, então...

O falcão maltês: sempre um aprendizado.

História é Pop! disse...

Adorei a postagem, depois corre o olho na que fez ano passado sobre os amores De Chaplin....
Dá uma lida eme fala se gostou, sua opinião é legal pq vc escrevemuito bem (contrario de mim)
kkkkkkkkkkkk bjo
Bom final de semana
A D O R E I!!!

http://vintageeblog.blogspot.com/2010/04/chaplin-e-suas-mulheres.html

Victor Yamaguchi disse...

Chaplin foi realmente um gênio do cinema. Sua vida, entretanto, sempre foi cheia de polêmicas. Recomento o filme "Chaplin(1992)" do diretor Richard Attenborough com Robert Dwoney Jr. que fala justamente sobre a sua vida e as suas mulheres.

M. disse...

Chaplin tinha que ser o primeiro da lista desse livro Era um pegador incorrigível. Mas claro, redimindo-e anos depois quando casou com Oona. Muito bacana o seu post! Beijo!

Dilberto L. Rosa disse...

A mais linda, sem dúvida, era a Paulette, minha favorita: não só pela beleza, mas porque também estava no genial "Tempos Modernos"!

Genial, sem dúvida, mas há tantos comediantes/humoristas incríveis (Keaton, Lynder), que às vezes fica difícil falar quem é o "maior"... Mas, sem dúvida, pelo pinoeirismo, pela criatividade e pelo trabalho profícuo e duradouro com qualidade, Chaplin é mesmo o Rei...

Um abração para o amigo sumido!

Unknown disse...

Antonio,
eu sempre admirei o que Chaplin fez pela Edna: sua bondade com ela foi incrível. Pra ele fazer isso, imagine o carinho imenso e sincero que ele devia sentir por ela. Nossa! Fora que, assistir aos filmes deles dois é uma delícia. Edna era figura tão doce nas telas. Adoro-a e fico imaginando como ela deveria ter sido na vida real.
Mostrou ter versatilidade dramática quando rodou Casamento ou Luxo, seu longa com Chaplin.
Um abraço
Dani

www.telaprateada.blogspot.com

Anônimo disse...

Esse foi mulherengo assumido! E ele gostava das novinhas!

http://filme-do-dia.blogspot.com/

Octavio Caruso disse...

Adorei o tema, parabéns amigo!

Marcelo Castro Moraes disse...

Eu sempre digo que a pessoa que pensa somente com a cabeça de baixo só vai dar porcaria, contudo no caso dele é diferente. Ele foi um verdadeiro genio mas tinha a carne fraca ou os hormonios gritavam o tempo todo para serem liberados e com isos se meteu em muita dor de cabeça. Mas nada que abale a imagem que eu tenho com relação esse cara que para mim é o simbolo do cinema como um todo.

Rubi disse...

Chaplin sempre foi muito elegante. Até mesmo quando mais velho. Só não sabia que ele tinha se envolvido com tantas mulheres.

Jussara Christina disse...

Olá! Estava navegando na blogosfera e me deparei com teu blog, adorei!
Amo fazer novas amizades, conhecer pessoas, trocar idéias, novas perspectivas, algum sentido pra tudo isso aqui.
Teu cantinho é belo, cativante ... já estou te seguindo...
Se puder visita meu blog, e conheça um pouquinho desse ser complexo kkkkkk..
Abraços apertados!

*´¨)
¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•` *♥ Jussara Christina ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥

Rodrigo Mendes disse...

Excelente post Antonio! Rs!
O filme do Attenbourough não mostrou todas não é?
Minha favorita sempre foi a Paulette Goddard. Grande atriz tbm e parece que tinha mais química com Chaplin dentre todas!
Abs.
RODRIGO

Leandra disse...

Casamento ou Luxo? é um drama memorável. A Edna Purviance me surpreendeu.
Leandra Leal

Lafayette Villela disse...

Valeu a receptividade, seu blog é talvez o mais bonito e mais "nos trinques" daqui. Deve dar um trabaaaalhooo!
(Mas compensa para todos).
Bacana a homenagem ao Chaplin, com as mulheres de sua vida! Até mais e sempre sucesso.

Lafayette Villela disse...

