“Cuide de sua beleza interior, sua
beleza espiritual, e isso se refletirá em seu rosto. Temos o rosto que criamos
ao longo dos anos. Cada má ação, cada atitude velhaca, aparecerá no rosto. Deus
pode nos dar beleza, mas se essa beleza permanece ou se transforma é
determinado por nossos pensamentos e ações.”
DOLORES del RIO
Apelido: Lolita
Altura: 1,61 m
Olhos: negros
Cabelos: negros
Uma das mais belas atrizes de todos os tempos, DOLORES del
RIO (1904 - 1983. Durango / México) brilhou em Hollywood no período do
silencioso, na fase sonora inicial e, posteriormente, foi uma das mais
importantes estrelas do cinema mexicano. Sua carreira de mais de cinquenta anos
deu-lhe fama internacional. Filha de um
banqueiro, sua rica família perdeu tudo na Revolução Mexicana. Felizmente,
por sua bela voz, havia sido enviada, por seus pais, para aprender canto em
Paris e depois Madrid.
Em 1921, com
apenas 16 anos, casou-se com o advogado e escritor Jaime Martinez Del Rio,
dezoito anos mais velho do que ela. Pouco anos depois, vista pelo diretor de
cinema Edwin Carewe quando dançava um tango em um evento familiar, foi convidada
para um papel em seu próximo filme, “As Melindrosas / Joanna”
(1925). Rapidamente alcançando a popularidade devido ao seu fascínio, chegou ao
topo dos créditos de vários filmes de prestígio dirigidos por Raoul Walsh e
Clarence Brown, entre outros.
Em 1928, DOLORES del RIO se divorciou. Tomado pelo ciúme, o ex-marido foi para a Alemanha e se
suicidou. Famosa pelos casos com alguns dos principais atores de Hollywood, dois
anos depois do divórcio, após um namoro de nove meses, casou-se com Cedric
Gibbons, o chefe do departamento de arte da Metro-Goldwyn-Mayer, um
profissional magistral que ganhou 11 Oscars. Amiga de Marlene Dietrich, que a considerava “a mulher mais bonita de Hollywood”, era conhecida como a “versão feminina de Rudolph Valentino”.
O seu segundo casamento durou dez anos, até ela o
trair com o genial cineasta e ator Orson Welles, que mais tarde afirmou
que era “a mulher mais excitante que já conheci”. O romance durou dois anos. Nessa
ocasião, ela participou de um thriller noir interessante, roteirizado por
Welles e dirigido por Norman Foster, “Jornada do Pavor / Journey into Fear”
(1943). Este foi o seu melhor filme na fase final da carreira nos EUA.
“Muitas grandes
estrelas não sobreviveram a transição dos filmes mudos para os sonoros. Suas
vozes soavam estridentes ou elas não falavam suficiente bem o inglês. Eu
sobrevivi, mas foi difícil. Tive que trabalhar muito duro no meu inglês”, afirmou numa entrevista. Nos anos 1930, os seus filmes de maior êxito foram “Ave do Paraíso” e “Voando para o Rio”. Neste último, sua personagem era a
brasileira Belinha de Rezende, sucedendo-se outros papéis exóticos menos
importantes.
Reclamando que os
produtores e diretores norte-americanos não lhe davam papéis interessantes, em
1943 aceitou convite para atuar no México, onde teve grandes oportunidades e
filmou pela primeira vez em espanhol. Aos 39 anos, DOLORES del RIO se tornou a
estrela mais popular de seu país, só retornando ocasionalmente a Hollywood.
Em
1946, atuou no seu maior sucesso, “Maria Candelária”, prêmio de Melhor
Filme no Festival de Cannes. Sua associação com o diretor Emilio Fernández, o
fotógrafo Gabriel Figueroa e o ator Pedro Armendáriz é responsável pelo
que ficou conhecido como “Era de Ouro do Cinema Mexicano”. No seu país natal,
ganhou o Prêmio Ariel (o Oscar local) de Melhor Atriz em 1946, 1952
e 1954. Em 1959, casou-se com Lewis A. Riley, empresário teatral norte-americano,
vivendo com ele até sua morte.
Sua juventude perene foi motivo de especulação. Ela nunca recorreu à cirurgia plástica, mantendo a
aparência por meio de dieta rigorosa, muitas horas de sono, nada de álcool,
exercícios físicos e uma vez por semana alimentava-se apenas de cenouras, suco
de laranja e limão. De formosura notória, aos 70 anos não tinha
rugas, causando inveja às colegas.
Rica e culta, não
quis ter filhos por causa do trabalho. Após diversas doenças crônicas, morreu
aos 78 anos. Sua extraordinária carreira incluiu, além de cinema, teatro e TV. Em seu derradeiro
filme, “Os Filhos de Sanchez / The Children of Sanchez” (1978), encabeça o
elenco ao lado de Anthony Quinn e Katy Jurado.
10 FILMES de
DOLORES del RIO
(por ordem de
preferência)
01
DOMÍNIO de
BÁRBAROS
(The Fugitive, 1947)
Direção de John
Ford
Elenco: Henry
Fonda, Pedro Armendáriz, J. Carrol Naish e Ward Bond
02
OURO
(The Trail of '98,
1928)
Direção de
Clarence Brown
Elenco: Ralph
Forbes e Harry Carey
03
AMORES de CARMEN
(The Loves of
Carmen, 1927)
Direção de Raoul
Walsh
Elenco: Don
Alvarado e Victor McLaglen
04
AVE do PARAÍSO
(Bird of Paradise,
1932)
Direção de King
Vidor
Elenco: Joel
McCrea e John Halliday
05
MARIA CANDELÁRIA
(María Candelaria -
Xochimilco, 1943)
Direção de Emilio
Fernández
Elenco: Pedro
Armendáriz
06
A DANÇA RUBRA
(The Red Dance,
1928)
Direção de Raoul
Walsh
Elenco: Charles
Farrell
07
FLOR SILVESTRE
(Idem, 1943)
Direção de Emilio
Fernández
Elenco: Pedro
Armendáriz
08
ESTRELA de FOGO
(Flaming Star, 1960)
Direção de Don
Siegel
Elenco: Elvis
Presley, Barbara Eden e Steve Forrest
09
CREPÚSCULO de uma
RAÇA
(Cheyenne Autumn, 1964)
Direção de John
Ford
Elenco: Richard
Widmark, Carroll Baker, Karl Malden, Sal Mineo, Ricardo Montalban, Gilbert
Roland, Arthur Kennedy, James Stewart, Edward. G. Robinson e John Carradine
10
VOANDO para o RIO
(Flying Down to Rio, 1933)
Direção de Thornton
Freeland
Elenco: Gene Raymond, Raoul Roulien, Ginger
Rogers e Fred Astaire
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2 comentários:
Essa batalhou em todos os sentidos.
MaravilhosA
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