william dieterle dirigindo “salomé” |
Eles fulminaram sem restrições filmes que tinham tudo para emocionar e ficar na história. Muitos desses títulos envelheceram rapidamente, ficaram datados, tornaram-se intragáveis. Pode ser dito também que na idade de ouro de Hollywood, a Metro-Goldwyn-Mayer e a Paramount tinham no cast o maior número de especialistas na arte de fazer filmes ruins, justamente porque rejeitavam profissionais audaciosos ou autorais (a Metro arruinou a carreira de Erich Von Stroheim, e a Paramount, a de Josef Von Sternberg).
Selecionei dezoito diretores que considero decepcionantes e os seus melhores filmes (se optasse pelos piores, não teria espaço para tanto). Cada um à sua maneira, eles contribuíram para um cinema impessoal, de olho unicamente no entretenimento. Parei nos anos 70, se fosse mais adiante com certeza listaria Quentin Tarantino. Numa versão nacional, colocaria Carlos Diegues, Aurélio Teixeira, Bruno Barreto, Neville D’Almeida e Fábio Barreto. Na europeia, Jean Dellanoy, Michel Boisrond, Roger Vadim, Claude Lelouch, Philippe De Broca, Jean Aurel, Dino Risi e Franco Zefirelli.
ARTHUR HILLER
(nasceu em 1923. Edmonton / Canadá)
Canadense, de carreira modesta, onde não se evitam desastres completos, concorreu ao Oscar e ganhou o Globo de Ouro por “Love Story”.
Melhores Filmes
“Love Story – Uma História de Amor”
(Love Story, 1970)
elenco: Ali MacGraw, Ryan O’Neal e Ray Milland
“O Hospital”
(The Hospital, 1971)
elenco: George C. Scott e Diana Rigg
(1908 - 1999. Grand Forks / Canadá)
Também canadense, contribuiu para o ciclo do film noir. Com raras exceções, seus filmes parecem descaracterizados. Concorreu ao Oscar de Melhor Diretor por “Rancor”.
Melhores Filmes
“Rancor”
(Crossfire, 1947)
elenco: Robert Young, Robert Mitchum, Robert Ryan
e Gloria Grahame
“A Lança Partida”
(Broken Lance, 1954)
elenco: Spencer Tracy, Robert Wagner, Jean Peters,
Richard Widmark e Katy Jurado.
GEORGE ROY HILL
(1921 - 2002. Minnesota / EUA)
Dirigiu inúmeras produções para a tevê e peças da Broadway, antes de estrear no cinema em 1962. Estabeleceu sua fama com o bom “Butch Cassidy”, concorrendo ao Oscar. Levou injustamente o prêmio por “O Golpe de Mestre”.
Melhores Filmes
“Butch Cassidy”
(Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969)
elenco: Paul Newman, Robert Redford e Katharine Ross
“O Golpe de Mestre”
elenco: Paul Newman, Robert Redford e Robert Shaw
(1911 - 1979. South Bend, Indiana / EUA)
Correto e pouco criativo, trabalhou quase sempre com o produtor William Perlberg, concorrendo ao Oscar de Melhor Diretor por “Amar é Sofrer / The Country Girl” (1954).
Melhores Filmes
“De Ilusão Também se Vive”
(Miracle on 34th Street,1947)
elenco: Maureen O’Hara, John Payne, Edmund Gwenn
e Natalie Wood
“Ilusão Perdida”
(The Big Lift, 1950)
elenco: Montgomery Clift e Paul Douglas
GEORGE SHERMAN
(1908 - 1991. Nova Iorque / EUA)
A partir de 1937 dirigiu uma série de faroestes Classe C. Inexpressivo, sem nada de especial, nos anos 70 passou a trabalhar para a tevê.
Melhores Filmes
“Mártires da Traição”
(Target Unknown, 1951)
elenco: Mark Stevens
“Contra Todas as Bandeiras”
(Against all Flags, 1952)
elenco: Errol Flynn, Maureen O’Hara e Anthony Quinn
(1898 - 1985. Sacramento, Califórnia / EUA)
Ex-ator infantil, teve sua oportunidade de direção em 1932. O faroeste o consagrou. Concorreu ao Oscar por “Lanceiros da Índia / The Lives of a Bengal Lancer” (1935).
