junho 26, 2016

******************* O INDOMÁVEL STEVE McQUEEN



Um astro atormentado, irreverente, extremamente autêntico. Talvez o anti-herói mais memorável da história do cinema. A sua carreira não foi muito longa, a sua vida também não. Mas ambas foram vividas intensamente. 

Conhecido em Hollywood como “The King of Cool” (algo como “O Rei da Descontração”), ele se definia como “cínico, rebelde e nada bonito”, e sempre procurou personagens obcecados por um ideal, nada românticos, sem o estereótipo do galã. Apontado no início da carreira como o substituto de James Dean e Marlon Brando, o lendário STEVE McQUEEN (Beech Grove, Indiana, 24 de março de 1930 — Ciudad Juárez, México, 7 de novembro de 1980) se diferencia pela mistura de erotismo, sensibilidade e coragem. Chegou a ser o ator mais bem pago do mundo na década de 1970. Raramente utilizava dublês, sendo ele mesmo que dirigia os veículos em perigosas cenas. Em “Fugindo do Inferno (1963), na endiabrada corrida de motocicleta, perseguido pelos nazistas, realmente é ele pilotando. Apenas o famoso salto por cima da barreira de arame farpado foi executado por um dublê, já que a seguradora não permitiu tal risco.

Nasceu numa fazenda. Abandonado pelo pai, criado por um tio agricultor e uma mãe de presença inconstante, ele teve uma adolescência turbulenta, convivendo com vagabundos e delinquentes. Conheceu diversos padrastos pouco simpáticos e constantes cenas de pancadaria doméstica. Passou dois anos num reformatório da Califórnia. Aos quinze anos abandonou definitivamente a família para ser carregador, empregado de posto de gasolina e vendedor. Tinha razões para se sentir revoltado e negligenciado. No entanto, anos depois, quando a mãe indiferente morreu, compareceu no funeral e foi a única vez que chorou em público.

Alistou-se na Marinha em 1947, onde esteve vários anos, sendo despromovido de cabo a soldado devido ao seu comportamento desordeiro. Passou mais de um mês na cadeia, antes de ser desmobilizado. Em 1952, fez uma audição no Actors Studio, de Lee Strasberg. Das duas mil pessoas que tentaram ser admitidas nesse ano apenas ele e Martin Landau foram aprovados. O aspirante estreou na Broadway em 1955, num pequeno papel na peça “Cárcere sem Grades / A Hatful of Rain”. Participou de diversas séries de TV. Entre 1958 e 1961 estrelou “Procurado: Vivo ou Morto”, faroeste de sucesso para a CBS, que rendeu noventa e quatro episódios. Ao longo das filmagens, ele aperfeiçoou a técnica de sacar rápido e de se mover com destreza, além de revelar carisma e vigor. Durante a rodagem adquiriu a reputação de pessoa difícil. O ator Don Gordon reparou na impopularidade do colega e disse-lhe, ouvindo como resposta: “Estou aqui para trabalhar, não para ser um sujeito simpático.”.  

Começou no cinema numa participação minúscula em “Marcado pela Sarjeta / Somebody Up There Likes Me” (1956), estrelado por Paul Newman, então seu amante. Newman se apaixonou perdidamente pelo novato, desenvolvendo uma relação de amor e ódio que nunca seria muito bem resolvida. Em 1974, ao contracenarem em “Inferno na Torre / The Towering Inferno”, o modo como os nomes surgiriam nos créditos gerou calorosas discussões – ambos queriam aparecer primeiro – e foi adotada a solução de colocá-los lado a lado, um ligeiramente acima do outro. A história cabulosa está na biografia não autorizada de Paul Newman, “The Man Behind the Baby Blues” (2009), de Darwin Porter.

