setembro 09, 2012

****** “CASABLANCA”: ELEITO o MELHOR FILME



O drama romântico de Michael Curtiz, CASABLANCA, ficou no topo da seleção dos melhores filmes de todos os tempos deste blog.  A pesquisa foi realizada entre mais de sessenta leitores. Clássico absoluto, a escolha reflete que os cinéfilos parecem não ser tão ligados em filmes que se esforçam para ter um grande potencial artístico, como “Rashomon / Idem” (1951) de Akira Kurosawa; mas sim, a trabalhos que têm um significado pessoal maior. CASABLANCA arrebatou 15 votos. Entre os mais votados não espere encontrar sucessos de bilheteria recentes. O filme mais novo é “O Poderoso Chefão / The Godfather” de Francis Ford Coppola, lançado em 1972. Todos os vencedores são produções norte-americanas. Do Brasil, foi lembrado apenas “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund. Da Europa, entre os dez mais votados, “Morangos Silvestres / Smultronstallet” (1955) de Ingmar Bergman, com 9 votos, e “Fellini Oito e Meio / 8 1/2” (1963) de Federico Fellini, com 7 votos. Veja o resultado:

1º 
(15 votos)
CASABLANCA

2º 
(13 votos)
UM CORPO QUE CAI

3º 
(12 votos)
CIDADÃO KANE

4º 
(11 votos)
E o VENTO LEVOU 
(Gone With the Wind, 1939)

O PODEROSO CHEFÃO

5º 
(10 votos)
CREPÚSCULO dos DEUSES 
(Sunset Boulevard, 1950)



CASABLANCA
Título original: CASABLANCA
País: EU
A
Ano de lançamento: 1943
Duração: 102 minutos
Direção: Michael Curtiz
Produção: Hal B. Wallis (Warner Bros.)
Roteiro: Julius J. & Philip G. Epstein e Howard Koch,
baseado na peça de Murray Burnett e Joan Alison
Elenco: Humphrey Bogart (“Rick Blaine”), Ingrid Bergman (“Ilsa”), Paul Henreid (“Victor Lazslo”), Claude Rains (“Capitão Louis Renault”), Conrad Veidt (“Major Heinrich Strasser”), Sydney Greenstreet (“Señor Ferrari”), Peter Lorre (“Ugarte”), S. Z. Sakall, Madeleine Le Beau, Dooley Wilson (“Sam”), John Qualen, Helmut Dantine, Marcel Dalio (“Croupier”) e Curt Bois
Fotografia: Arthur Edeson
Edição: Owen Marks
Trilha Sonora: Max Seiner
Cenografia: Carl Jules Weyl
Figurino: Max Steiner

Um dos mais populares filmes da história do cinema, ganhou três Oscars da Academia, o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Concorreu também aos Oscars de Melhor Fotografia, Trilha Sonora, Edição, Ator (Bogart) e Ator Coadjuvante (Rains). A crítica da época elogiou as performances carismáticas de Bogart e Bergman, junto à profundidade das caracterizações, a fotografia poética, a sagacidade do roteiro e do impacto emocional do trabalho. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, em Casablanca, capital do Marrocos. Rota obrigatória de quem fugia das atrocidades dos nazistas, será em Casablanca que Rick Blane (Humphrey Bogart), dono de um  bar local, irá reencontrar Ilsa Lund (Ingrid Bergman), anos depois de terem se apaixonado em Paris. Ela surge acompanhada pelo marido, o herói da resistência tcheca Victor Laszlo (Paul Henreid). Um enredo comovente e uma trama empolgante. Inesquecível.

A Warner Bros. comprou os direitos por US$ 20.000, o preço mais alto já pago por uma peça que não havia sido encenada. As filmagens começaram em 25 de maio de 1942 e terminaram em 03 de agosto do mesmo ano, atingindo um custo de produção de US$ 1.039.000 milhões (75 mil dólares acima do orçamento). 

