Ilustrações:
CARYBÉ
(1911 - 1997. Lanús / Argentina)
(1911 - 1997. Lanús / Argentina)
O cheiro de cravo,
a cor de canela,
eu vim de longe
vim ver Gabriela.
(moda da zona do cacau)
Um dos escritores mais importantes da literatura brasileira e um
dos mais traduzidos para outros idiomas, pai de Gabriela e de Tieta do Agreste,
JORGE AMADO (1912 - 2001. Itabuna / Bahia) nasceu na fazenda Auricídia, no sul da Bahia.
Quando tinha
apenas um ano, sua família se mudou para Ilhéus devido à uma epidemia de
varíola. Foi lá que o menino passou a infância e de onde tirou inspiração para
vários de seus futuros romances. Publicou 45 livros. Imortalizado
por clássicos como “Terras do
Sem-Fim” (1943) e “Gabriela, Cravo e Canela” (1958). Suas histórias são
sobre o povo baiano, sua fé e sensualidade; a força das matas, os sabores da culinária, coronéis e jagunços, malandros e prostitutas, trabalhadores rurais
e pescadores. Um acervo literário em 49 idiomas que mostra uma Bahia
culturalmente rica e lúdica.
Figura frequente no cinema e na televisão. Conversei com ele algumas
vezes, entrevistei-o para tevê e jornal, fiz crônicas sobre sua literatura
libidinosa. JORGE AMADO era afetuoso por natureza,
respondendo todas as cartas que recebia de leitores, muitos deles jovens
escritores pedindo conselhos. Amigo de Federico Fellini,
ao lado de Nelson Rodrigues é o escritor nacional com maior número de
adaptações para o cinema. Mas não teve a sorte do alagoano
Graciliano Ramos, que conta com algumas de suas obras adaptadas entre os bons filmes do nosso cinema – “Vidas Secas” (1962), de Leon Hirszman;
“São Bernardo” (1971); “Memórias do Cárcere” (1984), de Nelson Pereira dos
Santos.
A obra do autor de “Tocaia Grande: A Face Obscura” (1984) serviu
como matéria-prima para 15 longas-metragens, e de todos eles, talvez o melhor
seja o divertido e erótico “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976). As demais adaptações são ruins ou
irregulares. Procurado com frequência por produtores e lido mundialmente, JORGE
AMADO foi até jurado do Festival de Cannes. Sua prosa vem sendo levada para a
telona desde 1948, quando Anselmo Duarte e Maria Fernanda estrelaram “Terra
Violenta”. André Setaro, crítico de cinema, explica que o interesse pela sua
obra se deve ao sucesso editorial, ao fato dele transpor a
linguagem do povo nas páginas dos seus romances, e também pelo
cômico e sensual presente nas narrativas.
jorge amado e glauber rocha |
FILMES INSPIRADOS em JORGE AMADO
TERRA VIOLENTA
direção de Edmond Bernoudy e Paulo Machado
adaptação de TERRAS do SEM FIM
elenco: Anselmo Duarte, Maria Fernanda, Grande Otelo, Sady Cabral, Ziembinski,
Ruth de Souza e Mário Lago
Esquecido, iniciou o namoro do cinema com Jorge Amado. Produzido
pela Atlântida Cinematográfica, resultou em fiasco lamentável. Tudo por causa
de norte-americano (Bernoudy) que chegou ao Brasil com a fama de ter sido
assistente de gênios em Hollywood, mas na verdade nada entendia de cinema. Faz
parte da filmografia de um dos maiores galãs da história do cinema brasileiro,
Anselmo Duarte. No elenco excelente, no auge de sua beleza, Maria Fernanda,
filha da poeta Cecília Meireles.
VENDAVAL MARAVILHOSO
direção de Leitão de Barros
adaptação do livro ABC de CASTRO ALVES
elenco: Paulo Maurício, Amália Rodrigues e Barreto Poeira
História do poeta Castro Alves, desde o nascimento em 1847 a passagem
pelo curso de Direito, e a acesa defesa poética pelos direitos dos escravos. Aos
dezoito anos conhece a atriz Eugenia Câmara e se apaixona. O filme reflete as
dificuldades da produção, as mutilações do argumento (o roteiro
inicial foi proibido pela censura portuguesa), o desencontro do resultado.
Depois dele, o cineasta Leitão de Barros não
regressaria nunca mais ao cinema de ficção.
