janeiro 12, 2022

************* DOLORES del RIO: a DIVA MEXICANA


 

Cuide de sua beleza interior, sua beleza espiritual, e isso se refletirá em seu rosto. Temos o rosto que criamos ao longo dos anos. Cada má ação, cada atitude velhaca, aparecerá no rosto. Deus pode nos dar beleza, mas se essa beleza permanece ou se transforma é determinado por nossos pensamentos e ações.”
DOLORES del RIO
 
Apelido: Lolita
Altura: 1,61 m
Olhos: negros
Cabelos: negros
 
 
Uma das mais belas atrizes de todos os tempos, DOLORES del RIO (1904 - 1983. Durango / México) brilhou em Hollywood no período do silencioso, na fase sonora inicial e, posteriormente, foi uma das mais importantes estrelas do cinema mexicano. Sua carreira de mais de cinquenta anos deu-lhe fama internacional. Filha de um banqueiro, sua rica família perdeu tudo na Revolução Mexicana. Felizmente, por sua bela voz, havia sido enviada, por seus pais, para aprender canto em Paris e depois Madrid.
 
Em 1921, com apenas 16 anos, casou-se com o advogado e escritor Jaime Martinez Del Rio, dezoito anos mais velho do que ela. Pouco anos depois, vista pelo diretor de cinema Edwin Carewe quando dançava um tango em um evento familiar, foi convidada para um papel em seu próximo filme, As Melindrosas / Joanna” (1925). Rapidamente alcançando a popularidade devido ao seu fascínio, chegou ao topo dos créditos de vários filmes de prestígio dirigidos por Raoul Walsh e Clarence Brown, entre outros.

Em 1928, DOLORES del RIO se divorciou. Tomado pelo ciúme, o ex-marido foi para a Alemanha e se suicidou. Famosa pelos casos com alguns dos principais atores de Hollywood, dois anos depois do divórcio, após um namoro de nove meses, casou-se com Cedric Gibbons, o chefe do departamento de arte da Metro-Goldwyn-Mayer, um profissional magistral que ganhou 11 Oscars. Amiga de Marlene Dietrich, que a considerava “a mulher mais bonita de Hollywood, era conhecida como a “versão feminina de Rudolph Valentino”

O seu segundo casamento durou dez anos, até ela o trair com o genial cineasta e ator Orson Welles, que mais tarde afirmou que era “a mulher mais excitante que já conheci”. O romance durou dois anos. Nessa ocasião, ela participou de um thriller noir interessante, roteirizado por Welles e dirigido por Norman Foster, “Jornada do Pavor / Journey into Fear” (1943). Este foi o seu melhor filme na fase final da carreira nos EUA.
 
“Muitas grandes estrelas não sobreviveram a transição dos filmes mudos para os sonoros. Suas vozes soavam estridentes ou elas não falavam suficiente bem o inglês. Eu sobrevivi, mas foi difícil. Tive que trabalhar muito duro no meu inglês”, afirmou numa entrevista. Nos anos 1930, os seus filmes de maior êxito foram Ave do Paraíso” e Voando para o Rio”. Neste último, sua personagem era a brasileira Belinha de Rezende, sucedendo-se outros papéis exóticos menos importantes. 
marlene dietrich e dolores

Reclamando que os produtores e diretores norte-americanos não lhe davam papéis interessantes, em 1943 aceitou convite para atuar no México, onde teve grandes oportunidades e filmou pela primeira vez em espanhol. Aos 39 anos, DOLORES del RIO se tornou a estrela mais popular de seu país, só retornando ocasionalmente a Hollywood. 

Em 1946, atuou no seu maior sucesso, “Maria Candelária”, prêmio de Melhor Filme no Festival de Cannes. Sua associação com o diretor Emilio Fernández, o fotógrafo Gabriel Figueroa e o ator Pedro Armendáriz é responsável pelo que ficou conhecido como “Era de Ouro do Cinema Mexicano”No seu país natal, ganhou o Prêmio Ariel (o Oscar local) de Melhor Atriz em 1946, 1952 e 1954. Em 1959, casou-se com Lewis A. Riley, empresário teatral norte-americano, vivendo com ele até sua morte. 
pedro armendáriz e dolores

Sua juventude perene foi motivo de especulação. Ela nunca recorreu à cirurgia plástica, mantendo a aparência por meio de dieta rigorosa, muitas horas de sono, nada de álcool, exercícios físicos e uma vez por semana alimentava-se apenas de cenouras, suco de laranja e limão. De formosura notória, aos 70 anos não tinha rugas, causando inveja às colegas.
 
Rica e culta, não quis ter filhos por causa do trabalho. Após diversas doenças crônicas, morreu aos 78 anos. Sua extraordinária carreira incluiu, além de cinema, teatro e TV. Em seu derradeiro filme, “Os Filhos de Sanchez / The Children of Sanchez” (1978), encabeça o elenco ao lado de Anthony Quinn e Katy Jurado.


10 FILMES de DOLORES del RIO
(por ordem de preferência)
 
01
DOMÍNIO de BÁRBAROS
(The Fugitive, 1947)

Direção de John Ford
Elenco: Henry Fonda, Pedro Armendáriz, J. Carrol Naish e Ward Bond
 
02
OURO
(The Trail of '98, 1928)

Direção de Clarence Brown
Elenco: Ralph Forbes e Harry Carey
 
03
AMORES de CARMEN
(The Loves of Carmen, 1927)

Direção de Raoul Walsh
Elenco: Don Alvarado e Victor McLaglen
 
04
AVE do PARAÍSO
(Bird of Paradise, 1932)

Direção de King Vidor
Elenco: Joel McCrea e John Halliday
 
05
MARIA CANDELÁRIA
(María Candelaria - Xochimilco, 1943)

Direção de Emilio Fernández
Elenco: Pedro Armendáriz
 
06
A DANÇA RUBRA
(The Red Dance, 1928)

Direção de Raoul Walsh
Elenco: Charles Farrell
 
07
FLOR SILVESTRE
(Idem, 1943)

Direção de Emilio Fernández
Elenco: Pedro Armendáriz
 
08
ESTRELA de FOGO
(Flaming Star, 1960)

Direção de Don Siegel
Elenco: Elvis Presley, Barbara Eden e Steve Forrest
 
09
CREPÚSCULO de uma RAÇA
(Cheyenne Autumn, 1964)

Direção de John Ford
Elenco: Richard Widmark, Carroll Baker, Karl Malden, Sal Mineo, Ricardo Montalban, Gilbert Roland, Arthur Kennedy, James Stewart, Edward. G. Robinson e John Carradine
 
10
VOANDO para o RIO
(Flying Down to Rio, 1933)

Direção de Thornton Freeland
Elenco: Gene Raymond, Raoul Roulien, Ginger Rogers e Fred Astaire

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2 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

Essa batalhou em todos os sentidos.

Anônimo disse...

MaravilhosA