setembro 26, 2015

********* CARY GRANT: um TOQUE de CLASSE





Foi uma experiência estranha entrar num escritório da Universal - isto em 1961 - e dar de cara com um homem que não me conhecia, mas que eu conhecia desde que me lembrava. Clifford Odets, um amigo comum - nessa altura ainda era vivo -, tinha pedido a CARY GRANT para me receber, por isso falamos um pouco de Clifford, e não me lembro de uma única palavra do que dissemos. O meu espírito estava inundado de imagens dos seus filmes que tinha visto e só conseguia pensar em como se parecia com a sua imagem cinematográfica - o mesmo charme, o mesmo humor, o ar de mistério não fabricado, mas nítido. É claro que não foi a sua celebridade que me impressionou, conheço estrelas que nunca me impressionariam, mas ele foi sempre um dos meus atores favoritos, e uma de um punhado de grandes personalidades do cinema.

Contudo, o que o distingue de todos os outros - algo de especialmente pertinente nesta época em que o sistema de estúdio desapareceu - é o fato de Cary ter sido a primeira estrela a se tornar independente. Desde que o seu contrato com a Paramount acabou em 1936, ele nunca mais assinou outro com exclusividade para qualquer companhia. Por isso, ao contrário de qualquer estrela (até o início dos anos 50), ele escolheu os argumentos e os realizadores com quem desejava trabalhar, nenhum executivo lhe escolheu os filmes, nunca foi forçado a fazer coisas de que não gostasse. Responsável por sua trajetória, construiu o arco da sua carreira, moldando a sua persona cinematográfica através do seu próprio direcionamento, coisa que homens como Bogart ou Cagney ou Tracy ou Cooper nunca puderam fazer.

Até a época de sua ligação com a Paramount, era pouco mais que uma primeira figura masculina apreciável, levemente desajeitada e bastante convencional numa fileira de filmes para esquecer. Se alguém se lembra de vê-lo contracenar com Mae West em “Santa Não Sou / She Done him Wrong” ou com Marlene Dietrich em “A Vênus Loira / Blonde Venus”, de Josef von Sternberg, é porque é tão surpreendentemente diferente do CARY GRANT futuro. Começamos a notar a diferença pela primeira vez em “Vivendo em Dúvida / Sylvia Scarlet”, de George Cukor, em 1935, e dois anos depois, desta vez quase atingindo a perfeição, em “Cupido é Moleque Teimoso”, de Leo McCarey, em 1938. Com “Boêmio Encantador / Holiday”, de Cukor, e “Levada da Breca”, de Hawks, tornou-se sinônimo de um determinado personagem - uma espécie de impertinência charmosa mesclada de um gosto impecável e de uma graça sutil e requintada.

O que o tornou tão desejável como intérprete, e tão inimitável (e teve muitos imitadores ao longo dos anos) foi uma mistura poderosa de talento com um aspecto de ídolo de matinês. Qual seria a estrela capaz de expressar cólera resfolegando como um cavalo (como fez em “Levada da Breca”) e, no entanto, manter a sua masculinidade? Quem mais seria capaz de dar cambalhotas para exprimir o seu amor pela vida (como em “Boêmio Encantador”) e fazer com que isso parecesse justo? Tinha uma maneira de dizer as frases mais banais que as fazia parecer uma coisa inteligentíssima.


Tornou-se um mestre tão perfeito em comédia, sofisticada ou popular, que o seu talento foi muitas vezes subestimado. Contudo, a profundidade emocional e a amplitude do seu trabalho em filmes como “Paraíso Infernal / Only Angels Have Wings” de Hawks ou “Serenata Prareada / Penny Serenade” de George Stevens ou “Ainda Resta uma Esperança / None But the Lonely Heart” de Clifford Odets, apagariam qualquer dúvidas. Mesmo um melodrama simpático, mas menor, como foi o primeiro filme de Richard Brooks, “Terra em Fogo / Crisis”, é animado pelo sentimento de verdade e a qualidade profissional que Cary põe na sua interpretação: desempenha o papel de um cirurgião - observe-se as cenas de operação e julgaremos que nunca fez outra coisa na sua vida. Com um argumento adequado e mesmo um realizador indiferente, a personalidade do ator pode transformar um filme como “Aventureiro da Sorte / Mr. Lucky” em algo de memorável e tocante. Quando todos os elementos estão certos, a sua presença torna-se parte indispensável da obra-prima: “Paraíso Infernal” e “Jejum de Amor” de Hawks, “Intriga Internacional / North by Northwest” e “Interlúdio / Notorious” de Hitchcock.

