outubro 10, 2012

*********** OLIVIA e JOAN - IRMÃS & INIMIGAS



Raras irmãs alcançaram o estrelato no cinema. Lembro-me de Lillian e Dorothy Gish (anos 10 e 20); Norma e Constance Talmadge (anos 20); Constance e Joan Bennett (anos 30 e 40); Eva e Zsa Zsa Gabor (anos 50); Catherine Deneuve e Françoise Dorléac (anos 60); Vanessa e Lynn Redgrave (dos anos 60 em diante). Mais recentemente, Natasha e Joely Richardson; Patricia e Rosana Arquette; Jennifer e Meg Tilly. No entanto, as mais famosas irmãs estrelas de cinema de todos os tempos são OLIVIA DE HAVILLAND (n. em 1916) e JOAN FONTAINE (n. em 1917). Irmãs e inimigas mortais. Para entender essa rivalidade, li o bem documentado “Sisters: The Story of Olivia de Havilland e Joan Fontaine” (1984), de Charles Higham. 

Nunca apreciei profundamente nenhuma delas, embora saiba que são excelentes atrizes. De Havilland, em contraste com sua imagem pública comportada e boazinha, sempre teve um temperamento inflexível e brigão. Fontaine, insossa e sofisticada, em cena parece estar repetindo o mesmo personagem de inúmeros outros filmes que fez: a vítima apaixonada, frágil e desorientada.


Elas sempre tiveram uma relação difícil, começando na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, forçando-a a costurá-la novamente. A rivalidade e o ressentimento resultam também da percepção de Joan em relação ao fato de Olivia ser a filha favorita da mãe delas, a atriz Lillian Augusta Ruse. JOAN FONTAINE, certa vez, declarou: “Lamento, mas não me lembro de um ato de bondade de minha irmã durante toda a minha infância. Em 1933, quando ela tinha 17 anos, jogou-me na laje da piscina e pulou em cima de mim, fraturando a minha clavícula”. Segundo o biógrafo Higham, OLIVIA DE HAVILLAND nunca conseguiu dividir a atenção maternal com a irmã mais nova, além disso ela se via como a mais bonita e a mais talentosa, chegando a fazer um testamento, em uma de suas brincadeiras de criança, deixando toda a sua beleza para a sua irmã, “que nada possui”. Nos estudos, no entanto, era Joan quem se destacava.


Ambas vencedoras do Oscar, com estrelas na Calçada da Fama de Hollywood e aclamadas por seus papéis em filmes maravilhosos dos anos 30, 40 e 50, OLIVIA DE HAVILLAND foi a primeira a se tornar atriz, estreando na comédia “Esfarrapando Desculpas / Alibi Ike” (1935). Enquanto sua carreira decolava, através de clássicos de aventuras ao lado de Errol Flynn (com quem fez oito filmes), como “Capitão Blood / Captain Blood” (1935), “A Carga da Brigada Ligeira / The Charge of the Light Brigade” (1936) e “As Aventuras de Robin Hood / The Adventures of Robin Hood (1938), Joan desenvolvia um “complexo de Cinderela” e se via como coitadinha. Para piorar as coisas, sua mãe exigiu que mudasse seu sobrenome para Fontaine, evitando uma possível associação com Olivia, e proibiu-a de aceitar um interessante contrato com a Warner Bros., “porque é o estúdio de sua irmã”

A sorte de JOAN FONTAINE mudou numa festa na casa de Charlie Chaplin, onde jantava sentada casualmente ao lado do produtor David O. Selznick, que terminou convidando-a para fazer um teste para “Rebecca, a Mulher Inesquecível”. Disputando o papel com Vivien Leigh e Anne Baxter, entre outras, ela se saiu vitoriosa, mudando os rumos de uma carreira até o momento marcada por filmes B ou papéis pequenos em clássicos como Rua de Gualidade/ Quality Street(1937), de George Stevens; As Mulheres / The Women (1939), de George Cukor; e Gunda Dim / Idem (1939), também de Stevens. 


