fevereiro 24, 2012

*********************** A MALDIÇÃO do OSCAR

o oscar e faye dunaway

 
Receber uma indicação ao Oscar, o prêmio máximo da indústria cinematográfica mais influente do mundo, já é uma grande honraria. Ganhá-lo, então, é garantia de uma avalanche de propostas de trabalho, prestígio e muito dinheiro. Porém, inúmeros casos têm mostrado que ganhar a tão cobiçada estátua dourada da Academia de Hollywood nem sempre é vantajoso. Enquanto para uns traduz-se em novos filmes de qualidade e um cachê reforçado, para outros a realidade é bem mais cruel, ou seja, tal reconhecimento tem o seu preço. Nesses casos, o desbunde pós-Oscar trouxe uma série de escolhas profissionais erradas e a consequente bancarrota. Fala-se, inclusive, numa suposta MALDIÇÃO do OSCAR, referindo-se a premiados que não emplacaram mais sucessos depois de levarem uma estatueta. A lista é imensa, do inglês Robert Donat, ainda nos anos 30, a Faye Dunaway na década de 70. E muitos outros. 

Eles se perderam na própria vaidade ou nos projetos selecionados, enfim, há varias teorias sobre os amaldiçoados pelo Oscar. Como não se lembrar de Hattie McDaniel, que fez um discurso emocionante ao receber o Oscar e nunca mais conseguiu outro papel à altura? Ou do italiano Roberto Benigni, saindo do auge da carreira com “A Vida é Bela / La Vita è Bella” (1997) para a mais completa irrelevância? Quem lembra mais da surda-muda Marleen Matlin, premiada por “Filhos do Silêncio / Children of a Lesser God” (1986)?  E Cuba Gooding Jr.? O papel de um jogador de futebol norte-americano temperamental em “Jerry Maguire – A Grande Virada / Jerry Maguire” (1996) rendeu-lhe o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, mas não conseguiu afastá-lo de uma série de longas constrangedores. Abaixo treze casos conhecidos:

ROBERT DONAT
(1905 - 1958. Manchester / Reino Unido)
donat e greer garson

Grande ator teatral inglês, depois de indicado por “A Cidadela / The Citadel” (1938) e levar o Oscar por “Adeus, Mr. Chips / Goodbye, Mr. Chips” (1939), só voltaria a filmar em 1942, vítima de asma crônica e forte depressão. Apenas teria destaque outra vez no final dos anos 50, em “A Morada da Sexta Felicididade / The Inn of the Sixth Happiness”, ao lado de Ingrid Bergman, no papel de um velho chinês. Morreu antes de vê-lo terminado.

HATTIE McDANIEL
(1893 - 1952. Wichita, Kansas / EUA)
mcdaniel e fay bainter

No curso de sua carreira, apareceu em mais de 300 filmes, tendo seu nome aparecido nos créditos de apenas 80 deles. Por causa dos preconceitos daquela época contra atrizes afro-americanas, ela quase sempre interpretou empregadas. Certa vez disse: "Por que devo reclamar enquanto ganho 700 dólares por semana sendo uma empregada nas telas? Se não fosse uma nas telas, ganharia sete dólares por semana sendo uma de verdade”. A sua estatueta pela Mammy de “...E o Vento Levou / Gone with the Wind” (1939) foi um dos momentos mais especiais do Oscar, afinal ela fez história como a primeira atriz negra a ser premiada. No entanto, mesmo continuando a filmar até 1949, não cresceu como atriz, repetindo os mesmos pequenos papéis de criada benevolente.

KIM HUNTER
(1922 - 2002. Detroit, Michigan / EUA)

A Stella Kowalski de “Uma Rua Chamada Pecado / A Streetcar Named Desire” (1951) deu-lhe o Oscar, ainda assim sua carreira não deslanchou. Na lista negra de Hollywood sob acusação de pertencer ao Partido Comunista, fez filmes e séries para a tevê, voltando a ser notícia como Zira de “O Planeta dos Macacos / Planet of the Apes” (1968).

SHIRLEY BOOTH
(1898 - 1992. Nova Iorque / EUA)
booth e fredric march

Repetindo a personagem que fez na Broadway, levou o Oscar por “A Cruz de Minha Vida / Come Back, Little Sheba” (1952). Ganhou com ele também o Globo de Ouro. No entanto, a veterana atriz de teatro fez apenas mais quatro filmes, sendo esquecida rapidamente e voltando para os palcos onde ganhou três prêmios Tony.

