vivien leigh |
Em 1999, em uma chuvosa tarde de primavera, andando sem destino
pelas ruas de Londres, encontrei uma formosa praça tomada por roseiras e
árvores frondosas, a Eaton Square. Parecia outra dimensão, concentrada em um
silêncio absoluto. Em volta dela, casarões brancos e imponentes, dois ou três
degraus em cada um deles, levando a portais sofisticados. Sentei em uma escada,
abri um livro, acendi o cigarro e fiquei entre o que lia e a visão majestosa da
praça. Ao levantar-me, notei uma placa
azul entre duas grandes janelas. Curioso, li o que dizia: “Aqui viveu Vivien
Leigh, de 1960 a 1967”. Tomei um baita susto, não esperava a surpresa.
Depois do êxtase, garimpei os filmes de VIVIEN LEIGH (1913 – 1967.
Darjeeling / Índia, onde o pai trabalhava numa firma de corretagem inglesa) –
só a conhecia do popular “... E o Vento Levou” -, descobrindo uma atriz da
maior distinção. Conhecida na intimidade como Viv, com LAURENCE OLIVIER (1907 –
1989. Dorking,
Reino Unido), o Larry, formaram um dos casais mais populares da Inglaterra por
duas décadas - uma espécie de realeza do teatro. Aclamada por ser belíssima e
talentosa, a atriz esteve afetada por um distúrbio bipolar durante a maior
parte de sua vida adulta, e seu humor era quase sempre não entendido pelos
diretores.
Ainda uma intérprete iniciante, em 1935, aos 22 anos, casada, ela
conheceu seu futuro marido em um restaurante, onde ele jantava acompanhado da
primeira esposa, Jill Esmond. Apaixonou-se imediatamente, e achou que a atração
tinha sido mútua. Dois anos mais tarde, ao assisti-lo em uma peça, teve o
impulso de procurá-lo para lhe dizer que admirara sua atuação.
Durante a conversa, ele sugeriu que fizesse um teste para “Ricardo II”,
sob a direção de John Gielgud. Ela ganhou o papel e, no mesmo ano, estrelou o
filme “Fogo Sobre a Inglaterra”, na pele de Lady Cynthia, amante do espião
interpretado por Olivier. Enquanto filmavam, ficaram íntimos e a amor
surgiu.
Concluído o drama histórico, atuaram no espetáculo “Hamlet”, na
Dinamarca, no Castelo de Elseneur, local da tragédia de William Shakespeare, e
o sucesso foi retumbante. Na ocasião, os amantes perceberam que havia chegado a
hora de abrir o jogo com seus respectivos consortes. Ela escreveu uma carta ao
marido pedindo-lhe perdão e comunicando que estava com LAURENCE OLIVIER e não mais
voltaria para casa, deixando a educação de sua filha, Suzanne, por conta de sua
mãe. Transcorridos seis meses de vida em comum, solicitaram o divórcio, mas
seus cônjuges recusaram terminantemente.
No verão de 1938, quatro fitas inglesas de VIVIEN LEIGH estrearam
nos Estados Unidos, resultando em convite hollywoodiano para atuar com LAURENCE
OLIVIER na adaptação do romance de Emily Bronte, “O Morro dos Ventos Uivantes /
Wuthering Heights” (1939). No entanto, o produtor Samuel Goldwyn ofereceu a
atriz o papel secundário de Isabella (terminaria nas mãos da ótima Geraldine
Fitzgerald), cabendo a Merle Oberon o de Cathy, heroína da história romântica.
Ela não aceitou o papel coadjuvante, mas a viagem norte-americana foi
proveitosa: seria escolhida entre milhares de estrelas para viver Scarlett
O’Hara em “... E o Vento Levou”, assinando um contrato de sete anos com David
O. Selznick e levando o Oscar de Melhor Atriz.
Aos 26 anos, consagrada, decepcionou-se ao ser recusada para os
filmes “Rebecca, a Mulher Inesquecível / Rebecca” (1940) e “Orgulho e
Preconceito / Pride and Prejudice” (1940), ambos protagonizados por LAURENCE
OLIVIER. Tentou substituir Robert Taylor pelo amado em “A Ponte de Waterloo /
Waterloo Bridge” (1940), mas não deu certo. Em 1940, eles finalmente obtiveram
o divórcio e se casaram numa cerimônia íntima em Santa Bárbara, Califórnia, com
apenas duas testemunhas, Katharine Hepburn e o dramaturgo Garson Kanin. Manifestando
os primeiros sintomas de transtorno bipolar, Viv voltou aos palcos com Larry em
“Romeu e Julieta” e às telas em “Lady Hamilton, a Divina Dama” (1941).