Em 1942, elas foram nomeadas para o Oscar de Melhor Atriz. Joan indicada pela atuação em “Suspeita”, de Alfred Hitchcock, e Olivia por “A Porta de Ouro / Hold Back the Dawn”, do elegante Mitchell Leisen. Joan acabou levando a estatueta. O biógrafo Charles Higham descreveu os eventos da cerimônia de premiação, afirmando que Joan avançou empolgada para receber seu prêmio, rejeitando as tentativas da irmã cumprimentá-la. Olivia acabou se ofendendo com essa atitude. Depois, Joan declararia: “Quando foi anunciado o meu nome como vitoriosa, percebi que Olivia teve vontade de dar um salto e me agarrar pelos cabelos”. Anos mais tarde, em 1947, seria a vez de Olivia ganhar o Oscar, pela atuação no melodrama “Só Resta uma lágrima”. O prêmio era para ser dado por Joan Crawford, mas a Academia, talvez acreditando que não poderia haver melhor cenário para a reconciliação das irmãs, substituiu-a em cima da hora por Joan. Esta, chamou a irmã para subir ao pódio. Mas quem esperou um sorriso afetuoso ou um abraço fraternal de reconciliação, enganou-se, Olivia se recusou a apertar a mão da irmã, numa comentada saia-justa. Segundo o biógrafo, na ocasião Joan fez um comentário leviano sobre o então marido de Olivia, ofendendo-a. Ela não quis receber os cumprimentos de sua irmã por este motivo.


Elas muitas vezes disputaram os mesmos homens e papéis. JOAN FONTAINE foi a primeira a se casar – com o popular astro do cinema britânico Brian Aherne -, gerando novo atrito entre elas. Na festa de casamento, o namorado de OLIVIA DE HAVILLAND – o bilionário Howard Hughes - dançou com a noiva e tentou seduzi-la, procurando convencê-la a desistir do casamento e se casar com ele. Olivia se chocou, culpando a irmã pela situação humilhante. No caso de “... E o Vento Levou”, Joan foi considerada muito chique para o personagem e Olivia ganhou o papel da doce e simplória Melanie Hamilton, mas na disputa pelo cobiçado papel da versão de Alfred Hitchcock para o romance de Daphne du Maurier, “Rebecca”, Joan se saiu vitoriosa.


A relação entre as irmãs continuou a deteriorar-se após os incidentes na cerimônia do Oscar. Em 1975, aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente: segundo Joan, Olivia não a convidou para um ritual religioso em homenagem a mãe delas recentemente falecida. Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar Joan, mas ela se encontrava muito ocupada para atendê-la. Charles Higham também diz que Joan tem uma convivência distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas sempre mantiveram uma amizade secreta com a tia Olivia. Ainda hoje as irmãs se recusam a falar publicamente sobre sua delicada situação, apesar de JOAN FONTAINE ter comentado em entrevista que muitos boatos a respeito delas surgiram dos “cães de publicidade” do estúdio.


Ocasionalmente, uma rara trégua acontece entre elas. Em 1961, passaram o Natal juntas no apartamento de Joan, em Nova York, mas a noite terminou em briga. Oito anos depois, Joan recebeu um pedido de ajuda de OLIVIA DE HAVILLAND, então adoentada e em dificuldades financeiras. “Deixei um gordo cheque”, lembra Joan. Mas os ressentimentos e a mesquinha antipatia continuaram. Quando a mãe morreu de câncer, deixou sua herança para os filhos de Olivia e nada para as filhas (uma delas, adotiva) de Joan. Vingativa, Joan lançou em 1978 a autobiografia “No Bed of Roses” (Nenhum Mar de Rosas), que segundo um dos seus ex-maridos – William Dozier – não contém nenhuma verdade, fazendo um retrato cruel da irmã, inclusive descrevendo-a como venenosa. 

No 50 º aniversário do Oscar, em 1979, Olivia e Joan tiveram que ser colocadas em extremidades opostas no palco, evitando um bate-boca público. Nos bastidores, nem se cumprimentaram. Dez anos mais tarde, na mesma cerimônia, haviam reservado para elas quartos vizinhos em um hotel, mas Joan exigiu mudança imediata. Quando o presidente Nicolas Sarkozy conferiu o prêmio de maior prestígio da França, a “Légion d'Honneur”, para Olivia, Joan ignorou a ocasião, como ignorou todos os aspectos da existência de sua irmã ao longo de décadas.


Curiosamente, JOAN FONTAINE e OLIVIA DE HAVILLAND são umas das poucas atrizes da era de ouro de Hollywood que ainda estão vivas. Já perto dos 100 anos de idade, ricas, lúcidas  e bem de saúde, podemos dizer que passaram a vida toda como ferrenhas inimigas. Elas não trocam uma palavra há décadas e parece pouco provável que voltem a se encontrar ou falar novamente. Tornou-se a mais amarga e longa rivalidade de Hollywood, uma fonte de sofrimento para seus familiares e de constrangimento para os seus amigos e colegas. Joan, quatro vezes casada e divorciada, mora com seus cinco cachorros numa mansão na Califórnia. Olivia, duas vezes divorciada, vive em Paris.

