março 22, 2017

***** LIV ULLMANN - MUSA de INGMAR BERGMAN



 
Figura fundamental na filmografia do diretor sueco Ingmar Bergman, LIV ULLMANN recebeu prêmio especial na mais recente edição do European Film Awards, em reconhecimento da carreira de mais de quatro décadas e cerca de 50 filmes. Nascida em Tóquio, Japão, 1938, ela brilhou na juventude no Teatro Nacional Norueguês, em Oslo, interpretando Ofélia e Julieta de William Shakespeare. Após modestos papéis no cinema, “Persona” (1966) – intitulado ridiculamente no Brasil “Quando Duas Mulheres Pecam” – lhe deu prestígio no cenário internacional. Bergman utilizou a força dramática de LIV ULLMANN em dez filmes, culminando em 2003 com “Sarabanda”.

Em Barcelona, a simpática atriz falou da carreira vitoriosa, do ex-marido Bergman e do mais recente projeto, a adaptação cinematográfica de “Casa de Bonecas”, de Ibsen. Aos 67 anos, profundos olhos azuis, falando pausadamente, passa serenidade e vitalidade juvenil.

entrevista que fiz em Barcelona, Espanha
publicada no jornal baiano “A Tarde”
21-fevereiro-2005

Seu primeiro encontro com Ingmar Bergman, acompanhada de Bibi Andersson, deixou o diretor impressionado com a semelhança das duas, imaginando a seguir o enigmático “Persona”. É uma história real?

Foi assim que aconteceu. Em “Persona” sou uma atriz de teatro que repentinamente deixa de falar. Um papel quase sem diálogos. Aos 28 anos, eu não tinha a menor ideia do que o filme queria dizer. Olhava para Ingmar e sentia que a mulher que eu estava representando tinha muito a ver com ele. Alguém famoso que não queria falar nem explicar nada sobre sua vida ou criação, escondendo-se atrás de uma fachada. Resolvi copiar sua expressão facial angustiada. Deu certo e fizemos outros filmes. Creio que trabalhamos tanto tempo juntos porque eu não fazia perguntas, apenas seguia suas orientações.

Tem uma filha com Bergman, a escritora Linn Ullmann, e ele a transformou em um dos rostos mais famosos do cinema. Pode nos contar algo do relacionamento de vocês?

Disse a Ingmar que ele era “um gênio”, enquanto que eu era somente “um talento”. A reação dele foi uma metáfora que eu nunca me esqueci: “Você é meu Stradivarius”. Foi o elogio mais comovente que alguém me disse em toda a minha vida. Essa relação honesta entre o maestro e sua solista aprofundou a nossa arte. Com ele aprendi que o grande artista é alguém que puxa um pouquinho o limite da verdade. Como a bailarina que salta e consegue ficar dois segundos além do possível no ar.


O que diz do último filme que fizeram juntos, “Sarabanda”?

Abandonei o cinema como atriz em 1994, cansada de filmes medíocres, e tinha bem claro que só voltaria a atuar caso fosse convidada por Ingmar. O nosso reencontro foi natural, como regressar à terra natal. É um filme forte e autobiográfico, como todos os seus filmes, o que não quer dizer que sejam cópias de sua própria vida. Ele explora as horríveis relações entre pais e filhos, ainda mais dramático quando um deles não sabe pedir perdão. Ao filmar “Sarabanda” Ingmar estava longe dos sets há quinze anos. Novos métodos de filmagem, aos quais ele não estava acostumado nem se acostumaria, impediam que ficasse colado à câmera como sempre fez. Perdi aquele espectador privilegiado, fiquei perdida. Quando ele disse ação, felizmente foi tudo bem.

Ingmar Bergman é um extraordinário diretor de atrizes. Deu papéis excelentes para você, Harriet Andersson, Ingrid Thulin, Eva Dahlbeck e Bibi Andersson. Havia competitividade?

Nunca. Bibi Andersson poderia ter me odiado porque ela era a favorita de Ingmar até eu surgir. Continuou sendo a minha melhor amiga. As mulheres são capazes de um grau de intimidade, cumplicidade e aceitação que os homens desconhecem.

max von sydow e liv
Qual filme que sente mais orgulho?

