março 24, 2019

************ REGIME MILITAR no BRASIL: FILMES

caio blat em “batismo de sangue”


REGIME MILITAR vai de 1964 a 1985, período em que o país esteve sob controle das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Nesta época, os chefes de Estado, ministros e medalhões instalados nas principais posições do aparelho estatal pertenciam à hierarquia militar, sendo que todos os presidentes eram generais do exército. O cenário político do início dos anos 60 era corrupto, viciado e alheio às necessidades do país. O movimento militar surgiu para sanear a vida social, econômica e política, livrando a nação da ameaça comunista e trazendo de volta a ordem e a legalidade. 

jardel filho em “terra em transe”
A esquerda vende o peixe como anos de chumbo, caracterizados pela restrição à liberdade, predomínio da censura e da perseguição. Distante do submundo comunista-socialista, as recordações dos nossos familiares e conhecidos são bem diferentes. A propaganda institucional mapeava o país com os slogans “Ninguém segura este país” ou “Brasil, ame-o ou deixe-o”; a dupla Don e Ravel fazia sucesso em rádios e programas de televisão com o refrão: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo, ninguém segura a juventude do Brasil”; nas escolas, cantava-se “Este é um país que vai pra frente”; e o hino da Copa de 1970 emocionava com “Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração”. Já a narrativa propagada por artistas, escritores e jornalistas é um show de invencionices e oportunismo.

Ao longo dos séculos, a arte sempre foi arma de arremesso contra o obscurantismo, tornando-se um grande catalisador da força da consciência. Precisamente, contrariando essa linha de pensamento, surgiram diversos filmes panfletários, tendenciosos, distorcendo os fatos e atacando o REGIME MILITAR. São longas com viés ideológico de esquerda. Alguns retratam eventos e/ou personagens reais mitificados; outros, ficção, mas ambos pregam inverdades. Selecionei uma ampla filmografia que tematiza o REGIME MILITAR BRASILEIRO. Vi a maioria, filtrei, refleti, pesquisei. Alguns foram difíceis de assistir, amparam-se unicamente no doutrinamento vermelho, mas considero válidos como documento de uma Nação sabotada por comunistas-socialistas.

O DESAFIO
(1964)

direção de Paulo César Saraceni
elenco: Isabella, Oduvaldo Vianna Filho e Luiz Linhares

Melodrama da perplexidade da burguesia intelectual face ao regime militar instalado no Brasil. Narra o romance entre a esposa de um industrial e um inconsequente estudante esquerdista. Provocou controvérsias e fracassou nas bilheterias.

A DERROTA
(1966)

direção de Mário Fiorani
elenco: Luiz Linhares, Glauce Rocha e Ítalo Rossi

Conta a história de um preso torturado por causa de uma confissão que se nega a prestar. Invertendo a situação de vítima, ele procura desesperadamente liquidar o bando que o aprisiona. Sucesso de crítica bem interpretado. Estreia do diretor.

TERRA em TRANSE
(1967)

direção de Glauber Rocha
elenco: Jardel Filho, Paulo Autran, José Lewgoy
e Glauce Rocha

Narra as desventuras políticas e existenciais de um poeta e político de esquerda, em crise por perceber tardiamente que sempre havia servido a políticos traidores e oportunistas. As poderosas imagens alegóricas, textos desencontrados, idas e vindas no tempo cronológico, a falta de preocupação em contar uma trama realista e linear, compõem uma espécie de ópera barroca sobre o Brasil.

JARDIM de GUERRA
(1968)

direção de Neville d’Almeida
elenco: Joel Barcellos, Hugo Carvana, Dina Sfat
e Glauce Rocha

Jovem amargurado e sem perspectivas se apaixona por uma cineasta e é injustamente acusado de ser terrorista por uma organização que o prende, interroga e o tortura.

