“Eu não
sou bonito. Eu costumava ser, mas não mais. Não como Robert Taylor. O que eu
tenho é caráter na cara. Foram necessárias muitas noites e muita bebida para
colocá-lo lá. Quando vou trabalhar em um filme, eu digo: ‘Não tire as rugas do
meu rosto. Deixe-as lá.” HUMPHREY
BOGART
“A única coisa que você deve ao público é um bom desempenho.”
HUMPHREY BOGART
Altura: 1,73 cm
Olhos: Castanhos
Cabelos: Castanhos
Apelido: Bogie, Harry e Bogey
Em 1999, o American Film Institute (AFI) o elegeu o Maior Astro de Todos os Tempos. Ele é insubstituível. Nunca haverá outro ator como ele. É um dos meus favoritos. Vi todos os seus filmes, muitos deles mais de uma vez. Mesmo em seus trabalhos menos interessantes, HUMPHREY BOGART (1899 – 1957. Nova York / EUA) aborda cada linha de diálogo com convicção e realismo, e muitas vezes menospreza o seu personagem insignificante com um sorriso irônico. No entanto, sempre levou seu trabalho a sério, sempre lutou por papéis melhores, sempre generoso com seus colegas atores e procurando os melhores diretores e roteiristas para trabalhar. Atuou em 73 filmes e morreu aos 57 anos de idade. Qual seria o seu momento mais extraordinário? Para muitos “Casablanca”, para outros “Uma Aventura na Martinica” ou “Uma Aventura na África”. Eu fico com o policial “Seu Último Refúgio”.
A atuação concentrada, o carisma e a intensa presença na tela o transformaram em astro. Um ator que fugia dos padrões de Hollywood. Era mais velho, mais baixo e mais feio do que os outros galãs de sua época, como Clark Gable, Tyrone Power, Cary Grant, Errol Flynn. Sobriamente elegante, como a maioria de seus personagens era franco, cáustico e mesmo ríspido. Não levava desaforo para casa e todas as formas de pretensão o exasperavam. Mesmo sem uma educação formal, leu um bocado (sabia de cor peças e sonetos de Shakespeare, vários diálogos de Platão) e fez-se amigo de escritores e intelectuais. Muitos atores, do francês Jean-Paul Belmondo ao indiano Ashok Kumar, garantem terem sido influenciados pelo seu estilo.
Quando era apenas um bebê, sua mãe, uma famosa ilustradora de revistas, o colocou em anúncios de comida infantil, projetados para fazê-lo parecer a criança mais adorável do mundo. O pai era um cirurgião viciado em ópio. A família vivia no luxo e HUMPHREY BOGART estudou em escolas de prestígio. Sem uma direção clara, alistou-se na Marinha, servindo na Europa com distinção. Em 1918, o barco onde estava foi atacado por submarinos e um fragmento de madeira rasgou sua boca, afetando sua maneira de falar para o resto da vida. Quando voltou para casa, seus pais estavam falidos. Ele então trabalhou como balconista e outros biscates até conseguir pequenos papéis no teatro.
Recusando-se a ter aulas de atuação, aprendeu no palco de tantas peças quanto pôde, assumindo qualquer papel disponível. Logo recebeu críticas favoráveis, embora mais tarde afirmasse que desprezava seus primeiros papéis. Durante esse período, se casou duas vezes: com as atrizes Helen Menken (1926 – 1927) e Mary Philips (1928 – 1937). Quando a Broadway entrou em crise no final dos anos 20, resolveu atuar em filmes. Fez primeiro um curta-metragem em Nova York, “The Dancing Town” (1928), estrelado por Helen Hayes. Suas credenciais na Broadway abriram portas em Hollywood, e ele assinou contrato com a Fox Films por US$ 750 por semana. Sua verdadeira estreia no cinema aconteceu em “Rio Acima / Up the River” (1930), de John Ford, ao lado do amigo Spencer Tracy.