O roteiro teve alguns problemas quando Joseph Breen, um membro da censura da indústria de Hollywood, expressou sua oposição ao personagem do capitão Renault (Claude Rains), que pedia favores sexuais homossexuais em troca de vistos, e a cena em que Rick e Ilsa dormem juntos em Paris. Ambos os pontos, no entanto, praticamente desapareceram na versão final. Criado em cima de um caos absoluto, o roteiro foi finalizado em plena locação, na noite anterior em que as cenas seriam gravadas, confundindo os atores, que não sabiam o resultado final da história que se contava. Feito sem maiores ambições artísticas e dirigido por Michael Curtiz, um diretor especialista em sucessos de aventuras, dono de uma filmografia mediana, sem grandes genialidades, contrariou todas as expectativas, tornando-se um clássico e um dos maiores triunfos do cinema.

O primeiro cineasta convidado para dirigir o drama, o fantástico William Wyler (“Ben-Hur / Ben-Hur”, 1959), na época no auge do seu prestígio, declinou ao convite. A bela Hedy Lamarr (“Sansão e Dalila / Sansom and Dalilah”, 1949) foi escalada para o papel de Ilsa Lund, mas recusou diante das condições oferecidas pelo estúdio. George Raft não aceitou fazer Rick Blaine, abrindo caminho para o estrelato de Bogart e para sua própria decadência. 

Os produtores pensaram também em Ronald Reagan, Ann Sheridan e Dennis Morgan para os papéis protagonistas. Finalmente optaram por Bogart, um contratado do estúdio que vinha dos sucessos “O Falcão Maltês / The Maltese Falcon (1940)  e “O Último Refúgio / High Sierra” (1941), e Ingrid Bergman, sueca da trupe de David O. Selznick. Ingrid, no esplendor da sua beleza, comove o espectador com sensibilidade discreta. Humphrey Bogart, cínico e aparente frio, constrói um personagem que repetiria inúmeras outras vezes. A química entre ambos é total, levando a plateia às lágrimas quando um Bogart apaixonado abre mão do seu amor para que ela siga ao lado do marido, dizendo: “Nós sempre teremos Paris”. Ainda no elenco, poderosos coadjuvantes: o eslovaco Peter Lorre, os alemães Conrad Veidt e Curt Bois, os ingleses Sydney Greenstreet e Claude Rains, o francês Marcel Dalio, o italiano Paul Henreid e o tcheco S. Z. Sakall. Em 2005, CASABLANCA foi nomeado um dos 100 melhores filmes dos últimos 80 anos pela revista “Time”. Foi também reconhecido várias vezes pelo American Film Institute (AFI) em suas listas.


Um CORPO que CAI
Título original: VERTIGO
País: EUA
Ano de lançamento: 1958
Duração: 129 minutos
Direção: Alfred Hitchcock
Produção: Alfred Hitchcock (Paramount Pictures)
Roteiro: Alec Coppel e Samuel Taylor,
baseado no romance de Pierre Boileau e Thomas Narcejac
Elenco: James Stewart (“John 'Scottie' Ferguson”), Kim Novak (“Madeleine Elster/Judy”), Barbara Bel Geddes (“Midge”), Tom Helmore, Henry Jones, Raymond Bailey, Ellen Corby e Lee Patrick
Fotografia: Robert Burks
Edição: George Tomasi
Trilha Sonora: Bernard Herrmann
Cenografia: Hal Pereira e Henry Bumstead (d.a.); Sam Comer e Frank McKelvy (déc)
Figurino: Edith Head

Baseado no livro D'Entre les Morts, de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, escrito especialmente para Hitchcock, após os autores tomarem conhecimento de que o diretor tentara adquirir, sem sucesso, os direitos de adaptação de outro livro deles, “Diabolique”, fala de um detetive aposentado, John 'Scottie' Ferguson (James Stewart), que sofre de um terrível medo de alturas. Certo dia, ele encontra um antigo conhecido, dos tempos de faculdade, que pede que siga sua esposa, Madeleine Elster (Kim Novak). John aceita a tarefa e fica encarregado da mulher, seguindo-a por toda a cidade. Ela demonstra uma estranha atração por lugares altos, levando o detetive a enfrentar seus piores medos e a acreditar que a mulher é louca, com possíveis tendências suicidas, quando algo estranho acontece nesta missão.

