Não me considero um ícone.
O que está na mente dos outros
não está na minha. Eu apenas
faço o que gosto.
Somente pessoas absolutamente
determinadas alcançam o sucesso.
AUDREY HEPBURN
O que está na mente dos outros
não está na minha. Eu apenas
faço o que gosto.
Somente pessoas absolutamente
determinadas alcançam o sucesso.
AUDREY HEPBURN
altura: 1,7 cm
cabelos: castanhos escuros
olhos: verdes
apelido: Edda
BONEQUINHA de LUXO (1961)
Estava
devendo um post sobre essa grande mulher e inesquecível estrela. Assisti a todos
os seus filmes, sei do talento e do honrado trabalho humanitário, mas AUDREY
HEPBURN (1929 - 1993. Bruxelas / Bélgica) não me encanta profundamente, talvez
por vê-la nas telas como uma eterna adolescente. Prefiro estrelas densas, como
Ingrid Bergman, Joan Crawford ou Barbara Stanwyck. No entanto, é inegável que é
um dos tesouros da sétima arte, lembrada pelo carisma e estilo impecável.
Seu visual parece simples, atingível e até andrógino, mas é ao mesmo tempo
sofisticado. Poucos sabem sobre o ser humano por trás do guarda-roupa elegante
e dos filmes famosos: uma vida marcada por tragédias. Complicada e insegura,
lutou para encontrar o amor. Seus dois casamentos fracassaram. O primeiro
marido, Mel Ferrer, era controlador e desagradável. O segundo, Andrea Dotti, a
traiu muitas vezes. No final da existência, conheceu a felicidade com o belo ator,
amoroso e fiel holandês Robert Wolders. Estiveram juntos por 13 anos até ela morrer e, embora nunca tenham se
casado, era considerado seu marido.
A atriz costumava dizer que gostaria de poder mudar tudo sobre si mesma. Sonhava em ser loira e ter um corpo mais robusto. Na câmera, era perfeita, mas nos bastidores a história era bem diferente. Nervosa, fumava muito. Duvidava de suas habilidades de atuação - achava que não era uma boa atriz, sempre implorando por refilmagens de cenas. Apesar disso, tinha uma ótima reputação por seu profissionalismo e se dava bem com os colegas de elenco e diretores. Cativou o público em todo o mundo com papéis sinceros e iluminados. O físico alto, esguio, a postura elegante, contrastavam com o estrelato sensual de suas contemporâneas. Em uma indústria onde a imagem era controlada, AUDREY HEPBURN usou a elegância para definir sua individualidade. A revista “Silver Screen” afirmou, na época, que ela “mudou o padrão das hollywoodianas”, inaugurando uma nova era no universo feminino que culminaria nos anos 1960. Quando um cabeleireiro parisiense criou um corte para ela em “Como Roubar Um Milhão de Dólares”, a “Vogue” publicou um passo a passo para que as leitoras pudessem copiá-lo.
A atriz costumava dizer que gostaria de poder mudar tudo sobre si mesma. Sonhava em ser loira e ter um corpo mais robusto. Na câmera, era perfeita, mas nos bastidores a história era bem diferente. Nervosa, fumava muito. Duvidava de suas habilidades de atuação - achava que não era uma boa atriz, sempre implorando por refilmagens de cenas. Apesar disso, tinha uma ótima reputação por seu profissionalismo e se dava bem com os colegas de elenco e diretores. Cativou o público em todo o mundo com papéis sinceros e iluminados. O físico alto, esguio, a postura elegante, contrastavam com o estrelato sensual de suas contemporâneas. Em uma indústria onde a imagem era controlada, AUDREY HEPBURN usou a elegância para definir sua individualidade. A revista “Silver Screen” afirmou, na época, que ela “mudou o padrão das hollywoodianas”, inaugurando uma nova era no universo feminino que culminaria nos anos 1960. Quando um cabeleireiro parisiense criou um corte para ela em “Como Roubar Um Milhão de Dólares”, a “Vogue” publicou um passo a passo para que as leitoras pudessem copiá-lo.
O
charme natural e seu requintado estilo conquistaram um dos estilistas mais
importantes da época, o francês Hubert de Givenchy. O costureiro e a atriz
mantiveram uma relação próxima e, juntos, criaram alguns dos símbolos fashion
mais imitados do cinema, como o vestidinho preto de “Bonequinha de Luxo”.