De volta a Inglaterra, em plena Segunda Guerra Mundial, eles
divertiram os pilotos da R.A.F. em shows e retornaram aos palcos. Grávida, a
atriz ficou doente e perdeu a criança. Histérica, agrediu física e verbalmente
o marido. Com sucesso nos palcos e mergulhada em crises nervosas, seu
temperamento afetado pela doença quase sempre não era entendido pelos diretores,
e ela ganhou a reputação de ser uma estrela difícil. Diagnosticada com
tuberculose crônica na metade da década de 1940, enfraqueceu-se
consideravelmente a partir de então.
Em 1947, LAURENCE OLIVIER foi sagrado cavaleiro e o casal passou a
ser tratado como Sir e Lady Olivier. Nos anos seguintes, VIVIEN LEIGH marcou
época interpretando Blanche DuBois na ribalta e nas telas. A montagem londrina
de “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams, dirigida pelo marido,
coberta de elogios, sustentava-se principalmente no seu desempenho.
Substituindo Olivia de Havilland, que recusou o papel no cinema, e contratada
pela enorme quantia de cem mil dólares, tornou-se a atriz mais bem-paga
da época. Teve um desempenho magnífico em “Uma Rua Chamada Pecado”,
sendo recompensada com um segundo Oscar e a Taça Volpi de Melhor Atriz no
Festival de Veneza. Seu triunfo teve um preço alto: “Blanche DuBois é uma
mulher da qual tudo foi arrancado, uma figura trágica e eu a entendo, mas
interpretá-la me fez mergulhar na loucura”, confessou certa vez.
Em 1951, o casal estreou no teatro “Antonio e Cleópatra”, de
Shakespeare, e “César e Cleópatra”, de Bernard Shaw, alternando as
apresentações e com imenso êxito. Dominada por colapsos nervosos, a atriz imaginava
que desconhecidos estavam tentando seduzi-la, e receava que não pudesse
resistir às suas investidas. Nesse período, sofreu dois abortos, e foi
diagnosticada como maníaco-depressiva. Gradualmente, os seus problemas de
saúde, agravados pela dependência do álcool e das drogas, interferiram na
carreira e no matrimônio. Por mais que se amassem e se admirassem, as terríveis
crises nervosas dela desestruturavam o relacionamento. Contudo, o público ainda
a amava.
Sob tratamento psiquiátrico, VIVIEN LEIGH foi convidada pelo
produtor Irving Asher para atuar com LAURENCE OLIVIER no drama “No Caminho dos
Elefantes / Elephant Walk” (1954), um triângulo amoroso em uma plantação de chá
no Ceilão. Ele não pode aceitar a oferta e foi substituído por Peter Finch. Dirigido
por William Dieterle, com Dana Andrews como o terceiro protagonista e filmagens
em locação, o filme começou a ser rodado com a estrela visivelmente cansada, à
flor da pele, esquecendo-se frequentemente do texto, à beira de recorrentes
ataques. Ela passou a seguir Finch pelos sets
com olhar de fúria, chamando-o de Larry e, à noite, alucinada, repetia os
diálogos de Blanche DuBois em “Uma Rua Chamada Pecado”, chorando
incontrolavelmente, sem pegar no sono.
Concluídas as cenas exteriores, as restantes seriam filmadas em
Hollywood. Na viagem, a atriz tentou rasgar as roupas e pular do avião. No
estúdio da Paramount repetiram-se terríveis rompantes de histeria. Ela gritava,
tal como Blanche: “Saia logo daqui, antes que eu comece a gritar fogo! Fogo!
Fogo! Fogo!”. Alguém teve a ideia de chamar o ator David Niven, amigo íntimo do
casal Olivier, e ele conseguiu acalmá-la. O produtor Asher não teve outra
alternativa senão colocar a jovem Elizabeth Taylor no seu lugar, vivendo Ruth
Wiley (nas tomadas de plano geral ainda se pode ver a silhueta de Vivien).