Enfrentou um longo caminho até o topo, com filmes insignificantes e papéis menores. Além do trabalho em Hollywood, continuou fazendo teatro. Em 1935, conseguiu um papel com possibilidades: Duke Mantee, um sinistro e perigoso fugitivo da cadeia, na peça de Robert E. Sherwood “Floresta Petrificada”. O ator britânico Leslie Howard foi a estrela, mas o retrato ameaçador feito por HUMPHREY BOGART eletrizou o público e mudou o curso da sua vida para sempre. Para a versão cinematográfica na Warner Bros., Howard insistiu que o colega de palco fosse contratado. O filme foi um grande sucesso e a carreira do futuro astro estava lançada. Ainda assim, o estúdio não tinha pressa em promovê-lo ao status “A”, e ele foi escalado como segundo protagonista em uma série aparentemente interminável de filmes “B”.
Finalmente teve uma chance como estrela do brutal drama “Legião Negra / Black Legion” (1937), que se tornou um dos pontos altos do início da sua carreira. Em 1938, se casou pela terceira vez, com a atriz Mayo Methot, que conheceu no set de “Mulher Marcada / Marked Woman” (1937). Este casamento lhe custaria caro, à medida que o alcoolismo da esposa saiu de controle, levando a cenas violentas, infidelidades, acusações e recriminações. Mayo, uma atriz diagnosticada com esquizofrenia paranoica tentou suicídio durante esse relacionamento. Os relatos da união tempestuosa e dramática de sete anos tendem a considerá-la perigosa.
“A única coisa que você deve ao público é um bom desempenho.”
HUMPHREY BOGART
Altura: 1,73 cm
Olhos: Castanhos
Cabelos: Castanhos
Apelido: Bogie, Harry e Bogey
Em 1999, o American Film Institute (AFI) o elegeu o Maior Astro de Todos os Tempos. Ele é insubstituível. Nunca haverá outro ator como ele. É um dos meus favoritos. Vi todos os seus filmes, muitos deles mais de uma vez. Mesmo em seus trabalhos menos interessantes, HUMPHREY BOGART (1899 – 1957. Nova York / EUA) aborda cada linha de diálogo com convicção e realismo, e muitas vezes menospreza o seu personagem insignificante com um sorriso irônico. No entanto, sempre levou seu trabalho a sério, sempre lutou por papéis melhores, sempre generoso com seus colegas atores e procurando os melhores diretores e roteiristas para trabalhar. Atuou em 73 filmes e morreu aos 57 anos de idade. Qual seria o seu momento mais extraordinário? Para muitos “Casablanca”, para outros “Uma Aventura na Martinica” ou “Uma Aventura na África”. Eu fico com o policial “Seu Último Refúgio”.
A atuação concentrada, o carisma e a intensa presença na tela o transformaram em astro. Um ator que fugia dos padrões de Hollywood. Era mais velho, mais baixo e mais feio do que os outros galãs de sua época, como Clark Gable, Tyrone Power, Cary Grant, Errol Flynn. Sobriamente elegante, como a maioria de seus personagens era franco, cáustico e mesmo ríspido. Não levava desaforo para casa e todas as formas de pretensão o exasperavam. Mesmo sem uma educação formal, leu um bocado (sabia de cor peças e sonetos de Shakespeare, vários diálogos de Platão) e fez-se amigo de escritores e intelectuais. Muitos atores, do francês Jean-Paul Belmondo ao indiano Ashok Kumar, garantem terem sido influenciados pelo seu estilo.
Quando era apenas um bebê, sua mãe, uma famosa ilustradora de revistas, o colocou em anúncios de comida infantil, projetados para fazê-lo parecer a criança mais adorável do mundo. O pai era um cirurgião viciado em ópio. A família vivia no luxo e HUMPHREY BOGART estudou em escolas de prestígio. Sem uma direção clara, alistou-se na Marinha, servindo na Europa com distinção. Em 1918, o barco onde estava foi atacado por submarinos e um fragmento de madeira rasgou sua boca, afetando sua maneira de falar para o resto da vida. Quando voltou para casa, seus pais estavam falidos. Ele então trabalhou como balconista e outros biscates até conseguir pequenos papéis no teatro.