grant e ingrid bergman 
em interlúdio
Primeira figura masculina ideal, bobo perfeito, dândi admirável e patife encantador: se excetuarmos os seus primeiros tempos na Paramount, nunca lhe foi concedida autorização para morrer no fim do filme, e com toda a razão - quem acreditaria? Cary era indestrutível. E no entanto, só recebeu um prêmio da Academia em 1970 pelo conjunto da sua carreira. Foi o ponto alto da noite e a única vez que apareceu na televisão. Grant fez um discurso de agradecimento elegante e espirituoso, mencionando grandes realizadores que o tinham dirigido. Era uma lista consistente, pois trabalhou com mais bons realizadores do que qualquer outra estrela de cinema: Hawks (5 vezes), Hitchcock (4), Stanley Donen (4), Cukor (3), McCarey (3), Stevens (3), Raoul Walsh, Frank Capra, Joseph L. Mankiewicz, Blake Edwards, Garson Kanin. Cada um revelou facetas diferentes da sua fascinante personalidade. Hitchcock disse-me, “Ninguém dirige Cary Grant, só é preciso pô-lo na frente da câmara”.

Ele não faz filmes desde 1966, quando fez “Devagar, Não Corra / Walk Don't Run”, no qual deixou Jim Hutton e Samantha Eggar conduzir a matéria amorosa, enquanto desempenhava o papel de casamenteiro, interpretação que tinha sido originalmente de Charles Coburn na primeira versão da história, “Original Pecado / The More the Merrier”. O filme não é desagradável, mas o público não está interessado em vê-lo fazer aquele papel. Há um momento do filme em que Cary dá a Miss Eggar uma taça de champanhe e um beijo na mão que deve ter feito toda a gente ansiar por mais - é de certeza o momento mais romântico de todo o filme. Mas o ator tinha decidido que estava demasiado velho para contracenar com mulheres mais novas e, de fato, julgo que o relativo fiasco de “Devagar, Não Corra” acelerou a sua partida inesperada do cinema. Se as pessoas o queriam apenas como figura romântica e ele se sentia velho para isso, a única coisa a fazer era abandonar o cinema.

cary e o oscar especial 1970
Como é que o poderemos convencer de que não tem razão? Há pouco tempo disse a CARY GRANT que gostaria de tê-lo num filme e ele respondeu-me brincando que se fosse um papel de um velho de cadeira de rodas talvez aceitasse. Não lhe interessa o fato de parecer ter apenas cinquenta anos e de a maior parte das mulheres que conheço começarem a devanear à simples menção do seu nome. Não há nada a fazer - está metido até ao pescoço no mundo dos negócios e diz que adora.

Talvez seja feliz, mas o cinema perdeu alguém insubstituível. Cedo demais. Pode argumentar ter feito tudo que havia de fazer no cinema, o que é verdade, mas desejaria que continuasse nas telas. Por mim, daria tudo para tê-lo num filme, e tenho a certeza que o público não ficaria triste por ter esse estilo especial e essa sofisticação única de novo. Deve ser para os espectadores, como foi para mim da primeira vez que com ele me encontrei, um velho e querido amigo. Temos saudades dele.

