SEAN CONNERY
(1930 - 2020. Edimburgo / Escócia)
01
007 – CONTRA o SATÂNICO Dr. NO
02
MOSCOU CONTRA OO7
03
007 – CONTRA GOLDFINGER
04
007 – CONTRA a CHANTAGEM ATÔMICA
05
Com 007 SÓ se VIVE duas VEZES
06
007 – os DIAMANTES são ETERNOS
07
OO7 – NUNCA MAIS OUTRA VEZ
GEORGE LAZENBY
(1939. Goulburn, New South Wales
/ Austrália)
01
007 - a SERVIÇO SECRETO de sua MAJESTADE
007 - a SERVIÇO SECRETO de sua MAJESTADE
(On Her Majesty's Secret Service, 1969)
ROGER MOORE
(1927 – 2017. Stockwell, Londres / Inglaterra)
01
Com 007 VIVA e DEIXE MORRER
Com 007 VIVA e DEIXE MORRER
(Live and Let Die, 1973)
02
007 CONTRA o HOMEM com a PISTOLA de OURO
007 CONTRA o HOMEM com a PISTOLA de OURO
(The Man with the Golden Gun, 1974)
03
007: o ESPIÃO que me AMAVA
007: o ESPIÃO que me AMAVA
(The Spy Who Loved Me, 1977)
04
007 CONTRA o FOGUETE da MORTE
007 CONTRA o FOGUETE da MORTE
(Moonraker, 1979)
05
007 - SOMENTE para SEUS OLHOS
007 - SOMENTE para SEUS OLHOS
(For Your Eyes Only, 1981)
06
007 CONTRA OCTOPUSSY
007 CONTRA OCTOPUSSY
(Octopussy, 1983)
07
007 - na MIRA dos ASSASSINOS
007 - na MIRA dos ASSASSINOS
(A View to a Kill, 1985)
TIMOTHY DALTON
(1946. Colwyn Bay, Wales / Reino Unido)
01
007 MARCADO para a MORTE
007 MARCADO para a MORTE
(The Living Daylights, 1987)
02
007 - PERMISSÃO para MATAR
007 - PERMISSÃO para MATAR
(Licence to Kill, 1989)
PIERCE BROSNAN
(1953. Drogheda, County Louth / Irlanda)
01
007 CONTRA GOLDENEYE
007 CONTRA GOLDENEYE
(GoldenEye, 1995)
02
007 - o AMANHÃ NUNCA MORRE
007 - o AMANHÃ NUNCA MORRE
(Tomorrow Never Dies, 1997)
03
007 - o MUNDO NÃO é o BASTANTE
007 - o MUNDO NÃO é o BASTANTE
(The World Is Not Enough, 1999)
04
007 - um NOVO DIA para MORRER
007 - um NOVO DIA para MORRER
(Die Another Day, 2002)
DANIEL CRAIG
(1968. Chester, Cheshire /
Inglaterra)
01
007: CASSINO ROYALE
007: CASSINO ROYALE
(Casino Royale, 2006)
02
007 - QUANTUM of SOLACE
007 - QUANTUM of SOLACE
(Quantum of Solace, 2008)
03
007 - OPERAÇÃO SKYFALL
007 - OPERAÇÃO SKYFALL
(Skyfall, 2012)
04
007 CONTRA SPECTRE
007 CONTRA SPECTRE
(Spectre, 2015)
entrevista
O JAMES BOND DEFINITIVO
Enquanto James Bond era um ricaço formado em Oxford, que parecia
perfeitamente confortável dirigindo seu Aston Martin, vestindo ternos de
Saville Row e bebendo vodka martinis “batidas, não mexidas”, SEAN CONNERY é um escocês que prefere cerveja, nascido numa família da classe trabalhadora
de Edimburgo. Por anos, o ator se sentiu aprisionado por uma imagem que
impediu muitos cineastas de trabalharem com ele, por temer que o público não
tirasse da mente o agente fictício de Ian Fleming. É claro que, com “O Homem
que Queria ser Rei” e “Os Intocáveis” (pelo qual ganhou um Oscar), tornou-se muito mais do que Bond. Nessa entrevista, conta sua trajetória.