Numa entrevista recente, perguntaram a Joan se elas ainda se reconciliariam, e ela respondeu honestamente: “Melhor não”, continuando: “Minha irmã Olivia é uma mulher muito peculiar. Quando éramos jovens, eu não tinha permissão para conversar com seus amigos. Agora, eu não estou autorizada a falar com seus filhos e eles são proibidos de me ver. Essa é a natureza dessa mulher. Já me acostumei e atualmente já não me incomoda sua forma difícil de ser”.


MELHORES ATUAÇÕES de OLIVIA
(por ordem de preferência)

01
Na COVA das SERPENTES
(The Snake Pit, 1949)
direção de Anatole Litvak
Com: Mark Stevens, Leo Genn e Celeste Holm

Melhor Atriz do National Board o Review
Melhor Atriz da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York
Taça Volpi de Melhor Atriz no Festival de Veneza

02
TARDE DEMAIS
(The Heiress, 1949)
direção de William Wyler
Com: Montgomery Clift, Ralph Richardson e Miriam Hopkins

Oscar de Melhor Atriz
Globo de Ouro de Melhor Atriz-Drama
Melhor Atriz da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York

03
...E o VENTO LEVOU
(Gone With the Wind, 1939)
direção de Victor Fleming
Com: Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard,
Thomas Mitchell e Hattie McDaniel

04
SÓ RESTA uma LÁGRIMA
(To Each His Own, 1946)
direção de Mitchell Leisen
Com: John Lund

Oscar de Melhor Atriz

05
ESPELHOS D’ALMA
(The Dark Mirror, 1946)
direção de Robert Siodmak
Com: Lew Ayres e Thomas Mitchell


MELHORES ATUAÇÕES de JOAN
(por ordem de preferência)

01
REBECCA, a MULHER INESQUECÍVEL
(Rebecca, 1940)
direção de Alfred Hitchcock
Com: Laurence Olivier, George Sanders e Judith Anderson

02
CARTA de uma DESCONHECIDA
(Letter from an Unknown Woman, 1948)
direção de Max Ophuls
Com: Louis Jourdan

03
SUSPEITA
(Suspicion, 1941)
direção de Alfred Hitchcock
Com: Cary Grant e Sir Cedric Hardwicke

Oscar de Melhor Atriz
Melhor Atriz da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York

04
ALMA sem PUDOR
(Born to be Bad, 1950)
direção de Nicholas Ray
Com: Robert Ryan, Zachary Scott, Joan Leslie
e Mel Ferrer

05
Na VORAGEM do VÍCIO
(Something to Live For, 1952)
direção de George Stevens
Com: Ray Milland e Teresa Wright

 
 

42 comentários:

João Roque disse...

Desconhecia completamente esta rivalidade; aprecio qualquer delas com grandes actrizes que foram.

renatocinema disse...

Que irmãos não possuem certa "rivalidade". kkk

Conheço pouco o trabalho das duas. Mas, essa visão de retratar a relação delas merece aplausos.


Abraços

Marcia Moreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcia Moreira disse...

Que armagura. Acredito que más sementes, quando lançadas, provocam muitos atritos. Eu ainda acredito no arrependimento, perdão e mudança de atitude. Pena que isso não aconteceu com elas, que só alimentavam a amargura que sentiam uma pela outra. Outra coisa que não concordo é escolher um filho favorito e humilhando o outro; filhos são bençãos de Deus.

Marcelo Castro Moraes disse...

Que arranca rabo em. Eu sabia da rivalidade das duas, só não sabia que era tanto assim. Das duas, tenho simpatia por Joan, e acredito que ela seja como pessoa bem mais sincera do que Olivia, pois aquele jeito dose não me engana.
Agora se muitos se perguntam como podem as duas ainda estarem vivas, eu respondo: Vasos ruins não se quebram!

Gilberto Carlos disse...

Da Olívia, adoro Tarde demais e E o vento levou e da Joan, Rebecca, a mulher inesquecível e Suspeita.

disse...