A VIDA PROVISÓRIA
(1968)

direção de Maurício Gomes Leite
elenco: Paulo José, Dina Sfat e Joana Fomm

Jornalista vai à Brasília entrevistar um ministro, entregando a um membro do governo documentos comprometedores. Seguido e ferido, agoniza, recordando as mulheres que amou. Roteiro confuso e bons atores em cena.

O BOM BURGUÊS
(1979)

direção de Oswaldo Caldeira
elenco: José Wilker, Betty Faria, Christiane Torloni,
Jofre Soares, Nelson Xavier e Jardel Filho

Filme policial que retraa a luta armada no Brasil, inspirando-se livremente em personagem real. Na década de 1960, usando de artifícios contábeis, um bancário desvia cerca de dois milhões de dólares para a guerrilha que enfrenta o regime militar. Ele ficou conhecido na imprensa e entre os terroristas como “o bom burguês”.

PAULA – a HISTÓRIA de uma SUBVERSIVA
(1980)

direção de Francisco Ramalho Júnior
elenco: Armando Bogus, Marlene França e Helber Rangel

Um arquiteto é informado pela ex-esposa do desaparecimento da filha. O policial designado para as investigações anos antes efetuara a prisão do arquiteto e da sua amante, líder estudantil que optara pela luta armada. Banida do país, ela retorna e morre em um confronto com a polícia. O arquiteto faz um balanço da geração que pensou um dia transformar o país em uma ditadura comunista.

PRA FRENTE, BRASIL
(1982)

direção de Roberto Farias
elenco: Reginaldo Farias, Antônio Fagundes, Natália do Valle
e Elizabeth Savalla

Durante a Copa do Mundo de 1970, um trabalhador comum é confundido com um ativista político e desaparece. Sua família tenta encontrá-lo.  Melhor Filme em Gramado.

CABRA MARCADO para MORRER
(1984)

direção de Eduardo Coutinho

No início da década de 1960, um líder camponês é assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretada pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo regime militar. Dezessete anos depois, o diretor procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos. O tema passa a ser a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os anos do regime militar.

NUNCA FOMOS tão FELIZES
(1984)

direção de Murilo Salles
elenco: Cláudio Marzo, Roberto Bataglin e Suzana Vieira

Rodado no último ano do regime militar, fala de um rapaz retirado de um colégio interno por seu pai, que estava na prisão, após oito anos de estudos. Ele investiga o mistério que o cerca, em busca de uma identidade e descobre que o pai é um perseguido político.

CORPO em DELITO
(1989)

direção de Nuno César Abreu
elenco: Lima Duarte, Regina Dourado e Dira Paes

Médico legista frio e solitário, que presta serviços aos militares forjando laudos de morte natural para vítimas de tortura, apaixona-se por garota que trabalha numa casa noturna.

QUE BOM te ver VIVA
(1989)

direção de Lúcia Murat
elenco: Irene Ravache

Delírios e fantasias de uma anônima e os depoimentos de oito ex-presas políticas que viveram situações de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, gravou-se depoimentos reais em vídeo, com o enquadramento semelhante ao de retratos 3x4.

LAMARCA
(1994)

direção de Sérgio Rezende
elenco: Paulo Betti, Carla Camurati e Selton Mello

Crônica dos últimos anos de vida do capitão do exército Carlos Lamarca. Ele desertou das forças armadas e passou a fazer oposição, tornando-se um dos mais conhecidos líderes da luta clandestina. Boa atuação de Paulo Betti.

O QUE é ISSO, COMPANHEIRO?
(1997)

direção de Bruno Barreto
elenco: Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso,
Cláudia Abreu e Selton Mello

Grupo terrorista MR-8 elabora plano para sequestrar embaixador norte-americano, planejando trocá-lo por presos políticos. Concorreu ao Oscar de Filme Estrangeiro.