Em 1958, STEVE MCQUEEN teve seu primeiro papel protagonista no cult de terror “A Bolha Assassina / The Blob”. Porém, o filme que o converteu em astro foi o campeão de bilheterias “Fugindo do Inferno”. Típico durão hollywoodiano, versão anos 1960 de Humphrey Bogart e outras lendas do passado, ele era um solitário por natureza e sua insociabilidade atingiu o ápice entre 1974 e 1978, quando preferia ficar trancado em casa, drogando-se e bebendo cerveja. Rejeitou convites milionários para atuar em “Apocalypse Now / Idem” (1979), de Francis Ford Coppola, e trabalhar ao lado de Sophia Loren. Recusou também “Perseguidor Implacável / Dirty Harry” (1971), “Operação França / The French Connection” (1971), “Um Estranho no Ninho / One Flew Over the Cuckoo’s Nest” (1975) e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau / Close Encounters of the Third Kind” (1977).

Tinha tamanho desprezo pelo meio cinematográfico que se desligou totalmente de Hollywood, reconhecendo que fazia filmes por dinheiro e que estava pouco ligando para festas, glamour, entrevistas e premiações. Foi nomeado apenas uma vez ao Oscar, por “O Canhoneiro do Yang-Tsé”, perdendo para Paul Scofield em “O Homem que Não Vendeu sua Alma / A Man for All Seasons”. Ao receber a notícia que concorria ao Globo de Ouro por “Papillon”, respondeu: “Não estarei presente na cerimônia. Se eu ganhar, mandem o prêmio pelo correio.”.

Inúmeras biografias retratam a vida e a carreira de STEVE McQUEEN. Todas documentam o seu lado negro. Mas acabam por se render às evidências: havia sensibilidade debaixo da fachada rude. Um dos seus biógrafos, Marshall Terrill, afirma que o ator “era várias pessoas numa só. Honesto, desonesto, amável, odioso, modesto, presunçoso, inteligente, maduro, infantil… Era capaz de jurar amor eterno à esposa e ter um caso logo a seguir. Era mesquinho com os amigos, mas extremamente generoso com estranhos. Falava sobre os perigos das drogas, mas não conseguia evitá-las. Os paradoxos sempre me fascinaram e ele era o derradeiro paradoxo”. Chad McQueen, o seu filho, reconhece que o pai não estava muito presente, mas sempre o tratou bem, “já que decidira que os filhos não teriam a mesma infância dele”.

Poucos gostavam dele. Insuportável e competitivo, “roubava” filmes deliberadamente. Andava com as mulheres de atores. Tinha tudo o que muitos não tinham. Semeava invejas. Abusava do álcool e das drogas. Nas filmagens de “Sete Homens e Um Destino” (1960) teve sérios problemas com Yul Brynner. No drama “Papillon” (1973), em disputa acirrada com Dustin Hoffman, aconselhou ironicamente ao colega a ter cuidado com as armadilhas fáceis da droga. “Não é da tua conta”, respondeu Dustin, irritado, concluindo: “Você bebe cerveja e fuma marijuana como um louco, não é grande exemplo.”. Rodando “Crown, o Magnífico” (1968), chamava Faye Dunaway, pelas costas, de “Done Fadeway” (esquecida, acabada).

Outro inimigo foi Bruce Lee, que lhe deu lições de artes marciais e tinha um despeito terrível dele. A ambição de Lee era ser o “Steve McQueen asiático”. Quando alcançou o sucesso, escreveu uma mensagem arrogante: “Vê, sou mais famoso do que você!”. O ator rebateu enviando a Lee uma foto autografada, dizendo, “para Bruce, o meu fã número um”. A resposta foi um telefonema histérico do oriental, com o seu inglês macarrônico: “Steve, I kill you, I kill you!”.

Apaixonou-se pela velocidade aos 4 anos de idade, quando ganhou um triciclo. Atuar era sua profissão, mas o que STEVE McQUEEN gostava mesmo era de pilotar. Sua paixão pela velocidade era tanta que chegava ao ponto de pedir para seu mecânico ler os roteiros de filmes que recebia e mostrar apenas os mais interessantes. Possuía uma coleção de mais de 100 motos e carros raros, dentre eles clássicos como Triumph, Jaguar, Mini Cooper, Ferrari e Porsche. Em 1984, a coleção foi leiloada, atingindo valores astronômicos. Não era apenas um amante e conhecedor de motocicletas e carros, mas principalmente um talentoso piloto e motociclista. Além disso, criou e patenteou um novo banco “concha” e um sistema para largadas de corridas de arrancada, conhecido como transbrake.

