“Aprendi mais sobre amor, abnegação e compreensão humana das
pessoas que conheci nesta grande aventura no mundo da AIDS do que jamais fiz no
mundo competitivo e cruel em que passei minha vida.”
[declaração feita poucos dias antes de sua morte]
Apelido: Tony
Altura: 1,88 cm
Olhos: Castanhos escuros
Cabelos: Negros
Existem atores com uma excelente carreira no cinema que são recordados por causa de um único filme. ANTHONY PERKINS (1932 - 1992. Nova Iorque, EUA) foi um
deles. Nasceu no mesmo ano em que o pai, Osgood Perkins, atuou em seu filme de maior sucesso, o
clássico “Scarface - A Vergonha de uma Nação / Scarface” (1932). Cinco anos
depois, ficou órfão de pai e passou a ser criado pela mãe, a quem definiu
como uma pessoa possessiva e problemática. Teve problemas emocionais desde muito novo, o que o levou a submeter-se por várias vezes a tratamentos
específicos.
Subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos. Após passagem na Broadway, substituindo John Kerr em “Chá e Simpatia”, ao lado da estrela Joan Fontaine, ele foi contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer para atuar em uma ótima comédia de George Cukor. A despeito das críticas favoráveis recebidas por seu desempenho, só voltou a receber um novo convite, para atuar no cinema, três anos depois. Durante esse período, entretanto, participou de mais de dez episódios de séries televisivas.
Subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos. Após passagem na Broadway, substituindo John Kerr em “Chá e Simpatia”, ao lado da estrela Joan Fontaine, ele foi contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer para atuar em uma ótima comédia de George Cukor. A despeito das críticas favoráveis recebidas por seu desempenho, só voltou a receber um novo convite, para atuar no cinema, três anos depois. Durante esse período, entretanto, participou de mais de dez episódios de séries televisivas.
Especializado em personagens neuróticos ou atormentados, conseguiu
uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo quaker Josh, em crise moral durante a Guerra Civil, no clássico “Sublime Tentação”,
de William Wyler. Ao aceitar proposta do mestre do suspense Alfred Hitchcock
para fazer o psicopata Norman Bates em “Psicose”, converteu-se em uma celebridade
mundial, ficando marcado pelo papel para o bem e para o mal. Esteve tão ligado a
esse personagem que o retomaria em mais três sequências.
“Eu acho que é o meu papel favorito. É o Hamlet dos papéis de
terror, e você nunca pode se cansar de Norman Bates. É sempre interessante.”,
disse o ator. E mais: “Eu tenho afeição por Norman como pessoa. Ele faz o
melhor que pode nas circunstâncias diminutas com que sua personalidade o
abandonou, e a infância de Norman foi difícil e traumática. Norman é, no fundo,
uma alma benevolente, com um lado sombrio, mas a mente consciente de Norman
está sempre nas coisas positivas da vida.” Muitos críticos acharam na época que
ele merecia ter ganhado o Oscar por sua magnífica interpretação, mas não chegou
nem a ser indicado ao famoso prêmio.
O livro de Charles Winecoff, “Anthony Perkins: Split Image” (1996), retrata a juventude de ANTHONY PERKINS, sua homossexualidade, seu posterior uso
de drogas e a vida familiar. De acordo com a biografia, o ator contraiu o vírus da Aids na época
de “Psicose 3 / Psycho III” (1986) e manteve a doença em segredo até o
fim, para que pudesse continuar trabalhando e não preocupar seus amigos e filhos.
No ano de sua morte participou de dois filmes, sendo um para a TV. A única
pessoa que sabia que ele estava doente era a esposa, Berry Berenson,
irmã da atriz Marisa Berenson. De sua união com Berry, teve dois filhos:
Osgood, que seguiu a carreira de ator, e Elvis Perkins, que se tornou músico. Em
11 de setembro de 2001, a viúva foi uma das 58 vítimas do voo AA-11, de Boston,
derrubado por terroristas contra a Torre Norte do World Trade Centre, em Nova
York.