Melhores Filmes
“O Beijo da Morte”
(Kiss of Death, 1947)
elenco: Victor Mature, Brian Donlevy, Coleen Gray
e Richard Widmark
“A Raposa do Deserto”
(The Desert Fox: The Story of Rommel, 1951)
elenco: James Mason e Jessica Tandy
(1905 - 1988. Berlim / Alemanha)
Alemão que dirigiu o primeiro filme em Cinemascope, “O Manto Sagrado”, passou pela Universal Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer e 20th Century Fox, quase sempre dirigindo fitas leves. Concorreu ao Oscar por “Um Anjo Caiu do Céu / The Bishop’s Wife” (1947).
Melhores Filmes
“Meu Amigo Harvey”
(Harvey, 1950)
elenco: James Stewart e Josephine Hull
“O Manto Sagrado”
(The Robe, 1953)
elenco: Richard Burton, Jean Simmons e Victor Mature
HERBERT ROSS
(1927 - 2001. Nova Iorque / EUA)
Dançarino e ator, revelou alguma habilidade ao dirigir comédias leves, sofisticadas e provocativas. Concorreu ao Oscar por “Momento de Decisão”.
Melhores Filmes
“Momento de Decisão”
(The Turning Point, 1977)
elenco: Anne Bancroft, Shirley MacLaine e Mikhail Baryshnikov
“A Garota do Adeus”
(The Goodbye Girl, 1977)
elenco: Richard Dreyfuss e Marsha Mason
(1914 - 2002. Bristol / Reino Unido)
Inglês, dirigiu o seu primeiro filme em 1950. Saltou para a fama internacional com “Os Canhões de Navarone”, substituindo de última hora Alexander Mackendrick.
Melhores Filmes
“Os Canhões de Navarone”
(The Guns of Navarone, 1961)
elenco: Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn
e Irene Papas
(The Guns of Navarone, 1961)
elenco: Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn
e Irene Papas
“Círculo do Medo
(Cape Fear, 1962)
elenco: Gregory Peck e Robert Mitchum
(Cape Fear, 1962)
elenco: Gregory Peck e Robert Mitchum
JACK CONWAY
(1887 - 1952. Graceville, Minnesota / EUA)
Também ator e produtor, dirigiu inúmeros sucessos na Metro-Goldwyn-Mayer.
Melhores Filmes
“A Queda da Bastilha”
(A Tale of Two Cities, 1935)
elenco: Ronald Colman e Basil Rathbone
(A Tale of Two Cities, 1935)
elenco: Ronald Colman e Basil Rathbone
“Fruto Proibido”
(Boom Town, 1940)
elenco: Clark Gable, Spencer Tracy, Claudette Colbert e Hedy Lamarr
(Boom Town, 1940)
elenco: Clark Gable, Spencer Tracy, Claudette Colbert e Hedy Lamarr
(1900 - 1987. São Francisco, Califórnia / EUA)
Lançou o impactante ciclo de filmes de gângsteres da Warner Bros.. Trabalhou também na Metro-Goldwyn-Mayer, antes de montar sua própria produtora nos anos 50. Concorreu ao Oscar por “Na Noite do Passado / Random Harvest” (1942).
Melhores Filmes
“Alma no Lodo”
(Little Caesar, 1931)
elenco: Edward G. Robinson, Douglas Fairbanks Jr.
e Glenda Farrell
(Little Caesar, 1931)
elenco: Edward G. Robinson, Douglas Fairbanks Jr.
e Glenda Farrell
“Quo Vadis”
(Idem, 1951)
elenco: Robert Taylor, Deborah Kerr e Peter Ustinov
(Idem, 1951)
elenco: Robert Taylor, Deborah Kerr e Peter Ustinov
RICHARD THORPE
(1896 - 1991. Hutchinson, Kansas / EUA)
Determinado, sua produção é extremamente variada. Contratado da Metro, dirigiu as maiores estrelas do estúdio em comédias, musicais e dramas.
Melhores Filmes
“A Noite Tudo Encobre”
(Night Must Fall, 1937)
elenco: Robert Montgomery e Rosalind Russell
(Night Must Fall, 1937)
elenco: Robert Montgomery e Rosalind Russell
“Ivanhoé, o Vingador do Rei”
(Ivanhoe, 1952)
elenco: Robert Taylor, Elizabeth Taylor, Joan Fontaine
e George Sanders
(Ivanhoe, 1952)
elenco: Robert Taylor, Elizabeth Taylor, Joan Fontaine
e George Sanders
Começou ainda no cinema mudo. Na Metro-Goldwyn-Mayer fazia filmes sofisticados e banais, valorizando a estampa de suas estrelas. Concorreu ao Oscar por “A Divorciada” e “Ziegfeld – O Criador de Estrelas / The Great Ziegfeld” (1936).