Hitchcock queria a atriz Vera Miles para o papel de Madeleine, mas ela ficou grávida pouco antes das filmagens. Ele e Novak não se deram bem e nunca mais voltaram a trabalhar juntos. O diretor aparece no filme aos onze minutos, vestindo terno cinza e caminhando no estaleiro. Um CORPO que CAI esteve inacessível ao público em geral durante muitos anos. Isto porque o diretor comprou de volta os direitos de cinco de seus longa-metragens e os deixou de legado para sua filha. Estes filmes receberam o apelido de "os cinco filmes perdidos de Hitchcock" e voltaram ao alcance do público em 1984, quando foram relançados. Os demais do pacote eram “Festim Diabólico / Rope” (1948), “Janela Indiscreta / Rear Window” (1954), “O Terceiro Tiro / The Trouble with Harry” (1955) e “O Homem Que Sabia Demais / The Man Who Knew Too Much” (1956). 

Considerado a mais complexa obra de Hitchcock, a história parece banal quando é resumida em uma sinopse. Só que de convencional, esse filme não tem nada, e percebemos isso desde a abertura de Saul Bass, psicodélica e onírica. Filmado em VistaVision, a resposta da Paramount ao CinemaScope da Fox, foi idealizado para ser exibido em um formato grande de tela. Tirando vantagem disso, Hitch filmou sequências grandiosas, preenchendo a tela com suntuosos  enquadramentos, que mostravam os principais pontos de São Francisco, local onde se passa a trama. O interessante dessas grandes tomadas é que, em vez de parecem cartões postais da cidade, elas nos parecem mais como retratos deprimentes, com grandes espaços vazios, como que para deixar bem claro como os personagens estão se sentindo – sempre em busca de algo que não vão obter.


A bela Kim Novak nunca chegou a se tornar uma grande estrela, mas neste filme ela está fenomenal, dando conta da aura enigmática de Madeleine e do sofrimento extremo de Judy. O veterano James Stewart está excelente, comovendo com a sua obsessão em recuperar um amor perdido. Por fim, a atriz da Broadway Barbara Bel Geddes cativa o espectador com suas piadinhas e sua paixão abafada por Scotty. Na época do lançamento, Um CORPO que CAI foi um fracasso de público e crítica. Talvez o tema refinado ou o clima sombrio não tenha sido aceito ou compreendido pela sociedade da época. Felizmente, hoje possui a fama que merece: a de um clássico do cinema.


CIDADÃO KANE
Título original: CITIZEN KANE
País: EUA
Ano de lançamento: 1941
Duração: 119 minutos
Direção: Orson Welles
Produção: Orson Welles (Mercury Production / RKO Radio Pictures)
Roteiro: Herman J. Mankiewicz e Orson Welles
Baseado na peça de Murray Burnett e Joan Alison
Elenco: Orson Welles (“Charles Foster Kane”), Joseph Cotten (“Jedediah Leland”), Dorothy Comingore (“Susan Alexander”), Everett Sloane (“Mr. Bernstein”), Ray Collins, George Coulouris (”Walter Parks Thatcher”), Agnes Moorehead (“Mrs. Kane”), Paul Stewart (“Raymond”), Ruth Warrick, Erskine Sanford e Fortunio Bonanova
Fotografia: Gregg Toland
Edição: Robert Wise
Trilha Sonora: Bernard Herrmann
Cenografia:  Van Nest Polglase e Perry Ferguson
Figurino: Edward Stevenson