O
relacionamento entre o estilista e sua musa foi um dos mais sinceros na
trajetória da atriz. Filha de uma baronesa e um banqueiro, seu pai,
Hepburn-Ruston, abandonou a família quando ela tinha seis anos. Mais tarde, ele
seria preso por associação com fascistas e passaria a Segunda Guerra Mundial em
cadeias britânicas. Em 1939, com a mãe e os dois irmãos, mudou-se para uma
propriedade da família em Arnhem, na Holanda. Sua mãe admirava Hitler,
jurando que ele nunca invadiria a Holanda. Seu tio anti-nazista, o conde Otto van Limburg
Stirum, foi preso em 1942 e levado para
uma floresta com outras pessoas. Foram executados a tiros e seus corpos jogados em covas sem
identificação. AUDREY HEPBURN amava seu tio como um pai e ficou arrasada com
seu assassinato.
Na ocasião, dançava em uma casa discreta com persianas fechadas, o dinheiro coletado ia para a resistência. Na primavera de 1944, na floresta, encontrava paraquedistas britânicos com palavras-código e mensagens secretas escondidas na meia. No ano de 1945, mais de 500 holandeses morriam de fome toda semana. Como eles, sua família não tinha comida e viveu escondida no porão por muitas semanas. Gravemente doente com anemia, icterícia e edema, ela seria assombrada por essas memórias pelo resto da vida. Em 1991, contou, em entrevista: “Eu me lembro muito daquela época. Várias vezes, na estação, vi trens partindo lotados de judeus. Me lembro de um menino com os pais, muito pálido, muito louro, esperando na plataforma e depois entrando no trem. Eu era uma criança observando outra criança condenada”. Em 1948 mudou para Londres, ganhando bolsa de estudos para a escola de balé Marie Rambert. Para se sustentar, trabalhava como modelo. Embora talentosa, seu corpo danificado pela desnutrição não tinha força para se tornar uma bailarina e ela procurou se reinventar.
Voltou-se para a atuação, conseguindo pequenos papéis nos teatros do West End e em filmes como a clássica comédia “O Mistério da Torre / The Lavender Hill Mob” (1951). Em 1952, ao planejar montar a peça “Gigi”, baseada em seu romance de mesmo nome, a famosa escritora francesa Colette notou a jovem atriz em um hotel em Mônaco. Percebeu que tinha encontrado a estrela do espetáculo, que terminaria por estrear na Broadway, em Nova York. Após o sucesso, a Paramount se interessou por AUDREY HEPBURN e ela fez “A Princesa e o Plebeu”, ganhando o Oscar. Com esse enorme sucesso, tornou-se uma superestrela. Em 1954, o fotógrafo Cecil Beaton a elogiou como a representante de um novo ideal feminino e casou-se com o ator Mel Ferrer. Após vários abortos espontâneos, entrou em depressão. Em 1959 engravidou novamente. Sean, seu primogênito, nasceu em 1960. “Bonequinha de Luxo”, de 1961, marcou uma virada em sua carreira. No auge, depois de “Um Clarão nas Trevas” (1967) decidiu dar um tempo do cinema e dedicar-se à família, estabelecendo-se em sua residência suíça, “La Tranquila”.
Na ocasião, dançava em uma casa discreta com persianas fechadas, o dinheiro coletado ia para a resistência. Na primavera de 1944, na floresta, encontrava paraquedistas britânicos com palavras-código e mensagens secretas escondidas na meia. No ano de 1945, mais de 500 holandeses morriam de fome toda semana. Como eles, sua família não tinha comida e viveu escondida no porão por muitas semanas. Gravemente doente com anemia, icterícia e edema, ela seria assombrada por essas memórias pelo resto da vida. Em 1991, contou, em entrevista: “Eu me lembro muito daquela época. Várias vezes, na estação, vi trens partindo lotados de judeus. Me lembro de um menino com os pais, muito pálido, muito louro, esperando na plataforma e depois entrando no trem. Eu era uma criança observando outra criança condenada”. Em 1948 mudou para Londres, ganhando bolsa de estudos para a escola de balé Marie Rambert. Para se sustentar, trabalhava como modelo. Embora talentosa, seu corpo danificado pela desnutrição não tinha força para se tornar uma bailarina e ela procurou se reinventar.
