abril 20, 2016

********************** TENSÃO POLÍTICA no CINEMA

peter sellers em doutor fantástico

As notícias sobre a crise política brasileira apontam para um cenário bastante complexo. A corrupção e as manobras feitas nos bastidores foram escancaradas e a população ficou sabendo das patifarias dos poderosos em Brasília. Em época de impeachment, ajudando a debater assuntos como liberdade de expressão e interesses público e privado, relembro obras cinematográficas com a POLÍTICA como tema central. 

Quando não se trata do panfletário, do partidarismo disfarçado de arte, a união cinema-política produz bons resultados. Desmonta a engrenagem, retratando campanhas, disputas, eleições, trajetórias, corrupções, intrigas, derrotas, escândalos, golpes etc. A realidade, no entanto, é quase sempre mais impressionante do que os filmes.

Política é uma palavra ampla. Filmes com temática POLÍTICA podem ser sérios, cômicos, documentais e até românticos. Mas, sejam baseados em fatos reais ou imaginados apenas para as telas, eles sempre funcionam como um alerta para as nossas convicções. Na Itália das décadas de 1960 e 1970, no auge da produção de filmes com ênfase político, destacaram-se os cineastas Elio Petri, Gillo Pontecorvo, Francesco Rosi, Marco Bellocchio e Bernardo Bertolucci. 

Na mesma época, o grego Costa-Gavras foi um nome forte na filmografia de consciência explicitamente política, dirigindo longas famosos como “Z / Idem” (1969), “A Confissão / L’aveu” (1970) e “Estado de Sítio / État de Siége” (1972). Após esse movimento cinematográfico engajado, geralmente com ideologia de esquerda, outros diretores agregaram POLÍTICA, cinema e polêmica, de Richard Attenborough a Oliver Stone, de Spike Lee a Michael Moore.

Cito alguns filmes inspirados em fatos históricos, além de ficções, que mostram os bastidores nada edificantes do poder. Os critérios de seleção são tão arbitrários quanto a própria lista: documentário não vale, nem filmes que tratem de eventos anteriores ao século 20. Não me arrisquei a apontar melhores ou piores — a ordem é por ano de lançamento. Boa leitura, então, e boa POLÍTICA.

O ENCOURAÇADO POTEMKIN
(Bronenosets Potemkin, 1925)
direção de Sergei M. Eisenstein

Elenco: Aleksandr Antonov, Vladimir Barsky e Grigori Aleksandrov. Inspirada numa das manifestações populares de 1905 contra o império czarista russo, a obra acompanha os marinheiros que se revoltam com a precária alimentação servida no navio de guerra Potemkin. A crescente tensão social e política em cada uma de suas cinco partes fez o filme ser proibido, por exemplo, no Reino Unido, até 1954, e mesmo na União Soviética de Stalin, por ser “perigoso”. A sequência de cenas na escadaria de Odessa (hoje, Ucrânia) tornou-se um marco da história do cinema.

A MULHER FAZ o HOMEM
(Mr. Smith Goes to Washington, 1939)
direção de Frank Capra

Elenco: James Stewart, Jean Arthur, Claude Rains, Edward Arnold e Thomas Mitchell. Convidado a se tornar senador dos Estados Unidos, Jefferson Smith (Stewart, magistral), um inocente interiorano, aos poucos se descobre em um mar de lama, ameaçando tudo o que acredita em relação à bondade e ao caráter dos líderes de seu país. Smith então toma uma posição incorruptível e isso desperta a fúria de muitos, gerando falsas acusações sobre ele. Uma das grandes comédias do cinema. Obra-prima absoluta. Oscar de Melhor Roteiro e Melhor Ator do Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme.

