Tenho caros amigos professores. Faz
tempo que planejo escrever sobre esta profissão valorosa como protagonista de filmes. Finalmente, neste post, viajo em 17 longas estrelados por personagens PROFESSORES. Eles fazem o melhor para educar seus alunos, muitas vezes enfrentando o
sistema ou complexas razões pessoais.
Em uma seleção sempre fica um ou outro de
fora, não significando que outras indicações não sejam importantes. O painel de filmes
sobre este profissional é extenso, tornando-se complicado abordá-lo com profundidade em poucas linhas.
Como habitualmente, as listas deste blog são pessoais e raramente ultrapassam a década
de 1970. Destacam, principalmente, clássicos.
Confira na listagem abaixo 17 títulos nos quais a/o PROFESSORA/O é o eixo da história.
Confira na listagem abaixo 17 títulos nos quais a/o PROFESSORA/O é o eixo da história.
ROBERT DONAT
Mr. Chips em ADEUS MR, CHIPS
(Goodbye Mr. Chips, 1939)
direção de Sam Wood
direção de Sam Wood
Na década
de 1920, Arthur “Chips” Chipping é um dedicado e severo professor de
latim de tradicional escola inglesa. Casa-se com uma atriz de
musicais, Katherine Bridges (a inglesa Greer Garson, no papel que a levaria ao estrelato,
lançada em Hollywood como a “Nova Garbo”), que deixa o palco para ser sua esposa e
acaba conquistando os alunos do marido com sua alegria e espontaneidade. Ela também
transforma o parceiro, que deixa de ser intransigente e passa a ser
admirado.
Primeira das quatro vezes em que o livro de James Hilton foi adaptado às telas. As posteriores, também com o mesmo título, foram produzidas em 1969, 1984 e 2002, sendo que as duas últimas foram feitas para a TV. O inglês Robert Donat levou o Oscar de Melhor Ator.
Primeira das quatro vezes em que o livro de James Hilton foi adaptado às telas. As posteriores, também com o mesmo título, foram produzidas em 1969, 1984 e 2002, sendo que as duas últimas foram feitas para a TV. O inglês Robert Donat levou o Oscar de Melhor Ator.
MARTHA SCOTT
Ella Bishop em DONA de seu DESTINO
(Cheers for Miss Bishop, 1941)
direção de Tay Garnett
direção de Tay Garnett
Dedicada
professora sofre quando seu amado noivo foge com sua prima (Mary Anderson). A rival morre no parto e sua filha é deixada para ser cuidada por ela. Excelente
atuação de Martha Scott, grande atriz que não chegou ao estrelato.
BETTE DAVIS
Miss Lilly Moffat em O CORACAO não ENVELHECE
Miss Lilly Moffat em O CORACAO não ENVELHECE
(The Corn is Green, 1945)
direção de Irving Rapper
direção de Irving Rapper
A
professora Lily Moffat se revolta com as condições nas quais um
povoado do país de Gales é governado e decide montar uma escola para seus habitantes. No entanto, as autoridades governamentais se opõem ao projeto e a impedem
de encontrar um local propício para a instituição. Outra soberba atuação de
Davis. Katharine Hepburn faria o remake nos anos 1970.
MICHAEL REDGRAVE
Andrew Crocker-Harris em NUNCA te AMEI
(The Browning Version, 1951)
direção de Anthony Asquith
direção de Anthony Asquith
Após
lecionar 18 anos em uma escola preparatória na Inglaterra, Andrew
Crocker-Harris, um enérgico e pouco amigável professor de latim e grego, é
forçado a se aposentar. O pretexto é sua saúde. Ele é visto pelos alunos como uma espécie de Hitler e seu casamento
está no fim, pois vem senso traído pela esposa Millie (Jean Kent) com Frank
Hunter (Nigel Patrick), outro professor. Texto afinado de Terence Rattingan e
expressiva atuação de Michael Redgrave, pai de Vanessa e Lynn, levando o prêmio
de Melhor Ator no Festival de Cannes
ROSALIND RUSSELL
Miss Rosemary Sydney em FÉRIAS de AMOR
(Picnic, 1955)
direção de Joshua Logan
direção de Joshua Logan
Hal
Carter (William Holden, no auge do poder de sedução) é um viajante que chega em
uma pequena cidade do Kansas para tentar conseguir emprego com um
rico colega de faculdade, Alan (Cliff Robertson). Porém, ele se
apaixona por Madge Owens (Kim Novak), a linda namorada de Alan. Quando a mãe da
jovem sente que esta paixão é correspondida, entra em desespero.
