dezembro 31, 2024

******************** Meu FILME de NATAL FAVORITO

 

 

Natal não é apenas um dia, é um estado de espírito.
De ILUSÃO TAMBÉM se VIVE
 
 
Uma das melhores maneiras de comemorar a temporada de férias é curtindo um FILME de NATAL. Um dos mais amados é o clássico de Frank Capra de 1946, “A Felicidade Não se Compra”. Estrelado pelo carismático astro James Stewart, o drama icônico apresenta um protagonista justamente no seu pior momento, à beira do suicídio, resultando em uma emocionante fábula sobre a importância de cada vida. Seu atrapalhado anjo da guarda lhe revela o quão diferente o mundo seria se ele nunca tivesse existido. Mas há diversos filmes de espírito natalino, interpretado por grandes estrelas. Embora seja praticamente impossível transmitir a mesma magia de “A Felicidade Não se Compra”, também são excelentes e capazes de empolgar o público de qualquer idade.
 
Nessa época do ano, tradicionalmente nos EUA, os FILMES de NATAL invadem os cinemas e, mais recentemente, os serviços de streaming. Eles reafirmam a importância das memórias afetivas, dos valores familiares e cristãos. O tema apareceu de várias maneiras ao longo da história cinematográfica. Entretanto, o que mais gosto não é propriamente um FILME de NATAL, é um drama nostálgico e emocionante do mestre sueco Ingmar Bergman, “Fanny e Alexander”. Um épico feito em duas versões, uma minissérie para tevê, com 320 minutos, e uma premiada para cinema. Belo, sofisticado, poético e inteligente. Uma obra-prima inesquecível. No entanto, gosto também de outros filmes natalinos, do passado a mais recente. Aqui estão doze deles.
 
O NATAL em DOZE FILMES
(por ordem de preferência)
 
01
FANNY e ALEXANDER
(Fanny och Alexander, 1982)

direção de Ingmar Bergman
elenco: Bertil Guve, Pernilla Allwin, Ewa Fröling, 
Pernilla August, Lena Olin, Harriet Andersson
 e Gunnar Björnstrand
 
02
A FELICIDADE NÃO se COMPRA
(It's a Wonderful Life, 1946)

direção de Frank Capra
elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, 
Thomas Mitchell, Henry Travers, Beulah Bondi, 
Ward Bond e Gloria Grahame
 
03
De ILUSÃO TAMBÉM se VIVE
(Miracle on 34th Street, 1947)
 

direção de George Seaton
elenco: Maureen O'Hara, John Payne, Edmund Gwenn, 
Gene Lockhart, Natalie Wood e Porter Hall
 
04
O ASSASSINATO do PAPAI NOEL
(L'assassinat du Père Noël, 1941)

direção de Christian-Jaque
elenco: Harry Baur, Renée Faure, Marie-Hélène Dasté, 
Raymond Rouleau, Robert Le Vigan, Fernand Ledoux 
e Bernard Blier
 
05
AGORA SEREMOS FELIZES
(Meet Me in St. Louis, 1944)

direção de Vincente Minnelli
elenco: Judy Garland, Margaret O'Brien, Mary Astor, 
Lucille Bremer, Leon Ames, Marjorie Main, 
Harry Davenport, Hugh Marlowe e Chill Wills
 
06
Um ANJO CAIU do CÉU
(The Bishop's Wife, 1947)

direção de Henry Koster
elenco: Cary Grant, Loretta Young, David Niven, 
Monty Woolley, James Gleason, Gladys Cooper 
e Elsa Lanchester
 
07
INDISCRIÇÃO
(Christmas in Connecticut, 1945)
 

direção de Peter Godfrey
elenco: Barbara Stanwyck, Dennis Morgan, Sydney Greenstreet,
 S.Z. Sakall e Una O'Connor
 
08
NATAL BRANCO
(White Christmas, 1954)

direção de Michael Curtiz
elenco: Bing Crosby, Danny Kaye, Rosemary Clooney, 
Vera-Ellen e Dean Jagger
 