SEARA VERMELHA
direção de Alberto D’Avessa
adaptação do romance homônimo
elenco: Margarida Cardoso, Marilda Alves, Sady Cabral, Mauro Mendonça,
Nelson Xavier e Jurema Penna
A realidade socioeconômica dos flagelados da seca que emigram para
o sul do país. O diretor italiano D’Aversa transmite o clima de sofrimento e
miséria sem resvalar para o pieguismo. Excelentes desempenhos do elenco.
CAPITÃES da AREIA
direção de Hall Bartlett
adaptação do romance homônimo
elenco: Kent Lane, Tisha Sterling, Eliana
Pittman, John Rubinstein e Marisa Urban
Em participação especial, Dorival Caymmi. A vida dos menores
abandonados “Capitães da Areia”, como eram conhecidos na
cidade de Salvador, nos anos 1930. Por ser obra estrangeira e sem sucesso,
geralmente não é lembrada quando se fala no livro. Premiada no Festival de
Moscou, chegou ao Brasil nas madrugadas televisivas, rebatizada de “Dora”. O
sexto romance de Jorge Amado resultou, também, em minissérie de tevê, dirigida
por Walter Lima Jr, e em várias montagens teatrais.
DONA FLOR e seus DOIS MARIDOS
direção de Bruno Barreto
adaptação do romance homônimo
elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier,
Nelson Dantas
e Rui Rezende
O segundo maior sucesso da história
do cinema brasileiro. Mais de 10 milhões de telespectadores. Atrás apenas de “Tropa
de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro” (2010), de José Padilha. A graciosa e
sensual Sônia Braga,
no auge da forma, interpreta com carisma a professora de culinária Dona Flor.
José Wilker, hilário, como o fogoso ex-marido que volta dos mortos para
apimentar sua vida, e Mauro Mendonça no papel do Dr. Teodoro, o farmacêutico
que se casa com a viúva. Bruno Barreto assumiu a direção, aos 21 anos, depois que Glauber
Rocha, primeiro cineasta atrelado ao projeto, não pôde dirigi-lo. Para surpresa
geral, realizou uma comédia atraente, leve e divertida que encantou o Brasil e
o estrangeiro. As apimentadas
cenas de sexo e nudez foram muito faladas na época do lançamento.
Os PASTORES da NOITE (OTÁLIA da BAHIA)
direção de Marcel Camus
adaptação do romance homônimo
elenco: Grande Otelo, Antonio Pitanga, Zeni Pereira, Jofre Soares e
Mira Fonseca
O francês Camus ganhou a Palma de Ouro e o Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro com “Orfeu Negro” (1959), baseado no musical de Vinicius de Moraes.
Depois de praticamente apresentar o Brasil para o mundo com essa fábula, voltou
a mirar suas câmeras para o país através do universo de Jorge Amado. Fascinado
pelo sincretismo e o candomblé, o cineasta partiu do segundo dos três episódios
de “Os Pastores da Noite”, “O Compadre de Ogum”, para escrever o roteiro do
filme. Superficial e confuso, conta como a chegada de Otália à Bahia
transforma a vida de vários homens. A trilha sonora composta por Antonio Carlos
e Jocafi talvez tenha sido até mais famosa do que o próprio longa-metragem. Em
2002, a Globo apresentou nova versão de “Os Pastores da Noite”, em quatro
episódios.
TENDA dos MILAGRES
direção de Nelson Pereira dos Santos
adaptação do romance homônimo
elenco: Jards Macalé, Anecy Rocha, Hugo Carvana, Nildo Parente e Jofre
Soares
Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Brasília. Nelson
Pereira dos Santos colocou muito de sua visão pessoal. Na história, um
intelectual norte-americano em passagem por Salvador resgata a figura de Pedro
Arcanjo, que no início do século contestou o racismo, defendeu a miscigenação e
documentou a cultura africana. Sexualidade, misticismo e até antropologia estão
no caldeirão, que o cineasta encheu com doses generosas de loucura carnavalesca.
Desigual, conta com participações especiais de Mãe
Menininha do Gantois, Carybé, Mestre Pastinha e Juarez Paraíso.