Talvez “Os Imigrantes / Utvandrarna” (1971), de Jan Troell. Interpreto uma camponesa nórdica obrigada pela miséria a fugir da terra natal, partindo para a conquista de territórios ainda virgens no meio-oeste norte-americano. Em segundo lugar, “Face a Face”, de Ingmar.

Desde menina desejava ser atriz?

Atuar é uma extensão do que sou. Quando era muito jovem e vulnerável, não via a atuação como trabalho, via como paixão de adolescente que nunca foi a mais bela nem a mais popular da escola, divertindo-se ao fazer os melhores papéis em produções estudantis. Pouco a pouco percebi que deveria levar a sério aquele ofício. Ainda hoje fico um pouco assustada com uma profissão nascida no cotidiano escolar para me dar prazer. Não sei como consegui sobreviver e ter uma vida familiar maravilhosa fazendo o que gosto. Atuar é uma alegria. Um bom ator e um bom filme ajudam o espectador a ter consciência de si mesmo. Quando isso ocorre, as pessoas se sentem mais valorizadas.

Bergman odiava dar entrevistas ou revelar publicamente suas afeições, mas chegou a elogiá-la publicamente como grande atriz. Qual foi sua reação?

Sei que sou boa atriz, tenho talento. Sei que Ingmar me considera uma grande atriz e também sei que ele é um gênio. Essa confiança mútua foi muito importante para o nosso trabalho. No entanto, não creio que eu seja melhor atriz do que muitas outras. Não sei o motivo dele me escolher entre tantas outras mais talentosas, talvez porque eu seja uma pessoa de convívio fácil, tranquila, sem atritos.

ingmar e liv
Em 1992 estreou como diretora em “Sofie”. Foi uma reviravolta ?

Quando as atrizes envelhecem recebem ofertas de papéis estúpidos, não transmitem nada, deixando de ser divertido atuar. Eu tive sorte, pude mudar de rumo e dirigir. Algo diferente acontece comigo. Minha vida passa por uma renovação criativa. Quero dirigir muitos filmes, escrever livros. Essa intensidade surgiu com o sentido de mortalidade. Sinto que tenho algo para transmitir. Antes não tinha essa consciência.

Existe continuidade temática em seus filmes como diretora?

Creio que estão diretamente relacionados a busca do amor. O amor desejado, o amor recebido e o amor que nos abandona.

Dois deles têm roteiro de Bergman: “Enskilda Samtal” e “Infidelidade”.

Foi ele que me pediu para dirigi-los. Eu fiquei comovida. Com eles provei que uma mulher pode narrar uma história de uma maneira distinta da versão masculina. Algumas ideias desses dois filmes são minhas, outras de Ingmar. Isso é o mais excitante no cinema, podem-se fazer diferentes interpretações de uma mesma história.

Qual seu próximo projeto cinematográfico?

Estou pronta para iniciar as filmagens de “Casa de Bonecas”, falta finalizar uma coisa ou outra. Serei fiel a Ibsen. O clássico narra a hipocrisia e convencionalismos da sociedade do final do século XIX. Nora salva a vida do marido doente graças a empréstimo conseguido falsificando a assinatura de seu pai. Como consequência, acaba abandonando o esposo e os filhos. Interpretei Nora na Broadway, em 1975. Ao subir no palco, na pré-estreia, as feministas vibraram. Quando o pobre coitado que fazia meu marido, Sam Waterston, abria a boca, choviam vaias. Fiquei impressionada. É um texto atual.

Quem fará Nora?

Kate Winslet. Pensei na atriz australiana Cate Blanchett, que não pôde aceitar por estar grávida. Admiro o trabalho de Kate. Temos conversado por telefone e ela disse estar impaciente para iniciar as filmagens. O marido, Torvald, será John Cusack. O Stellan Skarsgard também está no elenco, e possivelmente Tim Roth.