09
CONTOS de NATAL
(Scrooge, 1951)

direção de Brian Desmond Hurst
elenco: Alastair Sim, Kathleen Harrison, Mervyn Johns 
e Hermione Baddeley
 
10
ADORÁVEL AVARENTO
(Scrooge, 1970)

direção de Ronald Neame
elenco: Albert Finney, Alec Guinness, Edith Evans 
e Kenneth More
 
11
O ESTRANHO MUNDO de JACK
(The Nightmare Before Christmas, 1993)
 

direção de Henry Selick
 
12
FELIZ NATAL
(Joyeux Noël, 2005)

direção de Christian Carion
elenco: Diane Kruger, Guillaume Canet, Daniel Brühl, 
Michel Serrault e Suzanne Flon
 
GALERIA de FOTOS
 

dezembro 04, 2024

************* ANATOMIA de uma AGONIA MILITANTE

walter salles, fernanda torres e selton mello no festival de veneza
 


Nunca acreditei na literatura engajada.
A escrita política, panfletária,
não tem nenhuma vida, é oca.
DORIS LESSING
(1919 - 2012. Kermanshash / Pérsia)

 
 
 
O descolamento da realidade dos esquerdistas é impressionante e, por mais que sejam surrados pelos fatos, parecem distantes de despertar. Se recusam a sair de sua bolha de mentiras, têm problemas de dependência de lorotas. É um vício pífio, um desvio moral. Eles acreditam (ou fingem acreditar) em suas próprias ladainhas fajutas. Assim, fascinados por métodos doutrinários, torraram uma fortuna no marketing de AINDA ESTOU AQUI (2024). Encantada com o dinheiro fácil, a recepção da mídia brasileira beira o ufanismo, nos bombardeando há meses com as ilusórias qualidades do filme. Ao bloquear tais propagandas nas redes sociais, outras surgem imediatamente. Um abuso! Estreando em Veneza, em um festival cinematográfico de origem fascista, criado na década de 30 pelo filho de Benito Mussolini, venderam o peixe por aqui garantindo aplausos ao final da exibição e a possibilidade de ganhar os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz. Era mais do que certo, era certíssimo. Não foi o que aconteceu. Como consolo pela expectativa, ofertaram um prêmio bissexto (dado vez ou outra) de melhor roteiro. Jornalistas italianos, parceiros do tempo em que trabalhei na Europa, me informaram que os aplausos vieram da comitiva tupiniquim paga com os nossos impostos. Não se deu um pio sobre essa farsa típica de canhotos. O papel primordial dessa turma é desviar o foco, distorcer a realidade, vender ilusão.
 
fernanda torres
Na ocasião, o importante jornal britânico “The Guardian” definiu o filme como “exagerado”. Silêncio mortal no Brasil. Estreou entre nós pouco depois e os mesmos veículos de imprensa mentiram ao garantir uma conquista avassaladora de público. Na petista capital potiguar, de acordo com um gerente de cinema local, se contava em média 20 a 30 pessoas por sessão. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Exibidoras Cinematográficas (Abraplex), as bilheterias até o momento não chegam perto de comédias chulas tradicionais do cinema brasileiro, como “Os Farofeiros 2” ou “Minha Mãe é uma Peça 3”. Entenda: AINDA ESTOU AQUI não faz parte da lista dos dez filmes brasileiros mais vistos este ano. Procure por notícias a respeito e, não vai encontrar. De acordo com o portal da “IstoÉ Dinheiro”, foi orçado em 50 milhões de reais e ainda não se pagou.
 
