Atuar
lida com emoções delicadas.
Não é colocar uma máscara.
Cada vez que um ator atua,
ele não se esconde, ele se expõe.
O amor, o sofrimento e a felicidade
que vivencio na vida transparecem
nos meus filmes, tornam-se parte deles.
Quando assisto a um filme depois
de tê-lo feito, vejo minha vida diante de mim.
JEANNE MOREAU
Não é colocar uma máscara.
Cada vez que um ator atua,
ele não se esconde, ele se expõe.
O amor, o sofrimento e a felicidade
que vivencio na vida transparecem
nos meus filmes, tornam-se parte deles.
Quando assisto a um filme depois
de tê-lo feito, vejo minha vida diante de mim.
JEANNE MOREAU
Olhos: castanhos escuros
Cabelos: castanhos claros
Altura: 1,60 cm
Apelido: a Bette Davis Francesa
Ela podia
ser quase feia e, segundos depois, ao virar o rosto, ficava incrivelmente
atraente. Era ela mesma, uma atriz sem artifícios, de uma versatilidade incrível,
capaz de transmitir tanto as sutilezas românticas bem como as trágicas. Uma
lenda do cinema e do teatro que encarou a vida com absoluta liberdade e marcou época
em todo o mundo. Eu conheci JEANNE MOREAU (1928 - 2017. Paris / França) na
adolescência, em “Chamas de Verão” (1966), no “Corujão” da TV. Amor à primeira vista. Nesse suspense
psicológico, ela interpreta Mademoiselle, uma professora primária sexualmente
reprimida que alivia suas tensões através de uma série de crimes chocantes. Um drama
memorável, fundamental para o meu fascínio cinéfilo. O roteiro foi escrito pela
magistral escritora Marguerite Duras, inspirado em história de Jean Genet. Depois
reencontraria a atriz muitas outras vezes. Não há melhor momento do que aquele
em que nos apaixonamos por um cineasta, um ator, uma atriz, um escritor. Foi o
que aconteceu comigo com Jeanne. Eu comecei a procurar os seus filmes,
assistindo um atrás do outro.
Tinha certeza de que estava diante de uma estrela fabulosa. Rendi-me definitivamente a seu talento vendo-a como Lídia em “A Noite” (1961). Tive um caso de amor com ela no papel de Catherine, em “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962). Ela era diferente de todas as atrizes que já tinha visto até aquele momento. Uma beleza nada comum, uma voz rouca. Um cigarro na boca, um sorriso sutilmente debochado. Uma das maiores maravilhas do cinema europeu, JEANNE MOREAU é a personificação da feminilidade e da sensualidade. Sabe-se que se ela amasse uma ideia, lutava por ela. Portanto, teve uma carreira admiravelmente diversificada: foi uma magnífica atriz de teatro e cinema, cantora de prestígio, diretora de cinema, teatro e ópera, e lançou uma autobiografia. Combinou erotismo com personalidade forte em clássicos da Nouvelle Vague. Seu papel como a extravagante Catherine no sensacional “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois”, um filme de época ambientado na Primeira Guerra Mundial, representa uma encantadora alma livre e é uma das maiores atuações da história do cinema.
Ao longo de sua trajetória profissional, com mais de 120 filmes e diversas séries de TV, trabalhou com realizadores do mundo inteiro, inclusive rodou um curioso filme no Brasil nos anos 70, “Joanna Francesa” (1973). Ela acreditou na ideia de Cacá Diegues e a financiou. Afirmava gostar de ser tratada como Mademoiselle Moreau e agarrava seus personagens de tal forma que parece que os engolia numa justeza arrepiante. Sempre pendia para os papeis complexos, que questionavam os padrões, mostrando as diversas facetas do feminino e abrindo as portas para criaturas donas da própria sexualidade e do próprio corpo. Sofreu com as críticas de uma imprensa que a chamava de feia. Depois passou a ser adorada pelos próprios algozes. JEANNE MOREAU foi a responsável pela criação da persona da mulher moderna, um ícone de fêmea que era dona de si e se entregava aos seus desejos e crenças, sem medo de ser firme e assertiva para ter as coisas feitas do seu jeito. Quem trabalhou com ela destaca a leveza e a sua abertura para novas ideias que a levassem ainda mais longe em sua arte.