Nos anos setenta do século passado, você era um modelo a seguir: intelectualizada, independente e liberal. Por que sua carreira não deu certo em Hollywood?

Escolhi mal meus filmes. Mas não foi uma experiência decepcionante. Diverti-me muito e ganhei dinheiro. As portas da Broadway se abriram. Quando a aventura se acabou voltei à Europa e continuei trabalhando. Concorri duas vezes ao Oscar, e fiquei decepcionada com as derrotas. Era jovem, ingênua, ambiciosa. Se tivesse ficado em Hollywood seria uma dessas estrelas esquecidas com o rosto esticado para agradar aos produtores.

Atriz, escritora, roteirista e diretora. Qual desses ofícios é o mais complicado?

Dirigir. Principalmente porque sou mulher. No primeiro filme tinha mais de 50 anos, e tentei ser simpática, mas riam da ingenuidade. Depois de rodar cinco filmes, aprendi: não tenho que ser ingênua ou dura, devo crer em mim, e pronto. Evito assim o complexo mulher madura. Procuro orgulhar-me de ser esta mulher.

Nota: o filme “Casa de Bonecas” não se concretizou.

 
LIV e INGMAR no CINEMA

PERSONA – QUANDO DUAS MULHERES PECAM
(Persona, 1966)

elenco: Bibi Andersson e Gunnar Björnstrand

A HORA do LOBO
(Vargtimmen, 1968)

elenco: Max von Sydow, Erland Josephson
e Ingrid Thulin

VERGONHA
(Skammen, 1968)

elenco: Max von Sydow e Gunnar Björnstrand

A PAIXÃO de ANA
(Em Passion, 1969)

elenco: Bibi Andersson, Max von Sydow
e Erland Josephson

GRITOS e SUSSURROS
(Viskningar och Rop, 1972)

elenco: Harriet Andersson, Kari Sylwan,
Ingrid Thulin e Erland Josephson

CENAS de um CASAMENTO
(Scener ur ett Äktenskap, 1973)

elenco: Erland Josephson, Gunnel Lindblom
e Bibi Andersson

FACE a FACE
(Ansikte mot Ansikte, 1976)

elenco: Erland Josephson e Gunnar Björnstrand

O OVO da SERPENTE
(The Serpent's Egg, 1977)

elenco: David Carradine, Gert Froebe
e Heinz Bennent

SONATA de OUTONO
(Höstsonaten, 1978)

elenco: Ingrid Bergman, Gunnar Björnstrand
e Erland Josephson

ENSKILDA SAMTAL
(1996)

direção de Liv Ullmann
roteiro de Ingmar Bergman

INFIEL
(Trolösa, 2000)

direção de Liv Ullmann
roteiro de Ingmar Bergman

SARABANDA
(Saraband, 2003)

elenco: Erland Josephson

LIV e INGMAR: uma HISTÓRIA de AMOR
(Liv e Ingmar, 2012)

documentário de Dheeraj Akolkar

GALERIA de FOTOS



março 18, 2017

*********************** NO TEMPO dos COWBOYS



 
Houve época em que o western era o espírito do povo norte-americano. Tempo em que partir em uma diligência ou a cavalo era perigoso. Houve uma época em que o bom e antigo FAROESTE, espinha dorsal do cinema hollywoodiano, atraía multidões com aventuras de tirar o fôlego, trilhas sonoras entusiasmadas e histórias simplórias, no qual o bem triunfa e o mal é punido. No comando, cineastas extraordinários como Anthony Mann, Howard Hawks, John Sturges, Delmer Daves, John Ford, William Wyler, George Stevens, Andre De Toth, Budd Boetticher, Sam Peckinpah, Sergio Leone, entre outros.

Com regras praticamente fixas (mocinho-COWBOY defende a lei e o vilão está contra ela; saloon como ponto de discórdias ou ajustes de contas; bela garota libertina cantando e encantando; duelo como clímax da ação etc.) e sucesso de bilheteria garantido, ainda assim muitos desses filmes foram feitos sob duras condições, devido a falta de recursos. Os COWBOYS do cinema transmitem valor e coragem, enfrentando a crueldade nua e crua do mundo selvagem. Não há espaço para compaixão. Eles têm parceiros bonitões (Montgomery Clift, John Derek, Anthony Perkins, Ricky Nelson); ou divertidos, grandalhões, bêbados (Walter Brennan, Ward Bond, Thomas Mitchell, Andy Devine, Victor McLaglen).