MEU ADORÁVEL FANTASMA
direção de Robert Mulligan
adaptação de DONA FLOR e seus DOIS MARIDOS
elenco: Sally Field, James Caan, Jeff Bridges,
Paul Dooley, Claire Trevor
e Mildred Natwick
O filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos” fez tanto sucesso que foi
refilmado nos EUA como comédia romântica. Após
três anos da morte do marido, uma viúva conhece outro homem, um egiptólogo do
Museu Metropolitano de Arte de Nova York, e se apaixona. Mas, um dia antes de
seu casamento, o fantasma do primeiro marido vem fazer uma surpresa. Apesar de
boas intenções e elenco famoso, não deu lucro.
GABRIELA
direção de Bruno Barreto
adaptação do romance GABRIELA, CRAVO e CANELA
elenco: Sônia Braga, Marcello Mastroianni, Paulo Goulart, Nelson Xavier,
Jofre Soares, Nicole Puzzi e Miriam Pires
Produção internacional que se tornou uma grande decepção. Segundo
filme de Bruno Barreto baseado na obra do escritor, traz também Sonia Braga
outra vez, agora reprisando o papel que fez na televisão na telenovela de 1975
– com “Tieta do Agreste”, ela reafirmaria seu posto como musa da obra de Jorge
Amado. Parte do encanto da história está na relação apimentada entre a protagonista
e seu marido, o turco Nacib, vivido aqui pelo lendário Marcelo Mastroianni,
devidamente dublado em português. Mas a direção é confusa e as atuações
caricatas. A primeira versão da Globo, dirigida por Walter Avancini, é
superior. O mesmo não pode ser dito sobre a versão televisiva mais recente, com
Juliana Paes.
JUBIABÁ
direção de Nelson Pereira dos Santos
adaptação do romance homônimo
elenco: Charles Baiano, Françoise Goussard, Raymond Pellegrin, Zezé
Motta,
Betty Faria, Ruth de Souza, Jofre Soares e Grande Otelo
Frígido, antiquado. Os franceses do elenco estão deslocados e
anêmicos, principalmente a protagonista Françoise Goussard. Não transmite autenticidade
na luta do negro Baldo que se apaixona pela loura filha de um comendador, vira
malandro de beira de cais e boxeador imbatível.
TIETA do AGRESTE
direção de Cacá Diegues
adaptação do romance homônimo
elenco: Sônia Braga, Marília Pera, Cláudia Abreu, Chico Anysio,
Patrícia França,
Zezé Motta e Jece Valadão
Estive nas filmagens, no povoado de Picado, no município de
Conceição do Jacuípe, entrevistando Sônia Braga. Jorge Amado aparece em rápida
participação na primeira cena. Amigos de
muitos anos, Sônia convidou Cacá para dirigi-la. Faz uma prostituta bem
sucedida que retorna a terra natal, a pequena Santana do Agreste, após 25 anos
de ausência. Sua volta causa apreensão, uma vez que saiu escorraçada pelo pai,
movido pelas intrigas da irmã mais velha. A chegada de Tieta, rica e poderosa,
aguça a ambição não só dos familiares, mas de toda cidade. Inevitavelmente comparado à telenovela de sucesso, protagonizada
por Betty Faria e Joana Fomm, não conquistou o público. Na década de 80, a
diretora italiana Lina Wertmüller foi quem primeiro adquiriu os direitos para o
cinema de “Tieta do Agreste”. Amiga de
Jorge Amado, Lina convidou Sophia Loren para estrelar o filme, contratando Cláudia
Ohana para o papel da protagonista jovem. Algumas cenas foram gravadas na
Bahia, mas o projeto terminou misteriosamente abandonado. Curiosamente, Cláudia retomaria
a personagem - Tieta jovem - alguns anos mais tarde, na telenovela global.
QUINCAS BERRO D’ÁGUA
direção de Sérgio Machado
adaptação do livro A MORTE e a MORTE de QUINCAS BERRO D´ÀGUA
elenco: Paulo José, Marieta Severo, Mariana Ximenes, Vladimir Brichta,
Frank Menezes e Irandhir Santos
Uma das
obras mais celebradas de Jorge Amado. Repleta de realismo mágico, é acerto de
contas afetuosíssimo, já que o escritor apadrinhou Sérgio Machado em sua
entrada no mundo do cinema. Conta a saga impagável de um boêmio que não
abandona a farra nem depois de morto, revelando com humor o choque entre
classes diferentes que de repente são obrigadas a conviverem em um velório. Comédia simática que traz o extraordinário Paulo José como o morto Quincas, outrora membro
da alta sociedade da Salvador, que troca tudo pela boemia. Como despedida, é
tirado do leito de morte pelos fiéis companheiros de bebedeira e levado nos
braços para uma última farra. O diretor
criou novas situações e personagens, como a cafetina Manuela (Marieta Severo), e investiu mais nas ruas de Salvador, contrariando o livro que
se concentra no local onde ocorre o velório de Quincas.