Sua beleza sempre teve uma qualidade incrivelmente fatal. Ela é certamente, para mim, de beleza densa e inquieta, penetrante, criteriosa e, de certa forma, distante. Sempre parece que pode sair da tela e nos abandonar por outra história qualquer. Sua inteligência, seu ar de langor, de descontentamento, tudo se combina para torná-la mais adorável. O carisma, o pensamento, a sexualidade e a qualidade de estrela de JEANNE MOREAU criaram um novo espaço no cinema do pós-guerra para estrelas femininas que não eram apenas belas, mas também verdadeiras e complexas. Ela é, na verdade, um ícone de cinema. Seu pai, Anatole-Désiré Moreau, era dono de um restaurante em Montmartre, Paris. Sua mãe, Katherine Buckley, uma dançarina inglesa que frequentava o Folies Bergère. Cresceu morando entre Paris e Mazirat, a cidade natal de seu pai. Neste lugar, aprendeu a lição libertária da avó, chamada pelo carinhoso apelido de Memé, que disse para a neta ainda pequena: “Você não nasceu para ficar servindo um marido. Cuide para não se tornar uma idiota, viu?”.
Em Paris, ela frequentou o Liceu Edgar Quinet e descobriu seu amor pela literatura e o teatro. Quando seus pais se divorciaram no final da década de 1940 e sua mãe retornou à Inglaterra, permaneceu com o pai em Montmartre. Contrariando a vontade dele, se tornou atriz. Estudou teatro no Conservatório de Paris e estreou em 1947, no Festival de Avignon. Em 1948, com apenas 20 anos, tornou-se a mais jovem integrante em tempo integral da história da Comédie-Française, a companhia teatral mais prestigiada da França. Sua primeira peça foi “Um Mês no Campo”, de Ivan Turgenev, dirigida por Jean Meyer. Logo se tornou uma das principais atrizes da trupe, reconhecida pela crítica como uma importante atriz. Saiu da Comédie-Française em 1951, por considerá-la restritiva e autoritária, e ingressou no Théâtre Nationale Populaire, mais experimental. Nos anos 50, depois de pequenos papéis em alguns filmes, apareceu no soberbo thriller “Grisbi, Ouro Maldito / Touchez pas au Grisbi” (1953), com o veterano astro Jean Gabin, e no vibrante drama histórico “Rainha Margot / La Reine Margot” (1954).
Tinha quase 30 anos quando sua carreira cinematográfica realmente decolou, transformando-se em estrela de cinema, graças ao trabalho com o diretor estreante Louis Malle no clássico noir “Ascensor para o Cadafalso” (1958). No famoso suspense, ela é Florence Carala, a conspiradora casada que tem um plano assassino para enriquecer a si mesma e ao seu amante. A seguir atuou no controverso “Os Amantes” (1958), como Jeanne Tournier, uma esposa provinciana que abandona a família por um homem que acabara de conhecer. Sua interpretação realista, inteligente e sutil da adúltera causou escândalo. As cenas eróticas resultaram em reações indignadas e problemas de censura em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os colunistas de fofocas norte-americanos a rotularam imediatamente como uma Brigitte Bardot mais intelectualizada – e ainda mais polêmica. O filme apresenta uma crítica ácida à burguesia e ao casamento. É nele que ela tem um orgasmo ao som de Brahms, uma das cenas mais sensuais do cinema. A maneira como Louis Malle a filmou é de uma sensibilidade absurda.
Tinha certeza de que estava diante de uma estrela fabulosa. Rendi-me definitivamente a seu talento vendo-a como Lídia em “A Noite” (1961). Tive um caso de amor com ela no papel de Catherine, em “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962). Ela era diferente de todas as atrizes que já tinha visto até aquele momento. Uma beleza nada comum, uma voz rouca. Um cigarro na boca, um sorriso sutilmente debochado. Uma das maiores maravilhas do cinema europeu, JEANNE MOREAU é a personificação da feminilidade e da sensualidade. Sabe-se que se ela amasse uma ideia, lutava por ela. Portanto, teve uma carreira admiravelmente diversificada: foi uma magnífica atriz de teatro e cinema, cantora de prestígio, diretora de cinema, teatro e ópera, e lançou uma autobiografia. Combinou erotismo com personalidade forte em clássicos da Nouvelle Vague. Seu papel como a extravagante Catherine no sensacional “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois”, um filme de época ambientado na Primeira Guerra Mundial, representa uma encantadora alma livre e é uma das maiores atuações da história do cinema.