Texto de PETER BOGDANOVICH
1972


GRANT-RANDOLPH SCOTT: “o CASAL FELIZ”

Elegância, charme e talento são as palavras certas para definir CARY GRANT (1904 -1986), que se afastou do cinema em 1966, logo após ingressou na indústria de cosméticos Fabergé, como relações-públicas, e depois saltou para executivo. Ele era para a Hollywood dos anos dourados o que Brad Pitt é para a indústria do cinema nos dias de hoje. Um dos atores preferidos de Alfred Hitchcock, com quem fez clássicos como “Ladrão de Casaca / To Catch a Thief (1955) e “Intriga Internacional” (1959), serviu de modelo para Ian Fleming criar o agente secreto 007. Desde sempre o astro foi alvo de comentários sobre sua suposta homossexualidade. Ele nunca assumiu publicamente nem mesmo uma bissexualidade, casando-se com cinco mulheres em intervalos diferentes. Em 1980, aos 76 anos, processou o comediante Chevy Chase, que teria assim se referido a ele na tevê: “What a gal!” (“Que garota!”).

Nos anos 1930, o ator, solteiro e um dos mais cobiçados da época, vivia numa mansão em Santa Monica, em Los Angeles, com Randolph Scott, estrela de faroestes e filmes de aventuras. Moraram juntos por 12 anos nessa praia particular da Califórnia. A residência ficou conhecida como a “mansão dos solteirões”. Em 1932, a Paramount fez 30 fotos deles para divulgar a alegria da vida de solteiro que levavam. As imagens ambíguas da dupla, tratados pela imprensa como “o casal feliz”, os mostram na piscina, levantando pesos, fazendo cooper, jogando dama ou jantando à luz de velas. Num flagrante bem íntimo, Scott aparece sentado à mesa olhando um documento, enquanto CARY GRANT o observa, a mão apoiada no ombro do amigo.



“Aqui estamos, vivendo da forma que achamos melhor como solteiros, numa ótima casa e a um preço relativamente barato”, disse Grant a uma revista da época. Dessa série, a foto que mais intriga é aquela que mostra a silhueta dos dois amigos no clima romântico de um fim de tarde, diante do mar. Gay, o cineasta George Cukor, que o dirigiu em “Núpcias de Escândalo”, comentou a postura do colega: “Ele nunca falaria sobre isso. No máximo, diria que os dois fizeram belas fotos juntos. Scott talvez admitisse - mas para um amigo.” Diante do frisson provocado por essa suspeita, a Paramount tirou proveito do suposto romance. E os filmes de CARY GRANT arrebentaram na bilheteria.

Verdade ou mentira, tudo se passava entre quatro paredes. Os dois astros estavam sempre juntos, inclusive nas noitadas. Por tal razão, a irônica e afiada Carole Lombard disparou: “Gostaria de saber qual destes dois garotos paga as contas.”. Vários livros nos contam que eram realmente homossexuais e extremamente apaixonados. Dizem que se conheceram durante um almoço na Paramount. Na época, Randolph Scott era amante de Howard Hughes, já CARY GRANT, vivia um romance com um estilista chamado Wright Neale. Para tentar encobrir as diversas aventuras homossexuais do seu astro Grant, a Paramount arranjava mulheres para sua companhia, mas nunca deu certo. A atração dos dois foi imediata e recíproca, Scott mudou-se imediatamente para o apartamento de Cary.



Não era comum dois jovens, belos e famosos atores viverem juntos naquela época. Pela exposição – eles apareciam juntos nas estreias sem companhia feminina – os mexericos se espalharam. Inicialmente encontraram refúgio num apartamento próximo a um reduto de homossexuais, Griffith Park. Depois se mudaram para a “mansão dos solteirões”.


Mesmo depois de casados com mulheres mantiveram diversos encontros. Ao saber do falecimento de Cary Grant, em 1986, o velho Randolph Scott (85 anos de idade) compareceu ao velório antes da cremação, dirigiu-se ao caixão, pegou nas mãos do amado, beijou-as, colocou-as sobre sua cabeça, e chorou copiosamente.