Muito bom, o que apresenta o blog de O FALCÃO MALTÊS esta semana. "Devorei" as mulheres de Chaplin, Martine Carol (reabilitando-lhe o posto de deusa erótica da França nos 40/50) e a filmografia de Billy Wilder. Acho que, no caso deste, faltou o destaque maior para seus excelentes dramas, como Crepúsculo dos Deuses, A Montanha dos Sete Abutres, Pacto de Sangue e outros. Particularmente, sou mais apreciador dos dramas de Wilder, embora seja forçado a reconhecer seu imenso talento também para a comédia, a que se dedicou com mais freqüência em seguida.
Nesse meu primeiro contato "direto" com o blog, quero assegurar-lhe os meus parabéns!
Abraço grande do
Lafa.
(E continua aberto o espaço para a divulgação de O FALCÃO MALTÊS na comunidade Filmes de Ontem, Hoje e Sempre quando quiser.)

Suzane Weck disse...

Adorei teu blog;gosto demais de relembrar filmes e artistas do passado,principalmente musicais.A trilha sonora esta muito linda bem de acordo com meu gosto,portanto com tantos similares podes crer que estarei sempre por perto.Foi um grande prazer conhecer-te.Grande abraço de Suzeweck.

Sonia Brazão disse...

Super legal, Antonio. Já sou seguidora e já convidei todos os meus amigos do ORKUT para também conhecer o teu blog maravilhOsO.
Valeuuuu !

Malu Barros disse...

Eu vi e gostei. Não sabia que o Chaplin havia casado tantas vezes. O seu blog é interessantíssimo e tem matérias muito boas. Abraços.

Marcelo Constantine disse...

sou frequentador desse blog e ele é tudo de bom

Antonio Presença disse...

parabens pelo blog! muito bom gosto!! ou melhor, o bom gosto é o seu diferencial!!

ANTONIO LINS disse...

Caro Antonio:

Muito bom o blog. Já enviei para os amigos.
Abraços,
Antonio Lins

Gustavo Felicíssimo disse...

Parabéns, seu blog está mesmo muito bom.


Gustavo Felicíssimo
www.sopadepoesia.blogspot.com

Danielle Crepaldi Carvalho disse...

Oi, Antonio.

Uau! Eu conhecia de passagem esse Chaplin que a tela prateada não mostra - esses babados de Hollywood apareceram aqui pelo Brasil logo no começo dos anos 20.
Mas não tinha ideia dos detalhes sórdidos (felações, estupros, assassinatos e outras cositas mais). A vida de Chaplin daria um filme picante, bem diferente daqueles que ele rodou (pelo jeito deu, né, considerados os pornôs que você menciona. A propósito, você viu o filme sobre ele feito nos anos 90. Eu não o vi (queria saber se há algo disso lá).
Bem, independente disso, o que perdura é o vagabundo. Que delícia esse vídeo que você colocou no final do post. Me deu vontade de rever os Chaplins dos anos de 1910.

Bjos e inté mais!
Dani

Dilberto L. Rosa disse...

Postagem de despedida no ar (a maior de todas, mas valeu a pena)! Vê se dá o ar da graça: afinal, são (pouco mais de) 100 trilhas te aguardando o comentário! Abração e até a volta!

Unknown disse...

Chaplin,um Don Juan incorrigível e seu blog, imperdível!Sensacional os detalhes sobre a vida amorosa do grande Charles Chaplin.
Não consigo vê-lo sem a minha preferida Edna Purviance.
Parabéns!!!!!!

Anônimo disse...

Nem de longe eu pude imaginar que Chaplin teve uma vida tão conturbada com as mulheres.Quem o ve em seus filmes,nem imagina como ele gostava de garotinhas.Materia muito bem feita, sou muito fã do CHAPLIN.Excelente ator.

Anônimo disse...

O judeuzinho, era pedófilo e mau caráter!

Unknown disse...

Adorei parabéns.

Unknown disse...

Chaplin além de ator era um poeta minha frase fovorita dele é :cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre .meu filme predileto O Garoto de 1921:

Anônimo disse...

Grande fã dele.
E ele um típico Don Juan, kkkkkk

Unknown disse...

Então na verdade ele tinha duas bengalas...