AÇÃO entre AMIGOS
(1998)

direção de Beto Brandt
elenco: Leonardo Villar, Zécarlos Machado e Cacá Amaral

Em 1971, quatro amigos participam da luta armada contra o regime militar e quando tentam assaltar um banco acabam sendo presos e torturados. Vinte e cinco anos depois, em uma pescaria, um deles mostra uma foto de um encontro político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi o homem que os torturou. Decidem então matá-lo. Ao ser capturado, o torturador faz uma revelação surpreendente.

DOIS CÓRREGOS – VERDADES SUBMERSAS no TEMPO
(1999)

direção de Carlos Reichenbach
elenco: Carlos Alberto Riccelli,  Beth Goulart e Ingra Liberato

Duas adolescentes burguesas passam uma temporada numa fazenda e acabam convivendo com o tio de uma delas, um homem misterioso, clandestino no país.

CABRA-CEGA
(2004)

direção de Toni Venturi
elenco: Leonardo Medeiros, Débora Duboc e Jonas Bloch

Dois jovens militantes da luta armada sonham com uma revolução comunista no Brasil. Após ser ferido por um tiro, em uma emboscada feita pela polícia, um deles precisa se esconder na casa de um arquiteto simpatizante da causa. O fugitivo é o comandante de uma organização de esquerda, que está no momento debilitada e prepara um retorno à luta política. Ganhou cinco Candangos no Festival de Brasília, entre eles, Melhor Roteiro.

BATISMO de SANGUE
(2006)

direção de Helvécio Ratton
elenco: Caio Blat, Daniel de Oliveira e Cássio Gabus Mendes

No final dos anos 60, um grupo de frades dominicanos decide apoiar a luta armada contra o regime militar. Na mira das autoridades policiais, são presos, passando por torturas. Um deles é mandado para exílio na França, onde comete suicídio. Melhor Diretor e Melhor Fotografia no Festival de Brasília. Interpretações expressivas.

O ANO em que MEUS PAIS SAIRAM de FÉRIAS
(2006)

direção de Cao Hamburger
elenco: Michel Joelsas, Simone Spoladore, Caio Blat
e Paulo Autran

Em 1970, um garoto de 12 anos tem como maior sonho ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, separado dos pais comunistas e obrigado a se adaptar a uma comunidade – o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus, italianos, entre outras culturas. Cuidado pelo avô, que morre, o garoto se integra à comunidade judaica, além de conhecer militantes. Melhor Filme no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

ZUZU ANGEL
(2006)

direção de Sérgio Rezende
elenco: Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira e Leandra Leal

Estilista de projeção internacional trava uma batalha contra as autoridades militares em busca do corpo do filho que participava da luta armada e foi morto. Boas atuações.

SONHOS e DESEJOS
(2006)

direção de Marcelo Santiago
elenco: Felipe Camargo, Mel Lisboa e Sérgio Morrone

Uma estudante, um professor de literatura e um guerrilheiro ferido - sempre com o rosto coberto - são militantes confinados em um apartamento em Belo Horizonte. Eles confrontam suas opções afetivas e políticas, envolvendo ideologia, lealdade e traição.

HOJE
(2011)

direção de Tata Amaral
elenco: Denise Fraga e César Troncoso

Ex-militante recebe indenização do governo pelo desaparecimento do marido. Com o dinheiro, ela pode comprar o tão sonhado apartamento próprio e libertar-se desta condição de suspensão em que viveu durante décadas, período em que não era sequer reconhecida oficialmente como viúva. No momento da mudança para o novo lar, porém, surge uma visita que a obriga a rever toda sua trajetória.

TATUAGEM
(2013)

direção de Hilton Lacerda
elenco: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa e Rodrigo Garcia

Brasil, 1978. O regime militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com espetáculos e interferências públicas. Uma trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, resiste através do deboche e da anarquia.

FONTES
“História Ilustrada dos Filmes Brasileiros – 1029-1988”, de Salvyano Cavalcanti de Paiva; “Enciclopédia do Cinema Brasileiro”, de Fernão Ramos e Luiz Felipe Miranda; e “O Discurso Cinematográfico”, de Ismail Xavier.