DONNA REED
 (1921 - 1986. Denison, Iowa / EUA)
frank sinatra e donna reed

Tinha tudo para ser uma estrela. Bela e talentosa, fazia cinema desde 1941, repetindo o mesmo papel de namoradas e esposas respeitáveis, mas por ironia levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante como uma prostituta em “A Um Passo da Eternidade / From Here to Eternity” (1953). Então, todos acreditaram que sua carreira cresceria. Aconteceu justamente ao contrário, passando a protagonizar produções baratas e seriados de tevê. Seu único bom momento cinematográfico pós-Oscar aconteceu em “A Última Vez Que Vi Paris / The Last Time I saw Paris” (1954), mas a figura central é Elizabeth Taylor.

SHIRLEY JONES
 (1934. Charleroi,. Pensilvânia / EUA)
hugh griffith e jones

Vinha de dois famosos musicais, “Oklahoma! / Idem” (1955) e “Carrossel / Carousel” (1956), conseguindo provar que era boa atriz em “Entre Deus e o Pecado / Elmer Gantry” (1960). Levou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante, mas ficou por aí, direcionando sua carreira para séries de tevê e musicais na Broadway.

GEORGE CHAKIRIS
 (1934. Norwood, Ohio / EUA)

O Oscar que ele recebeu pelo papel de Bernardo, líder dos “Sharks”, no musical “Amor, Sublime Amor / West Side Story” (1961), foi injusto. Canastrão, fez um ou outro filme, mas não se deu bem nunca mais. Antes participou de musicais como dançarino. Inclusive no famoso número Diamonds Are a Girl's Best Friend, ao lado de Marilyn Monroe, em “Os Homens Preferem as Loiras / Gentlemen Prefer Blondes”, de 1953. No década de 1960, tornou-se cantor pop, obtendo relativa repercussão.

PATTY DUKE
 (1946. Nova Iorque / EUA)

Ela tinha dezesseis anos e um belo papel nas mãos em “O Milagre de Annie Sullivan / The Miracle Worker” (1962), o que pouco significou para sua carreira no cinema. No futuro faria programas e séries de tevês, além de filmes descartáveis como “O Vale das Bonecas / Valley of the Dolls” (1967), interpretando uma drogada e alcoólica estrela. Terminou sendo diagnosticada com transtorno bipolar.

TATUM O´NEAL
 (1963. Los Angeles, Califórnia / EUA)

Aos dez anos recebeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Lua de Papel / Paper Moon” (1973), de Peter Bogdanovich, tornando-se a pessoa mais jovem a ganhar uma estatueta. Filha do ator Ryan O’Neal, nunca havia trabalhado antes no cinema, o que tornou ainda mais impressionante sua escolha para o prêmio. Ela nunca conseguiu repetir esse sucesso. Um dos culpados foi o próprio pai, que, segundo ela, a teria abusado física e psicologicamente por causa do uso de drogas. Na adolescência, se viciou em heroína e, em 2008, foi presa comprando crack em Nova York.

LOUISE FLETCHER
 (1934. Birmingham, Alabama / EUA)

O seu prêmio é um dos mais criticados da história da Academia. A favorita era a francesa Isabelle Adjani, fabulosa em “A História de Adele H / L’Histoire d’Adele H”, de Truffaut. Atriz ruim, caricata, Fletcher não protagoniza “Um Estranho no Ninho / One Flew Over the Cuckoo’s Nest” (1975), seu papel da enfermeira Ratched é pequeno, de coadjuvante (tinha sido recusado por Anne Bancroft, Ellen Burstyn e Jane Fonda). Na cerimônia de premiação, ela fez seu discurso em linguagem de sinais, para homenagear seus pais deficientes auditivos. Mas a badalação foi ilusória. Fez escolhas ruins – como “Exorcista II – O Herege / Exorcist II: The Heretic” (1977) – e nunca solidificou sua carreira.

FAYE DUNAWAY
 (1941. Bascom, Flórida / EUA)

A estrela ganhou o Oscar de Melhor Atriz em 1977 por sua executiva impávida e neurótica em “Rede de Intrigas / Network”, dirigido por Sidney Lumet. Na época, aos 36 anos, estava no auge. Já havia sido indicada por papéis memoráveis em “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas / Bonnie and Clyde”, em 1967, e “Chinatown / Idem”, em 1974. O reconhecimento da Academia não serviu para manter sua carreira em alta. Passou a fazer filmes de péssima qualidade, recebendo a Framboesa de Ouro, que premia os piores do ano, por sua exagerada atuação em “Mamãezinha Querida / Mommie Dearest”, de 1981. Depois disso, atuou em raros papéis decentes no cinema.