Voltou-se para a atuação, conseguindo pequenos papéis nos teatros do West End e em filmes como a clássica comédia “O Mistério da Torre / The Lavender Hill Mob” (1951). Em 1952, ao planejar montar a peça “Gigi”, baseada em seu romance de mesmo nome, a famosa escritora francesa Colette notou a jovem atriz em um hotel em Mônaco. Percebeu que tinha encontrado a estrela do espetáculo, que terminaria por estrear na Broadway, em Nova York. Após o sucesso, a Paramount se interessou por AUDREY HEPBURN e ela fez “A Princesa e o Plebeu”, ganhando o Oscar. Com esse enorme sucesso, tornou-se uma superestrela. Em 1954, o fotógrafo Cecil Beaton a elogiou como a representante de um novo ideal feminino e casou-se com o ator Mel Ferrer. Após vários abortos espontâneos, entrou em depressão. Em 1959 engravidou novamente. Sean, seu primogênito, nasceu em 1960. “Bonequinha de Luxo”, de 1961, marcou uma virada em sua carreira. No auge, depois de “Um Clarão nas Trevas” (1967) decidiu dar um tempo do cinema e dedicar-se à família, estabelecendo-se em sua residência suíça, “La Tranquila”.
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audrey e o oscar |
10 FILMES de AUDREY HEPBURN
(por ordem de preferência)
(por ordem de preferência)
01
BONEQUINHA de LUXO
(Breakfast at Tiffany's, 1961)
BONEQUINHA de LUXO
(Breakfast at Tiffany's, 1961)
direção de Blake Edwards
elenco: George Peppard, Patricia Neal, Martin Balsam
e Mickey Rooney
Indicada ao Oscar de Melhor Atriz
David di Donatello de Melhor Atriz Estrangeira
02
SABRINA
(Idem, 1954)
direção de Billy Wilder
elenco: Humphrey Bogart, William Holden, Martha Hyer
e Marcel Dalio
Indicado ao Oscar de Melhor Atriz
03
CINDERELA em PARIS
(Funny Face, 1957)
direção de Stanley Donen
elenco: Fred Astaire e Kay Thompson, Michel Auclair,
Suzy Parker e Dovima
04
A PRINCESA e o PLEBEU
(Roman Holiday, 1953)
direção de William Wyler
elenco: Gregory Peck e Eddie Albert
Oscar de Melhor Atriz
BAFTA de Melhor Atriz
Globo de Ouro de Melhor Atriz – Drama
Melhor Atriz do Círculo dos Críticos
de Cinema de Nova Iorque
05
MINHA BELA DAMA
(My Fair Lady, 1964)
direção de George Cukor
elenco: Rex Harrison, Stanley Holloway, Wilfrid Hyde-White,
Gladys Cooper e Theodore Bikel
David di Donatello de Melhor Atriz Estrangeira
06
INFÂMIA
(The Children's Hour, 1962)
direção de William Wyler
elenco: Shirley MacLaine, James Garner, Miriam Hopkins,
Fay Bainter e Veronica Cartwright
07
O PASSADO NÃO PERDOA
(The Unforgiven, 1960)
direção de John Huston
elenco: Burt Lancaster, Audie Murphy, John Saxon,
Charles Bickford, Lillian Gish e Joseph Wiseman
08
GUERRA e PAZ
(War and Peace, 1956)
direção de King Vidor
elenco: Henry Fonda, Mel Ferrer, Vittorio Gassman,
Oscar Homolka, Anita Ekberg, Anna Maria Ferrero
e May Britt
09
COMO ROUBAR um MILHÃO de DÓLARES
(How to Steal a Million, 1966)
direção de William Wyler
elenco: Peter O'Toole, Eli Wallach, Hugh Griffith,
Charles Boyer, Fernand Gravey e Marcel Dalio
10
Um CLARÃO nas TREVAS
(Wait Until Dark, 1967)
direção de Terence Young
elenco: Alan Arkin, Richard Crenna e Efrem Zimbalist Jr.
Indicada ao Oscar de Melhor Atriz
GALERIA de FOTOS
SABRINA (1954)