Felizmente VIVIEN LEIGH não concluiu o trabalho, o longa é um dos piores da
carreira de Liz. Aos 41 anos de idade, a famosa Scarlet O`Hara não aceitava o
fato de ser maníaco-depressiva e, consentida pelos médicos, fez teatro (com
casa lotada e ótimas críticas). Voltou a filmar em 1955 ao estrelar o delicado
drama “O Profundo Mar Azul”, de Anatole Litvak.
Com o ritmo excessivo de trabalho, VIVIEN LEIGH caiu em longos períodos de
depressão e passou a maior parte dos anos de 1954 e 1955 sob cuidados médicos.
No auge da anormalidade, arrancou as roupas e saiu nua pelas ruas. Em seguida,
começaram os boatos sobre a péssima situação do seu casamento. De volta aos
palcos, ela teve um caso com Peter Finch. Nos anos seguintes, continuou a ter
acessos frenéticos, muitas vezes quebrando tudo à sua volta. Em 1960, os boatos
sobre o casamento deles se confirmaram quando LAURENCE OLIVIER a abandonou para
se unir a atriz Joan Plowright, 22 anos mais nova. Ela pediu o divórcio e nunca mais se casou, continuando a trabalhar no
cinema e no teatro até sua morte súbita por tuberculose.
O romance de VIVIEN LEIGH e LAURENCE OLIVIER era considerado uma
espécie de conto de fadas para o público: famosos, ricos, talentosos e apaixonados.
Como nada é o que parece ser, uma biografia recente garante que ambos eram
infiéis desde o início do relacionamento e torturavam um ao outro com amantes
de ambos os sexos. Segundo o best-seller,
a cada crise de instabilidade emocional, a atriz procurava conforto em relações
extraconjugais, de Rex Harrison a Marlon Brando, passando por atrizes
como Isabel Jeans. Tinha predileção por jovens prostitutos e frequentava um bordel de Los Angeles especializado em garotos de
programa.
Costumava contratar desconhecidos no “Scotty’s Garage”, um posto
de gasolina conhecido por seus 22 funcionários jovens e atraentes. Ela pagava a
“cortesia de estranhos” com presentes, de cigarreiras a joias. LAURENCE OLIVIER
não deixava por menos, e teve um murmurado caso com o comediante
norte-americano Danny Kaye, entre outros. Detalhes na biografia “Damn You,
Scarlett O’Hara – The Private Lives of Vivien Leigh and Laurence Olivier”
(2011), escrita por Darwin Porter, antigo confidente da estrela, e Roy Moseley,
assistente pessoal de Olivier.
vivien, olivier e olivia de havilland |
Ela fez apenas 18 filmes. Em mais de trinta anos de teatro, VIVIEN LEIGH interpretou desde comédias de Noel Coward a dramas clássicos de Shakespeare. Aprendeu a atuar com LAURENCE OLIVIER, desabrochou com ele, mas o seu talento era nato. De beleza delicada, essa atriz de extraordinário vigor dramático é uma das maiores heroínas românticas do cinema. No seu funeral, John Gielgud disse: “Não será esquecida, porque sua qualidade mágica era incomparável. Uma grande beleza, uma estrela, uma atriz cinematográfica consumada e uma personalidade versátil e poderosa no teatro...”.
O extraordinário LAURENCE OLIVIER foi um dos mais carismáticos
atores do século XX. Sua presença em palco fascinava o público e sua
credibilidade como intérprete, no drama como na comédia, proporcionou-lhe os
maiores êxitos. Destacou-se interpretando personagens de Shakespeare, quer no
teatro, quer no cinema. Em 1978 recebeu um Oscar especial pelo conjunto de sua obra e por
sua contribuição à arte cinematográfica. Em 1970, a rainha Elizabeth II lhe
outorgou o título de Lorde, com direito a frequentar o Parlamento britânico.
Ele morreu, aos 82 anos, de câncer no estômago, dormindo em sua casa ao lado de
sua terceira mulher, a atriz Joan Plowright, com quem teve três filhos.
FOGO SOBRE a INGLATERRA
Direção de William K. Howard
Em plena guerra entre a Inglaterra e a Espanha, Vivien e Olivier
são os amantes Lady Cynthia e Michael Ingolby. Ele, um espião enviado a Madri
para descobri os nomes dos conspiradores ingleses aliados dos espanhóis.