De tiroteios sem sangue aos violentos FAROESTES recentes, percebe-se a inocência perdida de um gênero cinematográfico que teve a morte anunciada diversas vezes, e os cinéfilos apaixonados se recusam a enterrá-lo. Estou entre eles.


COWBOYS do CINEMA

ALAN LADD
(1913 - 1964. Hot Springs, Arkansas / EUA)

Principais Faroestes:
O ÚLTIMO CAUDILHO (Red Mountain, 1951)
 direção de William Dieterle
Os BRUTOS TAMBÉM AMAM (Shane, 1952)
direção de George Stevens
HOMENS das TERRAS BRAVAS (The Badlanders, 1958)
direção de Delmer Daves

ANTHONY QUINN
(1915 – 2001. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
CONSCIÊNCIAS MORTAS (The Ox-Bow Incident, 1943)
direção de William A. Wellman
MINHA VONTADE é a LEI (Warlock, 1959)
direção de Edward Dmytryk
DUELO de TITÃS (Last Train from Gun Hill, 1959)
direção de John Sturges.

AUDIE MURPHY
(1925 - 1971. Kingston, Texas / EUA)

Principais Faroestes:
ONDE IMPERA a TRAIÇÃO (The Duel at Silver Creek, 1952)
direção de Don Siegel
A PASSAGEM da NOITE (Night Passage, 1957)
direção de James Neilson
O PASSADO NÃO PERDOA (The Unforgiven, 1960)
direção de John Huston

BURT LANCASTER
(1913 – 1994. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
O ÚLTIMO BRAVO (Apache, 1954)
direção de Robert Aldrich
VERA CRUZ (Idem, 1954)
direção de Robert Aldrich
O PASSADO NÃO PERDOA (The Unforgiven, 1960)
 direção de John Huston

CHARLTON HESTON
(1923 – 2008. Evanston, Illinois / EUA)

Principais Faroestes:
As AVENTURAS de BÚFALO BILL (Pony Express, 1953)
direção de Jerry Hopper
AVENTURA SANGRENTA (The Far Horizons, 1955)
direção de Rudolph Maté
Da TERRA NASCEM os HOMENS (The Big Country, 1958)
 direção de William Wyler.

CLINT EASTWOOD
(1930. São Francisco, Califórnia / EUA)

Principais Faroestes:
POR um PUNHADO de DÓLARES (Per un Pugno di Dollari, 1964)
direção de Sergio Leone
TRÊS HOMENS em CONFLITO (Il Buono, il Brutto, il Cativo, 1966)
direção de Sergio Leone
Os IMPERDOÁVEIS (Unforgiven, 1992)
direção de Clint Eastwood

DALE ROBERTSON
(1923 – 2013. Harrah, Oklahoma / EUA)

Principais Faroestes:
CIDADE do MAL (City of Bad Men, 1953)
direção de Harmon Jones
MENSAGEIROS do PERIGO (The Silver Whip, 1953)
direção de Harmon Jones
 DOMINGO SANGRENTO (A Day of Fury, 1956)
direção de Harmon Jones

ERROL FLYNN
(1909 – 1959. Battery Point // Austrália)

Principais Faroestes:
Uma CIDADE QUE SURGE  (Dodge City, 1939) 
direção de Michael Curtiz
 CARAVANA de OURO (Virginia City, 1940)
 direção de Michael Curtiz
SANGUE e PRATA (Silver River, 1948)
direção de Raoul Walsh

FRANCO NERO
(1941. Parma / Itália)

Principais Faroestes:
DJANGO (Idem, 1966)
direção de Sergio Corbucci
ADEUS, TEXAS (Texas, Addio, 1966)
direção de Ferdinando Baldi
O HOMEM, o ORGULHO, a VINGANÇA (L'uomo, l'orgoglio, la vendeta, 1967)
 direção de Luigi Bazzoni