Com seu estilo aventureiro, Hal exerce fascínio sobre as mulheres locais, inclusive a professora solteirona Rosemary (sensacional Rosalind Russell), também interessada em um comerciante local. Na famosa cena da dança, ela se sente atraída pelo estranho e provoca um escândalo. Baseado na peça teatral homônima de William Inge, vencedor do Prêmio Pulitzer.
Com seu estilo aventureiro, Hal exerce fascínio sobre as mulheres locais, inclusive a professora solteirona Rosemary (sensacional Rosalind Russell), também interessada em um comerciante local. Na famosa cena da dança, ela se sente atraída pelo estranho e provoca um escândalo. Baseado na peça teatral homônima de William Inge, vencedor do Prêmio Pulitzer.
SIMONE SIGNORET
Nicole Horner em As DIABÓLICAS
Nicole Horner em As DIABÓLICAS
(Les Diaboliques, 1955)
direção de Henri-Georges Clouzot
direção de Henri-Georges Clouzot
Michel
Delassalle (Paul Meurisse) é o sádico diretor da escola de Christina (a brasileira Vera Clouzot), sua esposa. Ele tem um caso com Nicole, uma professora sua amante há muito tempo. Ele a trata tão mal quanto a sua própria esposa, assim, as duas se unem contra ele e, juntas, elaboram um plano para eliminar seu tormento.
Adaptação do romance policial de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, dupla responsável pelo livro que originou “Um Corpo que Cai / Vertigo” (1958). Hitchcock tentou comprar os direitos, mas Clouzot foi mais rápido. Um clássico genial, Prix Louis Delluc de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro do Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York.
Adaptação do romance policial de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, dupla responsável pelo livro que originou “Um Corpo que Cai / Vertigo” (1958). Hitchcock tentou comprar os direitos, mas Clouzot foi mais rápido. Um clássico genial, Prix Louis Delluc de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro do Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York.
JENNIFER JONES
Miss Dove em O OCASO de uma ALMA
(Good
Morning, Miss Dove, 1955)
direção de Henry Koster
direção de Henry Koster
Internada
em um hospital, uma rígida e madura professora reflete sobre sua trajetória profissional
e seus alunos. Solitária, somente conta com a visita de ex-alunos.
GLENN FORD
Richard Dadier em SEMENTES da VIOLENCIA
Richard Dadier em SEMENTES da VIOLENCIA
(Blackboard Jungle, 1955)
direção de Richard Brooks
direção de Richard Brooks
Na
ousada trama para a época, Richard Dadier (Glenn Ford em desempenho digno de Oscar) é um veterano de guerra expulso do exército e
recém contratado pela escola North Manual, no subúrbio de Nova York, para ensinar inglês. Idealista, encara bravamente as gangues que
dominam a instituição e ameaçam as mulheres que lá trabalham – a tentativa de
estupro de uma delas na biblioteca é chocante. Ele pensa em desistir, mas segue em frente, mesmo com o desinteresse dos colegas, que chamam os
estudantes de animais.
Um dos maiores problemas do mestre é lidar com o jovem irlandês Artie West (Vic Morrow), líder dos baderneiros envolvidos com bebedeiras e roubo de automóveis. Dadier prova que, mesmo pagando um alto preço, a responsabilidade de educar fala mais alto, até mesmo quando sua esposa grávida é aterrorizada. Quem rouba a cena é Sidney Poitier fazendo um líder rebelde que acaba por se redimir – no filme, ele tem convincentes 17 anos, na vida real, 28.