Sua vida sentimental foi complicada. Casou-se três vezes, a primeira com a cantora e dançarina Neile Adams, com quem teve dois filhos, e depois com a atriz Ali MacGraw, seu maior amor, que conheceu durante as filmagens de “Os Implacáveis” (1972), e por último com Barbara Minty. Ao se apaixonar por STEVE McQUEEN, a atriz Ali MacGraw pediu o divórcio ao então marido, o poderoso produtor Robert Evans. Foi um escândalo. Evans tinha grandes planos para a esposa. Havia reservado para ela os papéis principais de “O Grande Gatsby / The Great Gatsby” e “Chinatown / Idem”, ambos de 1974. Revoltado, boicotou a estrela e ela nunca mais conheceu o sucesso. O casamento com McQueen não durou muito. Em 1978 eles se separaram.


Apesar de episódios bissexuais no início da carreira, ele era um mulherengo incurável. No entanto, ao contracenar com Natalie Wood em “O Preço de um Prazer” (1963), resistiu às investidas da atriz, já que era amigo do marido dela, Robert Wagner. Natalie tinha por hábito conquistar todas as co-estrelas com quem trabalhava, e dizem que anos mais tarde compensou a oportunidade perdida.

O ator esteve na famosa lista negra da seita “A Família”, do assassino Charles Manson. Ele salvou-se da morte em 1969, na noite em que adeptos do fanático assassinou Sharon Tate e mais três pessoas, em casa de Roman Polanski. Amigo da atriz, combinara visitá-la, mas, à última hora, desmarcou o encontro. Teria sido a quinta vítima. Quando tomou conhecimento do assassinato, comprou uma arma, que sempre levava com ele dia e noite.


Durante a sua vida, STEVE McQUEEN deu polpudas somas a instituições de caridade. Preocupava-se com crianças sem lar e agia com discrição, através de intermediários. Só depois da sua morte se soube que dera milhões de dólares para ajudar os desfavorecidos. Na época em que era o ator mais bem pago do mundo, uma instituição de solidariedade convidou diversas celebridades para um evento de angariação de fundos. Nenhuma apareceu, a não ser ele, que chegou de moto, perfeitamente descontraído.

O seu fim foi amargo. Perdeu a batalha contra uma forma rara de câncer do pulmão, provocada pela exposição ao amianto. Escondendo a doença, tentou todo o tipo de terapias alternativas. A doença minou o seu corpo. Os olhos azuis ficaram acinzentados. Faleceu vítima de ataque cardíaco, depois de uma operação numa clínica em Juarez, no México, em 7 de novembro de 1980, aos 50 anos. As suas cinzas foram espalhadas no Oceano Pacífico.


A ÚLTIMA ENTREVISTA

Durante as filmagens do thriller “Caçador Implacável / The Hunter” (1980), o seu derradeiro filme, foi entrevistado por um estudante, Richard Kraus, para o jornal colegial “The Federalist - UCLA’s Daily Bruin”. Confira.

Encontrei-o na filmagem de uma cena. Quando ela acabou, ele viu-me no meio da multidão e disse a todos que ia fazer uma pausa. Sentamos-nos numa escada. O mais estranho foi que a equipe de filmagem formou um grupo à nossa volta, assistindo à entrevista, já que sabiam que ele nunca as dava.

Quando terminamos, ele perguntou se podia continuar. Pôs o braço em redor do meu ombro e acompanhou-me por um corredor, longe de todos, e falou-me sobre a importância de viver e aprender. Foi um momento especial.

Qual foi o seu primeiro filme?