FRED MacMURRAY
(1908 – 1991. Kankakee, Illinois / EUA)

Principais Faroestes:
ATIRADORES do TEXAS (The Texas Rangers, 1936)
direção de King Vidor
AVENTURA SANGRENTA (The Far Horizons, 1955)
direção de Rudolph Maté
A MANCHA de SANGUE (At Gunpoint, 1955)
 direção de Alfred L. Werker

GARY COOPER
(1901 - 1961. Helena, Montana / EUA)

Principais Faroestes:
JORNADAS HEROICAS (The Plainsman, 1936)
direção de Cecil B. DeMille
MATAR ou MORRER (High Noon, 1952)
direção de Fred Zinnemann
O HOMEM do OESTE (Man of the West, 1958)
direção de Anthony Mann

GEORGE MONTGOMERY
(1916 – 2000. Brady, Montana / EUA)

Principais Faroestes:
De HOMEM PARA HOMEM (Gun Belt, 1953)
direção de Ray Nazarro
COVIL de FERAS (Robbers' Roost, 1955)
direção de Sidney Salkow
O RIO dos HOMENS MAUS (Canyon River, 1956)
direção de Harmon Jones

GIULIANO GEMMA
(1938 – 2013. Roma / Itália)

Principais Faroestes:
O DÓLAR FURADO (Un Dollaro Bucato, 1965)
direção de Giorgio Ferroni
ADEUS GRINGO (Adiós Gringo, 1965)
direção de Giorgio Stegani
A PISTOLA é MINHA BÍBLIA (E per Tetto un Cielo di Stele, 1968)
direção de Giulio Petroni

GLENN FORD
(1916 - 2006. Sainte-Christine-d´Auvergne / Canadá)

Principais Faroestes:
MULHERES em PERIGO (The Secret of Convict Lake, 1951)
direção de Michael Gordon
Um PECADO em CADA ALMA (The Violent Men, 1955)
direção de Rudolph Maté
GALANTE e SANGUINÁRIO (3:10 to Yuma, 1957)
direção de Delmer Daves

GREGORY PECK
(1916 - 2003. La Jolla, Califórnia / EUA)

Principais Faroestes:
CÉU AMARELO (Yellow Sky, 1949)
direção de William A. Wellman
ESTIGMA da CRUELDADE (The Bravados, 1958)
direção de Henry King
Da TERRA NASCEM os HOMENS (The Big Country, 1958)
direção de William Wyler

GUY MADISON
(1922 – 1996. Pumpkin Center, Califórnia / EUA)

Principais Faroestes:
INVESTIDA de BÁRBAROS (The Charge at Feather River, 1953)
 direção de Gordon Douglas
SOB o COMANDO da MORTE (The Command, 1954)
 direção de David Butler
O TIRANO da FRONTEIRA (The Last Frontier, 1955)
direção de Anthony Mann

HENRY FONDA
(1905 - 1982. Grand Island, Nebraska / EUA)

Principais Faroestes:
CONSCIÊNCIAS MORTAS (The Ox-Bow Incident, 1943)
direção de William A. Wellman
PAIXÃO dos FORTES (My Darling Clementine, 1946)
direção de John Ford
ERA uma VEZ no OESTE (C’era uma Volta Il West, 1968)
 direção de Sergio Leone

JAMES CAGNEY
(1899 – 1986. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
A LEI do MAIS FORTE (The Oklahoma Kid, 1939)
direção de Lloyd Bacon
FORA das GRADES (Run for Cover, 1955)
direção de Nicholas Ray
HONRA a um HOMEM MAU (Tribute to a Bad Man, 1956)
direção de Robert Wise

JAMES STEWART
(1908 - 1997. Indiana, Pensilvânia / EUA)

Principais Faroestes:
WINCHESTER`73 (Idem, 1950)
direção de Anthony Mann
E o SANGUE SEMEOU a TERRA (Bend of the River, 1952)
direção de Anthony Mann
O PREÇO de um HOMEM (The Naked Spur, 1953)
direção de Anthony Mann