F. MURRAY ABRAHAM
 (1939. Pitsburgo, Pensilvânia / EUA)
abraham e shirley macLaine

Nem o Oscar por Amadeus / Idem (1984), em que interpretou o compositor Antonio Salieri, fez com que deixasse de ser coadjuvante. Ele havia feito um papel menor em “Todos os Homens do Presidente / All the President’s Men”, de 1976, e logo após receber a estatueta interpretou o vilão de “O Nome da Rosa / Der Name the Rose” (1986), estrelado por Sean Connery. Depois disso, mergulhou em filmes comerciais. Um desperdício para um artista que ganhou o prêmio máximo do cinema norte-americano.

ADRIEN BRODY
(1973. Nova Iorque / EUA)

Praticamente desconhecido, recebeu em 2003 o Oscar de Melhor Ator por sua atuação no drama de guerra “O Pianista / The Pianist” (2002), de Roman Polanski. Ele perseguia o sucesso fazendo pontas em filmes como “Além da Linha Vermelha / The Thin Red Line”, de 1998, ou “O Verão de Sam / Summer of Sam”, de 1999. Com o Oscar nas mãos e o reconhecimento após um papel de enorme carga dramática, desperdiça seu talento em filmes abomináveis, participando de uma série de roubadas. Nunca mais se deu bem.

fevereiro 21, 2012

**************** As ESTRELAS da WARNER BROS.

doris day
 

Fundada em 1923 e ainda hoje em atividade, a WARNER BROS.
é a minha produtora de filmes favorita (seguida de perto pela RKO Radio Pictures). No seu auge, nos anos 30-40, tinha uma visão do mundo que era mais sombria, mais cínica e mais problemática que qualquer outra concorrente. Diretos e realistas, escuros e tensos, seus filmes dessa época falam de questões sociais, traduzem a cultura popular, defendem os explorados e oprimidos. Muitas vezes selvagens, sem limites, enveredam em matanças, diálogos fortes, verdade seminua e descida à escuridão.
Especialista em cinebiografias,  criminais, aventuras e dramas noir, o estúdio durante muito tempo teve o lendário judeu Jack Warner no comando. Rin-Tin-Tin foi sua primeira estrela, de 1928 a 1933. Depois, muitas outras marcaram a história da WARNER e do cinema. Confira.

EDWARD G. ROBINSON
(1893 - 1973. Bucareste / Romênia)
Na WB de 1930 a 1942
Total de filmes na WB: 22

Vindo de uma elogiada carreira na Broadway, estreou no cinema em 1923. Tornou-se estrela com o sucesso de “Alma no Lodo / Little Caesar” (1931), no papel de um cruel mafioso. Brilhou também sob a direção de Fritz Lang, Billy Wilder, John Huston, Orson Welles, Frank Capra e John Ford. Sua carreira abalou-se ao ser intimidado para depor perante o Comitê de Atividades Anti-Americanas, por ser supostamente simpatizante do comunismo. Depois de seu falecimento, recebeu um Oscar póstumo.

Principais filmes na Warner:  
“Alma no Lodo” 
direção de Mervyn LeRoy
“Confissões de Um Espião Nazista / Confessions of a Nazi Spy” (1939)
direção de Anatole Litvak

JAMES CAGNEY
(1899 - 1986. Nova Iorque / EUA)
Na WB de 1930 a 1942
Total de filmes na WB: 40

Atarracado, baixinho e feio, foi também o mais versátil dos astros: seus memoráveis delinqüentes fanfarrões e agressivos transformavam-se em enérgicos e charmosos dançarinos. Seu bandido malvado de “O Inimigo Público / The Public Enemy” (1931), famoso por esmagar um grapefuit no rosto de Mae Clarke, fez dele, juntamente com Edward G. Robinson, o arquétipo do gangster de cinema. Recebeu o Oscar por sua atuação no alegre e patriótico musical “A Canção da Vitória / Yankee Doodle Dandy”, de 1942. Aposentou-se após um cômico tour de face como um gerente de vendas da coca-cola em “Cupido Não Tem Bandeira / One, Two, Three” (1961), de Billy Wilder, mas retornou vinte anos depois em “Na Época do Ragtime / Ragtime” (1981).

