setembro 28, 2018

************** MEU NOME é BOND. JAMES BOND!




SEAN CONNERY
(1930 - 2020. Edimburgo / Escócia)
 
01
007 – CONTRA o SATÂNICO Dr. NO
(Dr. No, 1962)
 
02
MOSCOU CONTRA OO7
(From Russia with Love, 1963)

03
007 – CONTRA GOLDFINGER
(Goldfinger, 1964)

04
007 – CONTRA a CHANTAGEM ATÔMICA
(Thunderball, 1965)

05
Com 007 SÓ se VIVE duas VEZES
(You Only Live Twice, 1967)

06
007 – os DIAMANTES são ETERNOS
(Diamonds Are Forever, 1971)

07
OO7 – NUNCA MAIS OUTRA VEZ
 (Never Say Never Again, 1983)

GEORGE LAZENBY
(1939. Goulburn, New South Wales / Austrália)

01
007 - a SERVIÇO SECRETO de sua MAJESTADE
(On Her Majesty's Secret Service, 1969)

ROGER MOORE
(1927 – 2017. Stockwell, Londres / Inglaterra)

01
Com 007 VIVA e DEIXE MORRER
(Live and Let Die, 1973)

02
007 CONTRA o HOMEM com a PISTOLA de OURO
(The Man with the Golden Gun, 1974)

03
007: o ESPIÃO que me AMAVA
(The Spy Who Loved Me, 1977)

04
007 CONTRA o FOGUETE da MORTE
(Moonraker, 1979)

05
007 - SOMENTE para SEUS OLHOS
(For Your Eyes Only, 1981)

06
007 CONTRA OCTOPUSSY
(Octopussy, 1983)

07
007 - na MIRA dos ASSASSINOS
(A View to a Kill, 1985)

TIMOTHY DALTON
(1946. Colwyn Bay, Wales / Reino Unido)

01
007 MARCADO para a MORTE
(The Living Daylights, 1987)

02
007 - PERMISSÃO para MATAR
(Licence to Kill, 1989)

PIERCE BROSNAN
(1953. Drogheda, County Louth / Irlanda)

01
007 CONTRA GOLDENEYE
(GoldenEye, 1995)

02
007 - o AMANHÃ NUNCA MORRE
 (Tomorrow Never Dies, 1997)
           
03
007 - o MUNDO NÃO é o BASTANTE
(The World Is Not Enough, 1999)
           
04
007 - um NOVO DIA para MORRER
(Die Another Day, 2002)

DANIEL CRAIG
(1968. Chester, Cheshire / Inglaterra)

01
007: CASSINO ROYALE
 (Casino Royale, 2006)

02
007 - QUANTUM of SOLACE
(Quantum of Solace, 2008)

03
007 - OPERAÇÃO SKYFALL
(Skyfall, 2012)

04
007 CONTRA SPECTRE
(Spectre, 2015)

entrevista
O JAMES BOND DEFINITIVO


Enquanto James Bond era um ricaço formado em Oxford, que parecia perfeitamente confortável dirigindo seu Aston Martin, vestindo ternos de Saville Row e bebendo vodka martinis “batidas, não mexidas”, SEAN CONNERY é um escocês que prefere cerveja, nascido numa família da classe trabalhadora de Edimburgo. Por anos, o ator se sentiu aprisionado por uma imagem que impediu muitos cineastas de trabalharem com ele, por temer que o público não tirasse da mente o agente fictício de Ian Fleming. É claro que, com “O Homem que Queria ser Rei” e “Os Intocáveis” (pelo qual ganhou um Oscar), tornou-se muito mais do que Bond. Nessa entrevista, conta sua trajetória.

Como é a sensação de ter sido quem transformou Bond em um ícone cultural?

Eu odiava Bond. Fiquei terrivelmente deprimido por anos, pensando em como Bond havia tomado minha vida. Digo, não é que eu não gostasse do dinheiro que ganhei ou de toda a atenção que eu estava recebendo, eu só me sentia frustrado por ser identificado constantemente com esse personagem – o que, se você é um ator sério, é tipo a morte. Eu me senti preso. Mas era tudo o que o público queria me ver fazendo, e passei anos tentando convencer os cineastas de que eu poderia quebrar a imagem de Bond. Pensei que havia matado minha carreira ao ter passado muito tempo com um mesmo personagem – durante os anos 70, nenhum de meus amigos ousava tocar nesse assunto, porque eu estava realmente amargurado. Mas então fui capaz de reverter esse processo atuando nos papéis que pensei que iria atuar com trinta ou quarenta e poucos anos. Afinal das contas, fiz as pazes com Bond. Ele é tipo um velho camarada que se parecia comigo.

Qual tipo de características pessoais você acha que “trouxe” para Bond?