TRÊS SEMANAS de LOUCURA
Direção de Basil Dean
Um ex-pároco (Olivier) é julgado por um crime que não cometeu.
Vivien figura como Wanda, a namorada do acusado.
LADY HAMILTON, a
DIVINA DAMA
Direção de Alexander Korda
O romance proibido entre o herói de guerra Lord Nelson e a casada Emma Hamilton.
10 FILMES de VIV
(por ordem de preferência)
01
Uma RUA CHAMADA PECADO
Direção de Elia Kazan
Elenco: Marlon Brando, Kim Hunter e Karl Malden
Oscar de Melhor Atriz
Melhor Atriz no Festival de Veneza
02
E o VENTO LEVOU
Direção de Victor Fleming
Elenco: Clark Gable, Leslie Howard, Olivia
de Havilland, Thomas Mitchell, Hattie McDaniel, Laura Hope Crews e Jane Darwell
Oscar de Melhor Atriz
03
A PONTE de WATERLOO
Direção de Mervyn LeRoy
Elenco: Robert Taylor, Lucile Watson, Maria Ouspenskaya e C.
Aubrey Smith
04
A NAU dos INSENSATOS
Direção de Stanley Kramer
Elenco: Simone Signoret, José Ferrer, Lee
Marvin, Oskar Werner e Elizabeth Ashley
05
ANNA KARENINA
Direção de Julien Duvivier
Elenco: Ralph Richardson, Kieron Moore e
Martita Hunt
06
LADY HAMILTON, a
DIVINA DAMA
Direção de Alexander Korda
Elenco: Laurence Olivier, Alan Mowbray, Sara Allgood e Gladys
Cooper
07
Em ROMA, na PRIMAVERA
Direção de José
Quintero
Elenco: Warren Beatty, Coral Browne, Jill
St. John e Lotte Lenya
08
O PROFUNDO MAR AZUL
Direção de Anatole Litvak
Elenco: Kenneth More e Eric Portman
09
CÉSAR e CLEÓPATRA
Direção de Gabriel Pascal
Elenco: Claude Rains, Stewart Granger,
Flora Robson, Cecil Parker e Jean Simmons
10
Nos BASTIDORES de LONDRES
Direção de Tim Whelan
Elenco: Charles Laughton e Rex Harrison
10 FILMES de LARRY
(por ordem de preferência)
01
HAMLET
Direção de Laurence Olivier
Elenco: Jean Simmons e Anthony Quayle
02
O MORRO dos VENTOS UIVANTES
Direção de William Wyler
Elenco: Merle Oberon, David Niven, Flora
Robson e Geraldine Fitzgerald
03
PERDIÇÃO por AMOR
Direção de William Wyler
Elenco: Jennifer Jones, Miriam Hopkins e Eddie Albert
04
REBECCA, a MULHER INESQUECÍVEL
Direção de Alfred Hitchcock
Elenco: Joan Fontaine, George
Sanders, Judith Anderson e C. Aubrey Smith
05
MARATONA da MORTE
Direção de John Schlesinger
Elenco: Dustin Hoffman, Roy
Scheider, William Devane e Marthe Keller
06
HENRIQUE V
(The Chronicle
History of King Henry the Fifth with His Battell Fought at Agincourt in France,
1944)
Direção de Laurence Olivier
Elenco: Renée Asherson, Robert Newton,
Leslie Banks e Robert Helpmann
07
SPARTACUS
Direção de Stanley Kubrick
Elenco: Kirk Douglas, Jean
Simmons, Charles Laughton, Peter Ustinov e John Gavin
08
VIDA de ARTISTA
Direção de Tony Richardson
Elenco: Brenda de Banzie,
Roger Livesey, Joan Plowright e Alan Bates
09
TRAMA DIABÓLICA
Direção de Joseph L. Mankiewicz
Elenco: Michael Caine
10
MENTIRA INFAMANTE
Direção de Peter Glenville
Elenco: Simone Signoret, Sarah Miles, Terence Stamp e Hugh Griffith
GALERIA de FOTOS
32 comentários:
Embora divina, não achei lá aquelas coisas o roteiro de O Caminho dos Elefantes, claro que passaram por Paris pra selva com aquele figurino deslumbrante
Adorei a matéria ❤
Minha atriz clássica favorita. Dois papéis bastaram para a sua consagração eterna. De certa forma, ela era Scarlett e Blanche ao mesmo. Eu brinco que o meu humor oscila entre Scarlett e Blanche,rsrsrs.