APAIXONADO por SOPHIA LOREN

Em 1957, durante a rodagem, em Espanha, de “Orgulho e Paixão / The Pride and the Passion”, de Stanley Kramer, CARY GRANT se apaixonou loucamente pela estrela italiana Sophia Loren, e tentou convencê-la a casar-se com ele. Ela conta esse episódio na sua autobiografia, “Ieri, Oggi, Domani / Ontem, Hoje, Amanhã”. Tinha 23 anos, ele 53 e estava casado com a terceira das suas cinco mulheres (casamentos que não abafaram os rumores da bissexualidade do ator). Passado em Espanha durante as guerras napoleônicas, o épico conta a história de um oficial inglês, interpretado por CARY GRANT, que ajuda um grupo de espanhóis a combater o invasor francês. Sophia Loren é Juana, a filha do chefe espanhol por quem o herói se apaixona. A atriz revela que Grant enviava ramos de flores todos os dias e insistia em que rezassem pedindo orientação para saber se deveriam deixar as pessoas com quem estavam envolvidos.


Ele estava então casado, há já oito anos, com a atriz Betsy Drake, de quem só viria a divorciar-se em 1962. Foi o seu casamento mais duradouro, e o ator sempre se mostrou grato a Betsy por ter conseguido fazê-lo recuperar a sua “paz interior”. Ela o convenceu dos benefícios de um tratamento por LSD, então legal, que parece ter resultado, segundo o próprio, onde o ioga, o hipnotismo e outras terapias falharam.

Sophia Loren, embora tivesse apenas 23 anos, era já uma atriz experiente e que dera nas vistas em filmes populares. Quando conheceu CARY GRANT, mantinha desde a adolescência uma relação com o produtor de cinema Carlo Ponti, com quem estava prestes a se casar. E casaram-se no dia 17 de Setembro de 1957, por procuração, depois de o produtor se ter divorciado da sua primeira mulher no México.

Para Sophia Loren, a idade de CARY GRANT não era problema, uma vez que “andava à procura de uma figura paternal”. O próprio Ponti era 22 anos mais velho do que ela. Mas “tinha de fazer uma escolha” e inclinou-se para o seu marido. “O Carlo era italiano, pertencia ao meu mundo, era a coisa certa a fazer”, explica na autobiografia. “Na época não tive remorsos, amava o meu marido e, embora tivesse afeto por Cary, não conseguiria casar com um gigante de outro país e deixar Carlo”.


DEZ COMÉDIAS de CARY GRANT
(por ordem de preferência)

01
NÚPCIAS do ESCÂNDALO
(The Philadelphia Story, 1940)
direção de George Cukor
  elenco: Katharine Hepburn

 02
LEVADA da BRECA
(Bringing Up Baby, 1938)
direção de Howard Hawks
elenco: Katharine Hepburn

03
CUPIDO é MOLEQUE TEIMOSO
 (The Awful Truth, 1937)
direção de Leo McCarey
elenco: Irene Dunne

04
JEJUM de AMOR
(His Girl Friday, 1940)
direção de Howard Hawks
elenco: Rosalind Russell

05
O INVENTOR da MOCIDADE
(Monkey Business, 1952)
direção de Howard Hawks
elenco: Ginger Rogers e Marilyn Monroe

06
E a VIDA CONTINUA
(The Talk of the Tawn, 1942)
direção de George Stevens
elenco: Jean Arthur

07
CARÍCIAS de LUXO
(That Touch of Mink, 1962)
direção de Delbert Mann
elenco: Doris Day

08
VIVENDO em DÚVIDA
(Sylvia Scarlett, 1935)
direção de George Cukor
elenco: Katharine Hepburn

09
INDISCRETA
(Indiscreet, 1958)
direção de Stanley Donen
elenco: Ingrid Bergman

10
MINHA ESPOSA FAVORITA
(My Favorite Wife, 1940)
direção de Garson Kanin
elenco: Irene Dunne

GALERIA de FOTOS


setembro 18, 2015

******************** A mais ANTIGA PROFISSÃO

anna karina em viver a vida

 
O look libertina fascina as atrizes: invenção feminina, sedução, erotismo em primeiro plano, dramaticidade. Vestuário, acessórios, maquiagem e penteado se destacam, da decotada blusa pink de lã de Nastassja Kinski em “Paris, Texas” às botas altas de Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”. Pensando nas cinematográficas profissionais do sexo, listo algumas delas. Valentes, apaixonadas, tiranas, cômicas, vaidosas, sofridas, decadentes, drogadas, românticas, neuróticas, vulgares – tem de tudo.