Recusando-se a ter aulas de atuação, aprendeu no palco de tantas peças quanto pôde, assumindo qualquer papel disponível. Logo recebeu críticas favoráveis, embora mais tarde afirmasse que desprezava seus primeiros papéis. Durante esse período, se casou duas vezes: com as atrizes Helen Menken (1926 – 1927) e Mary Philips (1928 – 1937). Quando a Broadway entrou em crise no final dos anos 20, resolveu atuar em filmes. Fez primeiro um curta-metragem em Nova York, “The Dancing Town” (1928), estrelado por Helen Hayes. Suas credenciais na Broadway abriram portas em Hollywood, e ele assinou contrato com a Fox Films por US$ 750 por semana. Sua verdadeira estreia no cinema aconteceu em “Rio Acima / Up the River” (1930), de John Ford, ao lado do amigo Spencer Tracy.
Enfrentou um longo caminho até o topo, com filmes insignificantes e papéis menores. Além do trabalho em Hollywood, continuou fazendo teatro. Em 1935, conseguiu um papel com possibilidades: Duke Mantee, um sinistro e perigoso fugitivo da cadeia, na peça de Robert E. Sherwood “Floresta Petrificada”. O ator britânico Leslie Howard foi a estrela, mas o retrato ameaçador feito por HUMPHREY BOGART eletrizou o público e mudou o curso da sua vida para sempre. Para a versão cinematográfica na Warner Bros., Howard insistiu que o colega de palco fosse contratado. O filme foi um grande sucesso e a carreira do futuro astro estava lançada. Ainda assim, o estúdio não tinha pressa em promovê-lo ao status “A”, e ele foi escalado como segundo protagonista em uma série aparentemente interminável de filmes “B”.
Finalmente teve uma chance como estrela do brutal drama “Legião Negra / Black Legion” (1937), que se tornou um dos pontos altos do início da sua carreira. Em 1938, se casou pela terceira vez, com a atriz Mayo Methot, que conheceu no set de “Mulher Marcada / Marked Woman” (1937). Este casamento lhe custaria caro, à medida que o alcoolismo da esposa saiu de controle, levando a cenas violentas, infidelidades, acusações e recriminações. Mayo, uma atriz diagnosticada com esquizofrenia paranoica tentou suicídio durante esse relacionamento. Os relatos da união tempestuosa e dramática de sete anos tendem a considerá-la perigosa.
Depois de
muitos filmes ruins e papéis inadequados, aconteceu algo que mudou tudo da
noite para o dia. Paul Muni, uma das estrelas da Warner Bros., estava em
declínio. Ele rescindiu impulsivamente seu contrato e deixou o estúdio, o que
deu a HUMPHREY BOGART uma chance para o topo de talentos da produtora. O
canastrão George Raft, outra estrela do estúdio, conhecido por laços com o
crime organizado, especialmente com “Bugsy” Siegel, um notório gangster que
estava tentando influenciar Hollywood, recusava um papel após o outro com
explicações fajutas. Era a hora e a vez para uma “nova cara”. Quando Raoul
Walsh recebeu o roteiro de “Seu Último Refúgio”, Raft rejeitou o bandido
que morre no final. Com Paul Muni fora de cena, BOGART ficou com o papel
protagonista, o insano criminoso Roy “Mad Dog” Earle.
Dirigido com intensidade e aproveitando muitas filmagens em locações para aumentar o realismo, o policial foi um êxito e se tornou um clássico. Depois veio mais uma chance de qualidade com “O Falcão Maltês” (1941), o primeiro filme de John Huston como diretor. Mais uma vez, Raft recebeu primeiro o convite para protagonizar o filme e, mais uma vez, recusou, o que aliviou Huston, que mais tarde disse: “Fiquei feliz”. Muito já foi escrito sobre esse policial com orçamento modesto e cronograma de filmagem apertado. Com HUMPHREY BOGART como Sam Spade, o famoso detetive particular de Dashiell Hammett e um elenco sólido, incluindo Sydney Greenstreet, em seu primeiro papel no cinema, Mary Astor e Peter Lorre. Foi concluído em 34 dias, dois dias antes do previsto e abaixo do orçamento. Recebeu ótimas críticas.