Melhores Filmes
“A Divorciada”
(The Divorcee” (1930)
elenco: Norma Shearer, Chester Morris e Robert Montgmery
(The Divorcee” (1930)
elenco: Norma Shearer, Chester Morris e Robert Montgmery
“Orgulho e Preconceito”
(Pride and Prejudice, 1941)
elenco: Greer Garson, Laurence Olivier e Maureen O’Sullivan
(Pride and Prejudice, 1941)
elenco: Greer Garson, Laurence Olivier e Maureen O’Sullivan
ROY DEL RUTH
(1893 - 1961. Filadélfia, Pensilvânia / EUA)
Fez seu primeiro longa em 1925, dirigindo principalmente comédias e musicais.
Melhores Filmes
“Melodia da Broadway de 1936”
(Broadway Melody of 36, 1935)
elenco: Jack Benny, Eleanor Powell e Robert Taylor
(Broadway Melody of 36, 1935)
elenco: Jack Benny, Eleanor Powell e Robert Taylor
“O Fantasma da Rua Morgue”
(Phantom of the Rue Morgue, 1954)
elenco: Karl Malden e Patricia Medina
(Phantom of the Rue Morgue, 1954)
elenco: Karl Malden e Patricia Medina
(1889 - 1943. San Diego, Califórnia / EUA)
Realizou grandes sucessos para a Metro-Goldwyn-Mayer. Tinha fama de trabalhar rápido e superficialmente. Concorreu ao Oscar duas vezes.
Melhores Filmes
“A Ceia dos Acusados”
(The Thin Man, 1934)
elenco: William Powell, Myrna Loy e Maureen O’Sullivan
(The Thin Man, 1934)
elenco: William Powell, Myrna Loy e Maureen O’Sullivan
“São Francisco, a Cidade do Pecado”
(San Francisco, 1936)
(San Francisco, 1936)
elenco: Clark Gable, Jeanette MacDonald e Spencer Tracy
WALTER LANG
(1896 - 1972. Memphis, Tennessee / EUA)
Especializado em comédias leves e musicais coloridos, sempre com grande sucesso. Concorreu ao Oscar pelo famoso “O Rei e Eu”.
Melhores Filmes
“Meu Coração Canta”
(With a Song in my Heart, 1952)
elenco: Susan Hayward, Rory Calhoun, Thelma Ritter
e Robert Wagner
(With a Song in my Heart, 1952)
elenco: Susan Hayward, Rory Calhoun, Thelma Ritter
e Robert Wagner
“O Rei e Eu”
(The King and I, 1956)
elenco: Yul Brynner, Deborah Kerr e Rita Moreno
(The King and I, 1956)
elenco: Yul Brynner, Deborah Kerr e Rita Moreno
WILLIAM DIETERLE
(1893 - 1972. Ludwigshafen
am Rhein / Alemanha)
Alemão, começou a dirigir em 1923. Trabalhou na Warner e na RKO. Concorreu ao Oscar por “A Vida de Emile Zola / The Life of Emile Zola” (1937).
Melhores Filmes
“O Corcunda de Notre Dame”
(The Hunchback of Notre Dame, 1939)
elenco: Charles Laughton, Maureen O’Hara e Thomas Mitchell
(The Hunchback of Notre Dame, 1939)
elenco: Charles Laughton, Maureen O’Hara e Thomas Mitchell
“O Retrato de Jennie”
(Portrait of Jennie, 1948)
elenco: Jennifer Jones, Joseph Cotten, Ethel Barrymore
e Lillian Gish
(Portrait of Jennie, 1948)
elenco: Jennifer Jones, Joseph Cotten, Ethel Barrymore
e Lillian Gish
WILLIAM KEIGHLEY
(1889 - 1984. Filadélfia, Pensilvânia / EUA)
Começou como ator na Broadway, passando a dirigir filmes em 1932. Contratado da Warner, foi despedido das filmagens de “As Aventuras de Robin Hood”.
Melhores Filmes
“As Aventuras de Robin Hood”
(The Adventures of Robin Hood, 1938)
elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Basil Rathbone
e Claude Rains
(The Adventures of Robin Hood, 1938)
elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Basil Rathbone
e Claude Rains
“A Morte me Persegue”
(Each Dawn I Die, 1939)
elenco: James Cagney e George Raft
(Each Dawn I Die, 1939)
elenco: James Cagney e George Raft
40 comentários:
Fala Antônio,
obrigado por suas visitas e comentários.