Você tem de ser você mesmo nesse mundo. Se você não é, então não quero conhecê-lo. Eu não sacaneio as pessoas e não faço intriga sobre elas pelas costas. Chame isso de minha natureza escocesa ou do que preferir, mas eu mantenho minha palavra, o que é uma comodidade bastante traiçoeira na indústria cinematográfica. É por isso que processei quase todos os grandes estúdios de Hollywood, exceto Paramount. Acho que, se você me traiu, se você roubou o dinheiro que eu deveria ter ganho de acordo com nosso contrato, então você merece ser preso. É bem simples… Eu prefiro acreditar na integridade dos outros homens. É aí que eu penso na vantagem que as mulheres sobre os homens – elas são bem mais leais aos próprios sentimentos e tem maior consideração pelos outros. O homem é uma espécie mais implacável.

Como é que dois produtores norte-americanos, Cubby Broccoli e Harry Saltzman, decidiram oferecer para você o papel de James Bond?

Eles me procuraram após perceberem que não tinham dinheiro o suficiente para contratar uma celebridade como David Niven ou Richard Burton para interpretar Bond. Eles tinham apenas um orçamento de umas 500.000 libras, e eu ganharia 6.000 libras. Eles queriam que eu fizesse uma audição e alguns testes, porque Ian Fleming (o autor dos livros) tinha o direito de recusar o homem que eles escolhessem como Bond. Mas eu recusei porque detestava a ideia de fazer teste. Disse que havia trabalhado no teatro e que havia feito vários filmes, e que essas eram minhas qualificações, gostassem ou não. Então pediram que eu conhecesse Ian Fleming. Nós nos damos bem e o papel foi meu.

Como era Ian Fleming?

Ele era meio esnobe, mas cheio de energia e de entusiasmo. Tinha vivido uma vida bem interessante e passado por várias situações exóticas. Muitas das situações pelas quais Bond passou foram baseadas em suas próprias experiências. É claro que ele exagerou, mas tinha um conhecimento incrível das últimas tecnologias e das técnicas de espionagem, que o ajudaram a dar uma base concreta para Bond. Bond era uma composição dele mesmo e de um amigo com quem estudou em Eton. Bond foi escrito originalmente como um ricaço inglês que falava com um acento britânico bem aristocrático. Eu não tinha nada a ver com isso, mas Fleming gostou de mim e pensou que eu poderia adicionar algum tempero ao papel. Acho que, no fundo, queria Cary Grant como Bond, mas Grant havia se aposentado e contratá-lo teria custado milhões.

E como classificaria James Bond?

Como um sexy filho da puta!


setembro 05, 2018

****************** TRIBUTO a VANESSA REDGRAVE




Altura: 1,81 m
Olhos: azuis
Cabelos: ruiva


Não é comum carreiras cinematográficas vitoriosas com mais de cinco décadas. A trajetória de VANESSA REDGRAVE (1937. Londres / Inglaterra) é uma delas. Nomeada ao Oscar em seis ocasiões, a atriz britânica recebeu a estatueta como Melhor Atriz Coadjuvante em 1978, pelo papel-título no clássico “Júlia”. Além do Oscar, ganhou outros prêmios importantes, como o Emmy, Globo de Ouro e nos festivais de Cannes e Veneza. Nascida em uma célebre linhagem de atores, formada por seu pai, sir Michael Redgrave, um extraordinário e consagrado ator; sua mãe, Rachel Kempson; e seus irmãos, Corin e Lynn. Estreia no teatro aos 20 anos. No ano seguinte, debuta no cinema com o drama hospitalar “Behind the Mask” (1958), em que contracena com o pai. Nessa época começa seu mergulho no ativismo político. Nos conturbados anos 1960, além de atuar como militante nos legou alguns dos seus melhores papéis.

Corpo magro, semblante expressivo, ela seguiu a tradição familiar e fez uma carreira brilhante no teatro, cinema e televisão. Laurence Olivier anunciou seu nascimento em uma apresentação de “Hamlet” no Old Vic: “Senhoras e senhores, esta noite uma grande atriz nasceu; Laertes (interpretado por Michael Redgrave) tem uma filha”. Em 1959 VANESSA REDGRAVE brilha como membro da aclamada Companhia de Teatro Stratford-Upon-Avon. Em 1960, foi a vez do primeiro papel principal em “O Tigre e o Cavalo”, de Robert Bolt. Ganhou destaque em 1961, interpretando Rosalind em “Como Gostais”, na Royal Shakespeare Company, e desde então atuou em mais de 35 peças de teatro, vencendo os prêmios Tony e Olivier.

Na década de 1960 torna-se ícone do inovador cinema britânico ao protagonizar a comédia “Deliciosas Loucuras de Amor / Morgan” (1966), em que interpreta a sofrida ex-esposa de um artista excêntrico ou meio louco (David Warner). Por sua interpretação, recebeu prêmio em Cannes, indicação ao Oscar, Globo de Ouro e BAFTA. Outros acertos do início da carreira cinematográfica incluem Guinevere na adaptação hollywoodiana do musical de Lerner e Loewe, “Camelot / Idem” (1967), com Richard Harris e Franco Nero, e o retrato encantador da inovadora bailarina Isadora Duncan em “Isadora” (1968), pelo qual ganhou um segundo prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes, juntamente com indicação ao Globo de Ouro e ao Oscar. VANESSA REDGRAVE também se destacou em papéis históricos - de Andrômaca em “As Troianas” (1971) a trágica Mary Stuart em “Mary Stuart, Rainha da Escócia Mary / Mary, Queen of Scots” (1971).

