Sou fã de carteirinha do cantor e ator de origem italiana YVES MONTAND (1921 - 1991). Para o público ele era a imagem perfeita do sedutor francês, do “french lover”, um pícaro classudo. De família camponesa perseguida pelos fascistas de Benito Mussolini, radicou-se em Marselha, o porto mediterrâneo francês. Tinha então três anos e nascera em Monsummano Alto, na Toscana. Começou sua carreira nos anos 30, imitando Maurice Chevalier nos subúrbios das cidades do sul da França. Em 1944, com o apoio da amante famosa Edith Piaf, estreou em Paris com seu próprio espetáculo, no Théâtre de L'Étoile, e firmando um estilo musical entre o romantismo e a melancolia. Sua carreira cinematográfica iniciou-se em “Étoile Sans Lumière” (1946), conquistando o primeiro sucesso com “O Salário do Medo / Le Salaire de La Peur” (1953), um suspense de Henri Georges-Clouzot que se passa na América do Sul.
Ele interpretou algumas comédias em Hollywood (“Adorável Pecadora / Let’s Make Love”, 1960; “Minha Doce Geisha / My Geisha”, 1962; “Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever”, 1970), policiais (“O Círculo Vermelho / Le Cercle Rouge”, 1970) e dramas políticos (“Z / idem”, 1969; “A Confissão / L’aveu”, 1970), apresentando-se também nos palcos da Broadway. Casado de 1951 a 1985 com a lendária atriz francesa Simone Signoret, protagonizou com ela alguns filmes e várias causas heróicas sociais e políticas. A união bastante harmoniosa encheu páginas de jornais, embora o ator tenha pulado a cerca algumas vezes, entre elas com Marilyn Monroe, que se apaixonou perdidamente por ele.
Ele interpretou algumas comédias em Hollywood (“Adorável Pecadora / Let’s Make Love”, 1960; “Minha Doce Geisha / My Geisha”, 1962; “Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever”, 1970), policiais (“O Círculo Vermelho / Le Cercle Rouge”, 1970) e dramas políticos (“Z / idem”, 1969; “A Confissão / L’aveu”, 1970), apresentando-se também nos palcos da Broadway. Casado de 1951 a 1985 com a lendária atriz francesa Simone Signoret, protagonizou com ela alguns filmes e várias causas heróicas sociais e políticas. A união bastante harmoniosa encheu páginas de jornais, embora o ator tenha pulado a cerca algumas vezes, entre elas com Marilyn Monroe, que se apaixonou perdidamente por ele.
yves e simone signoret |
Os filmes mais conhecidos do ator são denúncias aos abusos na política e nas polícias contra os direitos básicos do ser humano, quase sempre dirigidos pelo grego Costa-Gavras. Nunca conheceu a decadência, e em 1986, no final de uma gloriosa carreira de 60 títulos cinematográficos, atuou em um belíssimo filme de duas partes, baseado no romance de Marcel Pagnol: “Jean de Florette / idem” e “A Vingança de Manon / Manon dês Sources”. Seu último filme, lançado postumamente, “IP5 – A Ilha dos Paquidermes / L’ile aux Pachydermes” (1992), foi dirigido por Jean-Jacques Beineix.
No início dos anos 80, numa turnê mundial que incluía o Brasil, cantou no Maracanãzinho com êxito de público e crítica. Ele já havia filmado no nosso país “A Rosa-dos-Ventos / Die Windrose” (1957), com roteiro de Jorge Amado, entre outros. Personalidade maravilhosa, artista admirável, extraordinário cantor, showman e ator, YVES MONTAND teve uma vida riquíssima, uma trajetória que conta boa parte da história do século 20, tanto a artística, cultural, quanto a política.
No início dos anos 80, numa turnê mundial que incluía o Brasil, cantou no Maracanãzinho com êxito de público e crítica. Ele já havia filmado no nosso país “A Rosa-dos-Ventos / Die Windrose” (1957), com roteiro de Jorge Amado, entre outros. Personalidade maravilhosa, artista admirável, extraordinário cantor, showman e ator, YVES MONTAND teve uma vida riquíssima, uma trajetória que conta boa parte da história do século 20, tanto a artística, cultural, quanto a política.