Estou meio sem tempo, mas sempre passo aqui no seu espaço, que gosto muito.
Ed Wood foi um grande barato no cinema, que vale conhecer mais de perto. Certamente vc irá dar boas risadas e resultará em ótimos textos por aqui.
Grande abraço.
Maxx.
Pois é, António, nem todos podem ser grandes cineastas. No entanto, daqueles que você destacou como sendo dos piores realizadores de cinema, existem muitos filmes que continuo ainda hoje a (re)ver com muito prazer: "Love Story", "Butch Cassidy And The Sundance Kid", "The Sting", "Pennies From Heaven", "Quo Vadis", "Portrait of Jennie", por exemplo.
Do lado oposto, dos "melhores" cineastas, existirão também muitos filmes que hoje são mesmo intragáveis. Por isso seria muito curioso que a seguir você fizesse uma lista ao contrário, isto é, "os piores filmes dos melhores"
Abraço
O Rato Cinéfilo
Nahud, você pediu por isso...
Eu diria que colocar Henry Hathaway numa lista de piores diretores poderia levar a pensar que você conhece pouco de cinema, o que não é verdade. Hathaway pode ter sido aquele diretor pau para toda obra dos estúdios, como Michael Curtiz e mesmo John Ford algumas vezes (Ford chegou a dirigir Shirley Temple, lembra). Poucos diretores de Hollywood fizeram um conjunto de filmes de ação, dramas e policiais melhor que Hathaway (Lanceiros da Índia, A Rosa Negra, Sete Ladrões, O Beijo da Morte, Torrentes de Paixão, A casa da Rua 92, Envolto em Sombras e mais uma extensa lista por você desprezada). No gênero western então, território do WESTERNCINEMANIA, Hathaway foi um dos grandes diretores e você, como muitos críticos (chegou a lembrar até o Rubens Ewald), torceu o nariz para Os Filhos de Katie Elder, Fúria no Alasca, Nevada Smith, Bravura Indômita, Jardim do Pecado, Correio do Inferno, e grande parte de A Conquista do Oeste.
Ainda bem que no cinema há espaço para os tão venerados Bertolucci e Bergman por você lembrados, assim como há espaço para diretores do calibre de Henry Hathaway. O que não consigo entender é por que alguns cinéfilos, como você, conseguem gostar tanto desse chamado cinema intimista e intelectualizado e repudiar o cinema de entretenimento do qual Hathaway é um dos melhores representantes. Desta vez você Envolto em Sombras enveredou pelas Torrentes de Paixões e deu Um Beijo da Morte num grande diretor. Se fosse no Velho Oeste diria que você deu um tiro no pé...
Um abraço do Darci
A maioria dos realizadores da lista só conheço de nome :) mas são boas sugestões para ver no futuro!
Gosto muito de alguns destes filmes "Quo Vadis", "Ivanhoe", por isso alguma coisa boa estes realizadores fizeram. Excelente ideia relembrar os que são menos lembrados :)
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Eu não critico as escolhas; critico sim o título.
Não há, salvo raríssimas excepções, que nunca teriam aqui lugar, pois nunca fizeram nenhum bom filme, não há, dizia eu, maus realizadores.
Os realizadores destacam-se apenas pela positiva e não pela negativa.
A quase totalidade dos realizadores aqui citados, limitaram-se a fazer o seu trabalho, sem brilharem, foram "fazedores de filmes", apenas...
Concordo com todos que afirmam que Ed Wood é um injustiçado. Gosto, em geral, de Tarantino, embora ele seja mais um "parafraseador" do que um realizador.
O pior de todos para mim é Joel Schumacher, o que fez no terceiro Batman é imperdoável.
Madonna também quer disputar o título de pior diretora.
Um abraço.
antônio, eu conheci o ed wood pelo filme que você citou.
sou muito fã de tim burton e acho que, no geral, ele é muito mal compreendido.
Ótimo post, Antonio Júnior. Seu blog sempre uma fonte de informações indispensáveis para todo bom cinéfilo.
Nahud, seu conhecimento cinematográfico é invejável, mas vou bater de frente com algumas de suas opiniões aqui. Quentin Tarantino é um gênio e, longe do que você considera, é provavelmente o cineasta mais autoral da atualidade.