Primeiro filme dirigido por Orson Welles, encontrou forte oposição por parte de William Randolph Hearst, pois ele julgava que a obra denegria sua imagem (publicamente, Welles negava qualquer identificação entre o seu personagem e o magnata do jornalismo), e fez história devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos enquadramentos cinematográficos. Começa com o protagonista já morto, mudando-se a cronologia dos fatos; e a cenografia mostra pela primeira vez o teto dos ambientes. Conta a trajetória de ascensão e queda de grande empresário da mídia e a jornada de um repórter para saber o significado da última palavra que disse pouco antes de morrer: Rosebud. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Orson Welles), Melhor Cenografia, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som, venceu apenas na categoria de Melhor Roteiro Original. O filme é considerado, por parte da crítica especializada, como o maior da história do cinema até o momento, figurando durante muito tempo em primeiro lugar na lista do American Film Institute (AFI).

Orson Welles era um jovem de apenas 24 anos em 1939, mas já carregava nas costas alguns anos de intensa experiência artística no teatro e no rádio. Sua adaptação de “Macbeth”, em 1936, somente com atores negros e quando tinha 20 anos, é até hoje um marco do palco norte-americano. Em 30 de outubro de 1938, Welles fez sua famosa narração no rádio da clássica obra de H.G Wells “Guerra dos Mundos”. A narração foi tão convincente que muitas pessoas realmente se assustaram achando que era um noticiário sobre uma possível invasão alienígena, e Welles, já reconhecido como uma espécie de prodígio, alcançou imediatamente fama nacional. 

Todas essas atribulações não passaram despercebidas pelo executivo George Schaefer, chefe da RKO Radio Pictures, na época um dos maiores estúdios de Hollywood. Schaefer faria uma série de propostas para Welles migrar para o cinema, sempre recebendo uma recusa como resposta. A cada negativa, Schaefer acrescentava algo para fazer o teimoso jovem mudar de ideia, até que o mais famoso e inimaginável acordo da história do cinema acabou sendo concretizado: Orson Welles, que nunca havia dirigido, receberia algo que até os mais famosos diretores raramente conseguem: poder absoluto. Teria direito a escrever, dirigir e produzir dois filmes, sujeitos a aprovação final da RKO. Poderia escolher seus atores e receberia entre 20 e 25% de toda a renda de suas obras. Ainda mais importante, ele poderia assistir as cenas filmadas em privacidade e poderia editá-las da maneira que quiser.

Após alguns projetos abortados, Welles e o escritor Herman J. Mankiewicz resolveram criar um argumento baseado na vida William Randolph Hearst  (casado então com a atriz Marion Davies), com o título de “American”. Mankiewicz, prolífico roteirista que possuía sérios problemas com bebidas, escreveu um script com mais de 250 páginas que seria bastante alterado por Welles, inclusive seu título. Ambos disputariam até o fim os créditos do texto. Para interpretar, Welles chamou seus companheiros de confiança do teatro - o Mercury Theatre Group -, revelando para o cinema ótimos atores como Agnes Moorehead, Joseph Cotten e Everett Sloane. Em primeiro de maio de 1941, o filme foi lançado, mostrando nos seus 119 minutos uma série de técnicas, muitas já existentes, mas que nunca antes haviam sido reunidas com tanta eficácia. Sua fotografia profunda (do mestre Gregg Toland), seu uso fabuloso da luz, suas técnicas de flashback e de transição foram elogiados. Apesar das críticas positivas no lançamento, acabou causando prejuízo para a RKO devido as ações de Hearst, que buscou boicotar de todas as formas o filme, atacando-o constantemente em seus jornais.


Após CIDADÃO KANE, a vida artística de Welles decaiu. Foi dispensado da RKO, que cortou 43 minutos do seu segundo filme (“Soberba / The Magnificent Ambersons”, 1942), e se viu numa constante luta para obter financiamento para novos projetos. Até no Brasil veio, filmando um documentário que não foi lançado. A história dos bastidores do seu emblemático clássico foi contada em “RKO 281” (1999), dirigido por Benjamin Ross e estrelado por Liev Schreiber (como Welles), James Cromwell, Melanie Griffith, John Malkovich e Roy Scheider.