35 comentários:

M, disse...


Antonio, vou passar essa listinha maravilhosa para os meus colegas professores de História. Fantástico post!
4 de fevereiro de 2012 22:03

Dilberto L. Rosa disse...


Apesar de alguns pesares, meu caro, "Pra frente, Brasil" e "Ação entre amigos" ainda são os meus favoritos sobre o tema! Meu abraço!
4 de fevereiro de 2012 22:35

Fábio Henrique Carmo disse...


Excelente e relevante post, principalmente nesses tempos em que alguns jornalecos de 5ª categoria andam por aí proferindo idiotices.
Ótimo apanhado. Dentre estes, os meus favoritos são "O que é Isso, Companheiro?" e "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias". Abraço!
4 de fevereiro de 2012 23:42

Andressa Vieira disse...


Nahud, tenho curiosidade por saber como foi a retratação do homossexual nos cinemas durante a ditadura. Vale um post? rs ótima postagem... prefiro ver mais filmes brasileiros >.< bjs!
5 de fevereiro de 2012 00:41

linezinha disse...


Antonio excelente post,da lista só assisti "Zuzu Angel" e "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias",vou atrás dos outros filmes. Abç
5 de fevereiro de 2012 01:03

José Carlos Cruz disse...


O melhor blog sobre sétima arte, parabéns!
5 de fevereiro de 2012 03:09

Eduardo Tornaghi disse...


Você está sabendo que o Ugo Giorgetti vai lançar agora um filme sobre o período? Passa-se em 1972 e tem aquele olhar agudo que só ele. Mistura a passagem do Living Teather por aqui com a situação política. Repressão e revolução sexual se misturando. Acho que cê vai curtir conhecer
5 de fevereiro de 2012 04:41

José Carlos Saenger disse...


Li sua lista e devo lhe dizer que vi quase todos... Alguns bons, outros nem tanto! Pena que sao tao poucos nossos filmes engajados! Os argentinos sao bem melhores que nós brasileiros! Abraço.
5 de fevereiro de 2012 04:42

Darci Fonseca disse...


Nahud, em 31 de março de 1964 trabalhava na Última Hora, aqui de São Paulo e o jornal de Samuel Wainer permaneceu fechado por uma semana com militares à porta. A começar pelo próprio Samuel, foram muitos homens de imprensa que tiveram que fugir para não serem presos. Dois anos mais tarde, a situação recrudesceu e pessoas simplesmente desapareciam. Só quem viveu esse tempo sabe o que ele representou de amargura e dilaceração. Como tudo na vida tem um lado positivo, a música principalmente e o cinema também conseguiam driblar a férrea censura e nos legar tesouros artísticos. Você lembrou esplendidamente dos filmes. Um abraço do Darci Fonseca.
5 de fevereiro de 2012 05:44

Por que você faz poema? disse...


Lista impecável, como sempre.
Acrescentaria, apenas, os documentários "Hércules 56", "Vlado" e "Diário de uma Busca".
5 de fevereiro de 2012 08:50

OSWALDO CALDEIRA disse...


Olá Antonio
entre os filmes sobre a ditadura, voce se esqueceu dos meu muda brasil.
um abraço
Oswaldo Caldeira
5 de fevereiro de 2012 11:47

Mara Paulina Arruda disse...


Obrigado, Antonio Nahud. Alguns destes filmes já assisti. Legal! Vou mandar para a minha filha que é também uma admiradora do cinema. Um abraço.
5 de fevereiro de 2012 11:50

Tunin disse...


Boa seleção, meu caro. Vale muito, principalmente, para aqueles que ainda não se engajaram na história.
Abraços.
5 de fevereiro de 2012 12:11

O Narrador Subjectivo disse...