Sabe que nunca achei uma "injustiça" o fato de Alvidsen ter levado o Oscar? Sou fã de Scorsese (que concorria no mesmo ano), mas "Rocky" é, queiram ou não, um ótimo filme. Já o revi há pouco tempo e talvez o considere melhor agora do que quando vi ainda garoto.
Henry Hathaway não era um gênio, mas esteve muito longe de ser dos piores.
Mas tudo bem. Cada qual com seus gostos. Eu, por exemplo, detesto Pedro Almodovar. Abraço!
Para ser malos directores han hecho obras famosas como butch cassidy, el jorobado de Notre dame o Cape fear, creo que como dicen quien persevera triunfa así sea por un instante de gloria, y es mucho ya que no siempre se alcanza; el amor al cine hace maravillas como con el homenaje de Burton a Ed Wood. Un abrazo.
Ótima matéria Antonio, muito bem sacada! E com grande alegria você abre o seu texto falando de Ed Wood. O cara era genial e concordo com muitos colegas que o admiram tanto como eu e você e podemos dizer que ele foi muito subestimado. Se tivesse a oportunidade de fazer filmes nos grandes estúdios, teria entregado obras primas do gênero B. James Whale tinha classe e sorte, a mesma coisa ocorreu com Tod Browning (muito mais sorte ainda) e ambos eram artesãos de estúdio, ou seja, entendiam muito bem a indústria e conseguiram espaço para realizarem os filmes fantásticos que muito tem haver com o trabalho de Ed. E saca só os filmes que eles dirigiram?!
Infelizmente não ocorreu o mesmo com Wood.
Enfim, provavelmente esses artesãos têm excelentes filmes de encomenda e não concordo tanto com a avaliação deles serem ruins. Há de se refletir nesta afirmação.
Abraço.
É, tem aqueles diretores de um filme só mesmo. Mas alguns, que fizeram poucas boas coisas, às vezes acertam em cheio, como é o caso do George Roy Hill com Butch Cassidy.
Colocar Henry Hathaway e Wiliam Dieterle nesta lista é uma barbaridade. E não citar "Minha vontade é lei" (Warlock), parábola sobre o macartismo e o primeiro faroeste gay da história, entre os melhores filmes de Edward Dmytryk é descuido (no mínimo)...
HENRY HATHAWAY/ Dieterle , filmes ruins?? Nunquinha. sou sua fanzoca, são "Diretores de primeira linha", super versáteis e realizaram tantos filmes que fica dificil lembrar todos. Acredito que não deva ter visto todos os filmes deles, para ter colocado neste 'balaio de gato', rs , Eu coleciono tudo deles, aliás, Antonio, me desculpe, mas eu considero que estão fora desta sua lista. Dois gênios do Clássico Cinema.
Dois grandes expoentes do que é cinema de qualidade.
Voltei para completar que colocar o Henry Hathaway nesta lista é um absurdo, não me conformo!!! Aqui vai meu protesto!!!
Muito interessante Antonio Nahud Júnior! Gostei da idéia. Grande abraço!
Listinha negra, não conhecia. Cynthia
Bem, demorei um pouco para entender o conceito da lista, rs É diretores ruins que fizeram bons filmes, certo? Bem... Vi poucos dos citados, mas eu vi hoje "Amar é Sofrer" e gostei bastante :D
Outro dia mesmo revi o Romeu e Julieta do Zefirelli. Como aquilo é belo, nossa! E a teatralidade funcionou muito bem!
Bom, eu não posso deixar um protesto aqui pois dos diretores mais reclamados - Hathaway e Dieterle, só vi alguns filmes, incluindo os citados. Do Zefirelli só vi Romeu e Julieta, que repito, acho belíssimo.
Antonio, agora fiquei curiosa com a inversão da lista: "Os piores dos melhores". Não deixe de colocar também!
Um abraço
Dani
Thank you so much!
Que bela lista! Tratei de pegar papel e caneta para anotar filmes que não vi e alguns que quero rever. Em tempo: a filmografia de Ed Wood é incrível!
Eles até que fizeram bons filmes, mas o que faltou para eles, eram fazer filmes mais autorais, que por sinal, o cinema de autor é algo que aprecio bastante.
Olá, Antonio!