No Brasil, o filme provocou uma reação curiosa: quebradeiras em salas de cinema de todo o país por adolescentes impressionados com o rock e o grau de rebeldia e agressividade dos personagens.
Um dos maiores problemas do mestre é lidar com o jovem irlandês Artie West (Vic Morrow), líder dos baderneiros envolvidos com bebedeiras e roubo de automóveis. Dadier prova que, mesmo pagando um alto preço, a responsabilidade de educar fala mais alto, até mesmo quando sua esposa grávida é aterrorizada. Quem rouba a cena é Sidney Poitier fazendo um líder rebelde que acaba por se redimir – no filme, ele tem convincentes 17 anos, na vida real, 28.
No Brasil, o filme provocou uma reação curiosa: quebradeiras em salas de cinema de todo o país por adolescentes impressionados com o rock e o grau de rebeldia e agressividade dos personagens.
DORIS DAY
Erica Stone em Um AMOR de PROFESSORA
Erica Stone em Um AMOR de PROFESSORA
(Teacher's Pet, 1958)
direção de George Seaton
direção de George Seaton
Em
Nova York, James Gannon (impecável Clark Gable), editor do jornal Evening
Chronicle, não cursou o 2º grau e acredita que a única forma de aprendizado é
a escola da vida. Em resposta ao convite para dar uma palestra na faculdade, envia uma carta ríspida ao professor responsável. Porém, trata-se de uma professora e seu chefe o obriga a pedir desculpas, pois ele é membro do conselho da faculdade. Gannon tenta consertar
a situação, mas antes que possa fazer qualquer coisa sua carta é lida e ridicularizada pela professora. Ele
se sente atraído e se torna aluno dela sem revelar sua identidade.
Partindo de um bom roteiro, Seaton realiza uma ótima comédia romântica, ajudado por um elenco de primeira linha. Apesar da diferença de idade, 23 anos, Clark Gable e Doris Day demonstram uma grande química em cena.
Partindo de um bom roteiro, Seaton realiza uma ótima comédia romântica, ajudado por um elenco de primeira linha. Apesar da diferença de idade, 23 anos, Clark Gable e Doris Day demonstram uma grande química em cena.
AUDREY
HEPBURN
Karen Wright em INFÂMIA
Karen Wright em INFÂMIA
(The Children's Hour, 1961)
direção de William Wyler
direção de William Wyler
Duas
professoras (magistrais Shirley MacLaine e Audrey Hepburn) de escola
particular têm suas vidas viradas do avesso quando uma das meninas denuncia um
sentimento um pouco maior que amizade entre as duas. A avó da garota, poderosa
na cidade, trata de espalhar a história e fazer com que todos se voltem contra
as “pecadoras”.
Ainda em 1936, apenas dois anos após a estreia da peça de Lillian Hellmann, que deu origem ao filme, o mestre William Wyler dirigiu a história pela primeira vez, fazendo tremendas concessões à censura da época (nos anos 30, o rigoroso Código Hays estabelecia o que podia e não podia ser mostrado em filmes).
Como diz o livro “The United Artists Story”, “de acordo com Hollywood, homossexualismo não existia na América até os anos 60, e por isso These Three foi despojado de seu tema de lesbianismo”. Esta versão é mais audaciosa. Conta com a surpreendente cena de Shirley MacLaine declarando seu amor frustrado por Audrey. Comovente.
Ainda em 1936, apenas dois anos após a estreia da peça de Lillian Hellmann, que deu origem ao filme, o mestre William Wyler dirigiu a história pela primeira vez, fazendo tremendas concessões à censura da época (nos anos 30, o rigoroso Código Hays estabelecia o que podia e não podia ser mostrado em filmes).