Sem dúvida uma rivalidade curiosa! Seria interessante vê-las juntas em um filme, talvez até mesmo "O que teria acontecido a Baby Jane?".
Muito bonita a primeira foto! Olivia sempre foi deslumbrante, mas pelas fotos recentes Joan está mais bonita.
Abraços!

Elisandra Pereira disse...

O post que eu esperava!

Elisandra Pereira disse...

Amei, Antonio! Eu também não nutro nenhuma grande afeição por nenhuma das duas, apesar de considerá-las atrizes importantes. Não consigo, porém, enxergar tanta amargura em ambas quando assisto qualquer filme com elas. Incrível como o ego sempre fala mais alto quando se é uma estrela de Hollywood (nesse caso, quando são duas estrelas). Elas bem que poderiam ter se dado muito bem, hoje poderiam estar aí juntas relembrando uma época que não volta mais, dando risadas e compartilhando experiências com gente que não viveu o que elas viveram. Triste, ainda mais quando vemos que as duas alcançaram uma vida longa... Já é difícil vermos irmãs tendo uma carreira longa, ainda mais atrizes. Desperdiçaram uma vida inteira que poderia ter sido melhor aproveitada.

Jefferson C. Vendrame disse...

Antonio, meus sinceros parabéns. Ótima postagem, adoro as duas atrizes e confesso que na minha concepção, o motivo das brigas partiriam de Fontaine que eu não sei porque imaginava ser a "mais xaropinha". Nunca imaginei que De Havilland fosse o osso duro de roer da história! Estou planejando escrever sobre as duas em meu blog porém focando mais a vivacidade das duas que realmente só confirmam as especulações a cerca da grande expectativa de vida de quem nasce em solo japonês.

Grande Abraço, e Parabéns mais uma vez por esse Post Fantástico!

Alan Raspante disse...

Desconhecia essa rivalidade entre ambas. Aliás, nem sabia que as duas eram irmãs, rs Que coisa!

Excelente postagem, Antônio!

Maxx disse...

Mais um excelente post. Sempre aprendendo por aqui.

Abç

Maxx
Telecinebrasil

BELOROFONTE disse...

Essas irmãs são ótimas atrizes, pena que elas não se dão bem. Quando descobri que que Olivia de Havilland não era essa pessoa meiga dos filmes, eu me surpreendi e ainda mais com as maldades que ela fez com Fointane.
António acabei a agora de assistir aquele filme francês o Gansgtêr de Casaca, estrelado por Alain Delon e Jean Gabin e queria que o amigo fizesse um artigo sobre esse filme. Desde já agradeço.

Luís disse...

Maravilhoso seu texto. É sempre bom conhecer mais sobre nomes que ajudaram a construir o cinema. Realmente me deliciei com a leitura e anseio por mais texto desse gênero, discorrendo sobre outras personalidades e suas histórias.

Abraço.

Monica Cardoso de Abreu disse...

Mto legal!!!

Sonia Brazão disse...

Um dos casos mais interessantes é o das irmãs Olívia Havilland e Joan 'Rebecca' Fontaine, quando a mãe exigiu que Joan mudasse de nome e não aceitasse um trabalho na Warner “porque é o estúdio de sua irmã". A mãe só era mãe de uma , da outra se comportava como madastra má. (!!!!) Já vi isto acontecer, na FEBEM.
Ainda bem que, apesar das agruras familiares, ambas foram consagradas e vencedoras de Oscar. Superação, seu nome é Joan Fontaine.

Anônimo disse...

Já havia lido sobre esta rivalidade das duas, mas não sabia que chegava a este ponto. Antes de mais nada, muito deselegante de ambas as partes. Mais uma triste história para os bastidores de Hollywood, e sobretudo para esta família que já vive quase um século de tanta amargura.
Eu, com minha aguçada curiosidade de cinéfila amadora, me delicio com suas postagens sempre bem escritas. Parabéns!!!

Anônimo disse...

Em tempo: já que surgiu o assunto sobre as atrizes da era de ouro que ainda vivem, que tal uma postagem sobre o tema? E não esqueça de Luise Ranier, que já passou dos 100 anos.... (ah, que leitora exigente, rs!)

linezinha disse...

Excelente post Antonio! será que essas duas ainda são arquirrivais? pq sinceramente quase 100 anos de ódio,daria um ótimo enredo de filme. Abç

Chico Lopes disse...