(Antes de responder, alguém gritou, “A Bolha Assassina”, e Steve ficou embaraçado) Não falemos disso. Não quero falar desse filme. Próxima pergunta.

Planeja fazer mais filmes num futuro próximo?

Isso é uma grande interrogação. Quando terminar este, gostaria de me sentar a tomar o café da manhã descansado, para variar, e logo se vê. Gostaria de fazer um filme de ação/aventura. Gosto de variar. Gostei de “O Preço de um Prazer”, uma comédia. Diverti-me fazendo “O Canhoneiro do Yang-Tsé”, que era essencialmente um drama, e também “Bullitt”, um filme de ação. Por isso, vê que gosto de papéis diferentes. O meu primeiro filme foi “A Bolha Assassina”… Fiz papel de rapazinho. Foi quando tinha uns 25. Nasci tarde para o mundo da representação.

E qual foi o seu passado?

Meti-me em muitas confusões quando era garoto, coisas que, nos dias de hoje, ninguém ligaria. Roubos, bebida e drogas. Embora, na época, drogas não fossem consideradas coisas más.

Ser famoso interfere na sua vida privada?

Sim. O mais importante é termos a nossa identidade, mas nunca descurarmos a obscuridade. É essa a chave, mas o dinheiro faz-me sentir bem.

Tem estado sob o olhar do público nos últimos anos, mas, mesmo quando faz filmes, não dá entrevistas. Por que esse silêncio?

Para começar, não tenho nada a dizer. Além disso, acho que a imprensa é uma enrolação. Mas tenho um certo respeito pela juventude, e foi por isso que concordei em dar esta entrevista para o seu jornal.

Quando foi entrevistado pela última vez?

Uma década... Foi há 10 anos. Já nem me lembro quem me entrevistou.

Que conselho daria a jovens que querem ser atores?

É muito “caro” ser ator, custa tempo e dinheiro. Não aconselho ninguém a sê-lo. Sou um dos que teve sorte. Mas se decidir ser ator, prepare-se para desistir de todo o resto e de viver uma vida sã. Isso inclui comer e dormir em condições. Deve “ver” a vida para que possa retirar-lhe as camadas e usá-la no trabalho. Aprender coisas na rua ajudou-me muito no meu trabalho. Não sou um ator acadêmico. Tem também de estar preparado para ser rejeitado cinco vezes por dia. Aí entra a importância da família. A família dá a força de uma rocha.

Quem eram os seus ídolos de adolescente?

Bom, acho que você não lembraria de nenhum deles.

Mas os professores também leem o nosso jornal.

Mas isto não é para os professores. É para os alunos.


10 FILMES de STEVE McQUEEN
(por ordem de preferência)

01
BULLITT
(Idem, 1968)
de Peter Yates
com Robert Vaughn e Jacqueline Bisset


02
PAPILLON
(Idem, 1973)
de Franklin J. Schaffner
com Dustin Hoffman e Victor Jory


03
A MESA do DIABO
(The Cincinnati Kid, 1965)
de Norman Jewison
com Ann-Margret, Karl Malden, Tuesday Weld,
Edward G. Robinson e Joan Blondell



04
Os IMPLACÁVEIS
(The Getaway, 1972)
de Sam Peckinpah
com Ali MacGraw e Ben Johnson



05
O PREÇO de um PRAZER
(Love with the Proper Stranger, 1963)
de Robert Mulligan
com Natalie Wood



06
CROWN, o MAGNÍFICO
(The Thomas Crown Affair, 1968)
de Norman Jewison
com Faye Dunaway


07
FUGINDO do INFERNO
(The Great Escape, 1963)
de John Sturges
com James Garner, Richard Attenborough, Charles Bronson
e James Coburn