Como é a sensação de ter sido quem transformou Bond em um ícone cultural ?
Eu odiava Bond. Fiquei terrivelmente deprimido por anos, pensando
em como Bond havia tomado minha vida. Digo, não é que eu não gostasse do
dinheiro que ganhei ou de toda a atenção que eu estava recebendo, eu só me
sentia frustrado por ser identificado constantemente com esse personagem – o
que, se você é um ator sério, é tipo a morte. Eu me senti preso. Mas era tudo o
que o público queria me ver fazendo, e passei anos tentando convencer os
cineastas de que eu poderia quebrar a imagem de Bond. Pensei que havia matado
minha carreira ao ter passado muito tempo com um mesmo personagem – durante os
anos 70, nenhum de meus amigos ousava tocar nesse assunto, porque eu estava
realmente amargurado. Mas então fui capaz de reverter esse processo atuando nos
papéis que pensei que iria atuar com trinta ou quarenta e poucos anos. Afinal
das contas, fiz as pazes com Bond. Ele é tipo um velho camarada que se parecia
comigo.
Qual tipo de características pessoais você acha que “trouxe” para
Bond?
Você tem de ser você mesmo nesse mundo. Se você não é, então não
quero conhecê-lo. Eu não sacaneio as pessoas e não faço intriga sobre elas
pelas costas. Chame isso de minha natureza escocesa ou do que preferir, mas eu
mantenho minha palavra, o que é uma comodidade bastante traiçoeira na indústria
cinematográfica. É por isso que processei quase todos os grandes estúdios de
Hollywood, exceto Paramount. Acho que, se você me traiu, se você roubou o
dinheiro que eu deveria ter ganho de acordo com nosso contrato, então você
merece ser preso. É bem simples… Eu prefiro acreditar na integridade dos outros
homens. É aí que eu penso na vantagem que as mulheres sobre os homens – elas
são bem mais leais aos próprios sentimentos e tem maior consideração pelos
outros. O homem é uma espécie mais implacável.
Como é que dois produtores norte-americanos, Cubby Broccoli e
Harry Saltzman, decidiram oferecer para você o papel de James Bond?
Eles me procuraram após perceberem que não tinham dinheiro o
suficiente para contratar uma celebridade como David Niven ou Richard Burton
para interpretar Bond. Eles tinham apenas um orçamento de umas 500.000 libras,
e eu ganharia 6.000 libras. Eles queriam que eu fizesse uma audição e alguns
testes, porque Ian Fleming (o autor dos livros) tinha o direito de recusar o
homem que eles escolhessem como Bond. Mas eu recusei porque detestava a ideia
de fazer teste. Disse que havia trabalhado no
teatro e que havia feito vários filmes, e que essas eram minhas qualificações,
gostassem ou não. Então pediram que eu conhecesse Ian Fleming. Nós nos
damos bem e o papel foi meu.
Como era Ian Fleming?
Ele era meio esnobe, mas cheio de energia e de entusiasmo. Tinha
vivido uma vida bem interessante e passado por várias situações exóticas.
Muitas das situações pelas quais Bond passou foram baseadas em suas próprias
experiências. É claro que ele exagerou, mas tinha um conhecimento incrível das
últimas tecnologias e das técnicas de espionagem, que o ajudaram a dar uma base
concreta para Bond. Bond era uma composição dele mesmo e de um amigo com quem
estudou em Eton. Bond foi escrito originalmente como um ricaço inglês que
falava com um acento britânico bem aristocrático. Eu não tinha nada a ver com
isso, mas Fleming gostou de mim e pensou que eu poderia adicionar
algum tempero ao papel. Acho que, no fundo, queria Cary Grant como Bond, mas Grant havia se aposentado e contratá-lo teria custado
milhões.
E como classificaria James Bond?
Como um sexy filho da puta!