Ele foi indicado duas vezes ao Tony Award de teatro. Em 1958, como Melhor
Ator (Dramático) por “Look Homeward, Angel”, e em 1960, como Melhor Ator
(Musical) por “Greenwillow”. Sua performance como Norman Bates está em 4º lugar
na lista dos 100 Melhores Personagens de Todos os Tempos da revista “Premiere”.
ANTHONY PERKINS não fez sexo com uma mulher até os 39 anos de idade, perdendo a
virgindade - segundo a revista “People” – com a atriz Victoria Principal em
1971. “Eu tinha fantasias loucas, mas minha experiência erótica era em grande
parte solitária. Ao longo do caminho tive encontros homossexuais, mas esse tipo
de sexo sempre me pareceu irreal e insatisfatório. E eu nunca havia feito sexo
com uma mulher - o simples pensamento disso me aterrorizava.”, confessou em
entrevista.
De acordo com a autobiografia do astro Tab Hunter, eles tiveram um
relacionamento em meados da década de 1950. Os dois saíam no mesmo carro para
jantar, cada qual com sua garota, e tão logo se viam longe dos olhares
curiosos, dispensavam as moças e iam para casa juntos. Além de Tab, ANTHONY
PERKINS teve casos com uma longa lista de celebridades do sexo masculino: Rock
Hudson, Troy Donahue, Rudolf Nureyev, Leonard Bernstein, James Dean, Stephen
Sondheim etc. Viveu com o dançarino-coreógrafo Grover Dale por seis anos. Em Hollywood nunca
foi novidade que o astro era gay.
Entre 1962 e 1971, desenvolveu uma bela carreira na Europa, atuando sob a direção de cineastas do porte de Claude Chabrol, André Cayatte, René Clèment, Anatole Litvak, Jules Dassin, Orson Welles, entre outros. Em 1973, co-escreveu o roteiro de “O Fim de Sheila / The Last of Sheila”, juntamente com seu namorado Stephen Sondheim, tendo sido agraciado com o Prêmio Edgar Allan Poe. Em 1974, apareceu na Broadway ao lado de Mia Farrow, na peça “Romantic Comedy”, de Bernard Slade. Na década de 80, sua carreira decaiu, protagonizando filmes medíocres, sendo exceção “Crimes de Paixão / Crimes of Passion” (1985), de Ken Russell.
No final da vida, passou a ser notícia nos tabloides de
escândalos, devido a boatos sobre a sua sexualidade. O ator sofria duramente com sua homossexualidade e tinha ataques de pânico ao contracenar com atrizes em cenas sensuais. Mergulhado nas drogas, foi
preso no aeroporto de Heathrow, em Londres, em 1984, por posse de oito gramas
de maconha e três pontos de LSD. Em 1989, foi preso novamente no Angel Hotel,
em Cardiff, por importar ilegalmente 1,3 gramas de maconha. Era também
criticado por frequentar lojas de pornografia e cinemas gays de sexo
descartável.
Sensível e inteligente, ANTHONY PERKINS sofreu bastante ao longo
da vida, quer no campo pessoal quer no profissional, no qual foi usado (e
abusado) pelos tubarões de Hollywood que o obrigaram a desempenhar papeis que
ele sabia de antemão não terem qualquer valor artístico, conforme desabafou
mais tarde numa entrevista.
15 PERSONAGENS
(por ordem de preferência)
01
Norman Bates em
PSICOSE
Direção de Alfred Hitchcock
Elenco: Vera Miles, John Gavin, Janet
Leigh
e Martin Balsam
e Martin Balsam
02
Jim Piersall em
VENCENDO o MEDO
Direção de Robert Mulligan
Elenco: Karl Malden e Norma Monroe
03
Sargento Warren em
PARIS ESTÁ em CHAMAS?