27 comentários:

renatocinema disse...

Assino embaixo. Amo Casablanca.

òtimo roteiro, trilha perfeita, elenco espetacular.

Só inverteria a segunda posição para Cidadão Kane.

Marcelo Castro Moraes disse...

Um que eu acho que merece mais reconhecimento, e estar mais entre os primeiros, é Janela Indiscreta, pois o filme é uma verdadeira declaração de amor ao propio cinema que o mestre do suspense faz.

Marcia Moreira disse...

Olá, Antonio.

Por coincidência, estava assistindo "Casablanca" pela "milésima" vez, pois, ultimamente, estou assistindo a algumas produções de Conrad Veidt.

Abraço.

M. disse...

Realmente os leitores tem bom gosto e senso do que é uma ótima produção! Gostei dos resultados.

Lili Grant disse...

merecidissimo

Marcos Pedini disse...

casablanca é eterno e mora no coração de cada um dos cinéfilos

Flávia Maria Canhim Pimentel disse...

"Casablanca" vai passar amanhã à tarde no TCM.

Rodrigo Mendes disse...

"Play it again, Sam".

Vertigo é obviamente melhor na minha opinião, mas tudo bem, ótimo resultado este Top 5!]

Abs.

disse...

Que leitores de bom gosto! :)
Excelente resultado, e melhor ainda a forma como ele foi apresentado, com um breve resumo dos três mais votados. Casablanca mereceu a primeira colocação: perfeito em todos os sentidos, até em seu time inesquecível de coadjuvantes.
Abraços!

Conceição Sá disse...

Aprovadíssimo querido amigo!! uM TRABALHO MARAVLHOSO!!!

FLORISVALDO MATTOS disse...

Além de um monumento de arte cinematográfica, desbrochando e justificando sentimentos, uma coletânea de grandes atores; não só pela presença da super Bergman, do super Bogart e de Paul Henreid, mas também pelos desempenhos de Claude Rains, Peter Lorre e do alemão Conrad Veidt. Vi pela primeira vez, ainda garoto, sem saber bem o que significava. Depois, vi pelo menos umas cinco vezes.

Anônimo disse...

Sou suspeita para falar, pois Casablanca é meu filme favorito, e por este motivo fiquei muito contente com o resultado da enquete. Aliás, todos os filmes que aparecem no TOP 5 estão na minha eterna lista de favoritos.
Casablanca é um filme perfeito do início ao fim: a história, o cenário, a interpretação dos atores principais e secundários, a trilha sonora, tudo é inesquecível.
Ainda não assisti um corpo que cai, mas está na lista do filmes antigos que quero ver.
O Poderoso Chefão dispensa comentários, pois até hoje influencia diversos elementos da cultura pop. O mesmo acontece a Cidadão Kane, não à toa considerado por muitos críticos e cineastas como o melhor filme de sempre. E o vento levou, por sua vez, é o dramalhão indispensável para todo amante da sétima arte. Já Crepúsculo dos Deuses, apenas por seu enredo é muito interessante, e não há como negar que Gloria Swanson teve nesta obra sua melhor atuação.
Enfim, a lista ficou perfeita, e serve de norte para todo mundo que quer conhecer mais sobre o bom e velho cinema. Parabéns.

O Neto do Herculano disse...

Mesmo gostando bastante de CASABLANCA, a escolha não poderia ser mais infeliz. Melhor filme de todos os tempos? Francamente.

Fábio Henrique Carmo disse...

Top 5 bem bom esse. Curioso que na eleição feita recentemente por uma revista inglesa entre críticos e diretores, Cidão Kane também perdeu o tal posto de "melhor de todos os tempos", mais precisamente para "Um Corpo Que Cai" e "Era Uma Vez em Tóquio". Abraço!

Gervásio Santos disse...