O GRANDE DITADOR
(The Great Dictator, 1940)
direção de Charles Chaplin

Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard e Jack Oakie. Traça um perfil, ao mesmo tempo grotesco e sinistro, de um homem que acreditava ser um super-herói e pensava que a sua opinião e a sua palavra eram as únicas com valor. Assim Chaplin caricatura Hitler. Para que sua atuação ficasse perfeita, ele passou várias horas na frente do projetor, durante dois anos, estudando e analisando todo o material audiovisual que conseguiu localizar sobre a vida de Hitler. Nem mesmo a suástica, símbolo oficial do III Reich, foi esquecida, sendo transformada na dupla cruz. Além do ditador, Chaplin também faz o papel de um barbeiro judeu. Algumas das cenas mais memoráveis da história do cinema se encontram nesta corajosa paródia do nazismo, filmadas com a II Guerra Mundial ainda começando. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme. Melhor Ator do Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York.

O LIBERTADOR
(Abe Lincoln in Illinois, 1940)
direção de John Cromwell

Elenco: Raymond Massey, Gene Lockhart e Ruth Gordon. Cinebiografia de um dos mais emblemáticos presidentes dos Estados Unidos. Desde a juventude de Lincoln, ainda advogado, até sua eleição para a Casa Branca. Excelente atuação de Massey.

WILSON
(Idem, 194)
direção de Henry King

Elenco: Alexander Knox, Geraldine Fitzgerald,Thomas Mitchell, Sir Cedric Hardwicke, Charles Coburn e Vincent Price. Um trabalho de amor feito por Darryl F. Zanuck e um dos mais ambiciosos filmes biográficos, relatando os dois mandatos de Woodrow Wilson, o vigésimo oitavo presidente dos Estados Unidos e principal idealizador da Liga das Nações. Zanuck não economizou na produção. Para viver o presidente, ele chamou o relativamente desconhecido Knox, revelando-se a escolha perfeita - ele ganhou um Globo de Ouro por sua atuação. Recebeu dez indicações ao Oscar da Academia e levou cinco estatuetas para casa, entre elas a de Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia. Apesar da alta qualidade da produção e dos prêmios recebidos, fracassou nas bilheterias. Durante anos foi proibido referir-se a ele na presença de Zanuck. Mas é um dos sólidos filmes políticos de Hollywood. 

Sua ESPOSA e o MUNDO
(State of the Union, 1948)
direção de Frank Capra

Elenco: Spencer Tracy, Katharine Hepburn, Van Johnson, Angela Lansbury e Adolphe Menjou. Um magnata decide concorrer pelo Partido Republicano à Casa Branca. Antes de dar o pontapé inicial na campanha, reata o casamento em crise. A esposa aceita acompanhar o marido na corrida eleitoral, mesmo sabendo que ele mantém um caso com uma jornalista. No entanto, questiona sua decisão ao perceber que ele negligencia seus valores e crenças para conseguir votos.

A GRANDE ILUSÃO
(All the King’s Men, 1949)
direção de Robert Rossen

Elenco: Broderick Crawford, John Ireland, Joanne Dru, John Derek e Mercedes McCambridge. Willie Stark, advogado sulista, faz carreira política defendendo os interesses do povo. No caminho, se corrompe. Clássico adaptado do premiado best-seller de Robert Penn Warren, levou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (Crawford) e Melhor Atriz Coadjuvante (a sensacional McCambridge). Ganhou uma refilmagem em 2006, com direção de Steven Zaillian.

O ÚLTIMO HURRAH
(The Last Hurrah, 1958)
direção de John Ford

Elenco: Spencer Tracy, Jeffrey Hunter, Dianne Foster, Pat O’Brien, Basil Rathbone e Donald Crisp. Nos anos 1950, Frank Skeffington, um velho político tentando a reeleição para prefeito de uma grande cidade, enfrenta a oposição da mídia, que apoia um candidato jovem e inexperiente. Fabuloso elenco, destacando-se o veterano Tracy em magnífica performance. Melhor Direção e Melhor Ator do National Board of Review.