Além de um dos mais significativos talentos dramáticos, a estrela investiu na militância política, que lhe fechou portas. Desde os anos 1960, apoia uma série de causas políticas, incluindo oposição à Guerra do Vietnã, desarmamento nuclear, ajuda aos muçulmanos bósnios e outras vítimas da guerra. Quando foi indicada ao Oscar em 1978, por “Júlia”, membros da Liga de Defesa Judaica (JDL) queimaram seu retrato e fizeram piquetes na porta da cerimônia do Oscar como protesto. Ao ser agraciada com o prêmio da Academia de Hollywood, a atriz aproveitou para discursar em favor dos palestinos de Israel. A controvérsia teve um efeito negativo sobre sua carreira. Ela se juntou ao Partido Revolucionário dos Trabalhadores (WRP), que defendia a dissolução do capitalismo e da monarquia britânica. Concorreu quatro vezes por um lugar no Parlamento Britânico. Em 2004, lançou com o irmão Corin o Partido da Paz e do Progresso.

Equilibrou sua fabulosa carreira entre grandes produções, como “Missão: Impossível / Mission: Impossible” (1996), e performances em filmes independentes. VANESSA REDGRAVE fez a sufragista Olive Chancellor em “Um Triângulo Diferente” (1984); a tenista transexual Renée Richards em “Second Serve” (1986); e a agente literária Peggy Ramsay no filme biográfico “O Amor Não Tem Sexo” (1987). Sua atuação como uma lésbica que lamenta a perda de sua parceira de longa data em “Desejo Proibido / If These Walls Could Talk 2” (2000), rendeu o Globo de Ouro e o Emmy. Em 2003, ganhou o Tony pelo revival da Broadway de “Longa Jornada Noite Adentro”, texto de Eugene O'Neill.

Casada com o diretor britânico Tony Richardson de 1962 até 1967, tiveram dois filhos, as atrizes Natasha Richardson e Joely Richardson (a primeira teve um acidente fatal numa estação de esqui do Canadá, em 2009). Foi dirigida por ele em três filmes: “O Marinheiro de Gibraltar / The Sailor de Gibraltar” (1967), “Vermelho, Branco e Zero / Red and Blue” (1967) e “A Carga da Brigada Ligeira / The Charge of the Light Brigade” (1968). No divórcio, por adultério, a atriz francesa Jeanne Moreau foi citada. Durante as filmagens de “Camelot” conheceu o astro italiano Franco Nero. Eles tiveram um filho, Carlo Gabriel Nero. Em 1971, separaram-se. VANESSA REDGRAVE viveu então um longo relacionamento com o ator Timothy Dalton, de 1971 a 1986. Em 2006, casou-se com seu antigo amor Franco Nero.

Em 2010, retornou aos palcos da Broadway em “Conduzindo Miss Daisy”, contracenando com James Earl Jones e recebendo ótimas críticas. Em enquete da revista “The Stage”, foi considerada uma das maiores atrizes de teatro de todos os tempos. Aos 81 anos, acaba de atuar no filme “The Aspern Paper”, direção de Julien Landais.


  DEZ FILMES de VANESSA REDGRAVE
(por ordem de preferência)

01
BLOW-UOP - DEPOIS DAQUELE BEIJO
(Blowup, 1966)

direção de Michelangelo Antonioni
elenco: David Hemmings, Sarah Miles e Jane Birkin

02
As TROIANAS
(The Trojan Women, 1971)

direção de Michael Cacoyannis
elenco: Katharine Hepburn, Geneviève Bujold e Irene Papas

03
JÚLIA
(Idem, 1977)

direção de Fred Zinnemann
elenco: Jane Fonda, Jason Robards, Maximilian Schell
e Meryl Streep

04
Os DEMÔNIOS
(The Devils, 1971)

direção de Ken Russell
elenco: Oliver Reed e Gemma Jones

05
A GAIVOTA
(The Sea Gull, 1968)

direção de Sidney Lumet
elenco: James Mason, Simone Signoret e David Warner

06
RETORNO a HOWARDS END
(Howards End, 1992)

direção de James Ivory
elenco: Anthony Hopkins, Emma Thompson, Helena Bonham Carter,
James Wilby e Samuel West

07
ISADORA
(Idem, 1968)

direção de Karel Reisz
elenco: James Fox e Jason Robards

08
O AMOR NÃO TEM SEXO
(Prick Up Your Ears, 1986)

direção de Stephen Frears
elenco: Gary Oldman, Alfred Molina e Julie Walters

09
Um TRIÂNGULO DIFERENTE
(The Bostonians, 1984)

direção de James Ivory
elenco: Christopher Reeve, Jessica Tandy, Madeleine Potter
e Linda Hunt

10
SOMBRAS do PASSADO
(Wetherby, 1985)

direção de David Hare
elenco: Ian Holm, Judi Dench e Tom Wilkinson

GALERIA de FOTOS