08
O GÊNIO do MAL
(Baby the Rain Must Fall, 1965)
de Robert Mulligan
com Lee Remick e Don Murray


09
O CANHONEIRO do YANG-TSÉ
(The Sand Pebbles, 1966)
de Robert Wise
com Richard Attenborough e Candice Bergen


 10
SETE HOMENS e um DESTINO
(The Magnificent Seven, 1960)
de John Sturges
com Yul Brynner, Eli Wallach, Charles Bronson
e James Coburn

junho 19, 2016

******************* BONECAS à ITALIANA

claudia cardinale

Em “A Longa Noite de Loucuras / La Notte Brava” (1959), do subestimado Mauro Bolognini, o roteiro de linguagem popular do poeta Pier Paolo Pasolini retrata um universo suburbano de vagabundos, ladrões e prostitutas que fazem tudo por dinheiro. Elas rodam bolsinha nos becos, eles as exploram. Encantado com a beleza do elenco feminino (Rosanna Schiaffino, Antonella Lualdi, Elsa Martinelli, Mylène Demongeot e Anna Maria Ferrero), viajei nostalgicamente em ATRIZES ITALIANAS dos anos 1940-50-60. Deu-me uma saudade danada das despretensiosas e picantes comédias em episódios estreladas por elas. “O Ouro de Nápoles / L'oro di Napoli” (1954), “Boccaccio 70 / Boccaccio’70” (1962), “Ontem, Hoje e Amanhã / Ieri, Oggi, Domani (1963), “Três Noites de Amor / 3 Notti d'Amore (1964), “As Bonecas / Le Bambole” (1965), “As Rainhas / Le Fate” (1966), entre outras.

Inicialmente, a Itália apresentou o talento e a formosura de Isa Miranda e Alida Valli. Ainda assim, até o finalzinho da década de 1940, o cinema italiano não era conhecido especialmente pela beleza de suas estrelas. Francesca Bertini, Anna Magnani, Lea Padovani, Valentina Cortese, Clara Calamai ou Carla Del Poggio eram reconhecidas como divas dramáticas. O panorama se modificou radicalmente com a consagração internacional de Silvana Mangano em “Arroz Amargo / Riso Amaro” (1949), o terceiro filme do neo-realista Giuseppe De Santis. Numa história de paixões e cobiças, mostrando coxas maravilhosas e perfeitas, a protagonista é símbolo de vida, de alegria e de feminilidade. Exalando sensualidade a cada movimento, Silvana foi considerada a Rita Hayworth italiana.

silvana mangano em arroz amargo
Uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos, uma mulher de magnífica beleza, e que teria interpretações admiráveis em filmes clássicos, alçada a símbolo sexual em todo o mundo, Silvana Mangano aceitou alguns insistentes convites para filmar em Hollywood, mas firmou sua excelência em seu próprio país. Como ela, outras ATRIZES ITALIANAS deixaram sua marca no cinema norte-americano, de Alida Valli a Valentina Cortese, de Anna Magnani a Sophia Loren, de Gina Lollobrigida a Claudia Cardinale, de Pier Angeli a Virna Lisi.

Na década de 1950, as curvas provocantes, coxas generosas e seios fartos das estonteantes Silvana Mangano, Sophia Loren e Gina Lollobrigida correram mundo e páginas de revistas. Surgiu uma geração de beldades femininas que deixaria boas lembranças. Algumas começaram em concursos de beleza. Embora com currículo de excelentes filmes, musas de magistrais diretores, nem todas eram boas atrizes.

São garotas inesquecíveis. Para matar a saudade, listo vinte e quatro ATRIZES ITALIANAS. Para conhecê-las melhor (ou pela primeira vez), sugiro três bons filmes de cada atriz. Algumas não nasceram na Itália, mas construíram a carreira principalmente na terra de Vittorio De Sica, sendo reconhecidas como estrelas locais (Cardinale, Podestá, Koscina etc.). Muitas estão vivas. Claudia Cardinale, Giovanna Ralli, Lucia Bosé, Sandra Milo, Sophia Loren e Stefania Sandrelli ainda hoje fazem cinema e tevê.