TEMPESTADE SOBRE WASHINGTON
(Advise & Consent, 1962)
direção de Otto Preminger

Elenco: Henry Fonda, Charles Laughton, Don Murray, Walter Pidgeon, Gene Tierney e Burgess Meredith. Senado investiga o novo secretário de estado, Brigham Anderson, nomeado recentemente, devido a um segredo que pode arruiná-lo e também abalar a reputação presidencial. Um dos primeiros filmes hollywoodianos a abordar honestamente a homossexualidade. Ainda é atual e retrata a politicagem por trás das instituições norte-americanas, o relacionamento entre Executivo e Legislativo, o jogo de forças, de interesses e visões de mundo da época. Considerado ousado para a data em que os Estados Unidos só enxergavam os comunistas.

SOB o DOMÍNIO do MAL
(The Manchurian Candidate, 1962)
direção de John Frankenheimer

Elenco: Frank Sinatra, Laurence Harvey, Janet Leigh e Angela Lansbury. Nesta obra-prima, um oficial da inteligência norte-americana é perturbado por um pesadelo em que membros de sua equipe são mortos por um sargento que recebeu honrarias após ter servido na Guerra da Coréia. Mas outros sofrem com o mesmo pesadelo, o que põe dúvidas sobre o passado do sargento. Globo de Ouro e National Board of Review de Melhor Atriz Coadjuvante (Lansbury, em extraordinária atuação).

As MÃOS SOBRE a CIDADE
(Le Mani sulla Città, 1963)
direção de Francesco Rosi

Elenco: Rod Steiger e Salvo Randone. A um mês das eleições municipais, um prédio construído pela empreiteira de um vereador ligado à atual administração desaba, mata duas pessoas e desabriga centenas de moradores vizinhos ao empreendimento. Esta trama passada em Nápoles mostra a especulação imobiliária vinculada à política. O filme é tão direto como sugere a cena em que o prefeito distribui dinheiro na Câmara e diz a um correligionário: “Vê como funciona a democracia?”.

Os COMPANHEIROS
(I Compagni, 1963)
direção de Mario Monicelli

Elenco: Marcello Mastroianni, Renato Salvatori, Annie Girardot, Bernard Blier, Raffaella Carrà e François Périer. Melhor Filme no Festival de Mar del Plata. Na época em que a exploração do trabalho operário não tinha limites, nas imediações Turim, na Itália, chega o professor Sinigaglia (Mastroianni, ótimo). Ele não desembarca na região industrial, conhecida pela degradação ao trabalhador, à toa. O objetivo de sua viagen, bem como de sua vida abnegada, é justamente organizar a classe trabalhadora e formar um sindicato. O tom documental se insere no neorrealismo italiano, surgido no final da Segunda Guerra Mundial. Mostra situações reais. O ponto crucial da crítica de Monicelli é o conflito entre a tomada de consciência do operariado, a partir de sua própria situação, e a questionável necessidade de um “instrutor” para organizá-lo.

Dr. FANTÁSTICO
(Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying
and Love the Bomb, 1964)
direção de Stanley Kubrick

Elenco: Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Keenan Wynn e James Earl Jones. O temor da sociedade com a Guerra Fria. O diretor ironiza com humor negro essa preocupação, mostrando os bastidores de uma negociação entre a União Soviética e os Estados Unidos para evitar uma guerra nuclear. Um general norte-americano acredita que os soviéticos sabotaram os reservatórios de água dos EUA e dá início a Terceira Guerra Mundial. Sellers interpreta três personagens diferentes. Kubrick leva à tela soldados que nem mesmo sabem a razão de sua missão, um general que se vangloria do poderio de seu exército, a espionagem e as diplomacias tentando se entender dentro da “Sala de Guerra”. A produção enfoca até onde pode chegar a paranoia, algo sempre atual quando se trata de movimentos políticos ou eleições. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Direção. BAFTA de Melhor Filme e Melhor Diretor do Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York.