Pouco depois surgiria o drama que se tornaria um de seus projetos mais icônicos: “Casablanca”, dirigido por Michael Curtiz. Embora George Raft tenha sido considerado para o papel de Rick Blaine, um solitário e misterioso dono de um café, o produtor Hal B. Wallis e Curtiz foram contra a indicação. Originalmente intitulado “Everybody Comes to Rick's”, foi uma espécie de azarão para a Warner Bros. Mistura perfeita de romantismo e patriotismo, ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado para Julius J. e Philip G. Epstein. Marcou a primeira indicação de HUMPHREY BOGART ao Oscar de Melhor Ator. Na época, seu casamento já estava em ruínas há muito tempo, e a fúria vulcânica da esposa, juntamente com seu alcoolismo crônico, deixava o ator sem saber o que fazer. Esse problema foi resolvido com as filmagens de “Uma Aventura na Martinica”, de Howard Hawks, baseado em história de Ernest Hemingway, que o colocou ao lado de Lauren Bacall aos 19 anos. Foi amor à primeira vista. Eles se apaixonaram perdidamente.
Dirigido com intensidade e aproveitando muitas filmagens em locações para aumentar o realismo, o policial foi um êxito e se tornou um clássico. Depois veio mais uma chance de qualidade com “O Falcão Maltês” (1941), o primeiro filme de John Huston como diretor. Mais uma vez, Raft recebeu primeiro o convite para protagonizar o filme e, mais uma vez, recusou, o que aliviou Huston, que mais tarde disse: “Fiquei feliz”. Muito já foi escrito sobre esse policial com orçamento modesto e cronograma de filmagem apertado. Com HUMPHREY BOGART como Sam Spade, o famoso detetive particular de Dashiell Hammett e um elenco sólido, incluindo Sydney Greenstreet, em seu primeiro papel no cinema, Mary Astor e Peter Lorre. Foi concluído em 34 dias, dois dias antes do previsto e abaixo do orçamento. Recebeu ótimas críticas.
Pouco depois surgiria o drama que se tornaria um de seus projetos mais icônicos: “Casablanca”, dirigido por Michael Curtiz. Embora George Raft tenha sido considerado para o papel de Rick Blaine, um solitário e misterioso dono de um café, o produtor Hal B. Wallis e Curtiz foram contra a indicação. Originalmente intitulado “Everybody Comes to Rick's”, foi uma espécie de azarão para a Warner Bros. Mistura perfeita de romantismo e patriotismo, ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado para Julius J. e Philip G. Epstein. Marcou a primeira indicação de HUMPHREY BOGART ao Oscar de Melhor Ator. Na época, seu casamento já estava em ruínas há muito tempo, e a fúria vulcânica da esposa, juntamente com seu alcoolismo crônico, deixava o ator sem saber o que fazer. Esse problema foi resolvido com as filmagens de “Uma Aventura na Martinica”, de Howard Hawks, baseado em história de Ernest Hemingway, que o colocou ao lado de Lauren Bacall aos 19 anos. Foi amor à primeira vista. Eles se apaixonaram perdidamente.
bogart e lauren bacall |
A essa altura, a situação em casa havia se tornado insustentável. Bebendo mais do que o normal, ele começou a faltar ao trabalho à medida que seu romance com Bacall florescia, enquanto suas brigas ininterruptas com Mayo se transformavam em um pesadelo. O filme de Hawks teve uma filmagem longa e as ausências do astro se tornaram um problema. Ele estava com 45 anos e preso em um casamento indo pelo ralo. HUMPHREY BOGART já havia saído de casa há muito tempo e morava em um quarto no Beverly Wilshire Hotel, desesperado e sozinho. Sem companhia, entrou em uma bebedeira épica. O único ponto positivo nessa turbulência foi que Mayo finalmente concordou com o divórcio, e o casal enamorado se casou em uma cerimônia simples em 21 de maio de 1945. Permaneceram juntos até a morte dele.