Como diz o livro “The United Artists Story”, “de acordo com Hollywood, homossexualismo não existia na América até os anos 60, e por isso These Three foi despojado de seu tema de lesbianismo”. Esta versão é mais audaciosa. Conta com a surpreendente cena de Shirley MacLaine declarando seu amor frustrado por Audrey. Comovente.
LAURENCE OLIVIER
Graham Weir em MENTIRA INFAMANTE
(Term of Trial, 1962)
direção de Peter Glenville
direção de Peter Glenville
O professor Graham Weir, devido ao seu jeito tímido e
reservado, é tratado com desdém por colegas, alunos e esposa. Uma
de suas alunas, Shirley Taylor (Sarah Miles, estreando muito bem), é
a única que o aprecia. Tomando aulas
particulares com ele, a garota se encanta ainda mais. Ela termina
expondo seus sentimentos, propondo sexo. No entanto, o acusa de
estrupo, a fim de destruir o que resta de sua vida.
Sir Laurence Olivier, aos 54 anos, e Sarah Miles, 19 anos, tiveram um caso durante as filmagens. A personagem da aluna sedutora foi pensada para Natalie Wood, mas a atriz norte-americana não queria ficar o tempo necessário para as filmagens fora do seu país. Olivier foi indicado ao BAFTA de Melhor Ator.
Sir Laurence Olivier, aos 54 anos, e Sarah Miles, 19 anos, tiveram um caso durante as filmagens. A personagem da aluna sedutora foi pensada para Natalie Wood, mas a atriz norte-americana não queria ficar o tempo necessário para as filmagens fora do seu país. Olivier foi indicado ao BAFTA de Melhor Ator.
ANNE BANCROFT
Annie Sullivan em O MILAGRE de ANNIE SULLIVAN
Annie Sullivan em O MILAGRE de ANNIE SULLIVAN
(The Miracle Worker, 1962)
direção de Arthur Penn
direção de Arthur Penn
A
incansável tarefa da professora Anne Sullivan, ao tentar fazer com que
Helen Keller (Patty Duke), uma garota cega, surda e muda, adapte-se e entenda
(pelo menos em parte) as coisas que a cercam. Para isto entra em confronto com
os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram.
Oscar, BAFTA e National Board of Review de Melhor Atriz. Refilmado duas vezes, ambas para a televisão, em 1979 e 2000. Patty Duke, que interpreta a garota Helen Keller, interpretou Anne Sullivan na primeira refilmagem.
Oscar, BAFTA e National Board of Review de Melhor Atriz. Refilmado duas vezes, ambas para a televisão, em 1979 e 2000. Patty Duke, que interpreta a garota Helen Keller, interpretou Anne Sullivan na primeira refilmagem.
(Up the Down Staircase, 1967)
direção de Robert Mulligan
direção de Robert Mulligan
Uma
jovem professora de literatura, Sylvia Barret, chega a Calvin Coolidge cheia de
ideias e entusiasmo. Pela sua falta de experiência, termina por cometer deslizes que atrapalham seus planos em transformar o comportamento dos alunos.
Dos dramas cinematográficos que retratam o relacionamento entre jovens desordeiros e docentes,
esse é um dos maiores representantes do gênero.
Bela obra, baseada no romance de Bel Kaufman e filmada nos subúrbios de Nova York. Influenciou um bom número de cineastas a realizarem filmes sobre o tema. Sandy Dannis, no auge da carreira, tem atuação antológica, levando o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Moscou.
Bela obra, baseada no romance de Bel Kaufman e filmada nos subúrbios de Nova York. Influenciou um bom número de cineastas a realizarem filmes sobre o tema. Sandy Dannis, no auge da carreira, tem atuação antológica, levando o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Moscou.