5 de novembro de 2011 02:29
Muito bom o texto, também não acredito em biografias =/
=**
5 de novembro de 2011 07:59
Salve Laurence Olivier e Vivien Leigh!!
Salve Blanche DuBois!
5 de novembro de 2011 08:42
Vivien e Olivier, dois enormes talentos e um romance atribulado. Conhecia a faceta homossexual de Olivier, mas não a de Vivien.
Quanto a Tab Hunter, acho que toda a gente sabia da sua homossexualidade e era realmente mais bonito que bom actor.
5 de novembro de 2011 12:23
Biografias não são espelhos da verdade, especialmente esta última. Retrato de como o ser humano é mau e ama mais o dinheiro do que as suas próprias amizades. Nojento saber que existe um livro relatando particularidaes que nem sabemos se é verdade. Pra mim eles são dois artistas e acabou.
E agora, Antonio, respondendo à pergunta que você não respondeu lá no blog: eu não acho em absoluto que uma pessoa que tenha distúrbio mental seja "complicadinha" ou veja a vida em preto e branco. Os diretores, fique sabendo e toda uma equipe de teatro e cinema, a adoravam, pois ela era uma pessoa que não queria fazer mal a ninguém. As crises iam embora e ela presenteava as pessoas com flores e tentava se desculpar ao máximo pelo mal que tinha causado. As pessoas sabiam que ela era doente. Era uma pessoa amada, pois amava as pessoas e fazia de tudo para agradar.A fonte citada está errada, com certeza. Eu também sou bipolar e a entendo perfeitamente. Ninguém pede para ter um problema desses, ninguém pede a Deus para ter crises e sair arrebentando tudo, xingando os outros. Isso é uma doença. É muito desumano acreditar que uma pessoa vê a vida sem cores por que tem um problema mental. Aliás, Antonio, não faria diferença nenhuma no seu blog se você não tivesse divulgado este livro maldoso aqui. Me desculpe, mas talvez se você não tivesse se referido tão mal à Vivien no Tela Prateada, eu pouparia estas palavras, afinal, já vi este tipo de texto aqui.
5 de novembro de 2011 14:56
O texto está excelente. Abração.
5 de novembro de 2011 16:32
Toda a perfeição tem o seu preço. O desempenho dela em Uma Rua Chamada Pecado, talvez seja uma das melhores atuações que eu já vi no cinema, mas eu via ali, todas as forças fisicas e mentais dela, a serviço das cenas que exigiam algo mais do que a vida.
Não me admiraria se essa biografia virasse filme, só fico me perguntando quem faria ela no cinema atualmente.
5 de novembro de 2011 19:10
Olá,
Antonio.
O que gostaria que você entendesse, principalmente no meio artístisco é que, muitas vezes o honesto não é o que soa verdadeiro, de fontes que conviveram com estas pessoas. É exatamente o contrário: imagine você, ter um amigo e confidente, durante anos. 40 anos depois de sua morte esta pessoa surge com um livro dizendo que você é isso, aquilo e outro aquilo. É uma traição...entendeu? É um absurdo que o espólio da atriz e de Olivier(suponha-se Tarquin e Suzanne) ainda não tenham tirado este livro das prateleiras. Se fosse minha mãe, com todos os defeitos(sabemos que Vivien não foi uma mãe presente durante anos) eu tiraria.
Existem certas coisas, e isso eu falo pois nós dois também somos pessoas públicas, que simplesmente as pessoas de bem não revelam. As que são mal-caráter sim, como o caso dos autores deste livro. Um diz ser confidente da atriz...meu Deus! Não existe casal perfeito, lógico, mas os problemas em maior proporção dos dois acho que já sabemos. Não precisamos de mais. Não. Eu preciso é de mais filmes de Vivien, que nem foram lançados no Brasil, ainda...não acha isso mais interessante? Fico feliz que tenha me entendido. Eu realmente não quis de maneira nenhuma levar para o lado pessoal. Só te dar um toque. Que bom que tenha compreendido.
Um abraço
Dani
5 de novembro de 2011 19:39
Triste saber de todos os problemas psicológicos que Viv tinha. Mas era quase uma deusa na tela. Em Uma Rua Chamada Pecado, ela alcança a perfeição.