Ao longo de sua trajetória profissional, com mais de 120 filmes e diversas séries de TV, trabalhou com realizadores do mundo inteiro, inclusive rodou um curioso filme no Brasil nos anos 70, “Joanna Francesa” (1973). Ela acreditou na ideia de Cacá Diegues e a financiou. Afirmava gostar de ser tratada como Mademoiselle Moreau e agarrava seus personagens de tal forma que parece que os engolia numa justeza arrepiante. Sempre pendia para os papeis complexos, que questionavam os padrões, mostrando as diversas facetas do feminino e abrindo as portas para criaturas donas da própria sexualidade e do próprio corpo. Sofreu com as críticas de uma imprensa que a chamava de feia. Depois passou a ser adorada pelos próprios algozes. JEANNE MOREAU foi a responsável pela criação da persona da mulher moderna, um ícone de fêmea que era dona de si e se entregava aos seus desejos e crenças, sem medo de ser firme e assertiva para ter as coisas feitas do seu jeito. Quem trabalhou com ela destaca a leveza e a sua abertura para novas ideias que a levassem ainda mais longe em sua arte.
Sua beleza sempre teve uma qualidade incrivelmente fatal. Ela é certamente, para mim, de beleza densa e inquieta, penetrante, criteriosa e, de certa forma, distante. Sempre parece que pode sair da tela e nos abandonar por outra história qualquer. Sua inteligência, seu ar de langor, de descontentamento, tudo se combina para torná-la mais adorável. O carisma, o pensamento, a sexualidade e a qualidade de estrela de JEANNE MOREAU criaram um novo espaço no cinema do pós-guerra para estrelas femininas que não eram apenas belas, mas também verdadeiras e complexas. Ela é, na verdade, um ícone de cinema. Seu pai, Anatole-Désiré Moreau, era dono de um restaurante em Montmartre, Paris. Sua mãe, Katherine Buckley, uma dançarina inglesa que frequentava o Folies Bergère. Cresceu morando entre Paris e Mazirat, a cidade natal de seu pai. Neste lugar, aprendeu a lição libertária da avó, chamada pelo carinhoso apelido de Memé, que disse para a neta ainda pequena: “Você não nasceu para ficar servindo um marido. Cuide para não se tornar uma idiota, viu?”.
Em Paris, ela frequentou o Liceu Edgar Quinet e descobriu seu amor pela literatura e o teatro. Quando seus pais se divorciaram no final da década de 1940 e sua mãe retornou à Inglaterra, permaneceu com o pai em Montmartre. Contrariando a vontade dele, se tornou atriz. Estudou teatro no Conservatório de Paris e estreou em 1947, no Festival de Avignon. Em 1948, com apenas 20 anos, tornou-se a mais jovem integrante em tempo integral da história da Comédie-Française, a companhia teatral mais prestigiada da França. Sua primeira peça foi “Um Mês no Campo”, de Ivan Turgenev, dirigida por Jean Meyer. Logo se tornou uma das principais atrizes da trupe, reconhecida pela crítica como uma importante atriz. Saiu da Comédie-Française em 1951, por considerá-la restritiva e autoritária, e ingressou no Théâtre Nationale Populaire, mais experimental. Nos anos 50, depois de pequenos papéis em alguns filmes, apareceu no soberbo thriller “Grisbi, Ouro Maldito / Touchez pas au Grisbi” (1953), com o veterano astro Jean Gabin, e no vibrante drama histórico “Rainha Margot / La Reine Margot” (1954).
Tinha quase 30 anos quando sua carreira cinematográfica realmente decolou, transformando-se em estrela de cinema, graças ao trabalho com o diretor estreante Louis Malle no clássico noir “Ascensor para o Cadafalso” (1958). No famoso suspense, ela é Florence Carala, a conspiradora casada que tem um plano assassino para enriquecer a si mesma e ao seu amante. A seguir atuou no controverso “Os Amantes” (1958), como Jeanne Tournier, uma esposa provinciana que abandona a família por um homem que acabara de conhecer. Sua interpretação realista, inteligente e sutil da adúltera causou escândalo. As cenas eróticas resultaram em reações indignadas e problemas de censura em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os colunistas de fofocas norte-americanos a rotularam imediatamente como uma Brigitte Bardot mais intelectualizada – e ainda mais polêmica. O filme apresenta uma crítica ácida à burguesia e ao casamento. É nele que ela tem um orgasmo ao som de Brahms, uma das cenas mais sensuais do cinema. A maneira como Louis Malle a filmou é de uma sensibilidade absurda.