michéle mercier em 
o amor através dos séculos
Como bem disse o leitor Oliver Pickwick, “Convenhamos, a prostituta de La Hepburn - atriz que estará, sempre, acima do bem e do mal - em “Bonequinha”, é mais inocente que Mary Poppins.” No mesmo romantismo quase casto, Vivien Leigh marcou época como a Myra de “A Ponte de Waterloo”. Entretanto, o tema tratado com realismo também tem projeção no cinema, inclusive em comédias, como “Irma La Douce”, de Billy Wilder, ou o franco-italiano “O Amor Através dos Séculos / Le Plus Vieux Métier du Monde” (1967), seis sketches narrando a prostituição em épocas diferentes. Para saber mais sobre o assunto, aconselho o livro “Marked Women: Prostitutes and Prostitution in the Cinema”, de Russell Campbell. Eis o meu bordel cinéfilo:

GLORIA SWANSON
Sadie Thompson em

Sedução do Pecado 
(Sadie Thompson, 1928)
direção de Raoul Walsh

MIRIAM HOPKINS

Ivy Pearson em

O Médico e o Monstro 
(Dr. Jekyll and Mr. Hyde, 1931)
direção de Rouben Mamoulian

MARLENE DIETRICH
Helen Faraday / Jones em

A Vênus Loira 
(Blonde Venus, 1932)
direção de Josef von Sternberg

JOAN CRAWFORD
Sadie Thompson em

O Pecado da Carne 
(Rain, 1932)
direção de Lewis Milestone

BETTE DAVIS
Mildred em

  Escravos do Desejo 
(Of Human Bondage, 1934)
direção de John Cromwell

GRETA GARBO
Marguerite Gautier em

A Dama das Camélias 
(Camille, 1936)
direção de George Cukor

CLAIRE TREVOR
Dallas em

No Tempo das Diligencias 
(Stagecoach, 1936)
direção de John Ford

VIVIEN LEIGH
Myra em

A Ponte de Waterloo 
(Waterloo Bridge, 1940)
direção de Mervyn LeRoy

INGRID BERGMAN
Ivy Peterson em

O Médico e o Monstro 
(Dr. Jekyll and Mr. Hyde, 1941)
direção de Victor Fleming

JOAN BENNETT

Kitty March em

Almas Perversas  
(Scarlet Street, 1945)
direção de Fritz Lang

LINDA DARNELL

Chihuahua em

Paixão dos Fortes 
(My Darling Clementine, 1946)
direção de John Ford

SIMONE SIGNORET
Dédée em

Escravos do Amor 
(Dédée d'Anvers, 1948)
direção de Yves Allégret

KINUYO TANAKA
Oharu em

A Vida de OHaru 
(Saikaku Ichidai Onn, 1952)
direção de Kenji Mizoguchi

DONNA REED
Alma Lorene Burke em

A Um Passo da Eternidade 
(From Here to Eternity, 1953)
direção de Fred Zinnemann

