abril 18, 2011

***************** COLABORADORES de HITCHCOCK

tippi hedren em “os pássaros”


Cada filme, como fruto de um esforço coletivo, precisa que todos os seus setores funcionem em perfeita sintonia. Ao diretor cabe harmonizar os diferentes compartimentos, conferindo-lhes unidade. O cinema registra inúmeras colaborações vitais entre cineastas e técnicos, quase sempre decisivas ao amadurecimento do estilo dos primeiros. ALFRED HITCHCOCK não é exceção. A partir da década de 50, ele contou com dois técnicos inspirados, que conjugaram esforços em vários trabalhos seus, cobrindo um período de realizações exponenciais.


ROBERT BURKS 
(1910 - 1968)

Idealizando completamente seus filmes antes de pisar no set, ALFRED HITCHCOCK desenhava cada plano, cada seqüência. Segundo ele mesmo dizia, no momento de registrar as cenas sequer olhava através da câmara, nem tinha interesse em assistir à projeção dos takes. Tal método exige confiança absoluta no fotógrafo, o que acontecia entre o diretor e Robert Burks. Tendo se iniciado no Departamento de Efeitos Especiais da Warner no começo da década de 40, ele logo passaria à direção de fotografia. Um dos seus trabalhos iniciais, “Pacto Sinistro / Strangers on a Train” (1951), rendeu-lhe a primeira indicação ao Oscar e a admiração de seu diretor. A partir daí, e até 1964, fotografaria todos os filmes de HITCHCOCK, com exceção de “Psicose / Psycho” (1960). Com “Ladrão de Casaca / To Catch a Thief” (1955) ganhou o Oscar de Melhor Fotografia a Cores. Foi também indicado por “Janela Indiscreta / Rear Window” (1954) e “Quando Só o Coração Vê / A Patch of Blue” (1965). Realizou 42 filmes, doze deles com o mestre do suspense. Morreu vítima de um incêndio em sua casa, aos 58 anos.

anne baxter e montgomery clift
em
“a tortura do silêncio”

FILMES com HITCH

PACTO SINISTRO
(Strangers on a Train, 1951)

A TORTURA do SILÊNCIO
(I Confess, 1952)

DISQUE M PARA MATAR
(Dial M For Murder, 1954)

JANELA INDISCRETA
(Rear Window, 1954)

LADRÃO de CASACA
(To Catch a Thief, 1955)

O TERCEIRO TIRO
(The Trouble With Harry, 1956)

O HOMEM que SABIA DEMAIS
(The Man Who Knew Too Much, 1956)

O HOMEM ERRADO
(The Wrong Man, 1957)

Um CORPO QUE CAI
(Vertigo (1958)

INTRIGA INTERNACIONAL
(North By Northwest, 1959)

Os PÁSSAROS
(The Birds, 1963)

MARNIE, CONFISSÕES de uma LADRA
(Marnie,1964)


BERNARD HERRMANN
(1911 -  1975)

Entre os muitos méritos de Orson Welles, figura o fato de ter convidado Herrmann para musicar o clássico absoluto “Cidadão Kane / Citizen Kane (1941), o que redundou num score formidável e na estréia de um compositor excepcional. Ele já havia trabalhado com Welles nas transmissões do Mercury Playhouse Theater. Ainda em 1941, recebeu seu único Oscar por “O Homem Que Vendeu a Alma / All That Money Can Buy”. Com “Jane Eyre / idem” (1944) iniciou uma longa associação com a 20th Century-Fox, musicando fitas de Joseph L. Mankiewicz, John Cromwell, Robert Wise, Henry Hathaway e Henry King. Na década de 50 se vinculou a HITCHCOCK em oito filmes e vários episódios da série de TV “Alfred Hitchcock Apresenta”. Nos anos 60, abandonou Hollywood, passando a morar na Inglaterra. Nos últimos anos de vida, alguns jovens cineastas revalorizaram-no e o compositor se viu apreciado por uma nova geração talentosa: François Truffaut, Brian De Palma e Martin Scorsese. Além de partituras para cinema e tevê, compôs para balés, óperas e musicais, deixando também uma respeitável discografia.

herrmann e hitchcock 
FILMES com HITCH


O TERCEIRO TIRO
(The Trouble With Harry, 1956)

O HOMEM que SABIA DEMAIS
(The Man Who Knew Too Much, 1956)

O HOMEM ERRADO
(The Wrong Man, 1957)

Um CORPO que CAI
(Vertigo, 1958)

INTRIGA INTERNACIONAL
(North By Northwest, 1959)

PSICOSE
(Psycho, 1960)

Os PÁSSAROS
(The Birds, 1963)

MARNIE, CONFISSÕES de uma LADRA
(Marnie, 1964)

henry fonda e vera miles em “o homem errado”

3 comentários:

M. disse...

E essas colaborações foram importantes!

AnnaStesia disse...

Um artista sensacional como Hitch só podia mesmo ter colaboradores excepcionais. Burks e Herrmann só abrilhantaram a visão e a criatividade do mestre. Cito também John Michael Hayes, Robert Boyle e Edith Head. Claro que deixei por último a mais importante de todas: Alma Reville. Parceira na arte e na vida. A opinião de Alma era sagrada para Hitch. Dedicou sua vida ao mestre e também à sua obra, ajudando-o a criar (direta ou indiretamente) as obras-primas que tanto amamos.

Rubi disse...

Como disseram, foram colaborações importantíssimas! É sempre bom conhecer a galera que fica 'por trás das câmeras.'
E que morte trágica a de Robert, não ?