Bem, eu não vou poder como os demais protestar contra sua seleção, pois esses nomes de diretores não me dizem muito e, quando dizem, isso se deve aos melhores filmes deles, como você mesmo citou. Gosto muito de "Randon Harvest"; dos musicais de Van Dyke e de todos os filmes da série Thin Man, que você englobou na lista dos melhores. Aliás, senti falta de uma lista dos filmes ruins e de seu ponto de vista sobre porque eles são tão ruins assim. Hollywood fez muito filme de entretenimento dispensável mas outro tanto bom, que ajudou a nos formar como amantes de cinema. Pode-se tentar repudiar esse passado mas é impossível fugir dele :D
Bjs
Dani
Ninguém defende os irmãos Barreto? Eu também não... rs... De Bruno, acho legal Dona Flor e O que e isso, companheiro?; de Fábio, Índia, a filha do sol. São filmes simpáticos, mas longe de revelarem talento diferenciado.
Amei o post, Falcão! Beijos
Vc pôs um tópico muito controverso, mas brilhante. Diria que, pelo menos, Henry Hathaway (cujo um dos melhores filmes também é a 1º versão de BRAVURA INDÔMITA, que deu o Oscar ao Duke),e Edward Dmytryk foram excepcionais diretores, e se tornaram até mais notórios que os restantes da lista, com uma listagem de obras que todo bom cinéfilo de gosto conhece.
Richard Thorpe dirigiu além dos mencionados IVANHOÉ, também COM OS BRAÇOS ABERTOS, com Spencer Tracy e Mickey Rooney, e OS CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA, com Robert Taylor, além de TODOS OS IRMÃOS ERAM VALENTES, com Taylor e Stewart Granger. No fim dos tempos, acabou dirigindo alguns filmes de Elvis Presley.
Paulo
Alguns filmes se mantém apenas pelo talento de seus atores, sendo que quase esquecemos quem ficou atrás das câmeras comandando tudo. Gosto de vários dos filmes citados, mas também tenho certa ressalva ao cinema feito puramente com o objetivo de entreter e gerar lucro, embora esta modalidade às vezes seja válida num momento de distração.
Abraços!
Esses diretores, como você bem lembrou, fizeram grandes filmes. Dois que você citou aqui são grandes: Alma no Lodo, com o G. Robinson, e O Retrato de Jennie, com a Jennifer Jones. Belos trabalhos.
Um boa parte dos filmes q vc citou eu não assisti, mas desde sempre a academia fez injustiças no oscar. Avildsen fez um filme q marcou minha infância: Karate Kid...hehe adoro
Grande Abraço.
Um que eu adicionaria à lista certamente é Richard Donner. De tudo que fez, só um ou outro filme é bacaninha, o resto é lugar-comum e narrativamente pobre. Destruiu boas ideias e elencos.
Adoro Love Story, mas gostei mais do livro de Erich Seagal.
Mas até que eu gosto de Herbert Ross. J. Lee Thompson e sua saga Desejo de matar (Deus me livre). Os outros não conheço nenhum filme.
Faaala meu camarada!! Depois de um tempinho to eu aqui de volta...
Bela seleção, realmente tenho q concordar com vc..
Soh destaco que ainda bem q vc parou nos anos 70, pois não gostaria nenhum pouco de ver Tarantino nessa lista...rsrs.
Apareça! Oost dedicado ao mais novo remake americano!
Abraço!
Bah, tbém não ia gostar de ver o Tarantino nessa lista, mas o Zefirelli pode entrar de boa.
Eu gosto do trabalho de George Seaton em De Ilusão Também se Vive, acho um filme doce e agradável. Quem tá em uma fase boa de entrar nessa lista é Almodóvar cujos últimos filmes foram uma bomba (apenas para polemizar rs).
É tão interessante ver a mente de um mau diretor criando algo bom... ou quase isto... Excelente lista!!!
-> Nascida em Versos:
http://nascidaemversos.blogspot.com.br/
-> Minha Poética:
http://nv-minhapoetica.blogspot.com.br/
Caro Antonio Nahud,
A imagem da Natalie Wood,menina, é realmente bárbara.
É do seu acervo particular? Parabéns.
Marcos Maurício grande BH
Excelente blog, parabéns pelo ótimo trabalho.
Um blog autoral assim como o seu exige bastante pesquisa, dedicação, amor ao que se faz. Fico orgulhosa em ver que no Brasil há muitas pessoas com um conhecimento enorme a respeito do cinema. Faz falta um blog em português, com análises feitas sob o ponto de vista da nossa cultura.
Parabéns pela escolha dos filmes, alguns não são tão conhecidos e seus comentários são ótima referência para que possamos saber mais sobre a história do cinema.
Não conheço muito a obra de Henry Koster, mas achei estranho ele constar na lista. Enfim...
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