RITA HAYWORTH
Sadie Thompson em

A Mulher de Satã 
(Miss Sadie Thompson, 1953)
direção de Curtis Bernhardt

JO VAN FLEET
Kate em

Vidas Amargas 
(East of Eden, 1955)
direção de Elia Kazan

MARTINE CAROL
Naná em

Naná 
(Nana, 1955)
direção de Christian-Jaque

MACHIKO KYÔ
Mickey em

A Rua da Vergonha 
(Akasen Chitai, 1956)
direção de Kenji Mizoguchi

GIULIETTA MASINA
Cabíria em

Noites de Cabíria 
(Le Notti di Cabiria, 1957)
direção de Federico Fellini

SUSAN HAYWARD
Barbara Graham em

Quero Viver 
(I Want to Live!, 1958)
direção de Robert Wise

MELINA MERCOURI
Ilya em

Nunca aos Domingos 
(Never on Sunday, 1960)
direção de Jules Dassin

ELIZABETH TAYLOR
Gloria Wandrous em

Disque Butterfield 8  
(Butterfield 8, 1960)
direção de Daniel Mann

ANNIE GIRARDOT

Nadia em

Rocco e seus Irmãos 
(Rocco e i suoi Fratelli, 1960)
direção de Luchino Visconti

AUDREY HEPBURN
Holly Golightly em

Bonequinha de Luxo 
(Breakfast at Tiffany’s, 1961)
direção de Blake Edwards

ANOUK AIMÉE
Lola em

Lola, a Flor Proibida 
(Lola, 1961)
direção de Jacques Demy

ANNA MAGNANI
Mamma Roma em

Mamma Roma 
(idem, 1962)
direção de Pier Paolo Pasolini

ANNA KARINA
Nana Kleinfrankenheim em

Viver a Vida 
(Vivre sa Vie: Film en Douze Tableaux, 1962)
direção de Jean-Luc Godard

SOPHIA LOREN
Mara em

Ontem, Hoje e Amanhã 
(Ieri, Oggi e Domani, 1963)
direção de Vittorio De Sica

SHIRLEY MacLAINE
Irma La Douce em

Irma La Dulce 
(idem, 1963)
direção de Billy Wilder

NORMA BENGELL
Mara em

Noite Vazia
 (1964)
direção de Walter Hugo Khouri

ODETE LARA
Regina em

Noite Vazia
 (1964)
direção de Walter Hugo Khouri

CATHERINE DENEUVE
Belle de Jour em

A Bela da Tarde 
(La Belle de Jour, 1967)
direção de Luis Buñuel

JEANNE MOREAU
Martine Bernard em

Um Homem Difícil de Matar 
(Monte Walsh, 1970)
direção de William A. Fraker

JANE FONDA
Bree Daniels em

Klute, o Passado Condena 
(Klute, 1971)
direção de Alan J. Pakula

JULIE CHRISTIE
Constance Miller em

Onde os Homens são Homens 
(McCabe & Mrs. Miller, 1971)
direção de Robert Altman

ANDREA FÉRREOL
Andrea em

A Comilança 
(La Grande Bouffe, 1973)
direção de Marco Ferreri

JODIE FOSTER
Iris em

Motorista de Taxi 
(Taxi Driver, 1976)
direção de Martin Scorsese

BROOKE SHIELDS

Violet em 

Pretty Baby: Menina Bonita  
(Pretty Baby, 1978)
direção de Louis Malle

ISABELLE HUPPERT

Ella Watson em

O Portal do Paraíso 
(Heaven's Gate, 1980)
direção de Michael Cimino

MARÍLIA PERA
Sueli em

Pixote, a Lei do Mais Fraco
  (1981)
direção de Hector Babenco

BARBARA SUKOWA
Lola em

Lola 
(Idem, 1981)
direção de Rainer Werner Fassbinder

NASTASSJA KINSKI
Jane Henderson em

Paris, Texas 
(Idem, 1984)
direção de Wim Wenders

MIRANDA RICHARDSON
Ruth Ellis em

Dançando com um Estranho 
(Dance with a Stranger, 1985)
direção de Mike Newell

BARBARA HERSHEY
Maria Madalena em

A Última Tentação de Cristo
(The Last Temptation of Christ, 1988)
direção de Martin Scorsese

JENNIFER JASON LEIGH 
Tralala em

Noites Violentas no Brooklin
(Last Exit to Brooklin, 1989)
direção de Uli Edel

ISABELLA ROSSELLINI
Perdita Durango em

Coração Selvagem   
(Wild at Heart, 1990)
direção de David Lynch

JULIA ROBERTS
Vivian Ward em

Uma Linda Mulher 
(Pretty Woman, 1990)
direção de Garry Marshall

VICTORIA ABRIL
Gloria em

Ninguém Falará de Nós Quando Estivermos Mortos
(Nadie Hablará de Nosotras Cuando Hayamos Muerto, 1995)
direção de Agustín Díaz Yanes

SHARON STONE
Ginger Mckenna em

Cassino  
(Casino, 1995)
direção de Martin Scorsese

EMMANUELLE BÉART
Nathalie / Marlène em 

Nathalie X 
(Nathalie..., 2003)
direção de Anne Fontaine