Apelidos:
The Blonde Bombshell, MM
Altura:
1,68 m
Olhos:
azuis
Cabelos: ruivos
Protagonizou
escândalos, viveu a agonia de uma personalidade insegura e se tornou um dos
maiores símbolos de beleza de todos os tempos em sua curta passagem pela vida. Seus
incontáveis relacionamentos amorosos foram marcados por ciúme, traição e sexo
descartável com anônimos e mega-astros de ambos os sexos. Loira platinada, corpo
deslumbrante, sensualidade marcada em curvas e gestos, seios generosos, boca
provocante, MARILYN MONROE (1926 – 1962. Los Angeles, Califórnia / EUA) representa
um erotismo excitante aliado a uma certa inocência, resultando em uma explosão
sexual sem precedentes. O sucesso, contudo, não trouxe felicidade. Morreu
há cinquenta e nove anos, mas a deusa ainda povoa o imaginário de muitos. Um mito,
uma estrela, uma diva que passou a maior parte da vida em lares adotivos e
orfanatos. A mãe esquizofrênica vivia internada em instituições
psiquiátricas, tendo pouco contato com a filha. Ela não conheceu o pai. Em sua
autobiografia “Minha História”, afirma que sua mãe mostrava uma foto
de Clark Gable quando perguntada sobre o pai. Sua vida
erótica, desde cedo, foi movimentada. Segundo a própria, a primeira
experiência sexual aconteceu aos sete anos e, aos nove, foi abusada no
orfanato. Seu pai adotivo, bêbado, tentou violentá-la.
Um policial a teria estuprado, resultando em um aborto.
Aos 16
anos, casou-se com um vizinho, James Dougherty, de 21 anos
e operário de uma fábrica de aviões. Foi uma maneira de escapar do orfanato.
Embora ele a amasse, ela afirmou que o casamento “foi inseguro
desde a primeira noite”. Seu apetite sexual esgotou o marido, que fugia fazendo
plantões noturnos. Três anos depois, aproveitando que ele servia na II Guerra Mundial, pediu o divórcio para tentar a sorte no cinema. De acordo
com suas palavras, a relação era um tédio, não tinham
nada a dizer um ao outro. Em Hollywood trabalhou como
stripper numa espelunca na Sunset Boulevard, e se prostituiu. Não se sentia envergonhada. Ao
contrário, gostou da experiência. Oferecia seu corpo também nas ruas para
motoristas.
Mais
tarde, quando perguntaram como tinha chegado ao estrelato, respondeu: “Conheci
os homens certos e dei a eles o que desejavam”. Após fazer algum sucesso em
publicações de moda, fez pequenos papéis na Columbia e posou nua para Tom Kelly, em troca de 50 dólares. As fotos foram publicadas na “Playboy”. Sua aparição nas capas de revistas levou a 20th Century Fox
a contratá-la. Nessa época, relacionou-se com um escritor, Robert
Slatzer. Chegaram a casar-se no México, mas o produtor Darryl F. Zanuck exigiu
a anulação do matrimônio. Além dele, MARILYN MONROE saía com Tommy
Zahn, tenente da Guarda Costeira da Califórnia. Na Fox,
uma de suas funções era participar das chamadas “festas promocionais”, que não
passavam de noitadas de pôquer, bebidas e sexo. Numa dessas orgias, se tornar concubina do setuagenário Joe Schenck, um dos fundadores do
estúdio. Também era amante de Charlie Júnior, filho de Chaplin. Ele a
engravidou e ela abortou mas uma vez. O caso acabou quando ele a encontrou na cama com seu
irmão Sydney. Os próximos parceiros, o jornalista James Bacon, que a promoveu em sua coluna, e o preparador vocal Fred Karger.
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arthur miller e marilyn |
Com a
morte de Hyde, ela se tornou amante do presidente da Fox, Spyros Skouras.