CAPITÃES da AREIA
direção de Cecília Amado
adaptação do romance homônimo
elenco: Jean Luís Souza de Amorim, Ana Graciela Conceição da Silva,
Romário
Santos de Assis e Israel Vinícius Gouvêa de Souza
Inferior ao livro, sendo, apenas, pálido reflexo deste. Mas retrata
com autenticidade a vida de meninos de rua de Salvador. Dirigido pela neta de
Jorge Amado, Cecília, que leu a obra pela primeira vez aos 14 anos, levou
milhares de brasileiros aos cinemas. Atenção para a liberdade e inquietação de
Pedro Bala, o herói da história.
O DUELO
direção de Marcos Jorge
adaptação do romance Os VELHOS MARINHEIROS
elenco: Joaquim de Almeida, Cláudia Raia, José Wilker, Patrícia
Pillar,
Marcio Garcia e Milton Gonçalves
O romance se passa no início do século XX, mas o filme se adianta
em algumas décadas. Com cenários grandiosos e numerosos efeitos especiais, apresenta
o comandante Vasco Moscoso de Aragão e sua agitada chegada em uma cidadezinha
balneária, a vila de Periperi, situada nas proximidades de um grande município
portuário. Maduro, este pitoresco forasteiro vem para ficar, buscando repouso
depois de uma longa vida de aventuras por todos os mares do globo. Ele
conquista a todos com as histórias de suas façanhas nos quatro cantos do mundo.
O filme discute o tema da construção da verdade e do mito, avançando e recuando
no tempo.
DONA FLOR e seus DOIS MARIDOS
direção de Pedro Vasconcelos
adaptação do romance homônimo
elenco: Juliana Paes, Marcelo Faria, Leandro Hassum, Nívea Maria,
Fabio Lago, Cassiano Carneiro e Duda Ribeiro.
O clássico de Jorge Amado mais uma vez nas telas. Juliana interpreta mais um personagem do escritor baiano, a
primeira foi Gabriela. Marcelo Faria vive Vadinho, que o ator interpretou
durante anos no teatro. As filmagens duraram cinco semanas e tiveram locações
em Salvador e no Rio de Janeiro.
29 comentários:
Você fez um grande levantamento dos filmes baseados na obra de Jorge Amado. Todos, sem dúvida, inesquecíveis!
Eu vi uma entrevista com o José Wilker em que ele disse que teve que tomar um porre pra conseguir fazer aquela cena em que ele sai andando pelado de braços dados com a Sônia Braga no meio da rua. Ele disse que não conseguiria fazer aquilo em sã consciência.rs
Isso me lembrou uma entrevista da Rita Cadilac em que ela usou o mesmo ´recurso` quando fez o 1º filme pornô dela.
Aqui em Porto Alegre, começou a exibição de filmes baseados na obra de Jorge Amado. A Sala de Redenção daqui é uma otima pedida, quando se resgata grandes clássicos para serem vistos na tela grande.
Excelente levantamento! Ver as obras de Jorge Amado interpretadas por estrangeiros deve ser, no mínimo, curioso. Vi recentemente Capitães de Areia e escrevi sobre a adaptação para o site Leia Literatura. Apesar de perder alguns detalhes do livro, gostei do filme.
Espero que seus lançamentos tenham sido um sucesso!
Abraços!
Realmente, Gabriela foi o uó. Nem Mastroianni salvou aquilo... rs...
Parabéns pela postagem. Alguns desses filmes estão entre meus favoritos do cinema nacional. Não sabia dessa adaptação gringa de Capitães da Areia. Deu vontade de procurar. A de 2011 é muito fraquinha. Barreto consegue mandar bem em Dona Flor..hehe
Abração e Apareça!
http://espectadorvoraz.blogspot.com.br/
Muito bom esse Site,só tem filmes clássicos!
Bacana, Antonio Nahud!