Entre as duas, posso garantir: Olivia era uma atriz muito superior, mas Joan tinha seu charme, embora fosse insegura e, dizem, muito antipática pessoalmente. Falam que a sua autobiografia é particularmente rancorosa. Em todo caso, Joan foi uma loura ótima pra Hitchcock, mas basta ver Olivia em "Tarde demais" e não há dúvida: como atriz, era muito,muito superior à irmã.

Renato Lopes disse...

Ola td bem? primeiramente agradecer pelas informações sobre Olivia De Havilland e Joan Fontaine... Gostaria de saber se o livro é em português e se existe para venda... Fiquei maluco para ler... Aguardo contato. Abs.

Fábio Henrique Carmo disse...

Muito bem posta a primeira colocação dos filmes de Joan. "Rebecca" é um ótimo filme que influenciou até mesmo Fritz Lang em "O Segredo da Porta Fechada". Já Olivia sempre me remete a "E o Vento Levou", mesmo já tendo visto vários de seus filmes. Pena elas não se darem bem. Abraço!

Brenda Rosado disse...

A cada postagem eu fico mais apaixonada por este blog. Eu e minha mãe somos fãs do seu trabalho, Falcão. Amo a Olivia como parceira de Errol Flynn. Funcionam de uma maneira encantadora. Pena que ela terminou brigando com a Warner por conta desses papéis leves e exigindo filmes dramáticos. Mas se não fosse assim jamais levaria o Oscar.

marcos disse...

Acredito que este conflito entre as irmãs,se deve muito ao exagerado extinto vaidoso da "mulher virtuose".Depois de ter visto:"Na Cova das Serpentes","Tarde Demais" e "O Vento Levou", passei a admirar mais ainda a doce De Havilland,e,pouco notova Fontaine;apesar de ser uma outra grande intéprete.

Mario Salazar disse...

Imagino "natural" esa competitividad de las hermanas en un ambiente como Usa tan propio de ello pero una pena siendo de la misma sangre, pero ambas han sido geniales desde su propia trinchera, de las dos por ahora me quedo con Fontaine. Abrazos.

marcos disse...

Sua página é muito elegante,seria tudo aquilo que meu saudoso amigo Ivan Casasanta Dantas,desejaria fazer em um Blog.E acho que os comentarios deveriam aparecer junto com o texto.Acredito que os artistas ainda vivos,ou mesmo os parentes devem apreciar seu grande trabalho.O dia que você fizer uma homenagem a Simone Simon(minha predileta),eu poderia mandar-lhes algumas imagens de artigos e de fotos,que tenho dela do meu acervo pessoal.Inclusive,eu poderia até revelar como nasceu minha admiração por esta grande estrela.Parabéns pelo Blog.

Jacques Garzon disse...

Otima matéria! quanta rivalidade...

celso lima disse...

Adoro ambas, e apesar da filmografia poderosa de Olivia (magnifica como Melanie, quase "rouba" ..."E O Vento Levou" de Vivien, mas apenas "quase"..), tenho especial carinho por Joan, por ser uma das hitchcockianas, e Hitchcock é com certeza meu diretor favorito, e é interessante ler suas opiniões sobre Fontaine, que considerava excelente atriz (décadas depois, revendo "Rebecca", Hitchcock afirmou que a interpretação de Joan era uma das melhores coisas do filme:..."uma mulher anonima, de classe baixa, alçada a uma situação irreal, de um arrivismo involuntario, só poderia se comportar como um coelho, e é isso que Joan faz..."). O que elas fizeram talvez foi levar a maxima de Tolstoi na abertura de "Anna Karenina" ao pé da letra ("Todas as familias felizes se parecem, mas as infelizes o são cada uma a sua maneira..). De qualquer forma, a furia primogenita, biblica, é conhecida e famosa, então...

Marco Antonio disse...

Antonio

Quem é dependente químico de cinema e principalmente do cinemão desta epoca conhece a rivalidade lendária das duas irmãs,mas é um barraco de família que é sempre divertido de ler.
Não conhecia este livro de Higham, li dele a bio da Bette Davis e da Katharine Hepburn, dizem que ele é meio exagerado, mas em se tratando de Hollywood, vai se saber.
Mas o melhor é saber que ambas ainda respiram o nosso mesmo ar.
Abs
Marco Antonio

As Tertulías disse...

Quanta besteira e invencao.

Tive a oportunidade de conhecer Joan e conversar muito com ela em N.Y. nos anos 80. Nos entendemos muito be.

Estas estórias tuas sao pura invencao da imprensa, querido.