SETE DIAS de MAIO
(Seven Days in May, 1964)
direção de John Frankenheimer 

Elenco: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Fredric March, Ava Gardner e Edmond O’Brien. Durante a Guerra Fria, Jordan Lyman (March), o presidente dos Estados Unidos, não é bem visto pelos norte-americanos. Ao assinar um tratado aprovando o desarmamento nuclear, a população mais uma vez fica contra ele. Um golpe político está sendo preparado por um general, mas um coronel aliado leva a informação ao Governo. Dá-se início a uma tensa rede de intrigas. Grandes atuações de March (prêmio David di Donatello), Lancaster e O’Brien (Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante). A censura da ditadura brasileira nunca permitiu que ele fosse lançado no nosso país.

VASSALOS da AMBIÇÃO
(The Best Man, 1964)
direção de Franklin J. Schaffner

Elenco: Henry Fonda, Cliff Robertson e Margaret Leighton. Durante a convenção de um partido, cinco candidatos disputam o direito de serem indicados para concorrer à presidência. A disputa se concentra entre William Russell, secretário de estado, e Joe Cantwell, senador. Cantwell pretende transformar um colapso nervoso de Russell em loucura. Russell tem a chance de revidar, sabendo de informações das relações homossexuais do rival político no passado. Mesmo pressionado, espalhar esta notícia não o agrada, ferindo seus princípios.

TERRA em TRANSE
(1967)
direção de Glauber Rocha

Elenco: Jardel Filho, Paulo Autran, José Lewgoy, Glauce Rocha, Paulo Gracindo e Hugo Carvana. Eldorado entre o conservadorismo e o populismo, um jornalista entre a poesia e a militância, entre o luxo estéril da elite e a manipulação das massas. Contradições de uma América Latina nada fantasiosa sob a lente poderosa e alucinada de Glauber. Elenco inesquecível.

Z
(Idem, 1969)
direção de Costa-Gavras

Elenco: Yves Montand, Irene Papas, Jean-Louis Trintignant, Jacques Perrin, François Périer e Renato Salvatori. Acompanha a investigação do assassinato de um ativista de esquerda, enquanto oficiais do governo tentam esconder as provas que os ligam ao crime. Baseia-se em um caso real ocorrido na Grécia, no qual o deputado Gregoris Lambrakis foi assassinado após um comício em 1963. O resultado é um suspense político recheado de gradativas conspirações e tentativas militares de abafar o episódio perante à opinião pública e à justiça. Premiado com o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, tem bela trilha sonora de Mikis Theodorakis.

O CANDIDATO
(The Candidate, 1972)
direção de Michael Ritchie

Elenco: Robert Redford, Peter Boyle e Melvyn Douglas. Bill McKay, candidato do Partido Democrata ao Senado dos Estados Unidos, íntegro e cheio de ideais, não se deixar manipular pela máquina política norte-americana. Para tal enfrenta publicitários, assessores de imprensa e empresários de comunicação unidos em sua campanha eleitoral. Ainda bastante atual, é um ótimo drama. Oscar de Melhor Roteiro.

ESTADO de SÍTIO
(État de Siège, 1972)
direção de Costa-Gavras

Elenco: Yves Montand, Renato Salvatori, O.E. Hasse e Jacques Weber. Prix Louis Delluc. História real ocorrida no Uruguai. O filme denuncia o sequestro do agente norte-americano Dan Mitrione, assassinado pelos Tupamaros (grupo de resistência ao regime ditatorial). Gavras consegue entrelaçar diversas situações que se desencadeiam a partir do sequestro. A posição do Governo, que tinha que manter o controle sobre os grupos de resistência, os movimentos da clandestinidade para se organizar e reivindicar direitos, a forma como retratava a situação e a verdadeira guerra política travada no Parlamento, uma outra guerra inserida num sistema maior. Nos dá parâmetros próximos da realidade, de como as ditaduras implantadas na América Latina agem, seus desdobramentos, consequências e as reações de oposição ao sistema que suprime os direitos e tentam controlar o povo.