REALMENTE,UM GRANDE FILME E UM ELENCO ESPETACULAR;

Gilberto Carlos disse...

Bela lista. Gosto muito de todos eles.

Ana Cláudia Bezerra Barros disse...

MEU FAVORITO AMIGO. JÁ ASSISTI 10 VEZES. BEIJOS!

Cecília Veloso disse...

Bárbaro!

Rodrigo Duarte disse...

Belo resultado, mesmo que não represente uma lista individual. Praticamente, filmes inquestionáveis. Só me chama a atenção o fato de não haver nenhum "estrangeiro".

Luís disse...

Gostei muito dos seus textos. Eu gosto bastante de "Casablanca" e de "Cidadão Kane", são dois filmes que me impressionaram bastante quando eu os vi, especialmente o primeiro, cuja protagonista - Ingrid Bergman - me hipnotizou totalmente.

Cara, da uma passada no meu outro blog: http://eooscarfoipara.blogspot.com.br/
Aliás, vou colocar sua página na lista dos nossos favoritos. :)

Brenda Rosado disse...

Fiquei toda derretida com a vitória de Casablanca. Ele é único, maravilhoso. Falcão, que tal um post sobre os grandes filmes românticos?

J. BRUNO disse...

"Casablanca" nem entrou no meu top 10, mas ainda acho o prêmio merecido, apesar de eu não considerá-lo inovador ou importante para o cinema enquanto expressão artística, reconheço que ele é uma obra deliciosa, um clássico belo e atemporal!

Jefferson C. Vendrame disse...

Michael Curtiz um diretor dono de uma filmografia mediana sem grandes genialidades??????????

Ótimo Post, Ótimas Resenhas,
Grande Abraço!

Rubi disse...

Antonio; quanto tempo!
Que post fantástico. A lista em si é ótima, mas nenhum clássico supera Casablanca. Gosto muito do elenco, Curtiz soube selecionar muito bem.

Adecio Moreira Jr. disse...

Vou ser bem sincero. O resultado não me surpreende. Casablance é um dos mais belos roteiros do nosso tão querido cinema.

^^

Unknown disse...

Nem se discute. "Casablanca" veio para ficar na memória de todos nós.Parabéns portugueses pelo bom gosto!

IVAN PEIXOTO disse...

Parabéns pelo blog, Nahud. Muitas informações e ótimo texto.
Lendo tuas matérias sobre Mastroianni e Garbo, ocorreu-me que talvez não conheça o
engraçado encontro entre eles em 1954:
Mastroianni estava em Nova York a convite do produtor John Levine. Por telefone é
avisado que Greta Garbo gostaria de conhecê-lo, mas quem ligou avisa que tal
encontro deveria parecer casual. Na casa do homem que o telefonou, estavam o
anfitrião que ligou e o mandou buscar e três mulheres. Garbo sentada de costas.
Mastroianni acena com a cabeça para as mulheres e meio nervoso diante do mito finge:
"Oh, Greta Garbo!". Confessaria depois ser sua pior interpretação. Ela o examina e diz:
"Beautiful shoes, the italian shoes are very beautiful." Isso só aumenta seu desconforto
afinal, seus sapatos são ingleses... Ela repentinamente levanta-se e começa a dançar.
Uma das senhoras comenta: "Eu a revi em Dama das Camélias, como estava linda."
Greta interrompe sua performance e sai abruptamente. Algum tempo depois, na casa
de Lee Strasberg, a própria Greta desculpa-se por telefone (para o intérprete que ele
levou nessa viagem devido a sua dificuldade com o inglês): "Ela disse que eu estava
bonita querendo dizer que agora eu já não sou. Não podia ficar numa sala com uma
mulher tão estúpida."
Essa história e muito mais, encontrarás na ótima entrevista de Mastroianni publicada
na revista Oitenta, Nº 2, 1980. Editora L&PM.
Caso realmente não a conheça e interessado não encontres a revista por aí, posso
enviá-la xerocada para ti.
Abraço.