Valorizando o viés ideológico, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Visuais (ABCAA) o escolheu para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Concorreu com onze títulos insignificantes. Em quase 100 anos do Oscar, o Brasil foi indicado apenas quatro vezes (em 1963, 1996, 1998 e 1999) e nunca ganhou, já nossa vizinha, a Argentina do libertário Javier Milei, ficou oito vezes entre os selecionados e ganhou duas vezes o Melhor Filme Internacional. A narrativa atual é que vai levar o Oscar de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. Um conhecido jornal carioca teve a cara de pau de afirmar que AINDA ESTOU AQUI foi inscrito em oito categorias no Oscar. Outra grande mentira. A única inscrição possível é a de Melhor Filme Internacional, todas as demais categorias são votadas em sigilo pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Além disso, tamanho alarde é ridículo, o Oscar é uma estatueta com a reputação na lama desde que se prostituiu no bordel de luxo dos globalistas e chineses. O talento não é mais importante. Se premia temáticas LGBT, ecologista, feminista, anti-racial, pacifista etc. Mero exibicionismo moral e sinalização de virtudes. Na verdade, não há pauta, não há objetivos, não há nada. Portanto, o nosso desorientado cinema quiçá tenha uma chance. 
 
walther e elisinha salles, pais do cineasta
Muitos acham que o debate sobre esquerda e direita é uma tolice que não leva a nada. Estão profundamente enganados. A forma como enxergamos o mundo determina a forma como governamos nossa vida. Determina também como interpretamos e aplicamos os valores éticos, como conduzimos as relações e até nossa disposição moral de condenar criminosos por seus atos ou de considerá-los “vítimas da sociedade”. A esquerda é uma ideologia muito infeliz, desagregadora e odiosa, por isso não pode inspirar um povo ou durar muito tempo. Há esquerdistas desolados falando em era de fascismo. Dominada pela histeria ambiental, a pauta identitária e a ideologia de gênero, ela perdeu o elo com o cidadão normal, que não quer saber de nada disso. Com a vitória avassaladora de Donald Trump e as indicações que ele tem feito para a formação do governo, os insensatos do meio ambiente, da ideologia woke, os defensores do governo mundial, os bilionários globalistas, os tecnocratas da ONU e de todos os seus braços políticos e ideológicos estão desesperados. Nesse novo mundo que se anuncia, produções como AINDA ESTOU AQUI, de identificação político-partidária comunista, é quase um “abraço de afogados”, uma obsessão, um último adeus. Prova mais uma vez que a esquerda não enxerga a realidade. Sobrevive substituindo fatos por narrativas reconfortantes.
 
Tudo na esquerda é falso! São hipócritas, calculistas. Seus filmes sobre o regime militar no Brasil são tendenciosos, desonestos. Não se vê uma produção sob a ótica militar nem destacando famílias inteiras nas ruas protestando contra o comunismo. Nesses filmes parciais, a esquerda faz o repetitivo papel de vítima torturada. De “Nunca Fomos Tão Felizes” (1984) a “Batismo de Sangue” (2006), entre muitos outros filmes. O diretor de AINDA ESTOU AQUI, Walter Salles, o 11º maior bilionário do Brasil na lista da “Forbes”, é filho de banqueiro, criado numa cobertura na zona sul do Rio de Janeiro e... também faz parte da bolha comunista caviar, mas nunca socializou um real da sua fortuna. Ele teve um início promissor no cinema, perdendo o fôlego em poucos anos. Não dirige um filme inspirado desde “Abril Despedaçado”, de 2001. Há 23 anos! Um dos seus venenos panfletários foi colocar o sanguinário Che Guevara como um jovem sensível em “Diários de Motocicleta” (2004). Fernanda Torres é uma boa atriz, melhor do que a mãe que faz sempre as mesmas caras e bocas, mas perdeu o respeito do público ao escrever em 2020 um artigo escroto na “Folha de S. Paulo” chamado “Ninguém Sairá o Mesmo da Quarentena”. Um texto cruel, anti-conservador, imperdoável. As fakes agências de checagem negam o que ela escreveu, mas eu o li e me lembro muito bem. 
 