Disposta a tudo pelo sucesso, se jornalistas pediam entrevista exclusiva,
ela os recebia nua. Depois de algum tempo com o ator Peter Lawford e o magnata
Howard Hughes, em 1952 conheceu o astro do beisebol Joe DiMaggio. Após
dois anos, casaram-se, o que não a impediu de ter um caso com
o diretor Elia Kazan. Na lua de mel em Tóquio, fez uma performance
para militares que serviam na Coreia, causando furor, e DiMaggio se mostrou incomodado
com os milhares de soldados desejando sua esposa. Após inúmeras brigas por
ciúmes, MARILYN MONROE considerou o marido entediante.
A atriz
afirmou que se sentiu profundamente atraída pela lenda do beisebol, mas que
nunca desejou abandonar sua carreira. DiMaggio, por sua vez, queria uma dona de
casa como esposa, e odiava o status de sex symbol dela. Os desejos
contrastantes e o temperamento possessivo do marido criaram tensões inegáveis, resultando
em agressões físicas. O casamento não durou nem um ano, e ela pediu o divórcio
alegando “crueldade mental”. Segundo o livro “Marilyn: The Passion and the
Paradox” (Marilyn: a Paixão e o Paradoxo), de Lois Banner, a cena em que o
vento de um respiradouro de metrô levanta o icônico vestido branco em “O Pecado
Mora ao Lado”, irritou terrivelmente seu marido e foi determinante para o fim
da união. Ele ficou escandalizado.
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marilyn e marlon brando |
Livre,
famosa, alvo de fofocas e escândalos em manchetes de jornais em todo o mundo, ela se encontrava secretamente com Marlon Brando e Frank Sinatra. De acordo
com a biografia “A Vida Secreta de Marilyn Monroe”, de J. Randy Taraborrelli,
ela curou os problemas de impotência sexual que Sinatra enfrentava na época. Já
“Sinatra: The Chairman” (Sinatra: o Presidente), de James Kaplan, afirma que
ele chegou a pedi-la em casamento, mas ela disse não. Em 1956, conheceu o dramaturgo Arthur Miller, que pôs fim a um casamento de
quinze anos por ela. Um vencedor do prêmio Pulitzer de
teatro e uma atriz cujo foco era o erotismo foram vistos como um casal “incompatível”
pela imprensa. Durante o casamento, ela abortou outra vez e tentou o
suicídio duas vezes. A união
foi a mais tranquila, entre as suas várias relações turbulentas. Porém, durou pouco. A estrela precisava de mais suporte emocional do que ele
poderia dar, e o dramaturgo não gostava do seu estilo de vida agitado. Durante
as filmagens de “Adorável Pecadora”, ela se sentiu atraída pelo ator francês
Yves Montand, casado com Simone Signoret. Os rumores sobre a infidelidade se
espalharam. O ator declarou que jamais abandonaria a sua mulher por ela. Já
Simone, esperta, afirmou: “Se Marilyn se apaixonou por meu marido, isto apenas
prova que tem bom gosto. Eu o amo também”.
O
casamento com Miller acabou quando ela atuava em “Os Desajustados” (1961), com
roteiro dele. Nas filmagens, brigavam por tudo, inclusive por ela
assediar Clark Gable e Montgomery Clift, que rejeitaram seus avanços. Após o
divórcio, ela passou semanas em uma clínica psiquiátrica em Nova York e
tentou o suicídio mais uma vez. Foi quando entrou em cena o presidente John
F. Kennedy.
Os amantes se encontravam na suíte do Carlyle Hotel, em Nova York, ou
na casa de praia de Peter Lawford, em Santa Mônica, onde tomavam banhos de mar
pelados. Não se sabe ao certo a duração ou importância do romance. Embora a
história tenha acontecido sob vigilância constante do FBI e CIA, segundo “Marilyn
& JFK”, de François Forestier, o único episódio acompanhado publicamente
foi o lascivo “Happy Birthday, mr. President”, que ela cantou ao político
dentro de um vestido justíssimo adornado com pérolas e costurado em seu próprio
corpo. O momento foi transmitido pela TV para 40 milhões de norte-americanos, três meses antes da morte dela.
O livro “These
Few Precious Days. The Final Year of Jack with Jackie” (Estes Poucos Dias Preciosos.