Uma lista interessantíssima. Não sei muito sobre esta época histórica. Cumprimentos

http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/
5 de fevereiro de 2012 13:02

J. BRUNO disse...


mais uma excelente lista meu caro Antônio,
Confesso que a temática começou a me incomodar no cinema nacional de um tempos pra cá, a fórmula começa a ficar batida, tal como a estética da fome e a favelização. Assisti "Zuzu angel" no cinema, achei legal, mas apenas mais do mesmo. "Batismo de Sangue" me decepcionou, talvez porque o efeito que o livro me provocou tenha sido bem maior. Gosto muito de "O Ano que Meus Pais Saíram de Férias", Cao Hamburger foi feliz ao abordar a temática por uma outra perspectiva. Me deu curiosidade de ver os filmes produzidos durante o período militar...
5 de fevereiro de 2012 13:15

Tiago Britto disse...


Muitos Filmes interessantes...eu sou a favor de em colégio usarem filmes para dar aulas...não fazem isso direito...e marcaria muito mais os alunos...
5 de fevereiro de 2012 14:11

Neuzza Pinheiro disse...


Antonio Nahud, salve você, com o Falcão Maltês, para os apaixonados por cinema. Abraços!
5 de fevereiro de 2012 17:13

Daniele Moura disse...


Espetacular, Antonio!
Parabéns pelas idéias que você tem. As dicas de filmes não tem preço!
Um abraço
Dani

www.telaprateada.blogspot.com
5 de fevereiro de 2012 17:27

Sergio Andrade disse...


Excelente seleção de filmes sobre essa triste época de nossa história, que devemos nos lembrar sempre para que nunca mais se repita.
Ficou faltando um dos melhores filmes sobre o tema, realizado em pleno vigor do AI-5: As Armas, de Astolfo Araujo.

Abs
5 de fevereiro de 2012 21:59

Hugo disse...


Desta lista gosto muito de "Prá Frente Brasil" e "Ação Entre Amigos".

Quero assistir ainda "Dois Córregos", principalmente pela direção de Reichenbach.

Abraço
5 de fevereiro de 2012 22:33

Rafa Amaral disse...


Sempre vi uma proximidade entre Pra Frente Brasil e O que é Isso Companheiro? São filmes bons, certinhos, mas nada de grandioso. E ambos esbarram no futebol como ópio do povo, ao que parece. Ótimo post amigo Falcão. Abraços!
5 de fevereiro de 2012 22:47

Paulo Paiva disse...


muito bom!
5 de fevereiro de 2012 23:18

Jamil disse...


São filmes valiosos como material didático para ser utilizado em escolas ou para relembrar o imperdoável, mas não são grandes, salvando-se uma ou outra cena e algumas atuações. Pelos menos os que vi. Considero Ação entre amigos o que conseguiu melhores resultados.
5 de fevereiro de 2012 23:29

Gilberto Carlos disse...


Dos filmes citados, só não assisti A derrota e Corpo em delito. São filmes muito valiosos para se conhecer o que viveram os brasileiros daquela época. Mas não sei se é porque já vi tantos filmes sobre o tema que não consigo mais me interessar por eles. Acho que já "deu o que tinha que dar".
6 de fevereiro de 2012 06:41

Marcelo C,M disse...


TERRA EM TRANSE de 1967, que embora a historia se passa em um país fictício, era uma espécie de critica disfarçada contra a situação que o nosso país estava enfrentando naquele tempo.
6 de fevereiro de 2012 08:45

Márcio Sallem disse...


Muito boa a compilação. Gosto bastante de O que é isso companheiro? e O ano em que meus pais saíram de férias.

Pena que dentre estes, vi poucos.
6 de fevereiro de 2012 14:18

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...


Eu diria que você nos colocou diante da arte e da vida nua , cruel e assassina que á muito de nós até hoje acompanha. Parabéns. Um grande abraço
6 de fevereiro de 2012 14:29

Lê disse...


É muito bom que o cinema não nos deixe esquecer as atrocidades deste período. Fiquei curiosa para assistir a "Ação entre amigos".
Abraços!
6 de fevereiro de 2012 15:35

Karla Hack dos Santos disse...