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jeanne e marcello mastroianni em “a noite” |
Sua parceria com Brigitte Bardot em “Viva Maria!” (Idem, 1965) foi um dos maiores eventos midiáticos de 1965. Graças à química entre as duas principais estrelas francesas dos anos 60, essa comédia se tornou um sucesso internacional. Seis anos depois de “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois”, ela trabalhou novamente com François Truffaut, como Julie Kohler, uma assassina gélida, na homenagem a Alfred Hitchcock em “A Noiva Estava de Preto” (1968). Foi dirigida por cineastas notáveis como Michelangelo Antonioni, Orson Welles, Joseph Losey, Jacques Becker, Luis Buñuel, Elia Kazan, Rainer Werner Fassbinder, Wim Wenders, Jean Renoir, Louis Malle, Jacques Demy, Theo Angelopoulos, Marcel Ophuls, André Téchiné e François Ozon. Seus sucessos no palco incluem “A Máquina Infernal” (1954), de Jean Cocteau; “Pigmalião” (1955), de Bernard Shaw; “Gata em Teto de Zinco Quente” (1956) e “A Noite do Iguana” (1985), de Tennessee Williams. Ganhou o Molière de Melhor Atriz (o equivalente francês ao Tony) em 1988 por “A Criada Zerlina”, de Hermann Broch, um enorme êxito teatral que excursionou por 11 países.
Amiga íntima de figuras importantes, entre elas Marguerite Duras, Jean Cocteau, Jean Genet, Pablo Picasso, André Gide, Ingmar Bergman, Henry Miller e Anaïs Nin. À medida que seus dias de protagonista começavam a diminuir, fez uma transição elegante para papéis coadjuvantes e usou seu prestígio impulsionando a carreira de jovens diretores como Bertrand Blier, em cujo longa de 1974, “Corações Loucos / Les Valseuses”, teve uma atuação memorável, e André Techiné. Em 1975, estreou como diretora em “Lumière” (1975), a história de várias gerações de atrizes. Também dirigiu “A Adolescente / L'Adolescente” (1978), um conto semiautobiográfico de uma menina enviada para morar com a avó em 1939, e “Lillian Gish” (1984), uma homenagem à estrela do cinema mudo. Foi a única atriz que presidiu duas vezes o júri do Festival de Cinema de Cannes (em 1975 e 1995). Ganhou uma série de honrarias, incluindo dois prêmios BAFTA, três Cesars (o Oscar francês), um Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1991 e um prêmio pelo conjunto da obra da Academia Europeia de Cinema em 1997.
Em 1998, a Academia Americana de Cinema concedeu-lhe uma homenagem. Em 2000, estreou como diretora de palco em Genebra e Paris com a peça “Wit”, de Margaret Edson. No ano seguinte, estreou também como diretora de ópera com uma produção da Ópera Nacional de Paris, “Átila”, de Giuseppe Verdi. Considerada por Orson Welles como “a maior atriz do mundo”, ela gostava de ficar em casa, ler e cozinhar, raramente assistia a seus filmes concluídos ou ia a estreias. Primeira atriz francesa a aparecer na capa da “Time” (março de 1965), após o término de seu romance com o diretor Louis Malle, em 1959, manteve uma longa correspondência com Ingmar Bergman, que desenvolveu um detalhado projeto cinematográfico para ela, “L'Amour Monstre”, que nunca foi realizado porque ela não conseguia aprender sueco e ele não conseguia aprender francês. Uma pena, perdemos um grande filme. Ela também passeou pela música, mostrando que não é preciso de uma grande extensão vocal para cantar, mas sim de sentimento. Música é sentimento, e disso ela entendia muito bem.
A estrela atravessou gerações como um novo tipo de ídolo, cujo glamour não tinha brilho, cuja elegância não tinha pose. Entre um e outro filme, lançou vários álbuns musicais e se apresentou com Frank Sinatra no Carnegie Hall. Sua discografia contabiliza nove álbuns lançados entre 1960 e 2010, além de quase 30 singles gravados entre 1953 e 1987. Dentre as gravações avulsas da obra fonográfica de JEANNE MOREAU, há canções brasileiras. Protagonista do filme “Joanna Francesa”, gravou a canção-título composta por Chico Buarque para a trilha sonora do longa-metragem, editada em disco pela Philips em 1973. É uma bela gravação, feita com suntuoso arranjo de cordas. Quinze anos depois, entrou em estúdio com Maria Bethânia para participar do “Poema dos Olhos da Amada” (Paulo Soledade e Vinicius de Moraes). No disco, recita na abertura e no fim da gravação o poema de Vinicius, traduzido para o francês por ela própria com Dominique Dreyfus, registro que reitera o afeto da mitológica atriz pela música do Brasil. Um de seus últimos trabalhos musicais foi o disco de poesias cantadas de Jean Genet.