ALIDA VALLI
(Croácia. 1921 – 2006)

O TERCEIRO HOMEM / The Third Man (1949), de Carol Reed; SEDUÇÃO DA CARNE/ Senso (1954), de Luchino Visconti; O GRITO / Il Grido (1957), de Michelangelo Antonioni.

ANNA MARIA FERRERO
(Roma. 1934)

OS AMANTES DE FLORENÇA / Cronache di Poveri Amanti (1954), de Carlo Lizzani; GUERRA E PAZ / War and Peace (1956), de King Vidor; A LONGA NOITE DE LOUCURAS / La Notte Brava (1959), de Mauro Bolognini.

ANTONELLA LUALDI
(Líbano. 1931)

O VERMELHO E O NEGRO / Le Rouge et Le Noir (1954), de Claude Autant-Lara; A LONGA NOITE DE LOUCURAS / La Notte Brava (1959), de Mauro Bolognini; FALA-SE DE MULHERES / Se Permettete Parliamo di Donne (1964), de Ettore Scola.

                                              CLAUDIA CARDINALE
(Tunísia. 1938)

O BELO ANTÔNIO / Il Bell’Antonio (1960), de Mauro Bolognini; O LEOPARDO / Il Gattopardo (1963), de Luchino Visconti; FELLINI 8½ / 8½ (1963), de Federico Fellini.

ELEONORA ROSSI DRAGO
(Genoa, Liguria. 1922 – 2007)

AS AMIGAS / Le Amiche (1955), de Michelangelo Antonioni; VERÃO VIOLENTO / Estate Violenta (1959), de Valerio Zurlini; AQUELE CASO MALDITO / Un Maledetto Imbroglio (1959), de Pietro Germi.

ELSA MARTINELLI
(Grossetto, Toscana. 1935)

DONATELLA / Idem (1957), de Mario Monicelli; A LONGA NOITE DE LOUCURAS / La Notte Brava (1959), de Mauro Bolognini; O PROCESSO / Le Procès (1962), de Orson Welles.

GIANNA MARIA CANALE
(Reggio di Calabfria. 1927 - 2009)

SPARTACUS / Spartaco (1953), de Riccardo Freda; MADAME DU BARRY / idem (1954), de Christian-Jaque; OS VAMPIROS / I Vampiri (1956), de Riccardo Freda.

GINA LOLLOBRIGIDA
(Subiaco. 1927)

FANFAN LA TULIPE / Idem (1952), de Christian-Jaque; PÃO, AMOR E FANTASIA / Pane, Amore e Fantasia (1953), de Luigi Comencini; A ROMANA / La Romana (1954), de Luigi Zampa.

GIOVANNA RALLI
(Roma. 1935)

QUANDO O AMOR É MENTIRA / Le Ragazze di San Frediano (1955), de Valerio Zurlini; ERA NOITE EM ROMA / Era Notte a Roma (1960), de Roberto Rossellini; LA VITA AGRA (1964), de Carlo Lizzani.

ISA MIRANDA
(Milão. 1909 – 1982)

A MULHER DE TODOS / La Signora di Tutti (1934), de Max Ophuls; ZAZÁ / Idem (1944), de Renato Castellani; TRÊS DIAS DE AMOR / Le Mura di Malapaga (1949), de René Clement.

LEA MASSARI
(Roma. 1933)

A AVENTURA / L'Avventura (1960), de Michelangelo Antonioni; UM DIA DE ENLOUQUECER / La Giornata Balorda (1960), de Mauro Bolognini; SÔPRO NO CORAÇÃO / Le Souffle au Coeur (1971), de Louis Malle.

LUCIA BOSÉ
(Milão. 1931)

CRIMES DA ALMA / Cronaca di un Amore (1950), de Michelangelo Antonioni; ROMA ÀS ONZE HORAS / Roma Ore 11 (1952), de Giuseppe De Santis; ABANDONADA / Gli Sbandati (1955), de Francesco Maselli.