Principais filmes na Warner
“Heróis Esquecidos / The Roaring Twenties” (1939)
 direção de Raoul Walsh
“Fúria Sanguinária / White Heat” (1949)
 direção de Raoul Walsh

BETTE DAVIS
(1908 - 1989. Lowell. Massachucetts / EUA)
Na WB de 1932 a 1949
Total de filmes na WB: 52

Teve início na Broadway, em 1928. Sua longa e ilustre associação com a Warner gerou papéis famosos e dois Oscars, por “Perigosa / Dangerous” (1935) e “Jezebel / Idem” (1938). Temperamental, suas discussões com Jack Warner sobre salários e sobre a qualidade dos roteiros são famosas, resultando em batalha judicial. Ao sair do estúdio, interpretou a personagem Margo Channing de “A Malvada / All About Eve” (1950).

Principais filmes na Warner:  
“A Carta / The Letter” (1940)
direção de William Wyler
 A Estranha Passageira / Now, Voyager” (1942)
 direção de Irving Rapper

PAUL MUNI
(1895 - 1967. Lviv / Ucrânia)
Na WB de 1932 a 1939
Total de filmes na WB: 11

Tinha um cuidado perfeccionista com os papéis que desempenhava, analisando até o impacto da maquiagem em cada um. “Scarface, a Vergonha de Uma Nação / Scarface” e “O Fugitivo / I Am a Fugitive From a Chaing Gang”, ambos de 1932, lançaram-no como astro. Ganhou um Oscar em 1936. Depois de alguns atritos sobre os papéis que lhe foram oferecidos, saiu da Warner e sua carreira nunca mais foi a mesma.

Principais filmes na Warner:  
“A História de Louis Pasteur / The Story of Louis Pasteur” (1936)
direção de William Dieterle
“A Vida de Emile Zola / The Life of Emile Zola” (1937)
 direção de William Dieterle

ERROL FLYNN
(1909 - 1959. Battery Point / Austrália)
Na WB de 1935 a 1950
Total de filmes na WB: 34

Não era um grande ator, mas era atlético e atraente, brilhando em clássicos de aventura. Rei das matinês com sua parceira nas telas, a dócil Olivia de Havilland, era um farrista, cuja reputação foi abalada após acusações de relacionamento sexual com menores. Enveredou pela bebida e perdeu o encanto, morrendo jovem.

Principais filmes na Warner
“Capitão Blood / Captain Blood” (1935)
 direção de Michael Curtiz
“As Aventuras de Robin Hood / The Adventures of Robin Hood” (1938)
direção de Michael Curtiz e William Keighley

HUMPHREY BOGART
(1899 - 1957. Nova Iorque / EUA)
Na WB de 1936 a 1948
Total de filmes na WB: 49

Personificação do sujeito durão, tornou-se um dos maiores mitos de Hollywood. Sua maneira arrastada de falar e seu rosto de pedra, características marcantes, foram resultado de um incidente, ocorrido na Primeira Guerra Mundial. Tornou-se astro em 1941, quando George Raft e Paul Muni recusaram filmar “Seu Último Refúgio / High Sierra”. Fez filmes notáveis, permanecendo no topo até sua morte precoce, aos 57 anos.

Principais filmes na Warner:  
“Casablanca / Idem” (1941)
 direção de Michael Curtiz
“O Tesouro de Sierra Madre / The Treasure of the Sierra Madre (1948)
direção de John Huston

ANN SHERIDAN
(1915 - 1967. Denton, Texas / EUA)
Na WB de 1937 a 1948
Total de filmes na WB: 40

Considerada símbolo sexual, o que ajudou sua carreira, contudo, tal estigma, juntamente com filmes e papéis medíocres, ocultou sua inteligência e charme naturais. Impressionou com sua atuação como a garçonete de “Dentro da Noite / They Drive by Night” (1940). Mas alcançou realmente o sucesso trabalhando ao lado de Ronald Reagan em “Em Cada Coração um Pecado / Kings Row” (1942). Sua popularidade decaiu na década de 50 e ela fez telenovelas antes de morrer prematuramente por câncer.

Principais filmes na Warner:  
“Dentro da Noite” 
 direção de Raoul Walsh
“Em Cada Coração um Pecado” 
 direção de Sam Wood

JOHN GARFIELD
(1913 - 1952. Nova Iorque / EUA)
Na WB de 1938 a 1946
Total de filmes na WB: 22

Cria da ribalta, sua personalidade forte excitava o público mais jovem de um modo não visto novamente até Marlon Brando surgir nas telas. Ele personificava na Warner o solitário insatisfeito, mas teve em outros estúdios os seus melhores papéis: o vagabundo de “O Destino Bate à Sua Porta / The Postman Always Rings Twice” (M-G-M, 1946); uma vítima do boxe em “Corpo e Alma / Body and Soul” (Entreprise, 1947); e um rebelde cubano em “Resgate de Sangue / We Were Strangers” (Columbia Pictures, 1949). A ideologia comunista arruinou sua carreira, o levando a uma morte prematura.