Uma grande dama sem arrogância ou preconceito. Sua grandeza não erguia muros ao seu redor, ampliava suas perspectivas, possibilitava aventuras, superava limites estreitos. JEANNE MOREAU parecia romper restrições exigentes com cada palavra que dizia, cada olhar que lançava, cada personagem que interpretava. Sem arrependimentos, ela recusou protagonizar importantes filmes, como “Spartacus / Idem” (1960), “Rocco e seus Irmãos / Rocco e i suoi Fratelli” (1960), “A Primeira Noite de um Homem / The Graduate” (1967), “Um Estranho no Ninho / One Flew Over the Cuckoo's Nes” (1965) e “A Professora de Piano / La Pianiste” (2001), entre outros. Além de Louis Malle, teve envolvimentos amorosos com François Truffaut, Lee Marvin e o estilista Pierre Cardin. Em 1967, Vanessa Redgrave pediu o divórcio do diretor inglês Tony Richardson, sob a alegação de adultério com a atriz francesa. Ela casou-se – e se divorciou – três vezes: com o ator e diretor Jean-Louis Richard (1949 - 1951), com o ator grego Teodoro Rubanis (1966 - 1967) e com o diretor de “O Exorcista”, William Friedkin (1977 - 1980).
A atriz é mãe de um pintor de sucesso, Jérôme Richard (1950), filho de Richard. No final da vida, participou no último filme do diretor português Manoel de Oliveira, “O Gebo e a Sombra” (2012). Faleceu aos 89 anos, de morte natural. Suas contribuições para as artes mostram que viveu com intensidade, e como disse em certa ocasião, “que eu seja incrível ou nada terá valido a pena”. As futuras gerações que fizerem uma expedição arqueológica pelo cinema dos anos de Guerra Fria, com certeza encontrarão – e se encantarão - JEANNE MOREAU entre as atrizes mais gloriosas do continente europeu.
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gérard philipe e jeanne em “as ligações amorosas” |
(por ordem de preferência)
01
ASCENSOR PARA o CADAFALSO
(Ascenseur pour l'échafaud, 1958)
02
A NOITE
(La Notte, 1961)
direção de Michelangelo Antonioni
elenco: Marcello Mastroianni, Monica Vitti
e Bernhard Wicki
03
JULES e JIM – uma MULHER para DOIS
(Jules et Jim, 1962)
(La Notte, 1961)
direção de Michelangelo Antonioni
elenco: Marcello Mastroianni, Monica Vitti
e Bernhard Wicki
03
JULES e JIM – uma MULHER para DOIS
(Jules et Jim, 1962)
direção de François Truffaut
elenco: Oskar Werner e Henri Serre04
TRINTA ANOS ESTA NOITE
(Le Feu Follet, 1963)
direção de Louis Malle
elenco: Maurice Ronet
05
CHAMAS de VERÃO
(Mademoiselle, 1966)
direção de Tony Richardson
elenco: Ettore Manni e Umberto Orsini
06
O PROCESSO
(Le Procès, 1962)
direção de Orson Welles
elenco: Anthony Perkins, Romy Schneider, Madeleine Robinson,
Suzanne Flon, Fernand Ledoux e Akim Tamiroff
07
Os VITORIOSOS
(The Victors, 1963)
direção de Carl Foreman
elenco: Albert Finney, Melina Mercouri, Maurice Ronet,
Romy Schneider e Elli Wallach
08
DIÁRIO de uma CAMAREIRA
(Le Journal d'une Femme de Chambre, 1964)
direção de Luis Buñuel
elenco: Georges Géret e Michel Piccoli
09
Os AMANTES
(Les Amants, 1958)
direção de Louis Malle
elenco: Alain Cuny e Jean-Marc Bory
Melhor Atriz no Festival de Veneza
10
As LIGAÇÕES AMOROSAS
(Les Liaisons Dangereuses, 1959)
direção de Roger Vadim
elenco: Gérard Philipe, Annette Stroyberg
e Jean-Louis Trintignant
11
A NOIVA ESTAVA de PRETO
(La Mariée était en Noir, 1968)
direção de François Truffaut
elenco: Jean-Claude Brialy, Miche Bouquet
e Charles Denner
12
A BAÍA dos ANJOS
(La Baie des Anges, 1963)
direção de Jacques Demy
elenco: Claude Mann
13
EVA
(Idem, 1962)
direção de Joseph Losey
elenco: Stanley Baker, Virna Lisi e Giorgio Albertazzi
14
O PASSO SUSPENSO da CEGONHA
(To Meteoro vima tou Pelargou, 1991)
direção de Rainer Werner Fassbinder
elenco: Brad Davis, Franco Nero e Laurent Malet
FONTES
“Jeanne Moreau – Le Tourbillon d´une Vie” (2017)
de Marianne Gray
“Jeanne Moreau: l'impertinente” (2019)
de Jocelyne Sauvard
“Jeanne Moreau, l'insoumise” (2011)
de Jean-Claude Moireau
GALERIA de FOTOS
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