eu e fernanda torres em paris
A ausência de empatia — outra característica fundamental na mente esquerdista — é habitual na escrita da atriz. Para ela e os minguados apoiadores do Cachaça, os milhares de patriotas de direita são motivo de escárnio e desprezo. Indignados, não iremos vê-la no cinema nunca mais. Noutra época, em 2015, eu a conheci na França. Fui um dos autores brasileiros na 35ª edição do Salon du Livre de Paris. Ela também. Toda elétrica, brincalhona, sinuosa. Conversamos entre stands de livros e ela me convidou para uma festinha de artistas franceses. Recusei, não estava num momento emocional feliz para farras levianas. Seu filme é uma co-produção franco-brasileira da Arte France Cinèma, Conspiração Filmes e Globoplay. Tem origem nas memórias obscuras de um escritor medíocre. É até constrangedor para a classe literária chamá-lo de escritor. Na criação de Marcelo Rubens Paiva não há beleza, não há força moral, não há consciência que dê testemunho da verdade concreta. O bem e o mal estão mascarados. O suposto passado do autor narra a trajetória de Eunice Paiva (Fernanda Torres), advogada que luta para encontrar o marido, Rubens Paiva (Selton Mello), ex-deputado desaparecido durante o regime militar. Ele inventa um Robin Hood comunista que ajuda clandestinamente opositores dos militares na década de 1970.
 
Luta armada na trama? Assassinatos? Assaltos a bancos? Bombas ou raptos de autoridades? Alcaguetes? Jamais! São comunistas “do amor” made in Globolixo. Não é à toa que o crítico Cole Kronman, na revista “Slant”, observou que o melodrama político optou por transformar os personagens em símbolos para serem recordados, com pouco interesse na verdade. No delírio do livro-filme, os vermelhos são vitimizados, sofredores, pobres criaturas que merecem a nossa compaixão. Em 1990 e 1991 fui vizinho de Marcelo Rubens Paiva na Rua Peixoto Gomide, no bairro Bela Vista, pertinho da Avenida Paulista, em São Paulo. Histérico e arrogante, com uma mangueirinha mijava no jardim e batia boca para subir sozinho no elevador, como se fosse um reizinho neurótico e sem noção. Na época, li seus livros “Feliz Ano Velho” (1982) e “Blecaute” (1986), não sei qual deles é o mais irrelevante. Já AINDA ESTOU AQUI não li e não gostei. Quanto ao filme, talvez assistia dentro de alguns anos, em serviço de streaming, distante da badalação mercenária da mídia. No fim das contas, a única coisa que ainda está aqui é o viés ideológico mortadela falando mais alto do que qualquer outra coisa. É o que explica o envolvimento apaixonado da mídia com o filme. A imprensa morreu. Os sobreviventes, com raras exceções, são tipos que bajulam o poder para faturar alto. 
 
fernanda montenegro
A indústria do entretenimento e cultural do Brasil precisa de livros e filmes que retratem o período do regime militar com realismo, destacando acertos e malefícios. Cansamos da visão esquerdista radicalizada, mentirosa, cínica, apartada do mundo real. Já não somos os bobos da corte do opressor de volta à cena do crime. Como os Estados Unidos, venceremos essa batalha contra a mídia enviesada, as falsas acusações de incitação à violência, a censura das redes sociais, os processos ilícitos e a Constituição violada. Derrotaremos o aglomerado woke, a ideologia de gênero, a linguagem neutra, os homens em competições esportivas de mulheres, os pífios movimentos feministas, o assassinato de bebês nos ventres das mães, os falsos movimentos raciais. Estamos de olho em líderes que assustem as escolas corroídas, o meio acadêmico, os artistas arrogantes e inimigos do povo. Apoiaremos quem valoriza a família, os cristãos, os judeus, a liberdade de expressão. Contra o terrorismo, as drogas, as cotas, a Lei Rouanet, o ecoterrorismo, a agenda 2030 da ONU, o globalismo, as fronteiras abertas, a criminalidade. Não aceitamos as falsas virtudes do comunismo e seus puxadinhos, as ditaduras, as tiranias. Acordamos! E, por tudo isso, sim, pouco adianta gastar milhões – do povo! - na produção e promoção de filmes engajados como AINDA ESTOU AQUI. Não nos convencem. Adeus.
 

AINDA ESTOU AQUI
2024
direção de Walter Salles
137 minutos
indicado para maiores de 14 anos
em cartaz nos cinemas


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