Principais filmes na Warner
“Dias Sem Fim / Castle on the Hudson” (1940)
 direção de Anatole Litvak
“Acordes do Coração / Humoresque” (1946)
 direção de Jean Negulesco

IDA LUPINO
(1918 - 1995. Londres / Reino Unido)
Na WB de 1940 a 1947
Total de filmes na WB: 13

Por um momento pareceu que ela iria superar Bette Davis aos olhos do público. Com rosto de boneca, estreou no cinema aos treze anos. Passou pela Paramount e pela Columbia, mas realmente se fortaleceu na Warner. Depois de inúmeras atuações notáveis, começou a dirigir em 1950. Apareceu pela última vez nas telas em 1978.

Principais filmes na Warner
“Dentro da Noite” 
“Seu Último Refúgio”

JOAN CRAWFORD
(1905 - 1977. San Antonio, Texas / EUA)
Na WB de 1944 a 1952
Total de filmes na WB: 9

Ocultando o passado de dançarina de cabaré e atriz pornô, reinou na Metro-Goldwyn-Mayer por quinze anos. Era um exemplo da típica estrela de cinema. Perfeita personificação do charme, firmeza e sensualidade, excelente atriz, foi contratada pelo estúdio da sua arqui rival Bette Davis, em 1944, e no ano seguinte ganharia o Oscar de Melhor Atriz. Nos anos 60, se reergueu com o êxito de “O Que Aconteceu com Baby Jane? / What Ever Happened to Baby Jane?” (1962). No final de sua vida, rica (seu último marido era dono da Pepsi Cola), tornou-se reclusa e alcoólatra.

Principais filmes na Warner:  
“Almas em Suplício / Mildred Pierce” (1945)
direção de Michael Curtiz
“Acordes do Coração”

LAUREN BACALL
(1924. Nova Iorque / EUA)
Na WB de 1944 a 1950
Total de filmes na WB: 6

Assim que surgiu nas telas, conquistou imediatamente seu posto de musa em Hollywood e criou um novo estilo de heroína, glacialmente distante. A trajetória de sua carreira sofreu um grave abalo durante a luta de seu marido, Humphrey Bogart, contra o câncer. Também enfrentou brigas com a Warner, que lhe entregava papéis inadequados. Nunca deixou de fazer sucesso, inclusive na Broadway, e ainda hoje atua, aos 86 anos.

Principais filmes na Warner
“Uma Aventura na Martinica / To Have and Have Not”1944)
 direção de Howard Hawks
“Paixões em Fúria / Key Largo” (1948)
 direção de John Huston

DORIS DAY
(1924. Cincinnati, Ohio / EUA)
Na WB de 1948 a 1954
Total de Filmes na WB: 15

Começou como cantora, até encontrar a fama como heroína pouco inteligente nos musicais e comédias da Warner. Chamada de “a eterna virgem”, era uma das mais populares e bem pagas estrelas dos anos 50. Na década de 60, com a revolução sexual, ficou fora de moda, mas o tempo lhe fez justiça, reconhecendo seu talento.

Principais filmes na Warner
“Êxito Fugaz / Young Man with a Horn” (1950)
 direção de Michael Curtiz
“Ardida Como Pimenta / Calamity Jane” (1953)
direção de David Butler

VIRGINIA MAYO
(1920 - 2005. St. Louis, Missouri / EUA)
Na WB de 1949 a 1954
Total de filmes na WB: 17

Dona de uma beleza glamorosa e sensual em seus traços perfeitos, cabelos louros e levemente estrábicos olhos verdes, nunca foi uma atriz que dominasse todas as sutilezas da profissão. Contratada por Samuel Goodwyn e depois pela Warner, era querida pelas platéias das décadas de 40 e 50, atuando ao lado de grandes astros, como Burt Lancaster, Gregory Peck, Alan Ladd e Paul Newman. Fez muitos filmes de aventura, policiais e westerns. Em 1947, casou-se com o ator Michael O'Shea, com quem viveu até a morte deste, em 1973, e com quem contracenou no cinema, tevê, rádio e teatro.

Principais filmes na Warner:  
“Fúria Sanguinária” 
“O Gavião e a Flecha / The Flame and the Arrow” (1950)
 direção de Jacques Tourneur