Em 1948, ele conseguiu um dos melhores papéis de sua carreira em “O Tesouro de Sierra Madre”, de John Huston, como um vagabundo deprimido que procura ouro nas montanhas mexicanas. Rodado em Durango e em Tampico, no México, as filmagens duraram mais de cinco meses. O custo foi de US$ 2,5 milhões, mas arrecadou US$ 4 milhões no lançamento e se tornou um dos maiores sucessos do ano. Rendeu a Huston dois Oscars: um pela direção e outro pelo roteiro adaptado. Walter Huston, seu pai, recebeu o Oscar de ator coadjuvante. Houve controvérsia sobre HUMPHREY BOGART não ter sido indicado para Melhor Ator. Logo após, Huston dirigiu outro clássico com o ator, “Paixões em Fúria”, um dos últimos grandes filmes de gangster.
Em 1947, o ator deu um passo importante, que muitos outros viriam a imitar nos anos que se seguiram. Cansado de brigar com o poderoso Jack Warner, formou sua própria produtora, a Santana Productions (nomeada em homenagem ao seu iate, o Santana, que adorava capitanear), e começou a produzir filmes por conta própria. Os resultados, no entanto, foram pouco animadores. Depois de três longas medíocres, tirou a sorte grande com “No Silêncio da Noite”, de Nicholas Ray, um drama cínico sobre Hollywood e com Gloria Grahame em uma de suas melhores atuações. Vários amigos sentiram que o filme foi o que mais se aproximou de retratar o verdadeiro HUMPHREY BOGART: impetuoso, desconfiado dos falsos, subitamente irritado e talentoso, mas problemático. É um filme intenso e profundamente satisfatório.
bogart e john huston |
Em 1954, assumiu o papel desafiador de um capitão incompetente em “A Nave da Revolta / The Caine Mutiny”, de Edward Dmytryk, do best-seller de Herman Wouk. É uma de suas melhores atuações e rendeu uma terceira indicação ao Oscar de Melhor Ator. Nos seus últimos anos de vida, trabalhou em bons filmes: a charmosa comédia “Sabrina” (1954), dirigida por Billy Wilder, na qual interpreta o papel romântico ao lado de Audrey Hepburn; o drama pessimista de Joseph L. Mankiewicz, “A Condessa Descalça”, contracenando com Ava Gardner; “Horas de Desespero” (1955), de William Wyler; e seu último filme, o amargo drama de boxe de Mark Robson, “A Trágica Farsa / The Harder They Fall” (1956). Nesta altura, ele era um homem acabado. Fumava dois maços de Chesterfield por dia e bebia em excesso há décadas. Do início dos anos 1950 em diante, sua tosse crônica tornou-se um problema, pois ele explodia em espasmos durante as filmagens. Sua doença era um fato, e ele foi diagnosticado com câncer de esôfago em 1956. Fez uma cirurgia para retirar dois linfonodos, porém o câncer continuou se espalhando e não havia nada mais a fazer.
Pavio curto, na selva das cidades ninguém mais parecia ter sua coragem. Primeiro mocinho existencial da tela, justiceiro melancólico e amargurado. Igual têmpera manteve em outros gêneros, com variáveis doses de ceticismo, cinismo, estoicismo e compaixão. Como não admirar um sujeito que preferia perder a mulher amada e o emprego a abrir mão de suas convicções? Ele seguia a escola de atuação de Spencer Tracy: “chegue na hora certa, conheça suas falas, acerte seus alvos, olhe a outra pessoa nos olhos e diga com verdade”. Ele nunca teve aulas de atuação; em vez disso, olhou para dentro de si mesmo e encontrou sua verdadeira personalidade na tela, e então a perseguiu filme após filme, moldando-se em personagens inesquecíveis na história do cinema. Durão, insolente, inteligente, perspicaz, confiante, áspero; este era o HUMPHREY BOGART que o público conhecia e amava. Ele inventou a si mesmo. E em sua arte, sua vida e seu ofício se fundiram.