DEZ GRANDES FILMES de MONTAND
O SALÁRIO do MEDO
(Le Salaire de La Peur, 1953)
direção de Henri-Georges Clouzot
Com: Charles Vanel e Folco Lulli
A GRANDE ESTRADA AZUL
(La Grande Strada Azzurra, 1957)
direção de Gillo Pontecorvo
Com: Alida Valli, Francisco Rabal e Terence Hill
A LEI dos CRÁPULAS
(La Legge, 1959)
(La Legge, 1959)
direção de Jules Dassin
Com: Gina Lollobrigida, Pierre Brausseur,
Marcello Mastroianni e Melina Mercouri
A GUERRA ACABOU
(La Guerre Est Finie, 1966)
direção de Alain Resnais
Com: Ingrid Thulin, Geneviève Bujold e Michel Piccoli
LAÇOS ETERNOS
(Um Soir, Um Train, 1968)
(Um Soir, Um Train, 1968)
direção de André Delvaux
Com: Anouk Aimée
Z
(idem, 1969)
(idem, 1969)
direção de Costa-Gavras
Com: Irene Papas, Jean-Louis Trintignant,
Jacques Perrin e François Périer
O CÍRCULO VERMELHO
(Le Cercle Rouge, 1970)
direção de Jean-Pierre Melville
Com: Alain Delon, Bourvil, Gian-Maria Volonté
e François Périer
CÉSAR e ROSALIE
(César et Rosalie, 1972)
(César et Rosalie, 1972)
direção de Claude Sautet
Com: Romy Schneider, Samy Frey e Isabelle Huppert
LES ROUTES du SUD
(1978)
(1978)
direção de Joseph Losey
Com: Miou-Miou e Laurent Malet
JEAN de FLORETTE
(Idem, 1986)
(Idem, 1986)
direção de Claude Berri
Com: Gérard Depardieu e Daniel Auteuil
6 comentários:
Ah achei muito interessante! Não sabia nada sobre esse ator! Adorei a trilha sonora que você colocou aqui na página. Um abraço
Pois eu gostei especialmente de dois filmes que não constam desta lista: o "Vivre Pour Vivre" (de Claude Lelouch de 1967, que na altura foi trucidado injustamente - digo eu - pela crítica) e a deliciosa comédia "Let's Make Love", com a não menos deliciosa Marilyn Monroe (filme de George Cukor de 1960). Mas existem muitos mais títulos desse grande actor (e cantor) que poderiam figurar nesta lista. Mas como só são dez...
Na última semana de Julho conto ir a Paris para ver a exposição do Kubrick na Cinemateca. Nessa altura quero visitar também o cemitério do Père-Lachaise e prestar as minhas homenagens a grandes figuras da cultura francesa (e não só, como por exemplo o Jim Morrison dos Doors) que lá vivem o sono eterno. Montand é uma delas, ao lado da sua Simone.
Abraço
O Rato Cinéfilo
Excelente post Antonio,eu ainda não assistir nenhum filme do Montand só conheço algumas músicas dele
Montand, o homem dos meus sonhos.
Um verdadeiro galã, que por sinal, eu ainda não conhecia. Já disse que aprendo muito no teu blog, não ? E mais que isso, conheço os clássicos!
Clássicos são sempre bons *-*.
A propósito, como eu sei que gosta de filmes, ainda ontem assisti um e me dei o direito de lhe indicar. Chama-se Wings. Não sei se faz o seu tipo, mas ... fica aí uma sugestão.
Quando eu tinha lá por meus 13/14 anos assisti ao filme O Salario do Medo. E fiquei tão impresionado com o desempenho do ator e da fita que assim que passou A Grande Estrada Azul eu fui vê-lo. Que beleza de filme, que ainda está muito vivo dentro de minha mente.
Montand dispensa elogios. Foi, de verdade, tudo isso aí que falam dele, e mais ainda.
jurandir_lima@bol.com.br
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