JEFF CHANDLER
(1918 – 1961. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
FLECHAS de FOGO (Broken Arrow, 1950)
direção de Delmer Daves
HORDAS SELVAGENS (The Great Sioux Uprising, 1953)
direção de Lloyd Bacon
PILASTRAS do CÉU (Pillars of the Sky, 1956)
 direção de George Marshall

JEFFREY HUNTER
(1926 – 1969. Nova Orleans, Luisiana / EUA)

Principais Faroestes:
RASTROS de ÓDIO (The Searchers, 1956)
direção de John Ford
QUEM FOI JESSE JAMES (The True Story of Jesse James, 1957)
direção de Nicholas Ray
AUDAZES e MALDITOS (Sergeant Rutledge, 1960)
 direção de John Ford

JOEL McCREA
(1905 - 1990. South Pasadena, Califórnia / EUA)

Principais Faroestes:
ALIANÇA de AÇO (Union Pacific, 1939)
direção de Cecil B. DeMille
BUFFALO BILL (Idem, 1944)
 direção de William A. Wellman
PISTOLEIROS do ENTARDECER (Ride the High Country, 1962)
 direção de Sam Peckinpah.

JOHN PAYNE
(1912 – 1979. Roanoke, Virginia / EUA)

Principais Faroestes:
BARREIRAS de SANGUE (El Paso, 1949)
direção de Lewis R. Foster
LEGIÃO dos DESESPERADOS (Passage West, 1951)
direção de Lewis R. Foster
HOMENS INDOMÁVEIS (Silver Lode, 1954)
 direção de Allan Dwan

JOHN WAYNE
(1907 - 1979. Winterset, Iowa / EUA)

Principais Faroestes:
No TEMPO das DILIGÊNCIAS (Stagecoach, 1939)
direção de John Ford
RIO VERMELHO (Red River, 1948)
direção de Howard Hawks
RASTROS de ÓDIO (The Searchers, 1956)
direção de John Ford

KIRK DOUGLAS
(nasceu em 1916. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
EMBRUTECIDOS PELA VIOLÊNCIA (Alon the Great Divide, 1951)
direção de Raoul Walsh
RIO da AVENTURA (The Big Sky, 1952)
direção de Howard Hawks
SEM LEI e SEM ALMA (Gunfight at O.K. Corral, 1957)
 direção de John Sturges

LEE MARVIN
(1924 – 1987. Nova Iorque / EUA)

Principais Faroestes:
O HOMEM QUE MATOU o FACÍNORA (The Man Who Shot Liberty Valance, 1962)
direção de John Ford
Os PROFESSIONAIS (The Professionals, 1966)
direção de Richard Brooks
DÍVIDA de SANGUE (Cat Ballou, 1965)
direção de Elliot Silverstein

RANDOLPH SCOTT
(1898 - 1987. Condado de Orange, Virginia / EUA)

Principais Faroestes:
Os CONQUISTADORES (Western Union, 1941)
direção de Fritz Lang 
SETE HOMENS SEM DESTINO (Seven Men from Now, 1956)
direção de Budd Boetticher
O HOMEM QUE LUTA SÓ (Ride Lonesome, 1959)
direção de Budd Boetticher

RICHARD WIDMARK
(1914 - 2008. Minnesota / EUA)

Principais Faroestes:
CÉU AMARELO (Yellow Sky, 1949)
direção de William A. Wellman
A ÚLTIMA CARROÇA (The Last Wagon, 1956)
direção de Delmer Daves
DUELO na CIDADE FANTASMA (The Law and Jake Wade, 1958)
direção de John Sturges

ROBERT MITCHUM
(1917 - 1997. Bridgeport, Connecticut / EUA)

Principais Faroestes:
SUA ÚNICA SAÍDA (Pursued, 1947)
direção de Raoul Walsh
PAIXÃO de BRAVO (The Lusty Men, 1952)
direção de Nicholas Ray
DOMINADOS pelo TERROR (Track of the Cat, 1954)
direção de William A. Wellman