FONTES
“Bogie: a
Biografia de Humphrey Bogart” (1966)
de Joe Hyams;
“Bogart: Em Busca de Meu Pai” (1995)
de Stephen Humphrey Bogart;
“Bogart: uma Vida em Hollywood” (1997)
de Jeffrey Meyers;
“Por Dentro da Warner Bros. 1935–1951” (1985)
de Rudy Behlmer;
“Por mim Mesmo” (1979)
de Lauren Bacall.
de Joe Hyams;
“Bogart: Em Busca de Meu Pai” (1995)
de Stephen Humphrey Bogart;
“Bogart: uma Vida em Hollywood” (1997)
de Jeffrey Meyers;
“Por Dentro da Warner Bros. 1935–1951” (1985)
de Rudy Behlmer;
“Por mim Mesmo” (1979)
de Lauren Bacall.
15 FILMES
de BOGART
(por ordem de preferência)
(por ordem de preferência)
01
direção
de Raoul Walsh
elenco: Ida Lupino, Arthur Kennedy e Joan Leslie
02elenco: Ida Lupino, Arthur Kennedy e Joan Leslie
direção
de John Huston
elenco: Walter Huston e Tim Holt
elenco: Walter Huston e Tim Holt
03
direção
de John Huston
elenco: Mary Astor, Gladys George, Peter Lorre
elenco: Mary Astor, Gladys George, Peter Lorre
e Sydney Greenstreet
04
direção
de Michael Curtiz
elenco: Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains,
elenco: Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains,
Conrad Veidt e
Peter Lorre
05
direção
de Howard Hawks
elenco: Lauren Bacall e Walter Brennan
elenco: Lauren Bacall e Walter Brennan
06
direção
de Nicholas Ray
elenco: Gloria Grahame
elenco: Gloria Grahame
07
direção
de John Huston
elenco: Katharine Hepburn e Robert Morley
elenco: Katharine Hepburn e Robert Morley
08
direção
de Delmer Daves
elenco: Lauren Bacall e Agnes Moorehead
elenco: Lauren Bacall e Agnes Moorehead
09
direção
de Raoul Walsh
elenco: James Cagney, Priscilla Lane e Gladys George
elenco: James Cagney, Priscilla Lane e Gladys George
direção
de John Huston
elenco: Edward G. Robinson, Lauren Bacall, Lionel Barrymore
elenco: Edward G. Robinson, Lauren Bacall, Lionel Barrymore
e Claire Trevor
11
direção
de Joseph L. Mankiewicz
elenco: Ava Gardner, Edmond O`Brien, Valentina Cortese
elenco: Ava Gardner, Edmond O`Brien, Valentina Cortese
e Rossano Brazzi
12
direção
de Howard Hawks
elenco: Lauren Bacall e Dorothy Malone
elenco: Lauren Bacall e Dorothy Malone
13
direção
de Raoul Walsh
elenco: George Raft, Ann Sheridan, Ida Lupino
elenco: George Raft, Ann Sheridan, Ida Lupino
e Alan Hale
14
direção
de Billy Wilder
elenco: Audrey Hepburn, William Holden e Martha Hyer
elenco: Audrey Hepburn, William Holden e Martha Hyer
15
HORAS de
DESESPERO
(The Desperate Hours, 1955)
(The Desperate Hours, 1955)
direção
de William Wyler
elenco: Fredric March, Arthur Kennedy e Martha Scott
elenco: Fredric March, Arthur Kennedy e Martha Scott
GALERIA de FATOS
7 comentários:
"Sempre Teremos Paris"
Casablanca.
Ficava bem ao lado de Ingrid Bergman, Mary Astor, e, até mesmo de James Cagney!...😃
O feio mais charmoso do mundo.
Bonito excelente Ator.
Olhar firme penetrante.
Um dos meus favoritos.
Maravilhoso, li a biografia da Lauren B.
Não sou um fã de filmes clássicos como o amigo, sou da geração anos 80/90 - tiro, porrada e bomba. mas sempre gostei do Bogart, realmente é um dos melhores atores de todos os tempos. Casablanca é disparado o melhor filme dele, o clássico dos clássicos. Gostei de Sabrina também, aliás, ele me lembra muito Harrison Ford.
Casa Blanca um dos grandes filmes com este Ator
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