Realmente um achado e tanto!...muito obrigada pessoal...só os melhores...
Seria lindo Sophia Loren como Tieta.
Dona Flor é um bom filme.
Maravilha!!!
Realmente é Sonia Braga que faz Gabriela e Dona Flor e seus dois maridos valer a pena.
que maravilha menino de ouro parabéns querido esta tudo perfeito sua narração sobre as obras de Jorge Amado...um show !!!beijos desta pessoa aqui que te estima muita e que seja sempre este belo moço .á nós repassar grandes obras de grandes gênios....
que maravilha menino de ouro parabéns querido esta tudo perfeito sua narração sobre as obras de Jorge Amado...um show !!!beijos desta pessoa aqui que te estima muita e que seja sempre este belo moço .á nós repassar grandes obras de grandes gênios....
Sendo bem sincero, estou meio cansado das adaptações de Jorge Amado para o cinema ou TV. Tenho a sensação de que elas acabam empobrecendo seus livros e caem em clichês. Não me dei ao trabalho de ver essa nova adaptação global para Gabriela.
Abraço!
Conheço mais o Jorge Amado dos livros e das telenovelas. Foi uma pena não ter ido ao cinema ver "Capitães de Areia" :(
Graciliano Ramos teve mais sorte. Alguns clássicos do cinema brasileiro são baseados nas suas histórias.
Tava sentindo sua falta... Gostei da postagem, Falcão. Sugiro outra tipo "literatura vc. cinema". Aquele abraço.
A tevê soube aproveitar Jorge. Lembro de uma novela muito bacana, das seis, baseada em Terras do sem fim.
O Marcos Jorge é um diretor estreante?
Considero interessante essa troca "literatura X cinema". Mesmo quando o tiro sai pela culatra acerta na irresistível curiosidade do leitor/telespectador/cinéfilo. F. Scott Fitzgerald, já citado algumas vezes no Falcão Maltês, tem uma obra literária de apelo cinematográfico e não tem sorte no cinema. Nem Elia Kazan ou Jack Clayton conseguiram traduzir sua sensibilidade e talento. O mesmo acontece com Jorge Amado.
As ilustrações de Carybé são de sonho.
Ola Antonio td bem querido? dei uma sumida,mais estou aqui de volta no Falcão rs e como sempre excelente postagem! eu não conhecia essas versões gringas das obras do Jorge,a última versão de Gabriela é péssima e justamente quem se destacou na novela é o Wilker.
Abç
Oi, Antonio. Tudo bom?
Fiz altas descobertas com seu post!! Não sou nenhuma sumidade no assunto "Jorge Amado", mas não tinha a mínima ideia de que ele começou no cinema nos anos 40. Que uma de suas obras ganhou corpo por Amália Rodrigues (!) em Portugal (aliás, muito curiosa pra saber o resultado disso - vc viu o filme?). E que Sally Fields foi arremedo de D. Flor numa versão-pipoca de Dona Flor e seus dois maridos (!) - tb curiosa pra saber no que deu.
Da minha parte, conheço as versões de cinema de D. Flor e Tieta. Concordo contigo sobre a qualidade da 1! E gosto da Tieta de Sônia Braga, embora a personagem da Perpétua, quase protagonista na TV, saia aqui bem esvaziada.
E o que é isso de dizer que "A morte e a morte de Quincas Berro..." é "descartável", colega? Acho não! Vc mesmo nota como o filme é afetuoso...
Bjinhos
Dani
Eu gosto muito da literatura do Jorge Amado, apesar de lito relativamente pouco de sua vasta obra. fico devendo também no tocante aos filmes, de todas as adaptações vi apenas duas.
O recorde de arrecadação do "Dona Flor e seus Dois Maridos" foi batido pelo "Tropa de Elite - O Inimigo Agora é Outro", mas ainda assim acho que pode-se dizer que ele continua sendo o maior fenômeno de bilheteria da história de nosso cinema, tendo-se em vista as peculiaridades de cada época.
http://sublimeirrealidade.blogspot.com
Por aqui houve uma mostra celebrando Jorge (em julho). Devido aos horários impraticáveis não pude ir.
Ficou massa!!!!
Não vi a versão anterior de Capitães de Areia, mas assisti à nova e achei interessante, ainda que longe de ser impecável. Valeu pela lembrança. Abraços. cinemavelho.com
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