Direção de René Clément
Elenco: Jean-Paul Belmondo, Charles Boyer,
Leslie Caron,
Alain Delon, Kirk Douglas, Glenn Ford,
Yves Montand, Simone Signoret, Michel Piccoli,
Jean-Louis Trintignant e Orson Welles
Alain Delon, Kirk Douglas, Glenn Ford,
Yves Montand, Simone Signoret, Michel Piccoli,
Jean-Louis Trintignant e Orson Welles
04
Alexis em
PROFANAÇÃO
Direção de Jules Dassin
Elenco: Melina Mercouri e Raf Vallone
05
Josh Birdwell em
SUBLIME TENTAÇÃO
Direção de William Wyler
Elenco: Gary Cooper e Dorothy McGuire,
06
Josef K. em
O PROCESSO
Direção de Orson Welles
Elenco: Jeanne Moreau, Romy Schneider, Elsa Martinelli
e Akim Tamiroff.
e Akim Tamiroff.
07
Philip Van der Besh em
MAIS uma VEZ ADEUS
Direção de Anatole Litvak
Elenco: Ingrid Bergman, Yves Montand, Jessie Joyce Landis,
Michèle Mercier e Diahann Carroll
Michèle Mercier e Diahann Carroll
Melhor Ator no Festival de Cannes
08
Eben em
DESEJO
Direção de Delbert Mann
Elenco: Sophia Loren e Burl Ives
09
Joseph Dufresne em
TERRA CRUEL
Direção de René Clément
Elenco: Silvana Mangano, Richard Conte, Jo Van Fleet,
Alida Valli e Yvonne Samson
Alida Valli e Yvonne Samson
10
Dennis Pitt em
O DESPERTAR AMARGO
Direção de Noel Black
Elenco: Tuesday Weld
11
Xerife Ben Owens em
O HOMEM dos OLHOS FRIOS
Direção de Anthony Mann
Elenco: Henry Fonda e Betsy Palmer
12
Neil Curry em
LEMBRE meu NOME
Direção de Alan Rudolph
Elenco: Geraldine Chaplin, Berry Berenson,
Jeff Goldblum
e Alfre Woodard
e Alfre Woodard
13
B. Z. em
O DESTINO que DEUS me DEU
Direção de Frank Perry
Elenco: Tuesday Weld
14
Christopher Belling em
O ESCÂNDALO
Direção de Claude Chabrol
Elenco: Maurice Ronet, Yvonne Furneaux e
Stéphane Audran
15
Fred Whitmarsh em
PAPAI NÃO QUER
Direção de George Cukor
Elenco: Spencer Tracy, Jean Simmons e
Teresa Wright
GALERIA de FOTOS
16 comentários:
Lembro dele também como o secretário sensível e apaixonado pela ex-patroa que teve a filha sequestrada em "Assassinato no Expresso do Oriente".
Como não vi outros filmes com ele, pra mim ele é "o que fez Norman Bates" .
Acontece muito isso, né?
E acho irreversível, principalmente qdo ficam muito tempo em um único personagem .
Caso das inúmeras sequências e das longas séries.
Era também cantor... Cantava lindamente. Teve uma vida entre altos e baixos sofria de depressão, dizem que era um homem triste, apesar de bonito e talentoso!
Norman Bates tornou-se alterego de Anthony
Grande ATOR
Verdade. So lembro Psicose
Sensacional e completo
Qdo o papel supera o homem. Ele foi magistral!
Amo! Vi Psycho muitas vezes!
Uma graça!
Psicose é um dos meus filmes favoritos e Perkins era um grande ator.
Trabalhou com grandes artistas, Sofia Loren, Melina Mercuri
Será sempre lembrado por Psicose , Norman Bates . Mas , lembro dele em Sublime Obsessão , tbém .
Não tenho certeza mas acho q foi sua estreia no cinema, música linda do filme
Era meio estranho
SUBLIME OBSESSÃO..ATÉ HOJE ASSISTO..TENHO O FILME..AMO A MÚSICA !
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