O cinema nacional é rico neste campo... A ditadura foi um período absurdo de nossa história, trabalhos sobre a temática são muito bem vindos... que bela lista!
Os primeiros nomes que me surgiram quando pensei no tema foi Cabra cega, O que é isso companheiro?, Batiso de Sangue, Pra frente Brasil e Lamarca!

;D
6 de fevereiro de 2012 20:41

Ligéia disse...


Antonio, essa relação de filmes é um verdadeiro memorial de fatos históricos de um período vergonhoso. Gostei muito de Batismo de sangue e O que é isso Companheiro? (surgiu um boato de que a presidente Dilma havia participado do sequestro do embaixador americano).
Isso sim é cinema adulto, sério e comprometido com a história e com a arte. Mesmo que alguns desses filmes não sejam tão bons, o importante é ver na tela o que era o Brasi naquela época. Só mesmo exibindo esses filmes nas escolas e faculdades para que os jovens atentem para sua História. Me impressionam as bilheterias de filmes como Bruna Susfistinha, Cilada e De pernas pro ar.

Excelente, Antonio.
Abraço pra você.
7 de fevereiro de 2012 02:05

Rubi disse...


O que é isso, companheiro e Batismo de Sangue estão entre os meus preferidos desta lista. Preciso procurar os outros que ainda não vi, pois como a Karla disse, o cinema nacional é rico neste campo.
6 de fevereiro de 2012 21:34

Faroeste disse...


Assisti alguns destes listados. Comentar todos seria um post e não um comentário. Então cito o melhor deles no meu ver, que foi O que é Isso Companheiro? e o pior, que foi Zuzu Angel.

Faltou muita coisa em Zuzu. Possivelmente o clima que deveria reinar na fita, deixaram escapar. Para completar, não dirigiram muito bem a extraordinária Patricia Pilar, deixando-a perdida em meio a tantos conflitos e ela não se saiu bem.

Ao contrario do outro, que tem clima, bons atores e um diretor que, com mão de ferro soube segurar um clima de tensão e medo.
jurandir_lima@bol.com.br
7 de fevereiro de 2012 18:48

tozzi disse...


Fiquei curioso para assistir a "Batismo de sangue".
Abraços!
9 de fevereiro de 2012 13:17

IVAN CARDOSO disse...


MEU CARO ANTONIO, REVI, ONTEM,POR ACASO "O FALCÃO MALTES" ! QUE É, REALMENTE, UMA OBRA PRIMA DE UMA EPOCA DE OURO (1941) DO CINEMA AMERICANO ! ONDE BOGEY, SIDNEY GREENSTREET & PETER LORRE, ENTRE OUTROS DÃO UM VERDADEIRO SHOW DE INTERPRETAÇÃO SOB A DIREÇÃO DO GRANDE JOHN HUSTON ! "O FALCÃO MALTES" É UM FILMAÇO Q, NADA TEM A VER COM O PAVOROSO GOLPE MILITAR DE 1964... ALIAS, QUALQUER COMPARAÇÃO DESTE CLASSICO NOIR COM OS NOSSOS IGNORANTES "GORILAS", ALÉM DE EQUIVOCADA , DEPÕE CONTRA O PRIMOROSO LIVRO DE DASHIELL HAMMETT... SENDO MAIS COERENTE VC RELACIONAR A CHAMADA "REDENTORA"... COM OUTRO CLASSICO CLASSE B, INTITULADO "KING kONG" !!! O Q TAMBÉM NÃO DEIXARIA DE SER UMA INJUSTIÇA COM O CELEBRE & TÃO ROMANTICO GORILA !!!
15 de fevereiro de 2012 18:51

Anônimo disse...

Vc faz uma lista sobre filmes sobre pessoas que sofreram na ditadura e ao mesmo tempo faz pouco caso dela? Que contraditório