O Último Ano de Jack com Jackie), de Christopher Andersen, conta que a atriz
chegou a telefonar para Jackie Kennedy, para dizer que se casaria com seu
marido. “Ótimo (...) Eu me mudo, e você fica com todos os problemas”, respondeu
a primeira-dama. O adultério do presidente tornou-se o grande assunto dos
Estados Unidos. Os mais íntimos, convidados para discretas festas na casa de
Bing Crosby, em Palm Springs, cumprimentavam Kennedy ao lado de uma MARILYN
MONROE bêbada e seminua. Fora de controle emocional, ela mergulhou numa maratona
sexual desesperada. Pressionado, Kennedy teve que abandoná-la e seu irmão
Robert tomou seu posto. Ao saber que ela estava grávida, ele a rejeitou,
mudando os números de telefone de sua linha direta para que ela não pudesse
mais encontrá-lo.
Sem rumo,
a loura mais amada do planeta fez mais um aborto e voltou a participar de
orgias com Peter Lawford e Frank Sinatra. Álcool, drogas e sexo já não a
saciavam. Acordava com doses de Bloody Mary e anfetaminas, bebendo champanhe o
dia inteiro. Na madrugada de 5 de agosto de 1962, MARILYN MONROE morreu
fulminada por uma incontrolável solidão. Tinha 36 anos. Foi encontrada por sua
arrumadeira, Eunice Murray. A autópsia relatou que morreu de uma overdose de
remédios. Várias teorias da conspiração surgiram. A família Kennedy e até mesmo
a CIA foram apontados como responsáveis, mas nada foi provado. Eu não acredito
num suposto assassinato. A estrela era uma suicida em potencial, completamente descontrolada
e infeliz. Uma garota complicada, condenada a uma vida curta. Formosa, felina e
talentosa, seu fim partiu o coração de milhões de fãs. O ex Joe DiMaggio
organizou todos os detalhes de seu funeral e providenciou para que, ao lado de
sua lápide, nunca faltassem rosas vermelhas. Após o término do
casamento dela com Arthur Miller, ele tinha voltado a se aproximar, tentando
salvá-la da depressão e levar alguma estabilidade à sua vida. Conta-se que
chegou a pedi-la em casamento outra vez. Mas já era tarde demais.
DEZ FILMES
de MARILYN
(por
ordem de preferência)
01
O PECADO
MORA ao LADO
(The
Seven Year Itch, 1955)
elenco: Tom Ewell, Evelyn Keyes e Oscar
Homolka
02
QUANTO mais
QUENTE MELHOR
(Some
Like It Hot, 1959)
direção:
Billy Wilder
elenco:
Tony Curtis, Jack Lemmon e George Raft
03
A MALVADA
(All
About Eve, 1950)
direção:
Joseph L. Mankiewicz
elenco:
Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders, Celeste
Holm e Thelma Ritter
04
O SEGREDO
das JÓIAS
(The Asphalt
Jungle, 1950)
direção:
John Huston
elenco:
Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen e Sam
Jaffe
05
O
INVENTOR da MOCIDADE
(Monkey
Business, 1952)
direção:
Howard Hawks
elenco:
Cary Grant, Ginger Rogers e Charles Coburn
06
COMO
AGARRAR um MILIONÁRIO
(How to
Marry a Millionaire, 1953)
direção:
Jean Negulesco
elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Rory Calhoun e William
Powell
07
NUNCA fui
SANTA
(Bus Stop,
1956)
direção:
Joshua Logan
elenco:
Don Murray, Arthur Oconnell, Betty Field, Eileen
Heckart e Hope Lange
08
Os HOMENS
PREFEREM as LOIRAS
(Gentlemen
Prefer Blondes, 1953)
direção:
Howard Hawks
elenco:
Jane Russell, Charles Coburn e Marcel Dalio
09
Os
DESAJUSTADOS
(The
Misfits, 1961)
direção:
John Huston
elenco:
Clark Gable, Montgomery Clift, Thelma Ritter e Eli
Wallach
10
ADORÁVEL
PECADORA
(Let's
Make Love, 1960)
direção:
George Cukor
elenco:
Yves Montand e Tony Randall
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