ROBERT RYAN
(1909 – 1973. Chicago, Illinois / EUA)

Principais Faroestes:
O PREÇO de um HOMEM (The Naked Spur, 1953)
 direção de Anthony Mann
Os PROFESSIONAIS (The Professionals, 1966)
direção de Richard Brooks
MEU ÓDIO SERÁ sua HERANÇA (The Wild Bunch, 1969)
direção de Sam Peckinpah

ROBERT TAYLOR
(1911 - 1969. Filley, Nebraska / EUA)

Principais Faroestes:
GENTIL TIRANO (Billy the Kid, 1941)
direção de David Miller
A ÚLTIMA CAÇADA (The Last Hunt, 1956)
direção de Richard Brooks 
DUELO na CIDADE FANTASMA (The Law and Jake Wade, 1958)
direção de John Sturges.

ROCK HUDSON
(1925 - 1985. Winnetka, Illinois / EUA)

Principais Faroestes:
IMPÉRIO do PAVOR (Horizons West, 1952)
direção de Budd Boetticher
BANDO de RENEGADOS (The Lawless Breed, 1953)
direção de Raoul Walsh
O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL (The Last Sunset, 1961)
direção de Robert Aldrich

ROD CAMERON
(1910 – 1983. Calgary / Canadá)

Principais Faroestes:
Os DESPREZADOS (Renegades of the Rio Grande, 1945)
direção de Howard Bretherton
Os SALTEADORES (The Plunderers, 1948)
direção de Joseph Kane
O CAVALEIRO NEGRO (Brimstone, 1949)
direção de Joseph Kane

RORY CALHOUN
(1922 – 1999. Los Angeles, Califórnia / EUA)

Principais Faroestes:
O RIO das ALMAS PERDIDAS (River of No Return, 1954)
direção de Otto Preminger
DINASTIA do TERROR (Dawn at Socorro, 1954)
direção de George Sherman
RASTROS da CORRUPÇÃO (The Spoilers, 1955)
direção de Jesse Hibbs

STERLING HAYDEN
(1916 - 1986. Montclair, Nova Jersey / EUA)

Principais Faroestes:
MULHER de FOGO (Take Me to Town, 1953)
direção de Douglas Sirk
JOHNNY GUITAR (Idem, 1954)
direção de Nicholas Ray
REINADO de TERROR (Terror in a Texas Town,1958)
direção de Joseph H. Lewis

TYRONE POWER
(1914 – 1958. Cincinnati, Ohio / EUA)

Principais Faroestes:
JESSE JAMES (Idem, 1939)
direção de Henry King
O CORREIO do INFERNO (Rawhide, 1951)
direção de Henry Hathaway
O AVENTUREIRO do MISSISSIPPI (Mississippi Gambler, 1953)
direção de Rudolph Maté

VAN HEFLIN
(1908 – 1971. Walters, ohlahoma / EUA)

Principais Faroestes:
OS BRUTOS TAMBÉM AMAM (Shane, 1952)
 direção de George Stevens
GALANTE e SANGUINÁRIO (3:10 to Yuma, 1957)
direção de Delmer Daves
HERÓIS de BARRO (They Came to Cordura, 1959)
 direção de Robert Rossen

VICTOR MATURE
(1913 – 1999. Louisville, Kentucky / EUA)

Principais Faroestes:
PAIXÃO dos FORTES (My Darling Clementine, 1946)
direção de John Ford
 O GRANDE GUERREIRO (Chief Crazy Horse, 1955)
direção de George Sherman
 O TIRANO da FRONTEIRA (The Last Frontier, 1955)
direção de Anthony Mann.

WILLIAM HOLDEN
(1918 - 1981. O´Fallon, Illinois / EUA)

Principais Faroestes:
GLORIOSA VINGANÇA (Texas, 1941)
direção de George Marshall
A FERA do FORTE BRAVO (Escape from Fort Bravo, 1953)
direção de John Sturges
MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (The Wild Bunch, 1969)
direção de Sam Peckinpah