Infelizmente voce, menino do inteiror do Brasil, acredita muito nestas estórias. Seria melhor para o teu Blog basear-se mais em fatos reais...

Anônimo disse...

que blogue mais populista...

Chico Lopes disse...

Verdade - e ela também ficou ótima contracenando com Bette Davis em COM A MALDADE NA ALMA.

Kamila disse...

Estas são duas grandes atrizes, sem dúvida alguma. Também desconhecia essa rivalidade. Parabéns pelo blog.

Marcos Lima disse...

Prezado Nahud,

Antes de mais nada agradeço sua resposta.
Na segunda-feira iniciarei minha homenagem a SIMONE SIMON,mandando-lhe
por mail,uma rara imagem da atriz. É uma foto original dos estúdios da Fox,de 1935, que me foi presenteda por um outro grande cinéfilo:o carioca William Joseph Tarrant
(fã brasileiro da atriz Bebe Daniels). Simone Simon estava em Hollywood fazendo tomadas para o filme:"Dormitorio de Moças"(1936),c/Herbert Marshall. Apesar de
que ela deveria ter iniciado no filme:"Sob Duas Bandeiras".Aconteceu um imprevisto, adoeceu e, foi substituida por uma outra grande estrela Claudette Colbert, que acabou faturando um Oscar, por sua interpretação de Cigarrete. Essa imagem não existe em lugar nenhum,a não ser que outra pessoa também tenha essa foto, mas não teve a coragem de divulgar.Com este filme, Simone Simon,pôde comprovar que era uma estrela cheia de graça e ternura;tornando-se a primeira atriz franceza a fazer sucesso e vendaval em Hollywood,na década de 30.

Aguarde....

Cida Guimarães disse...

Como sempre magnifico!!!! bjus amado.

Suzane Weck disse...

Ola Falcão,eu já sabia da desavença das duas irmãs famosas,mas o teu relato abrangeu todos detalhes inimagináveis.Fantástica tua postagem com fotografias inéditas e texto com grande brilhantismo.Beijos.SU.

Darci Fonseca disse...

Nahud, você tem razão. Foram estrelas as duas irmãs, mas nunca estrelíssimas. A briga agora é para ver quem vive mais... - Darci Fonseca

As Tertulías disse...

AMEI!!!!!!!!!! Apesar de nao acreditar em tudo :-)
Joan fo madrinha de casamento de um senhor que procura livros para im em N.Y.. O que ele conta ébem diferente deste folclore... Well, who knows?

Milton César disse...

Ótimas atrizes ,marcaram a história do cinema,tinha assistido várias vezes o filme "Na cova das serpentes"com a Olivia e considerei uma das melhores atuações em melodramas dessa época,quando esse genero de filme fazia muito sucesso,aí assisti "Tarde demais"e fiquei boquiaberto com mais uma grande atuação dela.Já Joan esteve maravilhosa em "Carta de uma desconhecida".

Rubi disse...

Sabia dessa rivalidade entre as irmãs, mas muito superficialmente. Uma pena, eu diria, pois ambas estão lindas, foram muito talentosas e o mais importante, estão vivas.

Na Cova das Serpentes e Rebecca a mulher inesquecível são filmes incríveis.

Rip disse...

Olívia trabalhou com inúmeros atores e ninguém jamais falou mal dela. Se ela fosse a megera que Joan falava, com certeza alguém teria falado a respeito.

De qualquer forma, sempre torci para que elas fizessem as pazes. Fiquei triste que Joan tenha morrido antes disso acontecer.

Erica disse...

Duas atrizes bonitas uma mais talentosa que a outra, cada uma com uma porrada de bons filmes. Mas como dizem família feliz só em foto Pra finalizar uma vez li uma entrevista arquivada de 1961 onde Joan fontaine falava sobre o sobrenome Fontaine

"Eu me ressenti de ter que mudar meu nome. Terrivelmente. Eu ainda faço. Joan Fontaine. Eu não sei quem ela é. Sou Joan de Havilland. Eu nasci assim. Joan Fontaine é uma espécie de pessoa fictícia de quem estou cuidando, fazendo o melhor que posso por ela. Talvez seja um bom distanciamento. Talvez seja por isso que posso alcançar tanto quanto já fiz. Eu realmente considero ela como não sendo eu. Estou encarregado de Joan Fontaine. ” uma declaração triste, daquele fato que todos sabemos a mãe era a favor mais de uma do que da outra... Mas isso é a vida