SIDNEY POITIER
Mark Thackeray em Ao MESTRE, com CARINHO
(To Sir with
Love, 1967)
direção de James Clavell
direção de James Clavell
O negro Mark Thackeray é engenheiro, fica desempregado e resolve
dar aulas em Londres, ensinando alunos brancos em uma escola no bairro operário
de East End. Depara-se com adolescentes indisciplinados e
desordeiros, determinados a impedir suas aulas. Ele, acostumado com hostilidades, não se amedronta e enfrenta o desafio
de ensinar a uma turma de baderneiros. Ao receber um convite para voltar a trabalhar
como engenheiro, tem que decidir se segue como mestre ou volta ao antigo cargo.
O drama foi inesperadamente bem nas bilheterias. Judy Geeson e Lulu se reuniriam novamente com Sidney Poitier na sequência para a televisão, “To Sir, With Love II”, dirigida por Peter Bogdanovich. Foi banido na África do Sul, com as autoridades alegando que era “ofensivo ver um homem negro ensinando uma classe de crianças brancas”.
O drama foi inesperadamente bem nas bilheterias. Judy Geeson e Lulu se reuniriam novamente com Sidney Poitier na sequência para a televisão, “To Sir, With Love II”, dirigida por Peter Bogdanovich. Foi banido na África do Sul, com as autoridades alegando que era “ofensivo ver um homem negro ensinando uma classe de crianças brancas”.
MAGGIE SMITH
Jean Brodie em PRIMAVERA de uma SOLTEIRONA
Jean Brodie em PRIMAVERA de uma SOLTEIRONA
(The Prime of
Miss Jean Brodie, 1969)
direção de Ronald Neame
direção de Ronald Neame
Uma professora em uma escola para
meninas inspira suas alunas com suas ideias sobre arte, música e política,
sendo que a última é baseada em noções românticas, que a levam a expressar admiração pelo fascismo italiano. Amorosamente envolvida com Teddy Lloyd (Robert Stephens), professor que se dedica a pintura, Jean tem um pequeno
círculo social de alunas que a adoram. Paralelamente, a senhorita MacKay (Celia Johnson), séria diretora da escola, desaprova a influência da professora, tendo
suspeitas sobre a impropriedade das suas ações. Oscar e BAFTA de
Melhor Atriz.
ALAIN DELON
Daniele Dominici em A PRIMEIRA NOITE de TRANQUILIDADE
Daniele Dominici em A PRIMEIRA NOITE de TRANQUILIDADE
(La Prima Notte di Quiete, 1972)
direção de Valerio Zurlini
direção de Valerio Zurlini
No
início dos anos 70, um angustiado professor de literatura, em crise no
casamento, envolve-se afetivamente com uma de suas alunas, numa tentativa de
preencher seu vazio existencial. Conhecido como “O Poeta da
Melancolia”, Zurlini teve uma carreira de apenas oito filmes, todos de grande qualidade. Esta obra-prima se tornou um marco na prolífica
carreira de Delon, cuja atuação brilhante rendeu excelentes elogios da
crítica.
Zurlini apresenta ecos de um movimento influente na época, o existencialismo. Filósofos como Albert Camus e Sartre escreveram sobre homens que vivem sem rumo, nômades ateus que escondem seu passado e ignoram seu futuro. Essas características definem o protagonista Dominici, um intelectual introvertido, cuja psique casa perfeitamente com o ideal do existencialismo. Maravilhoso sob todas as óticas, um filme inesquecível e indispensável.
Zurlini apresenta ecos de um movimento influente na época, o existencialismo. Filósofos como Albert Camus e Sartre escreveram sobre homens que vivem sem rumo, nômades ateus que escondem seu passado e ignoram seu futuro. Essas características definem o protagonista Dominici, um intelectual introvertido, cuja psique casa perfeitamente com o ideal do existencialismo. Maravilhoso sob todas as óticas, um filme inesquecível e indispensável.