5 de novembro de 2011 23:15
Desse jeito vou ficar expert em cinema! Adoro os textos e comentários sobre filmes e artistas. Tem mais uma seguidora!!!
6 de novembro de 2011 00:19
Escândalo... Vida pessoal conturbada... Grandes nas telas.
6 de novembro de 2011 12:12
UMA DAS MULHERES MAIS BELA DE DO CINEMA. ALIÁS, DIGA-SE, AS MORENAS SÃO AS MAIS BELAS...
6 de novembro de 2011 15:00
Ela era linda
6 de novembro de 2011 15:01
Bela Vivien! Antonio, a Jean Simmons me lembra muito a Viv fisicamente. O que vc acha?
6 de novembro de 2011 15:02
Vivien é única na história do cinema. A maior estrela das telas.
6 de novembro de 2011 15:03
Discordo. A maior estrela foi Greta Garbo.
6 de novembro de 2011 15:03
Eu nunca gostei da Vivien. Sempre a achei sem carisma e me pareceu muito antipática e arrogante. Fora que ela não tinha voz para ser atriz.
6 de novembro de 2011 15:04
Vivien atuou muito pouco, e nos poucos filmes que atuou foi marcante. Dois Oscars em 3 indicações já é muito, principalmente levando-se em conta que atuou em apenas 10 filmes em Hollywood. Para mim, uma grande atriz, com uma veia teatral marcante.
6 de novembro de 2011 17:44
E quanto ao seu temperamento, acho que ela merece um desconto por ser maníaco-depressiva..
6 de novembro de 2011 17:44
Ser arrogante, antipática ou sei lá o que não interfere quando se analisa a atriz em si. Elia Kazan além de ter muitos defeitos também era delator, mas isso não lhe tira os méritos de ter sido um ótimo diretor.
6 de novembro de 2011 17:45
Gostaria muito de ter visto Vivien no palco, principalmente pra saber como uma atriz - excelente, por sinal - funcionava na ribalta com uma voz tão curta e irritante. Por que será que nunca educou sua voz? "Uma rua chamada pecado", por exemplo, deixa a gente maluco, por um lado os grunhidos de Branco, mastigando as palavras como se fossem sólidas, e por outro lado a voz de passarinho de Vivien. Ninguém merece.
7 de novembro de 2011 14:46
Viv e Larry formaram, sem dúvida, um dos casais mais charmosos do cinema. Realmente, eram como uma espécie de realeza.
Abraços!
7 de novembro de 2011 16:48
PARA MIM VIVIEN LEIGH TEVE AS DUAS MAIORES INTERPRETAÇÕES DO CINEMA:SCARLETT EM O VENTO LEVOU E BLANCHE DUBOIS DE UMA RUA CHAMADA PECADO
7 de novembro de 2011 20:51
Apesar das histórias de alcova, Vivien e Laurence formam um casal chiquérrimo que transborda classe e talento.
Ela está em dois filmes que amo muito (E o vento... e Uma rua chamada...), mas não posso deixar de citá-la em A nau dos insensatos. Gosto muito do filme e Leigh está impecável.
Ele, além das maravilhosas adaptações de Shakespeare, de Heathcliff, Mr. Darcy, De Winter, etc, nos aterrorizou como ninguém em Maratona da morte. Is it safe?
Astros queridos e eternos.
7 de novembro de 2011 21:02
Antonio onde encontro essa biografia da Viv?
8 de novembro de 2011 10:58
No quesito maior estrela do cinema, além de Greta Garbo, Joan Crawford, Bette Davis e Katharine Hepburn) podemos incluir na discussão Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor (no quesito "star power" mesmo).
8 de novembro de 2011 11:00
Antonio será que encontro no site Amazon? obg Abraços
8 de novembro de 2011 18:50
A Vivien idolatrava o Laurence Olivier e sofria por achar que não tinha atributos suficientes para estar ao seu lado nos palcos. Ledo engano, ela era tão boa quanto ele.
Grande post, Nahud.
9 de novembro de 2011 11:32
Olá, Antonio
Beleza de texto sobre Vivien Leigh. Difícil resistir a assistir filmes dela depois de ler o que você escreveu.
10 de novembro de 2011 19:56
Vivien Leigh, atriz britânica belíssima e extremamente sensual que certamente foi a beldade famosa mais linda e talentosa do mundo inteiro em sua própria época.
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