TODOS os HOMENS do PRESIDENTE
(All the President's Men, 1976)
direção de Alan J. Pakula

Elenco: Dustin Hoffman, Robert Redford, Jack Warden, Martin Balsam e Hal Holbrook. Conta a investigação que repórteres do Washington Post fizeram em 1972 culminando com o escândalo de Watergate e a renúncia do presidente Richard Nixon. Mostra como “seguir o dinheiro” descoberto num escândalo pode atingir os mais altos escalões do governo à maneira do efeito dominó. Oscar de Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Robards). Concorreu ao Oscar de Melhor Filme.

Um DIA MUITO ESPECIAL
(Una Giornata Particolare, 1977)
direção de Ettore Scola

Elenco: Sophia Loren e Marcello Mastroianni. César de Melhor Filme Estrangeiro e Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. Roma, 1938: Hitler é recebido por Mussolini para protagonizar mais um grandiloquente espetáculo fascista, uma monumental e triunfalista parada militar. A massa se veste de preto para cumprir, fascinada, a sua coreografia no grande cerimonial. Esse é o pano de fundo do filme que gira em torno de dois personagens, que se encontram neste 8 de maio. Antonieta e Gabrielle são vizinhos de prédio. Ela é dona de casa (cujo marido é fascista) e Gabrielle, homossexual e radialista recém demitido. Os dois se descobrem em uma relação intensa, enquanto o entorno comemora o evento político.

ALDO MORO - HERÓI e VÍTIMA da DEMOCRACIA
(Il Caso Moro, 1986)
direção de Giuseppe Ferrara

Elenco: Gian Maria Volontè e Mattia Sbragia. Melhor Ator no Festival de Berlim. Sequestrado em 16 de março de 1978, Moro morreu em cativeiro 54 dias depois. Pelos seus olhos vemos a agonia do sofrimento deste político italiano, soberbamente interpretado por Volonté; seu esforço por manter suas verdades éticas e intelectuais; suas tentativas de sobreviver e sua dignidade inabalável. Seu corpo foi encontrado na mala de uma Rinault vermelha, estacionada numa rua de periferia da capital italiana. O país inteiro se chocou com o desfecho. A ação da guerrilha urbana contra Moro e sua consequência continua, até hoje, um mistério e um desfecho controvertido, envolvendo as forças políticas e sociais italianas.

GANDHI
(Idem, 1982)
direção de Richard Attenborough

Elenco: Ben Kingsley, John Gielgud, Candice Bergen, James Fox e Trevor Howard. São mais de 190 minutos de uma bonita cinebiografia de Gandhi, que retrata desde o trabalho do indiano como advogado até a liderança das revoltas contra o colonialismo britânico. Oscar e Globo de Ouro de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Roteiro. 

JFK - A PERGUNTA que NÃO QUER CALAR
(Idem, 1991)
direção de Oliver Stone

Elenco: Kevin Costner, Sissy Spacek, Kevin Bacon, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Joe Pesci e Jack Lemmon. O roteiro se inspira em livros de Jim Garrison sobre o assassinato do presidente John Kennedy. Um promotor de Nova Orleans, Jim Garrison (Kevin Costner), que não está convencido do parecer final da Comissão Warren, resolve investigar uma suposta conspiração responsável pela morte do político. Globo de Ouro de Melhor Direção.

MILK – A VOZ da IGUALDADE
(Milk, 2008)
direção de Gus Van Sant

Elenco: Sean Penn, Josh Brolin, Emile Hirsch, Diego Luna e James Franco. A vida do político e ativista gay Harvey Milk, que assume cargo público na Califórnia. Ele se torna o primeiro político homossexual da história, sendo membro da Câmara de Supervisores de São Francisco. A sua luta o transformou em um líder político, comandando campanhas nacionais pelos direitos dos gays, recebendo inclusive apoios conservadores, como do então aspirante à presidência Ronald Reagan. Oscar de Melhor Ator e Melhor Roteiro.