MARISA ALASSIO
(Turim. 1936)

POBRES, MAS BELAS / Poveri ma Belli (1957), de Dino Risi; OS NAMOROS DE MARISA / Marisa La Civetta (1957), de Mauro Bolognini; VENEZA, A LUA E VOCÊ / Veneza, La Luna e Tu (1958), de Dino Risi.

MONICA VITTI
(Roma. 1931)

A AVENTURA / L'Avventura (1960), de Michelangelo Antonioni; A NOITE / La Notte (1961), de Michelangelo Antonioni; CIÚME À ITALIANA / Dramma della Gelosia (Tutti i Particolari in Cronaca) (1970), de Ettore Scola.

PIER ANGELI
(Cagliari, Sardenha. 1932 – 1971)

TERESA / Idem (1951), de Fred Zinnemann; PAIXÃO E CARNE / Flame and the Flesh (1954), de Richard Brooks; MARCADO PELA SARJETA / Somebody Up There Likes (1956), de Robert Wise.

ROSSANA PODESTÁ
(Líbia. 1934 - 2013)

ULISSES / Ulisse (1954), de Mario Camerini; HELENA DE TRÓIA / Helen of Troy (1956), de Robert Wise; SETE HOMENS DE OURO / Sette Uomini D’Oro (1965), de Marco Vicario.

ROSSANA SCHIAFFINO
(Genoa, Liguria. 1939 - 2009)

A PROVOCAÇÃO / La Sfida (1958), de Francesco Rosi; A LONGA NOITE DE LOUCURAS / La Notte Brava (1959), de Mauro Bolognini; A CIDADE DOS DESILUDIDOS / Two Weeks in Another Town (1962), de Vincente Minnelli.

SANDRA MILO
(Tunísia. 1933)

COMO FERA ENCURRALADA / Classe tous Risques (1960), de Claude Sautet; FELLINI 8½ / 8½ (1963), de Federico Fellini; JULIETA DOS ESPÍRITOS / Giulietta degli Spiriti (1965), de Federico Fellini;

SILVANA MANGANO
(Roma. 1930 – 1989)

ÉDIPO REI / Edipo Re (1967), de Pier Paolo Pasolini; TEOREMA / Idem (1968), de Pier Paolo Pasolini; VIOLÊNCIA E PAIXÃO / Gruppo di Famiglia in un Interno (1974), de Luchino Visconti.

SILVANA PAMPANINI
(Roma. 1925 - 2016)

CORAÇÃO DE MULHER / Um Marito per Anna Zacheo (1953), de Giuseppe De Santis; A TORRE DOS PRAZERES / La Tour de Nesle (1955), de Abel Gance; A BELA DE ROMA / La Bella di Roma (1955), de Luigi Comencini.

SOPHIA LOREN
(Roma. 1934)

DUAS MULHERES / La Ciociara (1960), de Vittorio De Sica; MATRIMÔNIO A ITALIANA / Matrimonio all'Italiana (1964), de Vittorio De Sica; UM DIA MUITO ESPECIAL / Una Giornata Particolare (1977), de Ettore Scola.

STEFANIA SANDRELLI
(Viareggio, Toscana. 1946)

SEDUZIDA E ABANDONADA / Sedotta e Abbandonata (1964), de Pietro Germi; O CONFORMISTA / Il Conformista (1970), de Bernardo Bertolucci; NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO / C'eravamo Tanto Amati (1974), de Ettore Scola.

SYLVA KOSCINA
(Croácia. 1933 – 1994)

O FERROVIÁRIO / Il Ferroviere (1956), de Pietro Germi; A GREVE DO SEXO / Jessica (1962), de Jean Negulesco; JULIETA DOS ESPÍRITOS / Giulietta degli Spiriti (1965), de Federico Fellini.

VIRNA LISI
(Jesi, Marche. 1936 - 2014)

CASANOVA 70 / Casanova’70 (1965), de Mario Monicelli; CONFUSÕES À ITALIANA / Signore & Signori (1966), de Pietro Germi; O SEGREDO DE SANTA VITÓRIA / The Secret of Santa Vittoria (1969), de Stanley Kramer.