JON VOIGHT
Pat Conroy em CONRACK
(Idem, 1974)
direção de Martin Ritt
direção de Martin Ritt
Numa pequena ilha na Carolina do Sul (EUA), vive uma comunidade
negra praticamente isolada do mundo. Em 1969, um novo professor chega à escola local, branco, recebido de modo pouco amistoso pela diretora negra. Logo na primeira aula, ele percebe a
falta de repertório das crianças, não somente em relação ao conhecimento
escolar como também em relação à vida.
Conrack (esse é o nome que os estudantes adotam para o professor, pois não sabem pronunciar a última sílaba do nome irlandês!) apresenta esse problema para a diretora, que responde de forma incisiva: “Crianças negras são lentas, elas só entendem o chicote e… querem o chicote!”. Aos poucos, ele conquista a confiança dos alunos e da comunidade, resgatando a autoestima de muitos.
Retrato sensível das mudanças sociais nos EUA no final dos anos 1960, com destaque para a infeliz Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis da minoria negra.
Conrack (esse é o nome que os estudantes adotam para o professor, pois não sabem pronunciar a última sílaba do nome irlandês!) apresenta esse problema para a diretora, que responde de forma incisiva: “Crianças negras são lentas, elas só entendem o chicote e… querem o chicote!”. Aos poucos, ele conquista a confiança dos alunos e da comunidade, resgatando a autoestima de muitos.
Retrato sensível das mudanças sociais nos EUA no final dos anos 1960, com destaque para a infeliz Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis da minoria negra.
6 comentários:
Tonho
Acrescente aí também o excelente A Caça e também Sociedade dos Poetas Mortos. Valem a pena, sem falar de dois reais, o americano Escritores da Liberdade, e o chinês Nenhum a Menos.
Abraços,
Gustavo A. Haun
Todos inesquecíveis. Acrescento ainda o professor determinado Jaime Escalante de "O preço do desafio" (1988).
Nunca te amei ganhou um remake de boa qualidade nos anos 90, estrelado por Albert Finney.
Fantástico!Muito bem escrito, descrito e explicado. Assisti a alguns, não a todos. Com certeza, o do Alain Delon(não me chamaria Miriam se perdesse um só filme estrelado por ele!Rs).Era lindo e bom ator. Mas o que eu gostava nele, não era a beleza, e sim, o charme e a expressão do olhar. A beleza de Alain Delon, a meu ver, era própria de uma mulher: rosto delicado demais,parecia o de uma boneca. O charme e a expressividade do olhar me balançavam!Adorava Doris Day! Linda,excelente atriz cômica e dramática. Linda voz, cantava muito bem. Glenn Ford, Audrey Hepburn, Jon Voight, Laurence Olivier, Simone Signoret, Jennifer Jones...bons, muito bons! Para mim, a medalha fica com Sidney Poitier,bonitão e cheio de charme. Ao Mestre com Carinho! Filme, interpretação, trilha sonora.
Na voz de Petula Clark, tudo MARAVILHA!Amei recordar todos eles. Obrigada, Nahud!
Fantástico!Muito bem escrito, descrito e explicado. Assisti a alguns, não a todos. Com certeza, o do Alain Delon(não me chamaria Miriam se perdesse um só filme estrelado por ele!Rs).Era lindo e bom ator. Mas o que eu gostava nele, não era a beleza, e sim, o charme e a expressão do olhar. A beleza de Alain Delon, a meu ver, era própria de uma mulher: rosto delicado demais,parecia o de uma boneca. O charme e a expressividade do olhar me balançavam!Adorava Doris Day! Linda,excelente atriz cômica e dramática. Linda voz, cantava muito bem. Glenn Ford, Audrey Hepburn, Jon Voight, Laurence Olivier, Simone Signoret, Jennifer Jones...bons, muito bons! Para mim, a medalha fica com Sidney Poitier,bonitão e cheio de charme. Ao Mestre com Carinho! Filme, interpretação, trilha sonora.
Na voz de Petula Clark, tudo MARAVILHA!Amei recordar todos eles. Obrigada, Nahud!
Maguinifico! Bem escrito e explicado. Assisti alguns, mais os assisti gostei muito
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